– Eugene, era seu nome – Luella disse ainda olhando a foto não percebendo a expressão chocada que Mai tinha no rosto

Lembro que quando Gene me falou seu nome ele disse: "O porque de eu parecer com Naru isso eu não posso dizer", então era isso que ele estava escondendo? mas então oque a Luella-san quis dizer com..

– Porque você falou dele no passado "era", será que ele já está..– Mai disse lentamente não queria acreditar nas suas próprias palavras – N-Não precisa responder se não quiser e também já estou sendo muito intrometida

– Na verdade eu gosto de falar dele para outras pessoas. Isso me faz lembrar que ele realmente esteve comigo – Luella sorriu – Noll e Gene não são meus filhos biológico eu os adotei quando tinham 7 anos, no começo eles eram introvertidos e ficavam conversando pelos cantos em japonês por isso tive que aprender o idioma

– Não sabia que Naru era adotado ele nunca fala sobre sua vida pessoal – Mai disse, Tenho certeza que o Gene que eu conheço é o irmão de Naru mas quero confirmar – Luella-san, o Gene..que tipo de pessoa ele era?

– É uma pena vocês não terem se conhecido tenho certeza que se dariam muito bem. Ele era uma ótima pessoa, muito carinhoso e um ótimo ouvinte, me escutava sempre que eu brigava com Martin por trabalhar até tarde – Luella riu – Também era muito ativo parecia que tinha sempre energia extra sobrando

– Então ele era o oposto do Naru? acho que seria bem estranho ver alguém com a aparência de Naru sorrindo pra mim – Mai disse com um sorriso ao lembrar de Gene, ele era exatamente como Luella descreveu

– Sei que você não gosta de rodeios então vou direto ao assunto – Martin disse sentando na poltrona em frente a mesa de Naru – Noll, quero que você volte pra casa e deixe a busca pelo seu irmão por minha conta

– Não posso fazer isso não até encontrá-lo

– Você não está entendendo, faz 3 anos desde que veio para o japão e ainda não encontrou nenhuma pista de onde seu corpo possa estar. Volte para casa, sua mãe sente saudades e eu também

– Sei que já estou à muito tempo aqui mas pelo menos me dei um pouco mais de tempo para encontrar a única pessoa com quem compartilho um laço sanguíneo

– Está bem mas não darei mais do que dois meses e quando o prazo terminar te levarei mesmo que seja forçado

– Não acho que estou em posição de recusar, darei tudo de mim para encontrá-lo

– Sei que vai, só quero que você compreenda o meus motivos já perdi um filho portanto quero passar o resto dos meus dias com o único que me restou – Martin disse, e sorriu ao lembrar de um outro assunto – E então meu filho, a Taniyama-san virá para Inglaterra?

– Por favor, parem de se meter nos meus assuntos – Naru disse irritado – E ainda tem coisas que ainda não contei para ela tenho certeza que quando Mai souber voltarei solteiro pra casa

– Não seja tão inseguro nem parece que é meu filho – Martin disse – Acho que está se precipitando, ela não parece o tipo de garota incompreensiva pode levar alguns dias mais com certeza ela te aceitará

– Acho que sim, ela tem o coração tão puro que perdoaria uma pessoa mesmo que não merecesse – Naru pegou a xícara em cima de sua mesa e constatou que não tinha chá. Pegou o telefone e discou um número

– Alô – A voz fina e suave disse no outro lado da linha

– Mai, chá – Dizendo isso desligou o telefone e ouviu os insultos de sua secretária vinda da sala

– Ele é inacreditável – Mai resmungou indo para cozinha – Pelo menos parece que voltou ao seu estado normal

Ainda não consigo acreditar que todo esse tempo eu venho conversando com um..um..fan-fantasma Pensou enquanto observava a chaleira no fogo Esse guia idiota, porque não me disse antes? pior do que esconder é deixar que eu saiba por outras pessoas

– Realmente..não são iguais só na aparência, combinam até na idiotice – Mai murmurou

– Luella-san – Mai chamou sua atenção e entregou um copo de chá em suas mãos recebendo um agradecimento e indo para o escritório de Naru – Estou entrando

– Taniyama-san, obrigado – Martin disse ao receber um copo

– E pensar que Naru foi criado com boas pessoas – Mai suspirou

– O que quer dizer?

– Olha pra ele – Mai disse olhando para Naru que tomava chá, ignorando sua assistente – Nem me agradece, não sei como ainda o aturo

– Concordo com você já que está tão cheia disso porque não trabalha pra mim? – Martin tirou um papel dobrado do bolso – É só assinar aqui

– Um termo de contrato? – Mai perguntou e colocou o papel na frente de seu chefe – Olhe Naru, ele paga mais do que você e ainda tem uma carga horária menor

– E um tempo de trabalho menor também já que com sua natureza desastrada seria despedida rapidamente – Naru disse com seu sorriso arrogante

– Pelo menos não teria que te aturar – Mai sorriu e pegou uma caneta em cima da mesa pronta para assinar seu nome. Naru puxou a caneta de sua mão junto com o papel e o rasgou em vários pedaços

– NARU – Mai gritou incrédula tentando inutilmente juntar os restos de papeis no chão. Talvez fosse possível colá-los..ou não – Não parecia que você se importava

– Se você se despedisse quem faria meu chá e assinaria os papeis por mim quando não quero? – Naru perguntou fazendo fazendo Mai ficar irritada

– Parece que vocês esqueceram de mim – Martin riu, não tinha visto seu filho agir daquela forma desde a morte de Gene

– Desculpe por isso, estou interrompendo vocês

– Não se preocupe Taniyama-san eu já estava de saída, tenho que fazer a reserva no hotel – Martin levantou da poltrona e se dirigiu para a sala

– Noll, vamos ficar aqui por alguns dias então nem pense em se afundar no trabalho e passe um tempo com sua mãe – Luella disse o abraçando em seguida se afastou e foi abraçar Mai, sussurrando em seu ouvido – Obrigada, por cuidar de Noll

Mai os acompanhou até a porta e virou-se assustada ao sentir a respiração quente de Naru em seu pescoço

– N-Naru?

– Me conte sobre os garotos da faculdade – Naru disse se aproximando de Mai e pegando em sua cintura

– Só foi um comentário nada mais – Mai disse tentando disfarçar seu nervosismo

– Isso me lembra que ainda não terminamos aquele assunto lá do hospital – Naru disse beijando o pescoço de Mai sentindo ela se arrepiar ao toque de seus lábios

– N-Naru, não estamos sozinhos Madoka está no escritório do Lin, podem nos ver – Mai tentou achar algum argumento que o fizesse parar. Naru se afastou e Mai suspirou aliviada

– Então faremos onde não podem nos ver – Naru a puxou para o seu escritório e trancou a porta, prendendo Mai na parede e a beijando sem sua permissão

– Hum..– Mai tentava o afastar sem sucesso e conforme os segundos iam passando sua resistência diminuía. Sabia que lutar era inútil então cedeu ao beijo e passou suas mãos pela nuca de Naru

Se arrepiou novamente quando Naru distribuiu beijos pelo seu pescoço e sugou sua pele. Passou as mãos pela costa de Mai fazendo movimento circulares enquanto levantava sua blusa passando a mão pela barriga exposta e a outra descia pelo seu corpo indo para sua coxa, com cuidado a levantou e Mai entrelaçou suas pernas na cintura de Naru enquanto ele a levava para sua mesa afastando os papeis sem se importa com o conteúdo

– Naru – Mai gemeu sentindo uma de suas mãos no seus seios e a outra fazendo movimentos circulares em sua coxa subindo sua saia. Mai acariciou o peitoral de Naru e abriu os botões de sua camisa passando as mãos pelos músculos perfeitamente desenhados. Já que Naru estava fazendo oque bem entendesse ela também faria. Distribuiu beijos pelo seu peitoral e dez vez em quando dava leves mordidas

– Naru, quero falar com você – Madoka disse do outro lado da porta e Naru apenas a ignorou voltando a tomar os lábios de Mai

– Vamos, eu sei que está ai – Madoka bateu na porta. Naru suspirou irritado com Madoka vendo que Mai estava hesitando em continuar

– C-Continuamos outra hora – Mai o beijou rapidamente com a face corada e saiu da mesa arrumando sua roupa bagunçada, pegou a camisa de Naru e o ajudou a vestir

– Mai? desculpe não sabia que estava ai posso voltar depois – Madoka disse com um sorriso malicioso, Mai estava com o rosto ruborizado

– Já estava saindo – Mai disse passando por Madoka e indo para sua mesa

– Fale logo – Naru disse friamente

– Estou roubando Lin por hoje

– Se era apenas isso que queria porque ainda está aqui? normalmente você o arrastaria sem minha permissão – Naru disse e Madoka apenas deu um sorriso travesso, parecia que ela tinha interferido de propósito

– Agora que já sabe, estou indo – Madoka saiu do escritório da SPR, Lin estava à sua esperava do lado de fora

– Naru, idiota – Mai sussurrou colocando a cabeça entre os braços cruzados em cima da mesa Me fez novamente sentir aquelas coisas, ainda posso sentir meu corpo quente e essa sensação de formigamento nos lugares que ele me beijou..

– Quem é o idiota Mai? – Naru perguntou perto do seu ouvido fazendo ela pular da cadeira assustada. Naru segurou em suas mãos e sentou-se na cadeira colocando-a em seu colo

– Naru – Mai reclamou mas percebeu que ele não tinha a intenção de fazer nada

– Shh.. apenas fique assim preciso te falar algo – Naru disse, Mai estava com a cabeça enterrada no seu pescoço portanto não poderia ver o rosto de Naru

– Estou ouvindo, Naru – Mai disse baixo

– Vim para o japão por motivos pessoais, assim que cheguei tratei de mudar o meu nome pois seria problemático ter pessoas me perseguindo. Não me chamo Shibuya Kazuya meu verdadeiro nome é Oliver Davis – Naru disse esperando a reação de Mai, que ela gritasse ou o xingasse por ter escondido quem ele realmente era mas nada veio

– Oliver Davis, aquele que o Bou-san idolatra? – Mai perguntou com uma leve risada, era realmente uma grande ironia do destino Takigawa trabalhar com a pessoa que ele se espelha e ao mesmo tempo com a pessoa que chama de chefe tirano

– Parece que você tem uma boa memória

– Não sou tão idiota assim

– Porque ainda não brigou comigo por ter mentido?

– Você deve ter seus motivos Naru – Mai disse. Conforme ela vai conhecendo mais a vida de Naru, as peças do quebra cabeças vão se encaixando naturalmente – Ah, e eu também tenho algo pra te falar. Conheço seu irmão o Eugene..