Mii’s POV

Foram se passando os dias e aquele garoto parecia querer se tornar cada vez mais insuportável! Sempre enchendo o meu saco toda hora. Eu me sentia a diversão dele, para falar a verdade.

Não havia uma só aula em que ele não ficasse me cutucando, me irritando. Assim, como não havia um só dia que a Prit não ria e zombava do jeito desajeitado do Di.

Bem, os professores já começavam a marcar as provas e, como a Prit e o imprestável do Caco não entenderam muito bem a matéria, o Di me convenceu a fazer uma caridade, ajudando-os a estudar.

Combinamos os quatros de estudar na casa do Caco, para meu desgosto. Infelizmente, a Prit conseguiu me convencer de ir na casa dele depois de muita insistência. E lá fomos nós, depois da aula.

Paramos em frente a casa do Caco, verificando o numero no papel em que ele havia escrito o endereço. Logo, a Prit apertou a campainha.

- Olá! – quem nos atendeu foi o Di, visivelmente animado.

- Boa tarde – respondi educadamente. Rápido o garoto veio abrir o portão para nós.

Quando entramos na casa, me deparei com o Caco jogado no sofá, assistindo a algum filme que passava na televisão.

Enquanto eu e o Di já estávamos nos preparando para estudar, a Prit e o Caco estavam ainda na sala assistindo filme.

- Então, os dois não vão estudar não?

- Eu hen! Isso que é gostar de estudar... – o Caco respondeu.

- Pelo menos, não sou eu que vou ficar de DP, estudando tudo de novo.

Nisso, o Caco me olha com um olhar fuzilante, mas com um fundo de verdade.

As horas foram se passando e, apenas eu e o Di, ficávamos estudando. Mas eu tinha percebido como o Di olhava para minha amiga. Aqueles orbes castanhos claro nunca brilharam tanto.

Foi nesse instante em que aquelas duas pessoas resolveram não mais estudar. Mas, eles nem relaram no caderno mesmo.

- Então né galerinha... A gente já está aqui há duas horas, e eu realmente não agüento mais ver números e formulas. – a Pri disse, repentinamente, quebrando o silêncio.

- Realmente... Que tal a gente dar uma trégua?

- Concordo! – o Caco respondeu como se fosse uma salvação de sua tortura.

- Ah... Que seja... Podem ir, enquanto eu termino aqui... – respondi com desdém, sem desviar o olhar dos livros.

- Ah... Mas não mesmo! – a Pri disse e me puxou a cadeira, quase me fazendo cair.

E para a minha infelicidade, o Caco começou a rir irritantemente.

- Cala a boca! Chega!

- Nossa! A menina ta bravinha, hun?

- Grrrl! Me deixa em paz!

- Então... O casalzinho já parou de brigar aí? – a Prit brincou e logo olhou para o Caco, como se estivesse tramando algo.

Enquanto eu e o Di íamos para a sala, para escolher um filme, o Prit chamou o Caco para conversar.

- Vem cá, deixa eu perguntar uma coisa...

- Fala... O que foi?

- Err... Então... É impressão minha, ou você está a fim da Mii?

- Onde foi que você tirou isso? Muita matemática fez mal pra você!

- Nem vem... Eu percebi como você trata e olha para ela. E você não faz isso com ninguém...

- Agora eu tenho certeza que você viu muita fórmula e número, e vamos logo antes que a gente pegue o filme bem no meio.

Nisso, os dois foram para a sala, mas a Prit nem chegou a sentar. Ela logo puxou o Di pelo braço e ele se levantou todo assustado.

- ÔÔÔ cabeção... Vem comigo até a cozinha, para estourar uma pipoca e pegar um refri...

- Agora Pri? Mas já vai começar o filme... – ele retruca sem perceber o motivo.

Naquele momento a Pri olhou para ele, arregalando os olhos, e inclinando a cabeça para o Caco. Ok, isso já estava estranho demais e eu comecei a suspeitar que ela estava tramando alguma coisa, já que ela não era muito boa para esconder algo.

- Ah ta... Eu te ajudo com o refrigerante, pode ser?

Quando os dois saíram, eu quis matar aquela menina! Eu não estava acreditando no que ela estava fazendo. Quando ela voltasse, eu iria esganá-la!