LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Capitulo 3

-Tudo bem Sofia, eu depois te apanho, só quero descansar um pouco.- Disse dessa vez mais calmo.

-Ok então, você sabe onde eu moro.- Senti malicia na sua voz nas últimas palavras. E ela tinha razão, eu realmente conhecia a casa de Sofia. Muito bem.

-Pov Samanta-

Porque eu sempre ia naquelas festas mesmo

Ah, sim, porque eu era a rapariga da família. E raparigas de família, sempre obedecem.

E de preferência: Sorrindo e em silencio.

Eu já estava me arrumando para aquela festa ou jantar ou lá o que era aquilo, eu só sabia que eu não queria ir. Muito menos hoje, que eu estava em baixo, a última coisa que eu queria era ir para um jantar sem graça alguma onde só tinha gente desinteressante e velha. E quando não era velha, ou eram aquelas raparigas sem cérebro nenhum, acompanhadas pelos seus rapazes galinhas que ainda ficam dando em cima de mim sem nem ligar se elas estavam lá ou não.

E meu pai, sempre me tentava arrastar para algum deles, porque os pais deles eram pessoas importantes e blá blá blá. As vezes fico me perguntando se ele queria que eu fosse para a cama com eles só porque os pais eram ricos.

Quando finalmente aquele vestido justo me entrou eu pude respirar de alívio, pois era a minha ultima escolha, eu não tinha nada para vestir. Mas eu teria frio com ele, para além de não ter mangas, as minhas costas ficam a mostra, graças a deus ele é comprido. Calcei um salto vermelho para dar luz já que o vestido era todo preto, e fiz uma maquiagem mais escura nos olhos, deixando claro apenas com um rosa nos lábios. Deixei os meus cabelos soltos com a minha franja lisa e reta e depois encaracolando de leve as pontas com o meu babyliss, peguei meu casaco só para o caso de ter frio, meti tudo o que poderia precisar na minha pochete, e desci as escadas.

-Uaau, amiga, você vai arrasar. – Júlia falou logo que me viu na sala.

-È, pena que eu esteja sem ânimo para ir. – Disse me sentando na mesa de jantar.

-È, mas que você ta gostosa tá. Quer dizer você é gostosa.

-È, pena que para Felipe não era o suficiente. – Disse já me desanimando.

-Ah, você tem que meter isso pra lá, esquece ele. Ele não merece, não merecia nem nunca vai merecer você. Você não chega para ele não, você ultrapassa aquilo que ele precisa. Eu não quero te ver assim por causa de homem, de novo. – Ela disse me olhando com aquele olhar de ternura que só ela tem. 

-Ah, eu sei, mas é difícil tá, eu pensava que ele era o tal. Que não me iria fazer sofrer mais. E o pior, é que eu acho que já sabia que ele não era tão bom assim e não saltei fora. Isso que ta me irritando.

-Olha aqui, eu te vou dar um concelho. Por mais chato que aquele jantar seja, você vai tentar se divertir, e nem pense em ficar sozinha a noite toda. Porque eu bem sei como é você, se ficar sozinha vai ficar pensando naquele babaca, e ele não merece. Só não vem cedo para casa.- Ela disse e logo levou mais uma garfada a boca.

-Deixa adivinhar, o Ricardo vem aqui.- Disse e logo ela riu.

-Por acaso não, eu e o Ricardo já não temos nada, quer dizer a gente não teve propriamente algo, só que eu já não estou a fim dele.- Ok ela tem que me ensinar como faz isso, porque eu não consigo perceber como ela deixou de gostar dele tão depressa assim.

-Ok, então porque não me quer em casa – perguntei desconfiada.

-Bem… Você lembra os meninos que eu apresentei hoje…

-Sim, mas fala logo. – Disse para ela não enrolar.

-È, o que se chama Chris vem cá hoje… e você sabe néh. Pode atrapalhar alguma coisa…

-Tá, não precisa falar mais nada não, eu já percebi tudo. – Logo que acabei de falar nos olhamos e acabamos por cair na gargalhada.- Olha eu tenho que ir, se não meu pai me mata. – Disse e comecei a andar em direção a porta.

-Ta, se divirta.– Ela disse.

-È, bom sexo para você aí.- Disse rindo e logo pude ouvir ela me acompanhar e me chamar de vaca. Fechei a porta e chamei o elevador que não demorou muito para chegar, logo que desci apanhei um táxi, não tava a fim de dirigir com aquela roupa.

Dei o endereço da casa das pessoas e logo a gente chegou. Eu nunca tinha vindo nessa casa, nem conhecido essa família, parece que eles não são daqui, vieram do Canada eu acho, mas já estão aqui a um bom tempo, e o pai já foi primeiro-ministro e é exportador de petróleo e acho que meu pai vai assinar um acordo com eles, mas eu não sei bem, não fiquei fazendo muitas perguntas para minha mãe, então só sei que têm o nome de Bieber.

Aquilo não era uma casa, era uma mansão para falar de verdade, estava tudo iluminado, e alguns fotógrafos estavam cá fora tirando fotos aos convidados que iam chegando, meu pai me iria matar, porque era suposto Felipe vir comigo, e agora eu vou aparecer sozinha, sem par, e claro, aqui ninguém, vem sem estar acompanhada, mas o que eu ia fazer Não posso inventar um rapaz agora.

Paguei o táxi e logo abri a porta do mesmo, dando a atenção dos fotógrafos para mim, forcei um sorriso discreto para as camaras e logo pude caminhar em direção a grande porta com dois seguranças, citei o meu nome e logo eles abriram a porta para que eu pudesse entrar.

Tudo estava decorado ao pormenor, e já estava lá muita gente, algumas pessoas se encontravam sentadas, outras em pé conversando, reconheci algumas caras logo que as vi, mas agora eu só queria encontrar minha mesa.

Depois de andar um pouco avistei minha mãe e Samuel numa mesa no centro do salão, me dirigi para lá.

-Oi família. – Disse logo cumprimentando minha mãe e meu irmão mais velho.

-Oi filha.

-E aí maninha.

-Seu par meu amor-minha mãe perguntou olhando para os lados.

-Eu vim sozinha. – Disse sem dar importância e logo me sentei.

-Como assim veio sozinha Onde está Felipe – Ela perguntou.

-A gente… acabou.- Disse, minha mãe não falou mais nada, ela sabia que eu não queria falar sobre aquilo. – Então Sam, onde está sua namorada

-Você quis antes dizer, noiva.- Ele disse e logo sorriu.

-Ahh, eu não acredito, você vai casar! – Me levantei e fui a correr para abraça-lo.- Como você não me disse antes! Seu irmão ingrato! – Dei um, pequeno soco no seu ombro.

-Ah, qual é, eu pedi ela em casamento ontem, deixei para hoje para falar.

-Ela veio com você – perguntei e voltei a me sentar no meu lugar.

-Sim, foi no banheiro, já deve estar voltando, você vai gostar dela. – Ele sorriu orgulhoso.

-Onde está papai – perguntei para minha mãe.

-Ele foi falar com a família Bieber, e você também deveria fazer isso daqui a pouco, e já que não tem par, aproveita e quando Melissa chegar, você vai com eles.

-Tudo bem, então. Eu não sei o que essa família tem assim de tão especial. Afinal é só um contrato, papai está farto de fazer contratos e nunca há tanta chiqueza assim.

-Esse contrato é importante para a nova firma que estamos apostando, sem o apoio de Sr. Bieber, tudo pode cair por terra, ele é um grande financiador, e tem ótimos negócios.- Meu irmão começou.- Fizemos um acordo com ele, ele financiaria a empresa, e seu filho seria um dos dirigentes juntamente comigo e você. – Ele disse.

-O QUÊ – Perguntei perplexa. – Eu vou dirigir a empresa

-Se acalme Samanta, seu pai irá falar com você, mas oiça sua proposta, afinal você está desempregada, seria ótimo entrar para uma empresa da família.

-Mas papai poderia ter avisado. Ele tem que parar de me por em coisas sem me consultar primeiro. E se eu recusar – Perguntei. Era essa a resposta que eu queria saber. Afinal onde ele arranjaria outro gerente. Ouvi dizer que a empresa seria aberta para a semana.

-Você não pode recusar.- Meu irmão me olhou quando acabou de dizer. Eu iria falar mas minha mãe me cortou.

-Acredite filha, essa era a melhor opção. – Minha mãe me disse olhando compreensiva.

-Papai está tomando a minha vida e fazendo o que ele bem entende com ela. – Disse calma, eu estava farta daquilo. Como assim era a melhor opção, havia mais então! È assim Eles botam opções na mesa e alguém as escolhe por mim Minha vida é isso mesmo, minha vida, e meu pai devia começar a me deixar viver, sozinha.

-Oi filha, já chegou. – Meu pai apareceu atras de mim.

-Já. – Disse rude.

-Já vi que já sabe da empresa. – Ele disse e logo se sentou ao lado de mamãe.- Vai ser um bom investimento, e eu estou depositando minha confiança em você. Não a desperdice, é uma ótima oportunidade para subir na vida. – Eu o interrompi.

-Pare com isso papai! – Gritei me levantando. – Você está me contando isso como se estivesse me fazendo um favor! Alguma vez se perguntou se eu queria isso Você já pensou que eu não quero dirigir empresa de porra nenhuma Alguma vez na sua vida, só pelo menos uma vez, pensou no que eu realmente quero!- minhas lagrimas já estavam escorrendo, e eu podia ver a cara de meu pai, no misto de vergonha e ao mesmo tempo surpresa. Eu sentia os olhares todos postos na nossa mesa, mas eu realmente não estava me importando.

-Samanta, sente-se agora. Nós discutimos isso depois, não aqui por favor.- Isso foram as únicas palavras que meu pai pronunciou. E ele pode querer que nunca me desiludiu tanto. Tudo o que importava era o que os outros viam.