Different Kind Of Girl escrita por PaolaDuarteGR


Capítulo 20
Nega


Notas iniciais do capítulo

Pois é, pois é! Parece que o Nyah! resolveu liberar nosso amor por bandas! ENTÃO EU VOLTEI!
Meninas, espero que entendam que muita coisa mudou. Eu comecei a escrever isso com 16 anos. Hoje, tenho 19. Eu amadureci, minha escrita amadureceu, e a história também. Tudo tomou um rumo totalmente diferente. A história começa bem clichê e água com açucar, mas tudo irá mudar.
Não sei se vocês sabem, mas continuei a postar no tumblr, e tudo se desenvolveu lá.
Quero voltar para cá, e continuar postando para vocês, até porque, você foram as primeiras a me incentivar a escrever. Obrigada.
Espero que gostem dos capítulos a seguir.
BOA LEITURA.



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– Malu’s POV –
A Paola não deixou eu ir atrás da Tayná, isso porque segundo ela, nossa pequenininha tinha que ficar sozinha e resolver a cabeça dela. O que na realidade não deu muito certo, porque ao mesmo tempo em que a Paola terminou de falar isso, o Niall disparou pela porta e já estava na chuva correndo atrás dela. Ashley demorou um pouco para aceitar o fora de Niall, mas foi embora logo depois levando suas seguidoras.
Minha cabeça já tinha esfriado e a pista tomava conta de mim. Meu corpo se balançava com a música. Não prestei muito a atenção no resto das pessoas, eu precisava de verdade me acabar na pista para relaxar. Quando a musica estava acabando, Tayná apareceu na porta do salão encharcada junto de Niall. Os dois estavam com as roupas amassadas e com os calçados nas mãos.
– Aconteceu alguma coisa. – Paola correu em minha direção e cochichou em meu ouvido antes que Tayná chegasse até nós.
– A gente descobre depois, você está com a mochila? – Perguntei e ela consentiu.
– Na realidade está no carro, só vai dar tempo de nos trocarmos lá. – Eu a encarei assustada. Quer dizer que nós vamos nos trocar na frente de todo mundo? – Calma, Malu, eu trouxe uns cobertores também, a gente se enrola e se veste.
– Quero ver no que isso vai dar certo... – Foi só eu terminar de falar que Tayná começou a atravessar o salão tentando não escorregar.
Quando ela chegou pertíssimo de nós, Niall a segurou pelo braço de um jeito que eu sei que ela ODIAVA e falou alguma coisa. Não foi nada fronte, na realidade, foi uma segurada de braço bem da delicada, a única coisa estranha é que eles estavam com o rosto perto demais... Enfim, Tayná falou alguma coisa como: “Esquece isso!” e veio até nós.
– Cadê as roupas? Estou morrendo de frio, preciso me trocar, quero dançar, beber, precisamos sair daqui! – Ela disparou a falar e nós duas ficamos só olhando. – Cadê as roupas? – Ela repetiu.
– Estão no carro. Não surta. – Paola pegou em nossas mãos e começou a andar até a porta do salão. – Tchau. – Ela disse enquanto passava por Elisa e Mariana que estavam junto de Louis e Liam.
Nós chegamos no estacionamento bem rápido. Paola correu até a ultima vaga bem longe de todo o movimento e abriu o porta-malas arrancando três cobertores e jogando cada um em nossa direção. Nós nos enrolamos nos cobertores e tiramos as roupas por baixo de tal. Eu coloquei um vestido com um cinto marcando a cintura enquanto Paola usava uma calça jeans com camisa xadrez e Tayná... bem, ela ainda não estava pronta.
– Aonde vocês vão? – Meu vestido estava na metade do meu corpo quando Niall apareceu junto de Zayn e Harry.
– Mas o que vocês estão fazendo aqui?! – Paola deu um berro fechando a calça jeans. – Vão embora.
– Vamos para uma festa brasileira, Niall. – Tayná respondeu sem praguejar.
– Vai ser boa? – Ele perguntou.
– Vai. – Ela respondeu ainda enrolada no cobertor. – Olha vocês podem ir SE me deixarem me vestir, porque se você não sabe, eu estou pelada. – Ela o encarou um pouco irritada e ele concordou.
– Vamos estar esperando vocês na saída do estacionamento... – Harry respondeu puxando Niall pela mão e o empurrando para longe. – A propósito... Gostei do vestido Malu... Só achei curto demais.
– Vai se foder. – Eu respondi terminando de por meu vestido e entrando no carro.
– Tayná, nós precisamos conversar! – Niall berrou enquanto era puxado para longe. – É sério.
– O que ele quer falar com você? – Paola perguntou quando Niall já estava longe o bastante para escutar.
– Aconteceu... uma coisa. – Ela disse enquanto colocava um short, uma regata e um casaco. – Nós meio que... – Ela começou a enrolar.
– O que aconteceu? – Eu abri a janela do carro curiosa.
– Conto no carro.
Enquanto Tayná terminava de se vestir, Paola entrou no carro e o ligou. Não demorou muito para que Tayná entrasse e jogasse o cobertor para a parte traseira do carro. Ela se sentou no banco do passageiro e fez sinal para que Paola começasse a andar. Paola começou a dirigir e foi em direção a saída. Ao chegar no portão, o carro de Harry estava estacionado nos esperando. Paola buzinou e continuou a andar, fazendo com que eles fossem atrás do nosso carro.
– O que aconteceu, Tayná? – Eu repeti a pergunta.
– Bem... Nós meio que... – Ela ficou vermelha. – Nos beijamos e quase...
– VOCÊS O QUÊ? – Paola deu um berro. – Eu não creio! – Ela começou a gargalhar e eu tive que acompanhar.
– Para! – Ela disse irritada. – Vocês não podem rir de mim! Vocês sabem o problema que isso pode causar! Vocês lembram da ultima vez!
– A ultima vez que você ficou com alguém, você teve a melhor noite da sua vida, Tayná! – Eu respondi séria.
Tayná não disse mais nada. Ela sabia que era verdade. Entre nós três, ela foi a única que teve a primeira vez decente, enquanto eu e Paola tivemos apenas um trauma em nossa memória. Tudo bem, Tayná se apaixonava facilmente e se jogava de cabeça, normalmente isso sempre a prejudicava, mas ela conseguia se apaixonar por alguém, enquanto eu... Dane-se, não quero pensar nisso.
Demorou uns 15 minutos para que nós chegássemos no local da festa. Era uma casa gigantesca com um quintal de grama maravilhoso e gigante. A decoração era totalmente de festa junina, o que fez tudo ficar melhor. Um palco estava montado no fundo do quintal. A casa estava lotada, o gramado estava lotado e a noite parecia prometer.
Paramos o carro em uma vaga qualquer. Nós três saímos do carro correndo quando escutamos uma voz muito conhecida dizendo: “ E como vocês estão hoje?” Era a voz do Luan Santana. Tayná começou a berrar loucamente e correr de braços abertos. Não pude deixar de rir. Corri junto de Paola um pouco mais atrás, esquecendo totalmente que tinha um carro de babacas nos seguindo.
– Eu não posso acreditar nisso... – Paola passou o portão e correu para uma mesa com paçocas. – TEM PAÇOCA CARA!
– Eu AMO paçoca! – Eu berrei e logo em seguida Tayná também.
– O que é paçoca? – Harry apareceu logo atrás de nós.
– É UM DOCE MARAVILHOSO! – Eu disse enquanto colocava uma na boca e entregava outra para Harry. – Come.
– Não acho que seja uma boa ideia... – Ele olhou com cara de nojo.
– Come essa merda logo e cala a boca. – Ele colocou na boca e começou a mastigar.
– Nossa... É muito bom! – Ele sorriu.
– Eu disse!
Tayná apareceu e começou a me puxar para a pista improvisada em frente ao palco. Luan estava cantando Te vivo e todos estavam dançando em casal. Nós três começamos a nos infiltrar no meio da multidão e não demorou muito para que Niall, Harry e Zayn fizessem o mesmo.
Um garçom passou com uma bandeja cheia de caipirinha. Tayná esticou o braço pegando uma, e logo depois eu fiz o mesmo. Paola distribuiu para os meninos explicando exatamente sua composição e virou o copo. Pessoas jogando em barraquinhas, tapioca, bandeirinhas, pipoca doce, touro mecânico, pescaria... Eu me sentia no Brasil e na minha época do ano favorita, festa junina.
(NESSE MOMENTO, COLOQUE A MÚSICA PARA CARREGAR)
Enquanto Luan cantava, nós seis ficamos para lá e para cá, comendo, jogando e conversando sobre coisas idiotas. Estávamos na pescaria. Paola estava com a vara de pescar tentando pegar o peixe vermelho, enquanto eu e Tayná disputávamos o azul.
– Larga o meu peixe! – Eu empurrei Tayná com uma bundada. - Cala a boca, eu não consigo nem pegar o peixe! – Paola disse se enrolando no fio da vara. – Mas que merda...
– Cuidado! – Zayn segurou Paola quando ela quase caiu. – Você tem que esticar mais o braço e usar o gancho! – Ele riu e mostrou como pegar.
– Tá achando que é pescador. – Harry sussurrou e eu fui obrigada a rir.
“Quem aqui quer ser minha nega? Em?” A voz de Luan foi cortada com o grito de Tayná e logo em seguida pelo meu e de Paola. Nós três largamos as varas e corremos em direção a pista. Luan ia cantar a nossa música favorita e eu não ia perder isso por nada nesse mundo!
– O que aconteceu?! – Niall apareceu com a mão no coração.
– Ele vai cantar NEGA! – Tayná berrou e começou a pular.
– Isso indica... – Ele perguntou.
– Ai, vem cá dançar, eu te ensino! – Ela puxou ele e esperou que a música começasse.
– Quer dançar? – Zayn perguntou para Paola. Ela deu risada e disse alguma coisa como: “Eu comando essa merda, ok?” e ele respondeu: “Vamos ver...”.
– Acho que você vai ter que ser minha professora... – Harry apareceu ao meu lado.
– Bora então! – Eu o puxei e a música começou. (Dê PLAY NA MÚSICA!)
O ritmo começou e todos que estavam na pista começaram a se espalhar. Me afastei um pouco de Harry e fiz sinal para que ele prestasse a atenção no ritmo e me imitasse. Coloquei uma de minhas mãos em meu cabelo, segurando toda a parte da frente, enquanto a outra se encontrava em minha cintura. Comecei a mexer meus quadris no ritmo da música. Não demorou muito para que Harry seguisse o ritmo também.
– Quando o ritmo acelerar, a gente se junta. – Eu gritei e ele fez sinal de quem havia entendido.
E foi ai que o ritmo acelerou. Harry veio em minha direção, colocou uma de suas mãos em minha cintura enquanto a outra se juntava com a minha. Coloquei a mão esquerda em seu ombro e começamos a seguir o ritmo. Depois de pisar em meu pé umas duas vezes, Harry pegou o jeito e quando a música chegou no refrão... Ele me surpreendeu.
“Nega chega junto, vem me amar, vem cá!” Harry me puxou para mais perto fazendo com que nossos corpos colassem um no outro. Nossas pernas se interlaçaram e começamos a nos mover em movimentos circulares. Ele começou a rir quando eu comecei a me atrapalhar. Ele me soltou, esticando o braço e depois me puxou de volta, fazendo com que eu me enrolasse em seus braços. Ele depositou um beijo em minha bochecha e sorriu me soltando.
Nos separamos novamente. Cada um dançando de um lado, porém mantendo o olhar um no outro. Harry deu uma rebolada que me fez gargalhar e perder o ritmo. Ele rodou em minha direção e me pegou pela cintura. Dançamos colados por mais um tempo até que Harry me derrubou em seus braços e depois voltou. Me virei de costas para ele, deixando-o segurar em minha cintura. Dançamos assim por um tempo, e eu até que gostei.
Nos separamos mais uma vez, comecei a dançar enquanto rebolava um pouco. Harry esticou as mãos e começou a fazer sinal para que eu fosse até ele, como se estivesse dizendo: “Vem para o papai”. Parecia um jogo de sedução, eu rebolava provocando-o e ele mordia o lábio só me observando e dançando. Passei por ele e senti seus braços correndo minha cintura devagar. Quando me virei, dei de cara com Tayná e Niall dançando juntos, coladinhos. Do outro lado, Paola pegou o chapéu de Zayn e o colocou enquanto dançavam e depois saiu correndo fazendo com que ele corresse atrás.
– Opa! – Harry disse quando se colocou em minha frente me puxando junto a ele, fazendo com que seu corpo fizesse pressão no meu. Sua mão estava em minhas costas.
– Você é um ótimo dançarino... – Tive que admitir. – Só, que já vi melhores! – Ele abriu a boca como se estivesse ofendido.
– Você não disse isso! – Ele falou em meu ouvido e me jogando em seus braços. Eu estava quase deitada quando ele se aproximou bem de mim. – Retira o que você disse.
– Nunca. – Eu respondi dando uma risada. – É a verdade, eu não minto. – Dei de ombros.
– Ah é? – Ele deu um sorriso sacana.
Em um minuto, ele já tinha me colocado de pé novamente e me juntado com ele. Suas mãos correram minhas costas, desceram um pouco chegando em minha cintura. Harry apertou-a de leve e eu fiz o mesmo em sua nuca. Sua mão desceu mais um pouco e chegou em meu cóccix. Uma lembrança correu em minha mente. Charlie passou a mão em meu cóccix enquanto me jogava na cama com força. Eu pedia para que ele parasse. Ele não me escutou. Seu corpo caiu sobre o meu.
– ME SOLTA! – Eu gritei abrindo os olhos desesperada. Harry me olhou tentando entender o que havia acontecido. – Eu... Me desculpa. – Me soltei de Harry e sai correndo.
Eu não acredito. Essas lembranças ficavam me assombrando até quando eu estava gostando do que estava acontecendo. Eu estava tranquila, animada e aproveitando a dança com Harry... E essa porcaria veio e estragou tudo. Não que isso realmente continue me afetando, mas ainda assim... Machuca. É triste e ainda dói. Eu odeio tanto esse cara, Charlie, esse maldito. Ele e os outros dois amiguinhos dele. Esses três conseguiram marcar cada uma de nós, de um jeito ou de outro, nós fomos as prejudicadas. Mesmo sendo consideradas fortes e tudo mais, nós tínhamos nosso ponto fraco... As lembranças.
Harry apareceu correndo atrás de mim. Não vou deixar que essa porcaria me prenda. Quer saber, foda-se. Eu vou beber. Puxei o primeiro garçom em minha frente e peguei uma caipirinha. Virei o copo todo de uma vez. O liquido queimou minha garganta me fazendo torcer o nariz. Forte. Peguei outro copo e o virei com a mesma rapidez que fiz com o primeiro.
– Malu... O que aconteceu? – Harry perguntou tentando tomar o ar. – E porque você está virando esses copos tão rápido?
– Nada aconteceu, Harry. – Eu dei um sorriso. – Só estou querendo aproveitar.
– Isso não vai adiantar isso só vai te deixar louca! – Ele tentou pegar meu copo e eu dei um passo para trás protegendo o copo. – Eu me preocupo com você, Malu, por mais que pareça estranho. Me dá isso.
– Sai! – Eu puxei meu copo. – O copo é meu. Você está louco se acha que eu vou dar o meu copo pra você. – Revirei os olhos e terminei meu terceiro copo. – Quero mais um.
– Para com isso!
– Para você, desde quando o senhor Galinha Styles se importa se alguma garota bebe? – Perguntei pegando mais um copo de caipirinha. – Você normalmente se aproveita da situação...
– Não é verdade. – Ele disse olhando o chão.
– Tanto faz! – Tomei mais um gole sentindo o álcool mexer com meus sentidos. – Hoje, EU VOU APROVEITAR! – Eu gritei levantando o copo.

BANHO DE BANHEIRA

– Harry’s POV –
A Malu já estava bêbada antes que a festa estivesse na metade. Eu tentei tirar todos os copos de perto dela em vão. Parecia que ela tinha determinado que aquele dia seria o dia de encher a cara, e ela realmente foi fiel a isso. Vários homens tentaram aproveitar da situação dela e eu quase matei todos. Chegou uma hora que qualquer um que chegasse a 2 metros de distancia dela, eu já queria dar um soco na cara.
Não entendo o motivo que eu queria tanto proteger ela, mas eu queria. Eu a puxei para perto e peguei sua mão com força. Ela me encarou e deu de ombros me seguindo. Ela andava meio torto, e todos os seus sentidos já estavam zerados.
– Olha, CAIPIRINHA! – Ela berrou e tentou soltar minha mão e correr em direção ao garçom. – Me solta Harry! – Ela começou a balançar minha mão para cima e para baixo.
– Malu, nós vamos para o campus... AGORA! – Eu falei a puxando, mas ela me empurrou.
– Me deixa Harry! – Ela se desequilibrou e caiu de bunda no chão. Ela começou a rir loucamente. – Ai meu bumbum!
– Dai-me paciência! – Eu a levantei e ela sorriu com seu bafo de vodca.
– Obrigada, cavaleiro perdido! – Ela gargalhou com a própria piada e cambaleou um pouco. – Opa! Cuidado!
– Já chega. – Eu já estava cansado demais.
Não perdi tempo e joguei Malu por cima de meu ombro igual fiz na sala de ginástica. Disparei para fora daquela festa o mais rápido possível. Quando já estava no estacionamento foi que pensei... Ela estava com a Paola e a Tayná certo? Eu acabei de decidir que vou embora e vou leva-la. Preciso avisar alguém.
Com Malu em meu ombro, peguei meu celular no bolso, bem devagar. Cheguei no estacionamento e fui em direção ao meu carro, onde eu tinha vindo na festa com Niall e Zayn. Tirei Malu de meu ombro e a coloquei encostada no carro. Seus olhos estavam se fechando e seu corpo estava mole. Encostei um pouco do meu corpo no dela a fazendo ficar em pé e procurei Niall em meus contatos... Niall... Niall... Achei! Cliquei em tal e mandei uma mensagem bem simples:
“Malu bêbada. Homens querendo agarrar ela. Levei ela para o Campus. Volta com a Tayná e com a Paola. Procura o Zayn e trás ele junto.”
Quando terminei, coloquei meu celular novamente eu me bolso e abri a porta traseira do carro.
– ME SOLTA SEU BABACA! – Malu começou a me bater com as palmas da mão. – NÃO VOU DORMIR COM VOCÊ!
– Mas que droga Malu, dá pra você calar a porra da boca?! – Eu berrei com ela e sabe o que ela fez? ELA RIU!
– Ai, o maior galinha da faculdade se importando comigo, nossa, como eu sou sortuda! – Ela disse irônica e se jogou dentro do carro deitando no banco traseiro. – Vê se me trás mais uma caipirinha tá?
Até bêbada ela conseguia ser chata. Puta que pariu. Eu fechei a porta do carro com força. Pude escutar ela berrando um “EI!” mas a ignorei. Fui para o banco da frente e dei partida indo em direção a faculdade. Não era muito longe... Demorava uns 20 minutos de carro. Minha cabeça martelava o motivo pelo qual eu estava fazendo aquilo. Eu me importava com ela... Desde quando eu me importo com alguma garota?
Chegamos no campus e eu a levei até o quarto dela. Ela me xingou o caminho inteiro. Eu cheguei em sua porta. Cadê a porra da chave? Droga Harry! Seu burro! Você nem pensou se ela estava com a chave, legal, agora fodeu. Olhei para sua bunda... Mas calma, eu estava procurando um bolso ok?
– EI, VOCÊ ESTÁ OLHANDO PARA A MINHA BUNDA? – Ela perguntou.
– Não... Você está com a chave, Docinho? – Eu perguntei delicadamente.
– Mas é obvio que eu estou. – Ela puxou a chave de dentro do sutiã dela. Mas que menina mais estranha. – Shiu... Não conte pra ninguém tá? – Ela começou a gargalhar novamente e tentou enfiar a chave na fechadura. – Essa fechadura é um lixo, porque ela não fica parada?!
– Isso é porque você está bêbada, Malu. – Eu respondi dando uma risada. Não aguentava ela daquele jeito. Eu peguei a chave de sua mão e abri a porta.
– Mas olha que cara inteligente! – Ela levantou os braços como se estivesse comemorando.
Eu gargalhei na porta e entrei no quarto. A ultima vez que eu estive lá, Paola me jogou dentro da mala dela. Enfim, lembranças a parte, eu fechei a porta devagar e a tranquei. Quando me virei, Malu estava jogada na cama. Seu vestido estava quase na testa. Não me contive em olhar suas pernas. E que pernas. Elas eram grossas e longas. Droga, eu preciso abaixar isso! Fui até ela e abaixei seu vestido o arrumando.
– Harry, acho que você foi brasileiro em outra vida viu... – Ela abriu os olhos e me encarou.
– Ah é, por quê? – Eu perguntei sem dar muita importância. Eu sentei na cama e tirei um de seus saltos e depois o outro.
– Você dançou muito bem! – Ela respondeu animada e bateu seus pés. – Massagem, já! – Ela disse e deitou bruscamente na cama.
– Você quer massagem no pé? – EU perguntei confuso.
– Claro! – Ela disse rindo. – Ou... Você pode... Massagear meus lábios com os seus... – Ela falou baixo e eu dei um pulo. Calma, foi isso que eu escutei?
– Malu, você está bêbada. – Eu respondi revirando os olhos.
– Harry, eu PEDI PRA VOCÊ ME BEIJAR! – Ela protestou e bateu as mãos na cama irritada. – Me beija!
– Não vou te beijar. – Eu respondi e me levantei. Ela estava bêbada, por mais que eu quisesse beija-la, eu não queria DAQUELE jeito... Não sei o porque... Na realidade, se fosse com outra, eu provavelmente aproveitaria isso, mas como é ela...
– Ah, muito obrigada viu! – Ela disse irritada se levantando. – Estou me sentindo ÓTIMA AGORA! – Ela berrou e começou a bater os pés no chão indo de um lado para o outro. – Um brinde a Malu Rampazzo a única menina na faculdade que o GALINHA do Harry Styles não quer beijar! – Opa... oi?
– Malu, não é isso, eu quero te beijar, mas não assim! – Eu respondi, ainda não acreditando que EU, EU! Eu ia ter que me explicar por não beijar alguém.
– Vê se cala a sua... – Ela parou de falar e arregalou os olhos. Sua mão foi até a boca e depois a barriga.
– Malu... – Eu sabia o que ia acontecer em seguida... Ela estava enjoada de tanta bebida que ela tinha ingerido. – Vai pro banheiro, AGORA! – Ela correu para o banheiro e eu a segui.
Quando eu estava na porta de tal, ela já estava na frente da privada começando a se curvar. Normalmente eu teria rido e ignorado a menina, mas eu fui até ela em disparada. Ela escorregou e sentou no chão. Quando sua mão saiu da boca, meu primeiro reflexo foi puxar todo seu cabelo para trás e o segurar bem alto para que nada o atingisse.
Malu se curvou e colocou a cabeça em direção a privada. E foi. Lá se foram os quase vinte copos que ela tinha bebido a noite toda. Ela vomitou tudo e um pouco mais. Eu segurei o tempo todo seu cabelo e passei a mão em suas costas dando meu apoio moral... Eu queria poder fazer mais alguma coisa, mas seria em vão. Quando finalmente ela parou de vomitar todo o álcool que tinha em seu corpo, ela se sentou ao lado da privada exausta. Dei descarga e peguei um prendedor de cabelo que tinha em cima da pia.
– Ótimo, eu vomitei. – Malu disse quase fechando seus olhos. – Eu quero dormir!
– Não, você vai tomar um banho! – Eu respondi enquanto prendia seu cabelo em um coque alto. Ok ficou um lixo, sobraram fios e blabla, mas eu tenho o direito de não saber fazer isso.
– Cala a boca, Harry! Eu quero dormir e vou fazer isso agora! – Ela tentou se levantar. Seu corpo estava mole demais e ela caiu. – Droga.
– Eu vou te dar um banho... Juro que não olho. – Eu a encarei esperando sua reação e ela não fez nada. – Algum problema?
– Tanto faz. – Ela respondeu levantando os braços. Ela queria que eu tirasse seu vestido.
Fui até a banheira que estava ao nosso lado e abri a torneira de água gelada. Ela precisava daquilo para conseguir ficar melhor. Enquanto a banheira enchia, eu prometi a mim mesmo que não iria olhá-la e nem tocá-la. E eu iria cumprir minha promessa. Eu fui até ela, que continuava sentada, e comecei a levantá-la um pouco. A coloquei encostada na parede e juntei meu corpo ao dela para que ela não escorregasse.
Puxei seu vestido começando das pernas, passando por sua cintura fina e o tirando pela cabeça. Joguei o vestido no chão e a encarei um pouco. Respira. Nada de espiar. Ela estava com os olhos meio fechados e respirava regularmente, ignorando qualquer coisa que eu fizesse. Me abaixei um pouco até que minha mão encontrasse sua calcinha. Passei meus dedos pela lateral da mesma e comecei a descê-la rapidamente. Quando a calcinha chegou em seus joelhos, Malu mexeu suas pernas facilitando a descida e tirou-a sem que eu tivesse que terminar o serviço. Seus lábios formaram um sorriso de gratidão e eu respondi fazendo o mesmo. Puxei seu corpo para perto do meu fazendo com que ela caísse em cima de mim. Não pude impedir minha cabeça de ter imaginações com aquele momento, meu corpo junto ao dela. Percorri minhas mãos para suas costas e encontrei o fecho de seu sutiã. Abri o mesmo e passei-o pelos seus braços libertando seus seios.
Corri meus olhos rapidamente para o local onde o sutiã escondia a alguns minutos atrás e me perdi por uns segundos. Meu corpo pedia para que eu esquecesse aquela promessa idiota, mas eu resisti. Olhei para a banheira que estava cheia e fechei a torneira. Malu continuava caída em mim, então aproveitei e a coloquei na banheira. Primeiro a coloquei de pé. Admirei seu corpo inteiro. Seios firmes, cintura fina, barriga reta, pernas grossas e longas e... Uma tatuagem... Mas que porra é essa? Eu comecei a rir sozinho quando a vi. Na altura de sua bacia só que um pouco mais para baixo, quase chegando em sua virilha, havia o desenho de um golfinho. Prensei meus lábios tentando não rir e a coloquei na banheira. Ela se deitou e fechou os olhos. Peguei uma toalha que havia pelo banheiro e joguei em cima da água fazendo com que seu corpo fosse escondido.
– Você está melhor? – Eu perguntei.
– Sim, Obrigada – Ela respondeu devagar. – Mas você olhou.
– Desculpa, não resisti. – respondi sinceramente. – Mas eu coloquei essa toalha para...
– Não tem problema, Harry. Pode apostar que você me ver nua é o menor dos meus problemas. – Ela já estava começando a recuperar os sentidos.
– Desculpe por rir da sua tatuagem.
– Sem problemas. Essa porcaria é ridícula. – Ela abriu os olhos e me olhou. – Espero que eu não tenha feito muita merda.
– Para a sua sorte... Não fez tanta. – Eu fui obrigada a dar uma risada.
– Que bom. – Ela disse por fim.
Ficamos em silêncio por mais ou menos 10 minutos até que ela se levantou do nada sem pegar a toalha. Lá estava Malu, nua e molhada em minha frente. Não bastava NUA tinha que estar MOLHADA? Cadê a justiça produção?
– Para de me olhar e pega uma toalha pra mim, por favor. – Ela tinha uma de suas mãos na cabeça.
Eu fiz o que ela pediu. Pequei uma toalha e dei para ela. Ela saiu da banheira e começou a se secar em minha frente. Seu corpo continuava mole, então não conseguiu fazer isso muito bem. Fui até ela e peguei a toalha de sua mão. Ela me encarou um pouco e depois a soltou dando um sorriso. Sequei suas costas, cintura e fui até a linha da bunda e voltei. Ela se virou de frente para mim e eu a enrolei na toalha.
– Vamos para o quarto. – Eu a peguei no colo, fazendo-a deitar em meus braços e se segurar em meu pescoço.
– Eu consigo andar. – Ela disse em meu ouvido apertando de leve minha nuca.
– Não, você não consegue. – Eu respondi e ela deu de ombros, relaxando. Eu a coloquei na cama. – Aquele ali. – Ela disse apontando para um guarda-roupa.
– Gaveta?
– Primeira. Pega qualquer calcinha. Durmo sem sutiã. O pijama está a direita. – Ela disparou as informações e se deitou.
– Quer que eu coloque ou você... – Eu perguntei e ela fez sinal de que não estava se importando. – Preciso que você se levante.
– Deixa que eu ponho a calcinha. – Ela se levantou e colocou a calcinha ainda com a toalha.
– Agora o pijama. – Eu tirei sua toalha cuidadosamente. Ela me olhou esperando que eu ficasse olhando seu corpo e eu resisti. – Levante os braços. – Ela o fez com um sorriso de bêbada no rosto. Coloquei sua blusa por cima de seus seios, fiquei triste por ter que escondê-los com aquela blusa fina.
– Shorts? – Ela perguntou levantando uma de suas pernas e depois a outra para que eu o colocasse.
Quando acabei, Malu abriu a boca demonstrando que estava exausta. Também né, depois de dançar e se embebedar, o mínimo que ela tinha que estar era cansada. Ela passou por mim, abriu outra parte do guarda-roupa e pegou um travesseiro. Jogou-o na cama e depois puxou o cobertor grosso e peludo que havia por cima.
– Boa noite. – Ela disse ainda tonta enquanto se jogava na cama e se cobria.
– Boa noite, Malu. Vê se toma cuidado tá? – Eu respondi enquanto ia em direção a porta. Já havia feito meu trabalho, agora era hora de ir dormir e relaxar. – Me liga amanhã pra dizer se você está bem... – Eu abri a porta e comecei a sair.
– EI, AONDE CÊ VAI? – Malu levantou rapidamente a cabeça que estava deitada no travesseiro.
– Pro meu quarto? – Eu respondi meio que perguntando. Não era obvio?
– Você vai me deixar aqui sozinha? – Seus olhos estavam arregalados em alerta.
– Ué... – Eu olhei para o corredor vazio e voltei a olhá-la. – Você quer que eu chame alguém?
– Fica aqui. – Ela respondeu rapidamente como uma ordem.
– O que?! – Eu quase berrei.
– Dorme aqui.
– Você quer que eu durma aqui... Com você?
– É. – Ela abriu um sorriso fraco. – Não quero dormir sozinha agora. A Paola e a Tayná vão demorar muito pra chegar, se eu passar mal de novo, não vai ter ninguém aqui, e pelo menos você vai estar aqui pra me ajudar, caso aconteça.
– Malu, eu não acho que isso vai pegar bem... – Eu já podia imaginar o que iam falar no dia seguinte.
– Harry... Dorme aqui, por favor.
– Tá bom. – Eu bufei como se eu não quisesse que aquilo acontecesse.
– Ai, Obrigada! – Ela deu um sorriso e pulou para o canto da cama puxando o cobertor.
– Pera, eu vou dormir do seu lado? - Eu já estava dentro do quarto novamente tirando os sapatos.
– Vêm Harry! – Ela estava meio fora de si, e eu sabia disso. Seus olhos não estavam totalmente atentos, na realidade, estavam totalmente sonolentos e sem foco.
Eu me deitei ao lado dela e ela mesma me cobriu. Sua cabeça voltou a ocupar o travesseiro ao meu lado e eu fiz o mesmo. Meu corpo estava em alerta e eu estava paralisado e completamente reto ao lado dela. Não mexi nenhum músculo. Ela estava bêbada e eu não queria que ela acordasse achando que havia acontecido alguma coisa. Ou queria? Harry galinha da faculdade tendo que mudar os métodos para conquistar uma garota... Essa é nova.
Malu se esticou para perto de mim, uma de suas pernas se dirigiu para cima das minhas enquanto seu rosto foi até meu peito e sua mão até meu abdômen. Relaxei um pouco quando sua respiração ficou uniforme e ela caiu no sono. Me aconcheguei um pouco na cama e deixei que o sono tomasse conta de mim.
– Boa dia, pombinhos! – Eu abri meus olhos e dei de cara com Paola e Tayná sorrindo para nós.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem,
Posto o próximo capítulo em breve!
Falem comigo pelos comentários e pelo twitter @PaolineDuarte.
Ah: SHIPPEM ZAOLA DUALIK
Beijos



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