_Oi – disse sem graça

_Oi, você deve ser a Becca – disse ele se levantando para me cumprimentar
      _Sim, sou eu mesma – disse pegando na mão dele dando um beijo em sua bochecha, mais ele foi inventar aquela historia de 3 beijinhos e meu deu outro beijo na outra bochecha e o 3 acabou sento um selinho, fiquei vermelha na hora.
     _Bem aqui o seu celular – disse ele me entregando o celular e se sentando inseguro
      _ AIN meu filho senti sua falta – disse abraçando o celular e ele deu risada de mim.
       _Você quer que pizza? – perguntou ele olhando pro cardápio
        _Pode ser calabresa? – perguntei sorrindo que nem criança
        _Pode sim – ele chamou a garçom e fez o pedido – então – ele começou a puxar assunto

– Você esta morando com o seu amigo não e mesmo? – para tudo como e que eles sabe.
          _Sim, mais como você sabe? - perguntei muito surpresa
         _Bom depois daquele dia em que eu quase te atropelei eu peguei o seu celular então eu mexi nele pra ver se encontrava alguma coisa pra localizá-la para entregá-lo – F-O-D-E-U
       _Você leu tudo o que ta nele? – disse quase em desespero
       _Sei que isso foi uma invasão de privacidade mais na hora não tive escolha então sim acabei vendo tudo o que estava nele. – disse ele em um tom compreensivo
        _Você leu tudo, tudo? – eu tava muito espantada com isso
       _Sim, inclusive sobre o que você escreveu sobre sua família, sei que não posso dizer que compreendo isso mais posso dizer que você pode contar comigo pra te ajudar no que você precisar – ele disse compreensivo e muito meigo
      _Então… - não pude completa, pois logo fui interrompida
      _Não diga nada, apenas me chame quando precisar de algo quero te ajudar, e o mínimo que eu posso fazer por ma fã minha e que eu quase atropelei – ele deu um sorriso.
         Sorri sem graça, o tempo foi passando, comemos a pizza e tomamos whisky enquanto conversávamos sobre musicas, bandas, e sobre nós também.
     Quando vimos PORRA era super tarde, então ele falou:
        _Posso te levar pra casa?
       Sorri sem graça.
        _Pode sim, se quiser claro se não eu pego um taxi de novo.
        _Vamos eu te levo. Fomos ate o caixa, eu ia pagar minha parte, mas ele quis pagar tudo, depois fomos para o carro dele, uma BMW preta super linda, entrei no carro olhando por tudo, ele entrou depois de mim, ligou o carro e saiu.
       _Onde você mora?
Expliquei o caminho pra ele e depois de um tempo chegamos à casa do Alex.
      _É bem, tchau então. Falei tentando me despedir.
      _Tchau. Não sei se foi por impulso ou outra coisa mais ele puxou meu rosto perto do dele e me beijou, um beijo carinhoso meio que com medo de ser rejeitado, eu continuei por alguns segundos então ele me olhou com vergonha e eu o olhei com mais vergonha ainda.
     _Desculpe Becca.
     _N não tudo bem, é eu vou agora então. Sorri com muita vergonha peguei minha bolsa e sai do carro, fui entrando na casa do Alex, e para minha surpresa vi meus pais discutindo com Alex e com os pais deles.
     _P PAI? M MAE?
     _AH AI ESTA A MAL AGRADEÇIDA, DEMOS TUDO PARA VOCÊ E VOCÊ AINDA FOGE DE CASA. VADIA.
      _QUE MERDA COMO VOCES DESCOBRIRAM ONDE EU ESTAVA?
      _SOMOS SEUS PAIS. E A GENTE SABE QE ELE É SEU ÚNICO AMIGO, ENTAO FOI FACIL DESCOBRIR.
      _NAO ME TRATEM COMO SE EU FOSSE UM ANIMAL.
       _CALE A BOCA E VOCÊ VAI EMBORA AGORA.
       _NAO VOU, ME OBRIGUEM, EU ODEIO VOCES.
           Meu pai se levantou super furioso me puxou pelo cabelo, (o que doeu muito senti que ia ficar sem cabelo àquela hora) e foi me puxando até o carro dele, pegou minhas malas e jogou no carro quase em cima de mim.
        Fiquei em silencio a viajem pra casa inteira, me segurando pra não chorar, então quando chegamos em casa, meu pai me puxou pra fora do carro e minha mãe levou as malas.
        _Leve as malas dela pro quarto dela. Disse meu pai para minha mãe.
    Ela subiu e assim que ela fez isso, ele chegou perto de mim.

_Quem você acha que é em vadia? Fugir de casa sem mais nem menos?
        _SE VOCES ME TRATASSEM COMO GENTE, EU IA FICAR EM CASA, SE VOCES ME AMASSEM PELO MENOS.
       _Você não é gente. Olha pra você depois me diz se você é uma pessoa realmente.
    Olhei para baixo, porque ele me odiava tanto?
Ele puxou meu rosto com força e me deu um soco no olho me jogou no sofá e começou me bater com muita força, comigo aos gritos, e quando mais eu pedia para parar ele me batia mais.
     Ele só parou quando eu comecei sangrar, ele não queria ter o gosto de me levar para o hospital.
       _AGORA VAI PRO QUARTO E NÃO SAIA DE LÁ VADIA.
      Corri para meu quarto, estava tudo como eu deixei, olhei pra cama tirei minha roupa rápido tranquei o quarto e deitei na cama.
Levantei depois de umas horas e vi meu rosto TODO roxo, e meus braços tudo arranhado, olhei meu rosto roxo no espelho e comecei chorar.

Peguei meu celular e escrevi tudo o que estava acontecendo nesses dias, quando estive realmente feliz, a noite perfeita com o Jinxx, e depois tudo o que meu pai fez comigo naquela noite. Quando terminei de escrever me olhei no espelho mais uma vez e sentei na cama, olhei para meu celular e vi para minha surpresa uma mensagem do Jinxx.
 ‘’Amei passar a noite com você ! Tenha uma boa noite! Jinxx ♥’’

Olhei aquela mensagem e voltei a chorar, mas ao mesmo tempo eu sorria, deitei novamente na cama e peguei no sono.

No outro dia devia ser umas 10 horas da manha, acordei assustada com meu pai socando a porta, parecia que ia derrubar a casa gritando.
       _VENHA AQUI IMEDIATAMENTE.
     Levantei, tomei um banho quente me arrumei (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=51081056&.locale=pt-br) escovei os dentes, arrumei o cabelo e fui lá em baixo.
     Olhei minha mãe sentada no sofá e disse Oi para ser educada, e para minha surpresa ela retribuiu, olhei meu pai que estava no outro sofá segurando uma latinha de cerveja.
       _Quando eu mando você vir aqui é pra você vir aqui no mesmo segundo ENTENDEU?
     _Ao contrario de você eu sou higiênica e por isso demorei. Dei as costas para ele, e naquele momento ele me segurou pelo braço com muita força.
     _Escuta aqui sua vagabunda você mora na minha casa e tem a obrigação de me obedecer. Ele me jogou no chão com força me fazendo bater a cabeça na quina da mesinha de centro.
    _Ai. Coloquei a mão na cabeça na hora para ver se não estava sangrando, para minha sorte não, mas tava doendo muito.
    _E MAIS UMA COISA, VOCÊ NÃO PASSA DE UMA FRACASSADA IGUAL A SUA MAE.
   Meu pai deu as costas e saiu de casa. Olhei para minha mãe.
     _Como você ainda esta com esse monstro?
     _Se não fosse por ele, a gente não teria um lugar onde morar e nem pra viver, entenda isso Becca.
     Ela se levantou e saiu de cabeça baixa, uma fraca, desculpe mas tenho vergonha de ter uma mãe fraca e sem coragem como ela.
Me levantei do chão meio tonta, esperei um pouco até passar a tontura e mandei uma mensagem para o Alex. ‘’me encontra na pracinha’’.