Pov' Connor

- Deu, fiz o que pediu, agora vou parar de brincar com os sentimentos da minha pequena. - falei pro Noah que se encontrava na minha frente.

- Vai dizer que não gostou? - ele riu. É um idiota mesmo, me sinto um estupido por ter feito aquilo com a Sam.

- Ela é minha melhor amiga Noah, nao sinto mais nada por ela, só amizade. 

- Tudo bem... Bem, cumpriu a aposta, esta livre agora.

- Aposta? Tudo não se passou de uma simples aposta?! - ah, não, por favor que nao seja a pessoa que eu estou pensando - C-como pode fazer isso, Connor? - a voz dela estava tremida e sai lágrimas dos seus olhos.

- Sam, deixa eu explicar...

- Samantha. Meu nome é Samantha, "Sam" é para os amigos. 

- Samantha, por favor... - eu nao sabia o que fazer neste momento, estava aterrorizado, Sam era minha melhor amiga desde que me entendo por gente, nao consigo me imaginar sem ela.

- Cala a boca seu imbecil, pensei que eu fosse importante pra voce, mas pelo jeito nao passei de um brinquedinho, quer saber? Nunca mais olha na minha cara. - ela deu um tapa no meu rosto, bem forte aliás, Sam nao é o tipo de garotinha frágil, bem pelo menos por fora, porque por dentro vai encontrar uma meninha que só precisa de proteção e tem medo de ter o coração partido. Ela me estapeou novamente, não reagi, não tinha direito para tal ato. Fiquei parado, a encarando com os olhos arregalados e que ameaçavam chorar a qualquer momento, tentei ser forte, podia perder quantas mulheres existissem, menos a minha Sam. - Canalha. - ela disse e se virou indo pra longe, a olhei indo, eu devia ir atrás dela, devia me ajoelhar e pedir por perdão mas tudo o que consegui fazer, foi olhar a garota mais importante da minha vida ir embora.

Pov' Samantha

Nunca, nunquinha pensei que a primeira vez que teria um coração partido seria por causa do Connor. Como ele pode fazer isso comigo? Ele não deveria ser o unico garoto que não ia ligar para a minha aparencia e ia sempre estar ao meu lado?! Não! Ele transou comigo só por causa de uma maldita aposta! Ele é um imbecil e tudo o que eu quero agora é esquecer dele, pra sempre.

Corri pro banheiro já que as lágrimas já escorriam loucamente pelos meus olhos, segurei o maximo que pude e consegui não chorar na frente do Connor, no banheiro entrei em uma das cabines e me atirei no chão, chorei até não conseguir mais, por sorte estava no horario das aulas e não teria ninguém usando o banheiro agora. 

Depois de um tempo lá dentro, limpei meu rosto com um pouco de aguá e fiquei olhando para o meu reflexo no espelho: não sou a garota mais bonita do mundo, admito que também não sou a mais feia. Meu corpo era a coisa que mais me valorizava, minhas curvas eram bem definidas mas não eram vistas por causa dos grandes moletões que eu usava e calças largas, tinha uma altura, vamos dizer "sonho de todas as garotas". Tinha olhos azuis que ficavam escondidos atrás das lentes do meu óculos e espinhas que poderiam facilmente desaparecer com um pouco de... Como se diz... Base? Meu cabelo até que era bonito, mas ficava escondido no meu rabo de cavalo que usava todos os dias. É, eu poderia facilmente virar bonita, se eu também virasse uma daquelas que eu chamo de "fakes". As "fakes" são aquelas que parecem ter tudo alterado cirurgicamente, nariz, bunda, peito, e sei lá mais o que pode se mudar... Normalmente eram lider de torcida e tinham tanta maquiagem que poderiam alimentar um país inteiro com o dinheiro que gastavam com ela, se exibiam com sainhas e blusinhas mostrando a bunda e os peitos - falsos - delas. A única coisa que conseguiam dizer era "ai, quebrei minha unha" e tinham no máximo um cérebro do tamanho de um rato... Nossa, que grande ofensa aos... Ratos. Não, definitivamente eu prefiro ser horrorosa com os meus próprios peitos. 

Depois de sair do banheiro fui direto pra casa, sem mais escola por hoje. Quando cheguei em casa subi direto pro meu quarto e coloquei qualquer música no ipod e dormi o resto da tarde.

Pov' Connor

- Como assim pai?! - gritei, não, aquilo não podia estar acontecendo, duas coisas horriveis no mesmo dia?! Primeiro a Samantha e depois o... Nicholas?

- Isso mesmo, Connor. Voce ouviu muito bem, o Nicholas vai vir passar o ultimo ano aqui com a gente.

- Mas... Mas... E a mamãe?! - tudo menos o Nicholas!

- Ela vai ficar cuidando da Juliet, faz tempo que ela não passa tempo com a Ju e eu quase não vejo o Nicholas e décadas.

- E por causa disso eu tenho que sofrer?!

- Voce vai sobreviver. - meu pai disse e saiu da sala, me deixando boquiaberta.

Bem, deixa eu explicar. Infelizmente, eu tive que nascer junto com um imbecil. O nome dele é Nicholas, meu irmão gêmeo. Ele é o diabo em pessoa, papai e mamãe juram que ele é o anjinho da familia, ta, ele pode até ser, e é isso que irrita. Ele esta sempre fazendo a coisa certa, sempre que eu faço uma coisa errada ele aproveitava e ia correndo contar pra mamãe e pro papai, eu não podia ir em festas com ele e beber, muito menos ficar com alguma garota - se bobear ele ainda é virgem - E tudo o que eu menos quero é esse inferno chamado "Nicholas" na minha casa. Quando mamãe e papai se separaram, mamãe se mudou para outra cidade levando Nicholas consigo, e papai ficou comigo e com Juliet - nossa irmã mais nova - e agora, raramente nos vemos. Eu não vejo esse idiota a mais de um ano, porque ele aceitou vir pra cá?! Aposto que é só pra me tirar do sério.

- Quando ele chega? - perguntei pro meu pai que se encontrava na cozinha.

- Hoje, daqui a pouco.

- HOJE?! E voce só me contou agora?!

- Para com isso Connor, ele é seu irmão. 

- É um inferno isso sim. - e quando terminei de falar isso, ouvimos o barulho da campainha e meu pai foi atender. "Nicholas" ouvi meu pai falando enquanto o abraçava - Bem-vindos ao inferno - murmurei a mim mesmo.