Meg POV’s

- Oque você quer, Harry? - perguntei de certa forma com ódio, além de tudo, ele ainda tem a cara de pau de me ligar? - E como sabe meu número?

- Eu falo, você escuta.

- Quer que faça "au au" também? - perguntei, sem deixar de ouvir seu bufo do outro lado da linha. Revirei os olhos.

- Dá pra parar de infantilidade e ouvir?

- Dá pra falar logo? Não tenho tempo pra idiotices.

- Ou seja, não tem tempo pra mim.

- Eu não queria te abandonar, para de me julgar.

- E porque não me falou que ia?

- Era por proteção.

- Podia ter me falado.

- Você não ia falar algo? – perguntei grossa, sentindo minhas veias incharem de raiva.

- Não aguenta ouvir a verdade, certo? – soltou uma risada sarcástica. – Bem você, mesmo.

- Olha só garoto, dá pra parar? Você sabe que eu não fiz por mal, e sabe que eu te amo. – bufei. – E olha quem fala, mal passou alguns meses e você aparece com a primeira vadia que encontra.

- Não fala assim dela.

- Me poupe, Harry. Fala logo oque quer, já disse que to sem tempo.

- Sem tempo? Vai sair com o Nick? – o ciúmes na sua voz e o nojo quando falou “Nick” eram visíveis, e me segurei pra não rir dele.

- Para Harry, que saco, parece criança.

- E você? Parece maluca, fica puxando assunto.

- Primeiro que ser normal nunca foi meu forte. E segundo, idiota, você quem tá puxando assunto! – praticamente gritei.

- Posso falar?

- PODE! – dessa vez, eu gritei. – Que saco, merda.

- Amanhã, quando todos almoçarem juntos. Almoçaremos só eu e você, num restaurante aberto. Como amigos.

- Porque eu aceitaria? Sua presença me enoja. – menti.

- Porque Simon tá mandando.

- Todos piraram agora, ótimo. – falei sarcástica, e bufei. – Tchau.

Desliguei e olhei pra Em, que tinha a boca aberta.

- Uou. – me olhou indignada. – O ódio chegou á esse nível?

- Mais que isso, Em, mais que isso. – revirei os olhos.

- Bem, vamos dormir? – Em falou, se levantando.

- Eu tinha que ter passado na gravadora, só vou ligar pra Simon e aí falo com você, ok?

- Tá.

Liguei pra Simon, e ele logo atendeu.

- Preciso falar com você. – falamos juntos.

- Eita, fala. – ele disse.

- Então, eu não pude ir e tal, só isso.

- Ah, sim.

- Agora fala.

- Fala oque?

- Oque você ia falar, ué. – me confundi.

- Ok. Você vai precisar arranjar um “pai” pra criança.

- Você é pirado? Não vou fazer isso. A criança é do Harry. Se ele não assume, ninguém assume por ele.

- Para de ser complicada, Meg.

- Não é ser complicada, é ser certa. Meu filho. Minhas regras.

- Só até a poeira abaixar. Já estão até falando que é o Nick.

- Tá, Simon. Ok, mas que merda! – bufei.

Desliguei e sai pisando forte até meu quarto.

- Que foi?

- Você não vai acreditar.

- Se você não me contar, não vou mesmo não.

- Cala boca. – bufei, raiva domina. – Simon vai me fazer arranjar outro pai pra criança, ou seja, o Nick. E agora?

- Eu não sei, conversa com ele e vê oque ele acha. Depois, se for o caso, você fala a verdade pra mídia. Se o Harry quiser, claro.

- Harry não tem querer, o filho é dele. Mas que se foda, Nick deve ser bem melhor pai do que Harry. – falei, ou melhor: menti.

- Talvez não, Meg. Mas você precisa tentar. Sei que não é o certo, mas vamos ver né?

- Tá ok, vamos dormir. – falei, repetindo as palavras de Em de alguns minutos atrás.

Ela murmurou algo que eu não ouvi, trocamos de roupa e deitamos. Logo dormi, o dia foi cheio de notícias e informações, eu estava pesada.

(...)

- Já ta pronta? – bati na porta de Em, pela milésima vez. – Vamos Em, é um almoço, não um chá com a rainha.

- Até porque a gente não tá na terra dela. – sorriu irônica, saindo de lá. E senti a indireta.

- Pois é, estamos em terra melhor. – retruquei e ela me fuzilou com o olhar. – Tá, calma.

Roupa Meg: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=57189531

Roupa Em: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=57192063

Iriamos almoçar num restaurante lê francê qualquer, quer dizer, eles iriam. Eu e Harry iriamos em outro lê francê, mas é um mais moderno e tal.

- Você e Harry sozinhos num restaurante? Isso só vai dar mais boato. – falou, em quanto descíamos as escadas.

- Também acho, mas Simon só sabe arranjar ideia, você o conhece, né. – bufei.

- Calma Meg, vai dar tudo certo.

- Não preciso que dê, eu o odeio.

- Quem? Simon?

- Não, idiota. Harry. – dei um peteleco em sua testa, que se transformou em mais uma de nossas briguinhas.

- Parem! – Nick e Josh apareceram já prontos. – Vamos?

- Tchau pra vocês. – gritei, já entrando em meu carro e Nick acenou de forma meiga: Quero ver ser meigo quando eu falar “Não quer brincar de ser pai não, Nick?”

Dirigi até o tal restaurante e estacionei em um lugar mais afastado dali, calmo. Segundo Simon, teriam de notar minha presença, nada melhor do que andar livremente.

- Finalmente, já estava quase saindo.

- Podia ter ido. – sorri irônica.  – Belo jeito de receber uma garota.

- Você não é uma garota, um E.T.

- Vai se foder, Harry. Você não é ninguém pra me chamar de E.T.

- Vai começar?

- Quem começou foi você, então nem vem. – bufei.

- Garçom. – Harry o chamou.

Narrador

E esse, meu caro leitor, foi só o começo de um dia cheio de verdades e baldes d’água fria.

Mia POV’s (“namorada” de Harry)

Não posso dizer que não to gostando dessa história de ser a mais nova namorada de Harry Styles, mas mesmo assim, dá pena de ver Megan e Harry separados.

Fui no restaurante com o pessoal, e eles me receberam bem, menos as meninas.

- Gente, vamos á algum lugar depois daqui? – Lou sugeriu, animado. Logo foi aceitado por Els, e o resto do pessoal.

- E você, Mia? Aceita? – Niall perguntou, e logo soltou um “ai”. Provavelmente Mandy o chutou por baixo da mesa.

- Vamos aonde? Algum parque? – Em ignorou minha opinião, mas eu entendo.

- Conheço uma boate super legal. – sugeri, devolvendo na mesma moeda: Ninguém mandou se meter comigo. (n/a: ui, poderosa... ta, jacalei, é q não gosto dela e tal)

Terminamos de almoçar em um segundo, e logo já estávamos indo cada um pra sua casa. Iriamos á tal boate mais tarde, por ainda estar cedo e os casais quererem tempo para si.

Fui visitar alguns amigos e tal, até Harry me ligar.

Harry POV’s

Estávamos tendo um bom almoço, sem muitos xingamentos e tal. Lou me ligou e disse que iriamos á casa de Nick ver uns filmes, mais tarde. Depois, ás 23h teríamos o show e etc.

- Você também vai?

- Aonde? – Meg perguntou, e logo recebeu uma mensagem, leu e falou: - Sim, você a arira... cof... Mia, vão?

- Eu sim, mas tenho que ligar pra ela.

Liguei e fui pra fora falar com ela, quando voltei Meg não estava mais lá, notei a burrada que tinha feito, não por nada, não sou nada de Meg, mas sei que isso a machucou.

Li o bilhete:

“Tive que ir, compromissos, sabe como é.

Paguei a conta, sei o quão chato você é e iria encher meu saco a vida inteira por não pagar minha conta.

Continue com sua vida ridícula, da garota que te odeia e sempre te odiará.”

Senti uma pontada de angustia, eu queria ter lido “da garota que te ama e sempre te amará” mas infelizmente, nem sempre a vida é como a gente quer (n/a: essa frase é de uma musica que eu compus, q babe).

Sai de lá e fui direto á uma praça ficar por ali, mesmo. Deu a hora da tarde de filmes, iriamos relembrar os velhos tempos (talvez não fosse bom pra mim, mas quem se importa?) e tal. Passei no hotel de Mia, espera... é Mia ou Lia? Vou na sorte.

- Hey Mia. – abracei-a de lado, sem muita intimidade.

- E ai, Harry. – ufa, acertei. (Sim, eu também lembrei de Maldivas com a... como era mesmo o nome dela?)

Ficamos conversando sobre música no caminho, e ela tem os gostos um pouco diferentes dos meus, ok, muito diferentes.

Trilha sonora: http://www.youtube.com/watch?v=X1Fqn9du7xo

Chegando lá e nem Meg nem Nick estavam presentes, me senti inútil e invulnerável mas ela não se importa eles estavam na cozinha ou algo do gênero, que tentei não me importar.

- Senta aqui, Harry. – Mia levantou a mão, sorrindo. E Em quase matou ela com o olhar, se eu não me metesse na frente dela e a repreendesse.

- Meg tinha razão quando disse que você é idiota. – Em falou, só pra eu ouvir.

- Problema dela. Não me importo com oque ela pensa de mim.

- Tem certeza, garotão? – perguntou irônica, e foi ficar do lado de Zayn. Entendo o lado dela, de proteger Meg, mas não precisa ser assim.

Logo Meg e Nick estavam demorando demais, e ninguém percebia isso.

- Onde é o banheiro? – perguntei, tentando pensar aonde ficaria o quarto de Nick.

- Sei lá, procura. – Mandy falou, antes que alguém falasse. E todos entenderam o “se vira, otário”.

Será possível que todos vão ficar contra mim? Só porque tô frio com Meg? Que porra.

Subi as escadas e logo avistei um quarto que tinha a voz de Meg vinda de lá.

- Mas Harry não vai achar ruim?

- Eu não me importo. Ele não é o dono do mundo. E ele mesmo não quis assumir.

Assumir o que? Sou gay e ninguém me avisou? Tá, parei.

- Tudo bem, eu quero então. Acho que vai ser uma experiência legal.

- Obrigada, Nick. Esse bebê não vai ter pai melhor que você. – ela falou, e eu olhei pelo buraco da porta: eles se abraçavam e adivinha? Ela tinha os pés em cima dos pés deles. Senti o ódio queimar em mim, queimar mais que fogo. Lágrimas se formavam e se desfaziam em meus olhos. Ele conseguiu roubar meu lugar de todos os modos possíveis, e o pior: eu deixei.

Sai dali, furioso. Sai da casa desse cara, batendo a porta. A chuva caia pesadamente, e eu sentia cada gota molhar meu rosto.

- Para de correr, garoto! – olhei pra trás e Meg vinha correndo atrás de mim, encharcada, e posso dizer? Ela estava completamente sexy assim.

- Resolveu largar o pai do seu filho e vir atrás de mim?

- Mas oque? Você é maluco? Além de tudo, ouve conversas aonde você não foi chamado?

- Pelo menos valeu á pena, percebi quem realmente Megan é.

- Sério, você se drogou Harry? – se aproximou. – Você deve ter falado tudo que queria, mas eu não. Eu te odeio sim, te odeio com todo o amor do mundo. Não aguento ver você com essa garota. Eu te perguntei se você queria assumir, e você disse que não, e ainda me esnobou. Oque espera que eu faça? A criança precisa de um pai. Não sou de acordo com isso, mas Simon insistiu. Não vou deixar de seguir minha vida por sua causa.

- O filho é meu! Você não pode tirar ele de mim. – gritei, pelo menos ali era deserto, não havia paparazzi.

Senti um resfriado chegando, a chuva estava cada vez mais forte, e parecia que quanto mais confusão entre nós, maior a força da chuva ficava.

- O filho não é seu, é nosso. – berrou. – Falasse isso antes! Você não acreditou em mim. Porque espera que eu confie em você? Porque espera que eu acredite que quer assumir agora? Na primeira oportunidade você vai fugir, Harry.

- Não fui eu quem fugi, ou foi? – sorri sarcástico.

Ela chegou bem, mas bem perto á ponto de prender minha respiração e falou:

- Não, não foi. E também não foi você que estava botando em risco a vida do seu irmão mais novo. Também não foi você que ia se matar pra salvar as pessoas mais importantes da sua vida. Não é você quem sabe o que eu passei. Então não é você que vai me julgar.

Depois disso, ela saiu correndo. E eu? Não, eu não fui atrás dela. “let it go”