Será!? escrita por Mila


Capítulo 17
É guerra!


Notas iniciais do capítulo

Olá, hehehe, que vergonha. Demorei pra caramba, não é? Aconteceu tanta coisa que se eu começasse a explicar, ficaria maior que o capítulo... e, sim, entre elas está a que eu não me esforcei como deveria. Desculpe.

Vocês não devem nem estar mais lembrando do que já aconteceu na história - nem eu lembrava - mas vou refrescar um pouco a memória de vocês:
Na Itália, eles descobriam que MDN era uma loja de doces, onde, no fundo havia o "estoque" de arma dos Vesper. Com opiniões diferentes e pouco tempo, o grupo decidiu se separar. Amy e Ian foram procurar pistas na Noruega, e Mila na Nigeria, quando, já no avião, ela percebe que o local mais correto seria a Namíbia. Ela manda uma mensagem para Amy e Ian do celular dela, antes de abandoná-lo no avião.
Na Noruega, Amy descobre que Ethan é Ian e fica bem bolada.
Em Níger, Mila é sequestrada e colocada num outro avião pelos Vesper.
Amy e Ian roubam um jato particular do aeroporto e vão atrás da Ekat. No comunicador da aeronave, O Vesper diz a eles para pararem o avião ou Mila morre. Com peso na consciência, eles decidem continuar com o voo.
Presa dentro de um avião, Mila consegue fazer com que o celular na mochila dê interferência no avião, dando tempo a Amy e Ian chegaram a Namíbia pouco depois dela, e fazendo os Vespers pousarem Congo. Onde ela leva uma surra.
No avião roubado, Amy e Ian veem um míssel se aproximando e saltam. Eles são salvos pela equipe de paraquedistas da Base Operacional dos Lucian em Angola. E batem um papo com o General Bronkson...

Ajudou? Hehehe. Agora o capítulo, finalmente:



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Amy Cahill olhou para os dois caminhões de mudanças, um disfarce para levar oitenta Cahills escondidos até a Namíbia. Antes de entrar nele, ela se virou para conversar com o General Bronkson que estava ali parado, com o peito estufado e as mãos nas costas, observando tudo atentamente.

–General Bronkson? - Amy chamou-o, com um pensamento na cabeça.

–Sim.

–O senhor nos ajudou, nos salvou, ontem. Não que eu esteja reclamando... mas eu sou Madrigal. Salvar Ian é algo que eu posso compreender, mas me salvar foi algo... hm... diferente não foi?

Ele se mexeu, desconfortável de repente.

–Ainda não estamos confortáveis com a ideia de que Madelaine Cahill existiu e que os Madrigais não só existem mas como também fazem parte da família. - disse de seu modo sério e inexpressivo. - Mas há membros do nosso clã, dos Lucian, lá na Namíbia, raptados pelos Vesper, assim como também há membros Janus, Ekaterinas, Tomas e Madrigais. É compreensível que os clãs busquem ir atrás dessas pessoas, os Lucian sabem disso. Mas brigar entre nós neste momento não faz sentido. Os Cahills, independente do clã que pertencem, estão no mesmo lada da moeda.

Amy ficou surpresa, pois não espera isso vindo dele e chegou a até fazer um breve agradecimento aos Vespers por terem colocado os Cahills naquela... estranha e obrigatória união. Ela sorriu.

–Obrigada, General.

Ele pigarreou, desconfortável.

–Mais uma coisa. - ele tirou as mãos das costas e estendeu a Amy. Ela notou um pequeno aparelinho em sua mão: O GPS. - Meus agentes o encontraram e o consertaram. É só você apertar o botão que ele volta a funcionar normalmente.

Ela olhou para o aparelinho em suas mãos sem ter nenhuma reação por um momento. Ela só conseguiu pensar: Mila.

–Acho melhor você entrar. - o General disse, e Amy balançou a cabeça para os lados para afastar o pensamento.

–Hm. Certo. Obrigada mais uma vez, General. Até um dia.

Ele assentiu com algo que pareceu ser um sorriso.

Amy entrou dentro do caminhão, que já estava lotado de soldados. Assim que o veículo passou pelos portões da Base de Operações Químicas dos Lucian, ela respirou fundo e apertou o botão do GPS. Se pudesse adiaria ao máximo ter que descobrir a verdade: Mila podia ter morrido. Encontrar a Base dos Vesper seria mais difícil com isso, mesmo que já soubesse quem ela fica na Namíbia.

Ian se inclinou sobre ela, curioso. A luz do aparelinho se acendeu e depois mostrou o mapa. O pontinho vermelho, pela primeira vez, indicava a Namíbia.

*****

Assim que a um vigia Vesper saiu da sala, Mila apoiou-se no cotovelo e olhou para os seus outros colegas de aprisionamento. Todos aqueles Cahills sequestrados que Mila, Amy e Ian deram a volta ao mundo para encontrá-los, estavam bem ali, diante de seu nariz. Era até difícil acreditar que isso estava acontecendo. Mas a situação não era a mesma que ela havia imaginado: Primeiro, que ela também não estaria vestindo aquele macacão laranja ridículo, e segundo que ela não deveria ser uma das sequestradas.

Ela reconheceu poucos rostos: Uma Janus, cantora country, e o sr. Adam, um importante economista Ekat. Fora isso, todos os outros nove rostos eram desconhecidos. Tinha uma criança entre eles, um menininho, e ele estava perto de Mila, e, por algum motivo, ela soube, que aquela criança não se afastaria dela tão cedo.

–Fiquem... prontos. - ela falou para eles com dificuldade. Ainda estava se sentindo muito mal.

Uma garota apertou os olhos para ela.

–Para que?

Mila olhou para ela e concluíu: Você não deve ser uma Ekat.

–Sair daqui. - sussurrou e tentou mudar de posição, mas ao perceber que tudo ainda doía, ela desistiu e ficou na mesma posição.

– A não ser que você queira ficar, porque esse chão é realmente bem... Ai... Confortável.

*****

O primeiro soldado deslizou pela grama com uma agilidade tremenda. Ao vê-lo, de longe se arrastando, Amy se perguntou se o homem camuflado não era uma cobra.

Atrás deles, mais soldados começaram a se arrastar com seus uniformes verde-militares.

A Base estava bem ali, sob aquela fábrica têxtil abandonada no meio do deserto. Não havia sinal de ninguém por perto, mas nenhum Cahill acharia que as coisas estavam tão fáceis assim. Por isso aqueles homens se arrastavam na grama e depois de três segundos, espiãos Lucian desceram correndo a encosta de areia, passando perto dos guardas.

Eles se aproximaram da fábrica empunhando armas e mesmo com a grande chance de poderem perder a sua cabeça a qualquer momento, eles arrombaram as portas fracas e entraram na escuridão poeirenta da indústria.

Do alto da encosta, Ian não estava com medo, pois conhecia a capacidade dos espiões Lucian como a palma de sua mão. Eles era rápidos e espertos, sairiam de lá antes de quaisquer possíveis alarmes; e algum dele traria uma resposta. Entretanto, de qualquer forma, ele começou a contar os segundos que passavam lá dentro.

Quando chegou a setenta e quatro, todos os espiões saíram de lá de dento, intactos.

Um deles acenou para os outros soldados acima das colinas, os outros que também vestiam uniforme preto, e isso incluía Amy e Ian. Eles se entreolharam por um momento.

O capitão dessa missão era um homem musculoso e de pele morena, conhecido como Capitão Nealbord. Ele apoiou suas mãos nos ombros dos dois e disse, com sua voz grave e profissional:

–Lembrem-se de me avisarem assim que encontrarem os outros Cahills e depois quero que evacuem imediatamente. Saibam que tenho autorização para tomar medidas preventivas se forem necessárias. - ele fez uma pausa, querendo ter certeza de que ambos pegaram os sentidos escondidos por de trás de suas palavras. - Fiquem atentos aos seus walk-talks. Se estas medidas forem mesmo necessárias, novamente, quero que vocês evacuem o prédio imediatamente.

Eles confirmaram, assustados, e com um nó na garganta desceram para dar um fim a tudo isso.

*****

Dentro da fábrica, a passagem para o subsolo se dava por um portinhola, escondida por uma mesa de madeira. Os soldados foram descendo e permaneceram juntos naquele corredor de paredes gastas que terminava numa bifurcação a frente deles. O primeiro que desceu, já mirou sua arma na câmera e atirou.

–Já devem ter nos visto. - disse um deles, provavelmente o líder daquele grupo. - Precisamos ser rápidos. Soldados L-A! a esquerda! Soldados L-B, direita! Vão, vão, vão!

Depois o líder virou-se para Amy e Ian e disse, com uma expressão que passava confiança:

–Façam o que tenham que fazer.

Adentrou na bifurcação a esquerda e no segundo seguinte o som de tiros já pode ser ouvido. A guerra começara.

–Para direita ou esquerda? - Ian perguntou a ela, sabendo que ambas as opções era perigosas demais.

Amy trocou o peso do pé e ouviu um barulho esquivo. Olhando para baixo, descobriu-se sobre uma portinhola, igual a que desceram. Ela já se afastou e a abriu. Antes de pular lá embaixo na escuridão, ela disse:

–Para baixo.

Ian pensou em como aquela garota era louca... e corajosa. Porém não conseguiu controlar um sorriso. Era por isso que gostava tanto dela.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem... ou não, sei lá.

Eu não queria abandonar essa história definitivamente ou excluí-la, pois ela está tão no finalzinho e eu já sei o que tem que acontecer... Seria cruel fazer isso.

Como eu disse agora acima, a história está bem no finalzinho já. Pretendo terminá-la em mais dois capítulos.

E aí? Tem alguém ansioso?
Beijos



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