Sunlight escrita por Jodie


Capítulo 4
Capítulo 3 (Carta)




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Cheguei em casa. Ela estava completamente vazia. Charlie provavelmente já havia ido à casa dos Clearwater. Depois da morte de Harry ele ia lá sempre que possível. Tirei os sapatos e corri para meu quarto. Por um segundo todos os meus problemas pareceram sumir. Ele estava lá, uma obra perfeita esculpida em mármore encostado em minha janela esperando minha chegada. Quando nossos olhares se cruzaram ele abriu aquele sorriso torto que eu amava. Seus olhos eram de um reluzente topázio líquido.

— E então... — tentei recuperar meu fôlego e o fio da meada — como foi a caçada?

— Foi ótima. — ele disse vindo em minha direção para me abraçar. Logo senti seus braços marmóreos à minha volta. Aconcheguei-me em seu peito com um sorriso de uma ponta a outra de meu rosto.

— Bem, como Jacob está? — ele me perguntou indiferente.

— Ele já está conseguindo andar. Está usando muletas. — respondi com a voz abafada em seu peito gélido.

— Que estranho. — ele disse pondo sua mão atrás de minha cabeça e dando uma fungada em meu cabelo.

— O que é?

— Você nem está fedendo à cach... lobisomem.

— Ele estava de muletas. — respondi. Ele riu e não pude deixar de rir também, mas depois me lembrei da sua precisão preparando o café da manhã e senti novamente aquela pontada de inveja.

Logo me veio à cabeça do caso dos Volturi. Será que eu deveria falar sobre isso com Edward? Franzi o cenho e fiquei silenciosa por um tempo. Ele definitivamente notou.

— O que foi? — Edward me perguntou se afastando para fitar meus olhos. Seus olhos sempre me deixavam confusa. Não sei se ele fez isso de propósito, mas eu sei que funcionou. Simplesmente atirei as palavras sem pensar.

— O Jake disse que sentiu o cheiro dos Volturi por perto.

— Provavelmente só ficaram ansiosos com o cheiro estranho. — disse ele dando de ombros.

— É que...

— Diga.

— Os rastros tinham horas.

Ele franziu o cenho tão rápido quanto relaxou a expressão, dando de ombros por fim.

— Então, o que quer fazer?

— Não sei, mas estarei contente desde que seja com você. — respondi apertando-me contra ele.

— Sempre Bella, sempre. — ele disse sorrindo me pegando nos braços.

Antes que eu percebesse já estávamos na porta de casa. Ele me pôs no chão para que eu colocasse meus sapatos e logo saímos indo até minha querida e amada picape.

— Quer dirigir? — perguntei me virando para ele. Estávamos de mãos dadas.

— Só se você não quiser. — Edward me respondeu, sorrindo.

— E não quero mesmo. — eu disse. Sabia que mesmo que ele quisesse estourar o ponteiro de velocidade, com a picape isso seria mais do que impossível.

Entrei no banco do carona e antes que eu pudesse me dar conta ele já estava colocando o cinto ao meu lado.

A viagem foi silenciosa, com apenas algumas leves espiadas que fazíamos um do outro.

Quando entramos na casa a luz iluminava cada canto lindo daquele lugar. Passei por Esme e a cumprimentei, começando á subir as escadas. Antes que eu colocasse meu pé no último degrau Alice estava na minha frente. Não sei de onde ela veio ou quando chegou ali, só tive tempo de perceber que ela já pegava em minha mão e me arrastava pelo andar.

— Vamos Bella! Temos que arrumar um monte de coisas do casamento. Tema, cores, lugar... — e ela continuava com sua tagarelice enquanto com um rosto de súplica eu olhava para Edward. Ele simplesmente havia tapado a boca e pude perceber que ele estava rindo. Traidor.

Depois tive algumas horas de tortura com Alice e seu guarda-roupa do terror me fazendo de Barbie. Foi assustador. Corri como louca para o quarto de Edward com Alice atrás de mim, apesar de que eu já sabia que ela só estava brincando já que podia me pegar em minha velocidade humana a qualquer momento que ela quisesse. Escancarei a porta e me curvei apoiando-me sobre meus joelhos, com Alice chegando logo atrás de mim com seu riso de prata. Levantei-me rindo.

— Edward, sua irmã está me torturando!

Ele nem se moveu. Olhei Edward segurando um papel branco lendo-o. Pude ouvi-lo trincando os dentes. Na mesma hora eu fiquei silenciosa, mas Alice continuou lentamente até conseguir parar.

— O que é isso Edward? — Eu disse apontando para o papel branco ainda ofegante.

Ele se virou para mim e sorriu com a expressão um tanto forçada.

— Uma carta de Tanya. Ela não toma jeito. — ele disse com um pouco de mau humor e tensão na voz.

Ele parecia um tanto nervoso para ser só Tanya, mas antes que eu pudesse objetar algo Alice já me puxava para fora do quarto de novo. Alguém me ajude.


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