Um mês se passou e eu nem vi direito. Na manhã de 1º de Setembro o meu malão já estava no pé da escada. Minha mãe sacou a varinha e apontou para o malão. Ele se levantou e ela disse:
- James querido, vamos em um "texi". Seu pai ligou para a companhia de transporte de trouxas e deu o nosso endereço. O trouxa vai passar aqui em torno das nove e meia. Esteja pronto até lá e lembre-se, ele não sabe que somos bruxos portanto não mencione Hogwarts O.K. ? - E meu malão dirigiu-se para a porta.

- James eu esperei tanto por esse momento que não acredito que você tenha finalmente entrado para Hogwarts. Uma dica: seja de qualquer casa menos Sonserina. De lá só vieram feiticeiros ruins e inclusive Aquele-que-não-se-deve-nomear. Não saia a noite. Mas, se necessário eu quero te dar algo que está com nossa família há gerações: A Capa da Invisibilidade. Use-a bem. Agora vá tomar seu café da manhã rapazinho! Precisa se alimentar!

Comi o máximo que pude subi escovei os dentes e desci novamente. Me coloquei contra o Hall de entrada e fiquei olhando ansiosamente o momento em que o taxi me levaria à estação King's Cross... Então finalmente ouvi a buzina do carro. Meu pai rapidamente saiu do carro e discretamente apontou a varinha para o motorista e disse:

- Confundus! Rápido Dórea, ponha o malão de James no fundo do carro.

E com um movimento preciso da varinha minha mãe colocou o malão no fundo do carro e partimos. Até que finalmente chegamos na porta da Estação King's Cross e que estava surpreendentemente vazia. O mesmo ritual na hora de embarcar as malas no carro se repetiu para a retirada dela. Mamãe pegou um carrinho e fomos andando com o bilhete em mãos. Eu estava confuso, só via as plataformas nove e dez porém nenhuma plataforma 9 e 3/4. Até que então quebrei o silencio:

- Mãe, Pai, como vamos chegar nesse lugar? Não tem nada aqui, só uma parede! Vamos logo! Não quero perder o trem...

- Venha James deixe-me te contar uma coisa: entre as plataformas nove e dez fica o trem para Hogwarts. Tem idéia de como ir parar do lado da maria-fumaça? 

- Estranho pai, acabei de me fazer a mesma pergunta! Estou pensando em pedir informações aos seguranças... 

- Ora, mas que menino mais tolinho! Meu filho, é só correr com o carrinho em direção à parede e então como quase tudo que acontece no mundo, você aparecerá ao lado do trem de Hogwarts por meios mágicos!
 
- Dorea querida vamos levar James logo! O Hogwarts Express é simplesmente maravilhoso! 

- Tudo bem Charlus. Vamos em 3,2,1...

E nos deparamos diretamente com um lindo trem preto com Detalhes vermelhos. Um homem franzino saiu da cabine do maquinista e gritou surpreendentemente alto: 

- Todos a bordo! O Hogwarts Express vai partir em cinco minutos! Temos destino ao povoado de Hogsmeade! 

- Rápido Charlus coloque-o para dentro do trem! 

- Com prazer querida!

Meu pai me conduziu para dentro e disse num sussurro quase inaudível me disse:

- Fique na Grifinória. 

- O.K. Pai. Vou tentar. 

Dentre um barulho estupidamente alto fui procurando por uma cabine vazia mas a única disponível havia um menino pequeno e gorducho. Pedi licença ele apenas consentiu em me deixar ficar e durante alguns minutos intermináveis de um silencio cortante eu disse: 

- Olá meu nome é James Potter. Qual é o seu?

- Meu nome é Pedro Pettigrew... - Disse  Pedro bem baixinho.

O Silencio permaneceu até o carrinho de doces se aproximar. Pedro pulou e disse:

- Quero 3 caixas de sapos de chocolate, 2 garrafas de suco de abóbora, 2 varinhas de alcaçuz, 4 caixas de feijõezinhos de todos os sabores e um pacote de chicletes. 

- 2 galeões e 4 níqueis querido! - Disse a condutora do carrinho recebendo o dinheiro quase que instantaneamente. 

Ele voltou e começou a fracionar a comida com alguém invisível, e eu fiquei olhando as gotas de água na janela.

- Tome James, essa é a sua parte dos doces, não se importa que eu fique com as figurinhas dos sapos de chocolate não é?

- Muito Obrigado Pedro, e não, eu não me importo. Será que falta muito para chegarmos em Hogwarts?

- Acho que não. Pouco mais de quinze minutos. - Disse Pedro ainda com a boca cheia de doces.

- Bem, eu vou me trocar. Espere um pouco. - Eu disse.

Quando voltei ele também estava pronto e senti o trem parar. Nós descemos do trem e uma figura enorme, ameaçadora, e de aparência selvagem surgiu de trás de um pilar particularmente grande gritando:

- Alunos do Primeiro ano por aqui! Alunos do Primeiro ano por aqui! 

- Nossa mas que sujeito enorme - Diziam muitos ao redor de mim quase em coro.