90 escrita por The Klown


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ao ler, deixem um review, please =D



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                Pesquisas científicas comprovam: O ser humano não usa nem é capaz de usar mais de dez por cento de toda sua capacidade cerebral. Os outros noventa por cento do que nosso cérebro, nossa mente, é capaz de fazer, é desconhecido de todos nós. O desconhecido nos dá medo. E isso aconteceu com as poucas, únicas pessoas do mundo que foram capaz de usar mais de dez por cento de seu cérebro.

                Albert Einstein conseguia usar quinze por cento. Jesus Cristo podia usar quarenta por cento. Bill Gates usa onze por cento.

                Pessoas que conseguem usar mais do que os dez por cento “normais” para nós normalmente se dão bem, acabam famosas.  Nunca se soube de uma pessoa que pode usar os cem por cento. Por enquanto.

 

 

                Jazz subia a escada de metal, receoso. Malditos elevadores, quebravam freqüentemente. A culpa também poderia ser da equipe técnica, que porcamente consertava os elevadores. Mas isso não importava no momento.  O que importava era o que acontecia na cobertura do edifício.

                Ele era um policial da SWAT. Tinha olhos verdes-esmeralda, porte alto, magro. Estava vestindo o uniforme pesado, com capacete e visor, o colete à prova de balas da SWAT. E aquelas botas tornavam subir aquelas escadas difícil.

                Quando Jazz ouviu pela primeira vez o que estava ocorrendo lá, pela boca de seu superior, ele deu uma gargalhada e disse que gostara da piada. O sorriso fora apagado de seu rosto quando ouviu que não era uma piada. Francamente, aquilo que seu chefe descrevera era impossível. Simplesmente impossível. Ele tinha que olhar pelo seus próprios olhos a situação.

                Já cansado, chegou a cobertura, e seu queixo foi parar no chão. Seus olhos tinham que estar enganando-o, talvez mancomunados com o seu chefe. Tipo, aquilo era impossível!

                Dois homens estavam de pé na cobertura. Um era um homem “normal”, cabelos pretos curtos e espetados para a frente, roupas normais, embora um pouco esfarrapadas. O outro homem era simplesmente o presidente dos Estados Unidos.

                O presidente não estava apenas de pé, estava voando. Flutuando a dois metros do chão, pendurado por uma “mão invisível”. Parecia que estava sendo estrangulado pela mão invisível que o segurava. Ele tinha medo no rosto, e olhava para o outro homem, enquanto se debatia.

                Era telecinese. Para os leigos, mexer objetos usando poder mental. Foi do que ele rira quando ouviu. “Um homem está fazendo o presidente dos Estados Unidos flutuar com telecinese num prédio aqui em Boston “. Algo impossível, diga-se de passagem. Mas, estava acontecendo, com Jazz presenciando.

                A cobertura não tinha outro modo de saída, apenas as escadas pela qual Jazz acabara de passar. Era um local vazio, apenas com uma antena de sinal de TV de um lado e os dois homens de outro.

                Porém, nenhum dos dois notou a presença do oficial. Ele tinha que agir antes que percebessem, então.

                Ele ouviu passos abaixo. Era sua equipe chegando. Ele seguiu o plano, que era simplesmente atirar no homem telecinético. Foi o que ele fez. Apontou sua pistola para a cabeça do sujeito e deu um tiro. Mas o impossível mais uma vez tomava conta da vida de  Jazz.

A bala ricocheteou na cabeça do homem, sem causar nenhum arranhão, e caiu no chão, inofensiva.

                Mas parece que tal ataque chamou a atenção do sujeito. Ele olhou nos olhos de Jazz.  No momento que os olhos verdes do policial entraram em contato com o azul opaco dos olhos do outro,  ele sentiu uma sensação maravilhosa.

                Era como se as preocupações de Jazz fossem varridas de sua cabeça por uma vassoura. E uma visão começou a se formar como um sonho. Estava num campo de flores, cheio de tulipas. Do outro lado do campo, encontrava-se a sua esposa, falecida a um mês, Penny.

                Ele ainda estava com seu uniforme, mas não se importou. Largou a pistola que tinha em mãos e correu para abraçar sua esposa. Ele correu. E correu. Mas ela estava se distanciando. Estava indo embora. Ele tinha que alcançá-la. Correu! E então...

                -Jazz! Acorde!

                Jazz abriu os olhos, atônito. Estava olhando o rosto do Oficial Mark, seu parceiro de equipe. Estava de bruços na cobertura. O presidente e o sujeito misterioso haviam sumido. De supetão, levantou-se. Ignorou as perguntas de Mark, e olhou para trás, para a escada.

                -Mark, alguém saiu pelas escadas?

                -Não, Jazz, mas o que...?

                Interrompendo seu colega, foi até a beirada do prédio. Trinta andares abaixo dele, estava o tal homem telecinético, carregando o presidente nos ombros. Ele olhou para Jazz mais uma vez. E quando seus olhos se encontraram outra vez, Jazz perdeu os sentidos, caindo para trás. E tudo ficou escuro.

 


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