Era uma tarde de quinta feira e eu estava resfriada. O céu estava
nebuloso com uma expressão triste como se tudo fosse dar errado e ia dar.

Minha mãe sentou do lado da minha cama e acariciou o meu
cabelo, eu já sabia a partir daquele momento que ela queria me falar alguma
coisa e que ela sabia que eu não ia gostar da notícia, por isso estava tentando
me acalmar, mas isso nunca funcionava.

Sentei-me levemente e cuidadosamente, coloquei o cabelo atrás
da orelha e dei um suspiro profundo e despojado.

– Fala logo mãe, o que foi?

– É, July, você está se sentindo melhor?

– Tô sim mãe, fala logo o que é!

– É que filha... Você sabe que eu e seu pai nos separamos...

– Vocês vão voltar?!?!?

– Não...

– Ah, então o que é que tem?

– Eu vou me casar de novo. Vamos nos mudar amanhã depois do
colégio. Vou pegar o filho dele na escola também...

– MÃAEE! Onde ele mora?

– Em Los Angeles, olha na cidade onde fica o seu colégio e o
seu melhor amigo... Como é o nome dele mesmo? Nevew, Nary...

–NATHAN! Mas mãe eu adoro New York! Eu não quero sair daqui! -
Falei fazendo uma cara pidona.

– Sem biquinhos querida e nem mais, vamos amanhã quando você
voltar do colégio e acabou! - Ela saiu como se não estivesse afim discutir.

Só vai ter uma coisa boa, não vou ter que ficar mais um tempão
dentro de um carro quando eu quiser visitar o Nathan ou quando eu for para o colégio,
mesmo assim que droga! Eu não quero sair daqui, e ainda vou ter que aturar um
garoto insuportável... AFF!

POV’S Trevor

Eu tinha acabado de chegar em casa, estava na casa do Andrew
fazendo o ensaio da banda, meu pai chegou para mim com uma cara de preocupado.

– Trevor...

– Que é pai?

– Bem é eu tenho que te falar algo...

– Então fala, o que é?

– É que... Eu estou noivo e ela vai vim para cá com a filha amanhã , ela que vai te trazer do colégio.

– O QUE?

– Nada de hã, o que, você entendeu, sem reclamações.

– Eu vou ter que aturar uma pirralha dentro da minha casa, é isso?

– Ela não é pirralha, deve ter mais ou menos sua idade.

– Então uma garota na crise da adolescência cheia de frescuras? Na boa...

– Qual parte de sem reclamações você não entendeu?

– Que droga! - Falei e subi correndo batendo a porta do quarto
com o máximo de força que eu consigo, eu não acredito que vou ter mesmo que
passar por isso, é né, vamos ver o quanto patricinha e irritante ela vai ser.

 Trevor