Será!? escrita por Mila


Capítulo 11
Se não fosse...


Notas iniciais do capítulo

Oiieeee voltei
Nem demorei muito dessa vez, né?
É porque a saudade de vocês bateu mais cedo na minha porta. Brincadeira, sempre sinto saudade de vocês e dessa história´, é que eu achei importante agradece-los pelos reviews do capítulo anterior - que teve mais gente que comentou - então eu voltei para vocês

ESSE CAPÍTULO E O PRÓXIMO OS PERSONAGESN ESTARÃO EM TRÊS PAÍSES QUE, PARA DEIXAR VOCÊS MAIS ESPERTOS, EU TROUXE ALGUMAS CURIOSIDADES DO CLIMA, DO RELEVO, DAS CIDADES, EM FOTOS ~viu não precisa ler,~
Se tiverem curiosidade leiam:
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Sem perder mais tempo, Mila tirou o celular do bolso e o ligou.

Droga, porque eu tinha que ser tão certinha a ponto de cumprir até mesmo com as ordens do avião? pensou.

As pessoas já estavam de pé no corredor para saírem o mais rápido possível dali, e ela começou a rezar para que conseguisse enviar uma mensagem ao celular de Amy.

Assim que o celular ligou com uma música alegre - bem diferente do que ela sentia no momento - e uma ligeira vibração, Mila escreveu uma mensagem:

Vcs estão no lugar errado...

-Senhorita Feylur.- chamou a comissária de bordo.

Era ela.

Mila a olhou com uma sobrancelha erguida quando ouviu seu nome falso.

-Você precisa descer do avião.

A garota Cahill olhou para os lados e vendo que não restava ninguém ali, fez-se de desentendida.

-Ah! Mas já? Que viajem rápida!

A mulher sorriu.

-Espero que tenha tido uma boa viagem com nossa Companhia. Quer que eu te ajude com as bagagens de mão?

-Ah, sim. Por favor. - ela falou e voltou a digitar freneticamente no celular.

Apagou o que já tinha escrito e escreveu no lugar:

Vcs lugar errado. N1M3B31.

E enviou.

Pegou a bolsa que estava em seu colo e abriu-a. Quando ninguém a observava, ela retirou o pequeno chip do bolso da bolsa, ligou-o e o colocou dentro da própria boca, encaixando-o nos dentes do fundo.

-Pegou minhas coisas? - perguntou a aeromoça com um sorriso de canto de boca, enquanto desligava o celular.

-Sim. Vou levá-la até o ônibus para você.

-Se você faz questão... - ela falou imitando a personagem, senhorita Feylur.

"Deixou" o celular cair entre os bancos do avião.

Plano em ação, pensou.

*****

-O que você disse? - Amy perguntou, primeiramente num sussurro. Ela observou Ethan tirar o próprio cabelo, que era na verdade uma peruca, e depois tirar as lentes de contato azul, e virar o irmão gemeo de Ian Kabra. Mas só depois de um tempo curto de confusão e disturbio ela conseguiu entender o que acontecia:

Ethan Nobre era Ian Kabra. Sempre fora. Ethan Nobre não existe. Ela beijou Ian Kabra duas vezes depois da briga, não Ethan Nobre. Seus sentimentos por Ethan foram uma ilusão, não existe Ethan Nobre, ela sentiu isso pelo Kabra... de novo.

Uma lágrima escapou de seu olho e desceu contornando sua bochecha.

-Amy...

-Você me fez de idiota esse tempo todo, Ian? - ela perguntou olhando-o horrorizada. - Me fez sentir... me fez falar, me fez te beijar pensando que fosse outra pessoa! O que você queria com isso?

-Eu...Eu... - ele não conseguiu dizer nada. Anos de treinamento Lucian com uma mãe perigosa o cercando por todos os lados como uma cobra, não deixando que ele fizesse tudo menos que perfeitamente, e isso. Nada. Ele não sabia o que dizer. Palavra nenhuma.

-Não importa. - ela falou passando as costas das mãos entre as lágrimas. - Se foi me magoar, se foi "provar que é superior" me fazendo de idiota, me fazendo... Bem, você conseguiu.

-Não era isso. É claro que não era. - ele conseguiu falar, rapidamente, mas conseguiu. Falou num tom mais grave, depois: - Não podia te deixar vir sozinha nessa missão suicida.

-Porque você é incrivelmente melhor do que eu. Porque sem você eu não sei fazer nada. Porque sem você eu estaria mor...

-Não, Amy! - ele gritou, interrompendo-a. - Eu não podia suportar a ideia de que você estava correndo perigo.

-Mas estou! Estive correndo perigo esse tempo todo, e você não fez nada além de vestir uma peruca e mexer com meus sentimentos como se fossem peças de um quebra cabeça!

-Eu estive sempre cuidando para que você não tivesse que passar por nada ruim. Nunca deixei que ninguém te atingisse, quando você foi raptada por David Peter Rosemore e Hans Carter fui correndo te procurar.

Ela afastou-se dele e virou-se de costas, para limpar as outras lágrimas que teimavam em escorrer, queimando-lhe a face.

-Escuta aqui, Ian. - ela se virou abruptamente e apontou o dedo indicador na direção dele.- Você e eu, sendo que você queria ou não, estamos dentro de uma missão e não podemos sair dela só por causa... disso. Então, vamos agir profissionalmente porque a vida de muitos Cahill está em nossas mãos e não vamos deixar que... nossos sentimentos interfiram nisso. Certo?

Ele suspirou cansadamente.

-Você tem razão. Conversamos sobre isso depois?

Amy olhou-o duvidosamente.

-Não vai ter como deixar em branco. Quando a missão terminar conversamos sobre isso.

Ele fez um sim constrangido com a cabeça.

-Vou ver o GPS, para ver se Mila já chegou em Níger.

Amy limpou as últimas lágrimas e balançou a cabeça para que ela mesmo conseguisse passar por cima de tudo isso para voltar a ser "profissional". Ela não soube nem da onde ela tirou essa palavra quando a usou. Pegou o seu celular e viu que tinha uma mensagem não lida.

Vcs lugar errado. N1M3B31.

Ela limpou a garganta, arrumou a postura e a coragem e chamou o Lucian:

-Ian, Mila mandou uma mensagem. De novo, sem nenhuma boa notícia.

Ele empertigou-se para mais perto dela e leu a mensagem por cima do ombro.

-Lugar errado? Como assim? - ele perguntou. - Não tinha que ser outro país com N que também passasse por um trópico e estivesse numa linha reta que ligava a Itália e Níger?

-Olhe isso. - Amy apontou para a combinação de letras e números da mensagem. - É esse o país.

-Que país?

-Não sei. Sabe decifrar? - ela jogou o celular na mão dele.

-Por que Ekat gosta de complicar? - ele franziu a testa tentando entender o que Mila quis dizer com aquele bando de números e letras. - Já sabemos que é com a letra N, e a primeira letra que aparece aqui é a N.

-Espere. - falou Amy voltando para perto de Ian para observar o celular. - Só tem consoantes?

-E números 1 e 3.

-Temos cinco vogais. - Amy pensou em voz alta.

-A,E,I,O,U. - disse Ian. - 1,2,3,4,5.

-Isso! - É só substituir os números pelas vogais, nesta ordem. Ela começou a contar nos dedos: - N...1... ou seja, A. M... I... B...I...A.

-Namíbia. - falou Ian. - Droga! Fica do outro lado do mundo!

-Como não pensamos nisso antes? Namíbia passa pelo trópico de capricórnio e é o país com a letra N mais distante da Itália. Precisamos sair daqui, agora!

*****

O clima de Niamey, capital de Níger, estava agradável. O sol das 15h era tranquilo para os moradores, mas incrivelmente perturbador para a garota que usava botas de couro preto e uma blusa de manga comprida.

Mila Dragão olhou para o aeroporto ao seu redor. Respirou fundo e soltou o ar pesadamente. Foi andanda, sem pressa, por entre as pessoas, dando cotoveladas em algumas para que abrissem espaço para ela passar.

Saiu do aeroporto e caminhou pelas ruas de Niamey. Precisava fazer hora para que desse tempo de Amy e Ian chegarem a Namíbia antes dela chegar lá.

Parou numa rua para observar dois homens brigando do outro lado.

Um arrepio percorreu seu corpo.

Não era seguro ficar perambulando em plena cidade como se não tivesse objetivos. Qualquer um poderia aparecer por trás dela e enfiar-lhe uma faca no meio das costas, ou até mesmo arrastá-la para dentro de um carro e amordaça-la.

Girou seus pés para irem para o outro lado e continuou andando, fingindo observar tudo com muita atenção. Calçadas arredondadas nas esquinhas, árvores bem podadas enfeitando a frente das casas, prédios de cores terra e janelas retangulares verticalmente - típicas do lugar.

Deu um longo suspiro.

-Os Vesper gostam de lógica ou de mistério? - ela pensou em voz alta, girando nos próprios pés para ver a cidade de vários angulos. - É, eles não são os Lucian. Nada de lugares visíveis onde o público possa te ver, se não eles estariam nos Estados Unidos, não na Namíbia.

Ela cobriu a a mão com a boca ao perceber que tinha falado tudo o que pensava em voz alta. Olhou em volta e não detectou nenhum sinal de perigo.

Estou em Níger, pensou, não estou onde está a base deles, mas eles pensam que eu acho que a base deles está aqui. Então... onde? Que lugar é misterioso o suficiente para um Vesper?

Parou quando viu que chegou ao fim da cidade. Não tinha percebido muito bem o que fazia com os pés quando sua mente trabalhava em um plano, mas acabara chegando numa estrada asfaltada rodeada de areia. O deserto estava a frente como um monstro preparado para dar o bote e engolir a cidade inteira como uma cobra.

Mila observou as dunas de areia com atenção. Virou a cabeça para o lado oposto e viu o rio Níger. Uma ilha fluvial cheia de árvores com copas verdes.

-Se eu fosse um Vesper... - ela falou com um sorriso no rosto. - É para lá que eu iria.

Olhando para o rio, parada as margens dele, Mila pensou em como faria para chegar lá. Um arrepio percorreu o seu corpo quando uma voz sussurrou perto de seu ouvido em um ingles fluente:

-Bonito o lugar, não? Bem... secreto.

Teve tempo de virar a cabeça na direção do homem rapidamente só para guardar a sua visionomia. Rosto rude com barba por fazer, loiro, olhos... bem, olhos. Ela não teve tempode guardar tudo, sua memória fotográfica não era tão boa quanto a de Dan Cahill, Mila suspeitava se existiria alguém no mundo todo com uma memória visual melhor do que a dele.

Deixaria o homem que analisara por menos de um segundo, as margens do rio enquanto saía correndo se ele não estivesse também correndo atrás dela.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam??w
Vou me esforçar para postar o próximo logo.
Mais AMYIAN no próximo e menos Mila, ok? É que essa parte dela é MEGA importante, então...
BEIJOOOOOOOOOOOOS
mandem seus reviews
até mais

p.s. consegui comprar o livro Um Resgate Impossível, estou louca para lê-lo, mas estou em semana de prova. :/ Quando eu terminar de ler eu falo se eu gostei, mas vocês já sabem a minha resposta. ;D



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