O Livro Dos Deuses (Hiatus) escrita por Victor Everdeen Jackson


Capítulo 10
Capitulo 10 - A maldição da rainha- Parte 1




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(Pov. Nico)



Acordei com fortes dores de cabeça, olhei para minha pele, ela estava completamente vermelha, me levantei e vi que estava no mundo inferior, estava de frente aos juízes, eles usavam mascaras douradas.

Um deles disse:

-Filho de nosso senhor, não merece punição.

-Teve uma morte heróica, voto Campos Elísios- outro falou.

-Eu também- Concordou o do meio.

Vi um portão dourado surgir em minha frente, ele se abriu e eu o atravessei, apareci em um lugar com varias mansões, um lago cristalino estava abarrotado de pessoas, segui até lá, um rosto familiar surgiu em minha frente, reconheci Silena.

–Nico... O que você... – Ela viu minha expressão, seus olhos demonstravam horror- Voce está...

-Morto- Completei.

-Mas como? Voce é o Lorde Fantasma, filho de Hades, como você morreu, o que aconteceu?

-Bem, resumindo, novo irmão, guerra, monstros atacando o acampamento, Hidra, queimado.

-Oh meus deuses- Ela me abraçou seu cabelo loiro roçou meu rosto.

-Com licença- Disse uma voz atrás de mim.

Virei-me e encarei meu pai.

-Garoto- ele falou- Como você pode ter morrido?

-Silena- falei- Pode me dar um minutinho com meu pai?

-Claro- Ela falou- Vou... Vou avisar os outros.

Ela saiu correndo em direção ao lago, eu e meu pai seguimos a um dos inúmeros bancos que havia, o cheiro de churrasco fazia meu estomago revirar de fome.

-Então, o que aconteceu?- Ele me perguntou.

Contei tudo, a guerra, os monstros, os semideuses, quando mencionei Caio, ele resmungou:

-Outro meio-sangue?

Achei estranho o fato dele dizer isso, pois como ele não iria saber que tinha outro filho semideus? De repente a verdade me atingiu em cheio, achei estranho ele não estar usando seu elmo, também estar sem sua capa, me levantei e gritei:

-Perséfone?

Meu “pai” se levantou e começou a mudar de forma. Ele ficou mais baixo, seus cabelos pretos cresceram na altura das costelas, seus olhos se tornaram verdes, sua roupa se transformou em um longo vestido preto.

Recuei horrorizado, o que ela queria com isso?

Ela estendeu as mãos e vários esqueletos surgiram, ela estralou os dedos e eles se tornaram karpoi, espíritos do grão que se lançaram em cima de mim.

Estendi as mãos para criar uma barreira protetora, mas nada aconteceu, só tive tempo de olhar para o rosto de Perséfone, seus olhos estavam vidrados em um ponto além de mim, então apaguei.

Odeio pesadelos, sonhei que estava caindo no Tártaro, rostos apareciam em minha frente, meus amigos, Bianca, Caio, Meu pai.

Eles eram mortos horrivelmente, seus rostos eram desfigurados por monstros, e seus corpos eram queimados, sonhos horríveis mesmo para um filho de Hades.

Acordei em uma caverna com varias estalactites e estalagmites em posições que só poderiam ser criados por um filho de Hades.

Desmaiei novamente, desta vez sonhei que uma garota com um rosto escondido por nuvens me puxava para longe de um ser gigante, que parecia um dragão, mas não tinha asas, reconheci-o, era um Drakon. O monstro que matou Silena.

Olhei para mim mesmo, eu usava uma armadura grega completa, com um elmo que tinha uma pena negra como a noite.

-Por que faz isso?- não era minha voz, eu a conhecia, mas não consegui lembrar de onde.

-È um monstro gigante, você não...

A cena se desfez em névoa, surgi em outro lugar, a sala dos tronos do Olimpo, somente quatro deuses estavam lá: Zeus, Poseidon, Atena e Apolo, eles estavam na versão gigante.

Zeus usava um terno risca giz azul escuro, mocassins pretos. A barba estava comprida, chegando até a altura do estomago.

Poseidon usava uma bermuda florida, camisa com estampa de coqueiros e sandálias.

Atena usava um vestido cinza até a altura do joelho, e umas sandálias da mesma cor.

O deus do sol usava uma calça jeans, all star e camiseta regata.

O deus do céu e o deus do mar estavam se encarando com ódio, Zeus disse:

-O que você ira fazer hein?

-Destruí-lo, nós fizemos outro juramento, ele não devia ter nascido- Poseidon gritou.

Os dois deuses se levantaram, Zeus invocou seu raio mestre e o apontou para o rosto de Poseidon, ele por sua vez pegou seu tridente e tentou enfiá-lo na cabeça de Zeus.

-Não!- Atena gritou .

Uma coruja gigante surgiu entre os dois e abriu as asas gigantes, assim os dois deuses foram afastados um do outro.

-Sentem-se- ela ordenou autoritária.

Os dois se olharam novamente e se sentaram.

-Então, estamos aqui por causa do inimigo.

-Sim- Apolo disse- O livro sumiu, e ela também.

-Ela não pode estar por trás disso- Poseidon falou sonhador- Ela é uma deusa.

Como eu estava na porta da sala eles não me viram, acho que eu estava invisível, mas eu podia ver que Atena tinha olhado com ódio para Poseidon, mas rapidamente sua cara mudou para horror, ela deu um tapa na cara de Poseidon, o mesmo olhou para ela como quem tinha acabado de acordar.

-Hã?- ele perguntou com um ar bobão.

-Ela enfeitiçou-o, posso...?- Apolo perguntou.

-Claro- Zeus deu um sorriso.

-Não- lagrimas vieram ao olho de Atena- Senão ele iria esquecer que... O porquê de estarmos aqui... Ele iria esquecer que eu o amo.

Acordei com um sobressalto, acordei na mesma caverna de antes, pela primeira vez examinei-a completamente.

Era grande, tinha uma fonte no meio, um grande anjo negro soltava água.

-Oh ele acordou- disse a voz de Silena atrás de mim, me virei e vi que não estava sozinho, Silena, Beckendorf, Luke, Bianca, Castor e Zoe estavam sentados em torno de uma fogueira.

-Então é verdade?- Castor disse- O Rei Fantasma está morto?

-Sim- dei um sorriso tímido- Onde estamos?

-Na Caverna dos Sonhos- quem respondeu foi Zoe.

-Caverna dos Sonhos?- franzi a testa.

Então eles me explicaram. Perséfone começou a atacar os espíritos de campistas, o motivo, desconhecido.

Eles chegaram a tentar falar com meu pai, mas como todos os espíritos, nenhum deles conseguiu chegar ao castelo, nem mesmo Bianca, mas conseguiram mandar um recado por Alécto, uma das fúrias, só que se meu pai recebeu o recado, não respondeu.

Então coisas estranhas começaram a acontecer, os guardas dos castelos foram trocados pelos espíritos do grão, nenhum espírito chegou mais ao Mundo Inferior, Cérbero invadiu o Campos Elísios e destruiu quase tudo.

Quando eu cheguei ao Elísio, foi uma das partes que não foi destruída.

-Tá mas e a caverna?- Perguntei impaciente.

-Quando nossa “casa” foi destruída, eu fugi para os Campos Asfódelos- contou Bianca, apertei sua mão, desde que ela morreu, eu nunca tinha ficado tão perto dela- Eu encontrei alguns karpoi, mas consegui invocar alguns esqueletos, enquanto eles lutavam, eu segui até o Rio Estige, uma caverna apareceu a beira dele e eu entrei, parecia que eu tinha entrado na nossa velha casa lembra?- Ela deu um sorriso para mim.

-Claro.

-Então os outros começaram a aparecer, mas no final todos nós vimos a mesma coisa...

-O Acampamento- murmurei, uma saudade bateu em mim e me lembrei da guerra.

Contei para eles sobre o que estava acontecendo, quando terminei Beckendorf disse:

-Engraçado.

-O que?- Perguntei, pois não estava achando graça nenhuma.

-Parece uma maldição.

Parecia que a resposta estava na minha frente o tempo todo.

Livro... Guerra... Ela...Maldição...Caverna dos Sonhos...

Beckendorf tem razão, é uma maldição... A Maldição da Rainha.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí? Rewiews? Mps? Recomendações?