Outro Conto Da Cinderela Moderna escrita por LuhJackson


Capítulo 23
A mãe do Derek e a noite das garotas


Notas iniciais do capítulo

Olha, gente... Eu sei que eu tenho vacilado muuuuuuuito ultimamente... Mais de três meses sem postar? Ok, podem me xingar a vontade! Mas eu tive meus motivos: provas, recuperação (em Geografia... simplesmente odeio aquela matéria! Argh!), computador com problema, sem internet (só na casa da minha tia, mas não tinha como eu postar lá...) e acho que eu estou esquecendo alguma coisa, mas não importa! O que importa é que eu voltei! E juro que nunca abandonei a fic, só não tive tempo e condições de postar!
Cara... Por que eu sou tão chata na hora de me desculpar? Oh God...
Ah! Já ia me esquecendo! Desde a última vez que eu postei, tínhamos uns 35, 36 ou 37 leitores... (sou tão organizada... ¬¬) e agora temos 41!
Uhuuuu! o/
Muuuuuuito obrigada a todos que mandaram reviews! De verdade! Se não fossem vocês, acho que eu teria desistido da fic há uns... Sei lá... 15 capítulos? Então, novamente: MUUUUUUITO OBRIGADA!
Agora vou parar de encher vocês!
Boa leitura!



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- E lá vamos nós de novo... - Murmurei, depois de Derek e eu termos quase pulado do sofá com o susto e nos separarmos.

- Atrapalhei algo? - A mulher perguntou, enquanto se dirigia à nossa frente, e levantou a sobrancelha para nós. Reconheci aquela expressão irônica de algum lugar... Ah, claro... Do Derek.

- Não, mãe! Nós só estávamos estudando biologia, não é? - Derek se apressou em dizer e olhou para mim pedindo ajuda.

- Claro! Biologia! - Dei um riso forçado, tentando parecer o mais natural possível e peguei o primeiro livro que vi pela frente e o levantei. - Bilogia, viu?

- E qual é a matéria? Reprodução humana? - Ela perguntou e parecia estar se segurando para não rir.

- Touché! - Derek murmurou e rolou os olhos.

- Por mais incrível que pareça... Sim. - Respondi um pouco envergonhada. - Mas não é o que a senhora está pensando!

- Tudo bem, minha querida, eu só estava brincando! - Ela respondeu, agora com um sorriso sincero no rosto.

Só então eu pude perceber os traços dela. Ela aparentava ter por volta dos 40 anos, mas não deixava de ser bonita. A senhora tinha longos cabelos pretos, bem mais escuros do que os do Derek, e olhos castanho claros. Como disse, uma senhora bonita... "Agora sei a quem o Derek puxou..." pensei.

- Ah... Só... Brincando? - Perguntei lentamente, ainda um pouco nervosa.

- Claro! - Ela sorriu amigavelmente, o que me deixou muito mais relaxada. - O que o meu filho faz ou deixa de fazer com as namoradas dele não é da minha conta! - Ela completou e levantou as mãos, em sinal de rendição.

- N-não... Eu não... Ai Deus... - Murmurei, sem saber o que dizer. Quantas vezes mais eu teria que dizer para as pessoas que eu não sou namorada do Derek?!

- Anh... Mãe... Nós não somos namorados. - Derek respondeu devagar, como se fosse uma coisa muito difícil de se entender!

- Não? - A mãe dele levantou uma sobrancelha para nós, novamente com sua expressão irônica, e continuou. - Porque parecia que vocês estavam prestes a se beijar quando eu entrei aqui. Ou estou errada?

- Bem... - Derek ia responder, talvez tentar negar, sei lá, mas ele pareceu mudar de ideia na última hora e continuou. - Acho que sim... - Ele olhou para mim, pedindo uma resposta.

- Acho... Não sei bem... - Respondi um pouco confusa e muito envergonhada. Eu já devia estar parecendo um pimentão de tão vermelha!

- Bem, como eu já disse antes: não é da minha conta! - Ela deu um sorriso que parecia dizer "Eu já tive a idade de vocês e sei o que adolescentes fazem sozinhos!", mas logo depois se virou e foi em direção a outro cômodo. De lá, ela ainda continuou. - Vou estar aqui na cozinha, se precisarem de mim! Querem biscoitos?

Derek olhou para mim. Achei que ele fosse falar alguma coisa realmente importante, mas ele só disse:

- Você vai querer... Ahn... Alguns biscoitos?

- Não, não precisa, não estou com fome.

- Vou fazê-los mesmo assim! - A mãe de Derek respondeu da cozinha. Como ela conseguiu me ouvir de lá?

Derek e eu ficamos alguns segundos em silêncio, somente encarando os livros na mesinha de centro, até que ele resolveu quebrar o silêncio:

- Me desculpe pela minha mãe... Ela às vezes é um pouco...

- Sei como é. - Disse o interrompendo. - Minha mãe também pode ser às vezes um pouco... Você sabe... - Rolei os olhos, agora começando a ficar triste por lembrar da minha mãe e, consequentemente, da separação dela e do meu pai.

- Você está bem? - Derek perguntou, me encarando.

Confirmei com a cabeça e respondi:

- Estou sim... Eu só... - Hesitei e olhei em seus olhos.

Será que eu deveria contar para ele sobre o divórcio dos meus pais? Pode parecer meio bobo, mas eu estava com vergonha de contar para alguém que meus pais estavam se separando.

Não que eu tivesse vergonha do fato deles estarem se separando, já que isso acontece com muitas famílias e tal, mas... Eu não queria parecer fraca. Eu sabia que se eu comentasse isso com alguém, eu pareceria mais frágil do que o normal. Não, eu definitivamente não pareceria fraca na frente do Derek!

Eu contaria para a única pessoa que eu não me importaria de parecer fraca. A única pessoa que eu conseguia confiar plenamente e que conseguiu toda essa minha confiança em muito pouco tempo.

- Eu só... Acho que devemos voltar ao trabalho. - Decidi e desviei os olhos.

Eu pensei ter conseguido enganar o Derek, mas pelo visto ele já me conhecia muito bem para isso...

- Ok, quando você estiver preparada para falar o que quer que você não queira falar agora... Saiba que eu vou estar aqui. - Ele me deu um último sorriso de solidariedade e se virou para os livros, suspirando logo em seguida. - Então... Reprodução humana.

- Ai. Meu. Deus. - Katie disse, largando o Sr. Pubbles (meu cachorro de pelúcia) em cima da minha cama e correndo para me abraçar. As lágrimas correram soltas pelo meu rosto, as lágrimas que eu tanto controlei o dia todo, mas que agora poderiam finalmente sair.

Assim que Derek e eu terminamos o trabalho de biologia, o que foi por volta das 18h, eu corri para casa (não sem antes me despedir de Derek e de sua mãe, agradecendo ainda pelos biscoitos deliciosos) e liguei para Katie, pedindo que ela viesse dormir na minha casa, porque eu precisava conversar com ela urgente! Ela estranhou de início, afinal, eu tinha acabado de dormir na casa dela, mas veio o mais rápido possível.

Quando ela chegou, a levei para o meu quarto e lhe contei toda a história sobre o divórcio dos meus pais, falando também sobre suas brigas. Katie era uma boa ouvinte. Durante toda a história, ela só ficou sentada na minha cama, abraçada com o meu cachorro de pelúcia, e ouvindo pacientemente cada palavra minha.

Agora estávamos aqui. Eu com a cabeça no colo de Katie e agarrada com o Sr. Publes, enquanto ela tentava me acalmar.

- Vamos lá, Cindy! Não é o fim do mundo! Você ainda vai poder ver o seu pai, só não vai ser na mesma casa, claro, mas você vai poder visitá-lo ou ele pode vir te visitar! Não é como se... - A voz dela falhou e só aí eu percebi o quanto eu estava sendo estúpida!

- Oh, Katie... - Me sentei na cama e a encarei, a qual parecia estar lutando com as lágrimas. - Me desculpe, eu fui muito idiota. Você perdeu a sua mãe e nem por isso fica chateando ninguém com isso. Eu ainda tenho meus dois pais... E estou aqui parecendo uma garotinha mimada que só pensa nela...

- Não se culpe. Eu sei o quanto pode estar sendo difícil pra você. Eu só... Acabei me lembrando da minha mãe... - Ela sorriu triste e secou uma lágrima no canto do olho, antes que ela caísse.

Quando eu ia falar mais alguma coisa, minha barriga roncou.

- Nossa... Com tudo isso, acho que eu acabei esquecendo de comer alguma coisa! - Ri.

- É, acho que eu também to com fome... Você me chamou quando a janta já estava quase pronta! - Katie reclamou, cruzando os braços. Eu tive que rir da cara dela.

- Vamos descer, vou pedir para a minha mãe preparar alguma coisa pra gente.

Nós descemos correndo, mas não encontramos minha mãe em lugar nenhum. Quando fomos checar na cozinha, eu achei, grudado na geladeira com um imã, um bilhete da minha mãe.

- Aqui diz que ela saiu com a minha Tia Rosa... - Comecei.

- Quem é Tia Rosa? - Perguntou Katie, me interrompendo.

- Uma amiga da minha mãe que é praticamente uma irmã pra ela, então eu a chamo de tia... Mas digamos que ela tenha uns probleminhas com bebida... - Respondi.

- "Probleminhas com bebida"? - Perguntou Katie, levantando uma das sobrancelhas.

- Ok, ok... Talvez não sejam apenas "probleminhas"... Quando ela bebe, mesmo que não seja em uma quantidade muito grande, ela fica mais animadinha do que o normal e começa a falar besteiras, ou seja, fica bêbada. Eu sei que a maioria das pessoas fica bêbada quando bebe, mas acho que ela extrapola às vezes... Acho que eu não sei bem como explicar, só vendo mesmo.

- Tudo bem, se você diz... Mas o que fala o resto do bilhete?

- Bom, aqui diz que ela foi com a Tia Rosa numa festa de algum amigo da minha tia... Ah meu Deus... Isso não vai dar certo. - Comecei a me desperar. - Nessa festa deve ter bebidas e...

- Cindy, fica calma! - Katie tentou me tranquilizar. - Não é como se ela e a sua mãe fossem dançar peladas em cima de uma das mesas do lugar...

- Ela já fez isso. - Respondi, cortando-a. - Bem, a Tia Rosa, minha mãe não.

O queixo de Katie caiu.

- Ok... Sua tia definitivamente tem problemas com bebidas! - Ela falou, com os olhos arregalados.

- Por isso que eu estou preocupada! E se ela inventar de tirar a roupa em cima de uma das mesas, ou pior... - Fiz uma pausa dramática. - Se ela levar minha mãe junto?

- Olha... Acho melhor não tirarmos conclusões precipitadas. - Katie disse, enquanto tirava o bilhete de minhas mãos e me encaminhava para fora da cozinha. - E se a sua mãe encontrar um cara legal nessa tal festa e eles se apaixonarem e viverem felizes para sempre?

Nos sentamos no sofá da sala e eu levantei uma sobrancelha para ela, com a minha típica cara de "Sério? Você ainda acredita em Papai Noel?".

- Ei, não precisa fazer essa cara! Eu só queria ajudar! - Ela levantou as mãos em sinão de rendição.

- É que... - Suspirei. - Você acredita mesmo em contos de fadas? Porque eu não acredito... Eu acho que a vida real às vezes tenta imitar os contos de fadas, mas na maioria das vezes não sai muito bem...

- Disse a garota que vai interpretar a Cinderela... - Ela murmurou e revirou os olhos.

- Ei!

- Não é que eu acredite em contos de fadas, - Ela começou. -  mas eu tive que aprender a ver sempre o lado bom das coisas ou imaginar que um dia tudo pode melhorar... - Ela abaixou os olhos. - Você sabe... Por causa da minha mãe.

- Me desculpe por bancar a egoísta novamente... - Comecei a me desculpar, mas ela me interrompeu.

- Não se culpe, eu entendo que você está abalada, mas acho melhor nós pararmos com todo esse clima de depressão e... - Ela parou por um instante e pareceu se lembrar de algo. - Ei... Você não ía hoje na casa do Derek hoje para fazer algum trabalho?

- Sim.

- Cindy...

- O que? - Perguntei, começando a ficar envergonhada.

- Você está ficando vermelha. - Ela disse, com um sorrisinho divertido brincando nos lábios. - O que rolou lá?

- Nada demais... - Falei e comecei a encarar minhas mãos, que estavam em meu colo.

- Nada demais? - Katie cruzou os braços e levantou uma das sobrancelhas. - Ah, claro! Porque as pessoas ficam vermelhas quando não acontece nada demais!

- Ok, ok! - Bufei e depois falei bem mais baixo. - Nós quase nos beijamos...

- O que?! - Ela gritou, levantando do sofá com um sorriso enorme no rosto.

- Ei, quer acordar a vizinhança? - Reclamei.

- Acordar a vizinhança? São 20h! Nem os velhinhos devem estar dormindo à essa hora! - Ela respondeu indignada e eu ri. Mas então ela ela se sentou novamente no sofá e continuou animada. - Conta, conta, conta!

Rolei os olhos e levantei do sofá, pegando o telefone sem-fio em cima da mesinha de centro.

- Tudo bem, eu conto, mas depois de comermos uma pizza, porque se você acha que eu vou cozinhar, está redondamente enganada! - Respondi e nós rimos.

"Bip! Bip! Bip!"

"Droga de despertador!" pensei e quase o taquei na parede, mas na última hora desisti. "Se eu quebrar mais um despertador minha mãe me mata e ainda me faz pagar com a minha mesada um novo! Espera... Minha mãe! Onde ela se meteu? Não a vi chegar ontem... Ai meu Deus... O que será que aconteceu?!"

Rolei e olhei para fora da cama, para o colchão no chão do meu quarto, onde Katie estava dormindo tranquilamente, parecendo nem ter notado o som do despertador.

- Katie... - Sussurrei, mas ela nem se moveu. - Katie. - Falei um pouco mais alto, mas ela só se virou para o outro lado.

"Ei... Porque eu estou tentando acordá-la assim se eu posso fazer isso de um jeito muito mais divertido?" pensei maleficamente.

Levantei da cama, tomando cuidado para não fazer barulho, e me posicionei ao lado do colchão. Peguei com as duas mãos o lençol que cobria o colchão e contei mental mente até três, quando eu puxei o colchão com toda a minha força. Katie, assutada, caiu de cara no chão. Não satisfeita, eu ainda peguei o travesseiro e comecei a bater nela.

- Acorda, dorminhoca! - Falei animadamente, rindo histericamente.

- Cindy! - Ela gritou furiosa e antes que se levantasse, eu saí correndo do quarto, descendo as escadas como um foguete, mas pelo visto a Katie era bem rápida, porque quase me alcançou na sala. - Eu vou te matar! - Ela gritou novamente.

- Chega! - Ouvimos um grito vindo da cozinha e paramos repentinamente. Nos entreolhamos e andamos até lá.

Chegando na cozinha, vimos uma cena hilária, mas que eu nunca pensei que veria: minha mãe de ressaca.


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Notas finais do capítulo

Entãaaaaaao? O que acharam????
Será que mesmo depois de tanto tempo eu mereço algum review??
P.s.: Vou tentar postar como antes, uma vez por semana, ok? Assim eu consigo me programar melhor, mas não garanto que vou conseguir postar exatamente uma vez por semana! Pode ser duas vezes em uma semana... Ou uma vez em duas semanas... Mas prometo que não desisto da fic!
Beijinhos e até o próximo capítulo!!
:D



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