Capitulo 16

E a cada dia, ele se torna mais frio.

Menos quente.

Mais distante.

E mesmo que eu acha-se que tinha tido Justin naquele momento para mim, e só para mim.

Eu sabia que ele nunca foi meu. Na verdade… Ele estava me odiando agora.

-Pov Justin-

Eu sabia o que eu tinha que fazer, era um acordo.

Um contrato.

Mas agora isso já não era negocio para mim. Eu me afundei.

E estou me afogando.

De novo eu estava metido naquele escritorio, em frente a aquela tela de computador que sinceramente a minha única vontade era de parti-la. Essa empresa está me pondo doido.

Mas na verdade eu estou pedindo bem lá no fundo que a empresa ocupe todo meu tempo, porque eu tenho que parar de pensar nela desse jeito, principalmente quando parece que só esse novo rapaz interessa para ela.

Eles ficam juntos toda a merda do dia, sorrindo para lá, rindo para cá, falando de tudo. Eu tenho certeza que ele já até a comeu, e meu sangue ferve de só pensar nessa possibilidade.

Samanta me anda deixando louco e eu já não me reconheço mais, eu já nem consigo transar com outra mulher como deve ser sem pensar nela, e isso está me matando. Para não falar que a única coisa que eu consigo fazer com ela agora é discutir, e se a gente não está discutindo estamos falando de trabalho, ou numa reuniao qualquer com mais de 15 pessoas, o que não dá nem para eu falar com ela.

Mas de qualquer maneira o que eu iria falar!?

“Desculpa mas eu acho que amo você, eu não sei, só que depois daquela noite, a única noite que a gente teve junto, eu me apaixonei por você e agora você não saí da minha cabeça. Casa comigo?”

Isso seria completamente estupido, para não falar que eu nunca falaria isso para uma mulher, eu acho que só queria ter certeza que mais ninguém toca nela, e eu sei que isso parece ser injusto ou egoista ,ou até machista da minha parte, já que eu estou sempre com outras pessoas, mas é diferente porra!

Samanta é toda sensivel, e a minima coisa ela se magoa, até eu já a devo ter magoado com isso tudo. E eu não quero que ninguém machuque ela, ou se aproveite dela, eu quero cuidar dela.

Mas eu não sou esse tipo de homem, que fica babando para cima de mulher, e faz os impossiveis para conquistar ela, porque eu nunca precisei, eu só não sei como abordar o assunto.

E de qualuqer maneira… E se ela não estiver a fim? Como eu fico depois?

Eu não sou cara para levar não de mulher, eu odeio isso. Apesar que eu só tenho agido por impulso esses dias, o que não me tem levado nada, mas nada longe.

-Justin…- Florida meteu apenas sua cabeça para dentro de minha sala me acordando de meus pensamentos absurdos.

-Oi.- disse a olhando. Essa mulher não pode vestir uma coisa mais curta não!?

-Er… eu vim trazer os papeis que Samanta assinou, já tem as assinaturas de todos, eu já confirmei.- Ela disse e logo veio até minha secretaria me entregando.

-E os papeis dos produtos? Eu tinha pedido para lhe avisarem do problema que houve… Ela falou que ia resolver?- perguntei, esse assunto já estava me chatiando, nosso fornecedor ficava me ligando de cinco em cindo minutos para saber quando a gente ia mandar uma pessoa ir buscar as coisas, já que elas ficaram retidas e só com a assinatura de um de nós os três é que isso vai ser deliberado.

-Er… eu não sei, a secretaria dela não mencionou nada, mas eu acho que ela já foi avisada. E eu mandei a menssagem do seu numero ontem como voce pediu.- Ela disse se proximando mais de minha mesa, me fazendo suspirar.

De novo não.

-Ok, mande a secretaria dela falar com ela agora. Eu preciso dar uma resposta para o fornecedor.

-Ah, mas ela saiu com Louis, acho que foi almoçar.- Ela disse, e nessa mesma hora meu sangue ferveu.

-Eles sairam da empresa?- perguntei calmo.

-Eu não sei.- Ela disse.

-Ok,você pode ir, eu daqui a pouco vou descer.

-Tudo bem, se precisar de algo… pode chamar.- Ela disse e depois mordeu o labio logo começando a caminhar para fora da minha sala e depois fechar a porta.

Florida é uma optima profissional, e eu noto esses… truques dela para cima de mim, mas eu não gosto de misturar trabalho com meu prazer sexual, acho que a única pessoa com quem eu tiro essa regra é com Samanta, porque eu realmente não me importo, e agente se envolveu antes disso.

Mas eu não quero transar com Florida pelo simples facto que eu aseguir a vou deixar, e ela parece ser bem legal, e nossa relaçao iria mudar completamente porque ela poderia querer algo mais serio. Que eu sei que não vou dar para ela.

Suspendi meu computador e saí de minha sala vendo Florida ao telefone e só fiz sinal de que iria almoçar. Chamei o elevador e pouco depois ele já estava aqui, e logo eu cheguei lá em baixo vendo Rick.

-Oi Rick.- disse e logo ele fez sinal me comprimentando e depois indicou o bar da empresa. Ele sempre me apanhava.- Ok, obrigado.- disse e sorri meio sem jeito.

E foi aí que eu me passei de vez.

De novo, ela estava lá, falando com ele, rindo, sorrindo e conversando, enquanto que ele dava um de fofo. Esse rapaz me irritava, para não falar que ele é mais novo que ela, Samanta precisa de um homem, não de um garoto.

E talvez se ela não tivesse na paquera com ele já me teria falado dos produtos.

-Samanta!- Gritei seu nome e logo ela deixou a cara de Louis para olhar a minha.

-Oi.- Samanta se levantou e veio até mim.

-Eu ainda estou esperando o que eu pedi.- Disse lhe olhando serio.

-Eu já ia entregar…-Samanta começou mas eu a cortei.

-Talvez se não ficasse aqui namorando já teria ido lá me entregar.- Falei levantando meu tom de voz, cada vez que eu olhava na cara de Louis minha raiva só subia, fazendo Samanta arregalar os olhos.

-Não se preocupe que eu vou já tratar disso.- Ela disse e logo depois baixou a cabeça.- Eu vou já mandar Patrice levar as coisas para você. Me faz um favor e sempre que precisar de alguma coisa… fala com ela e me poupa de ver sua cara.- Samanta também levantou a voz, e aí eu tive certeza, ela estava furiosa, e quem acabou por ficar parado feito besta fui eu, de novo.

E logo ela começou a andar em direcçao ao elevador.

-Samanta espera!- gritei e fui correndo atras dela, mas o elevador fechou bem na hora de eu entrar.

-Porra!- Agora eu estraguei tudo.  Corri até as escadas e subi até o andar do escritorio de Samanta.

-Sr.Justin!- A secretaria de Samanta gritou mal eu cheguei.- Samanta pediu para que não deixasse você entrar.- Ela disse.

-Eu preciso entrar ali.- disse já desesperado.

-Depois vai sobrar para mim.- Ele ela disse receosa.

-Eu tenho certeza que Samanta não vai despedir você.- disse impaciente e corri até a sala e logo a abrindo.

-Sr. Justin!- A secretaria voltou a gritar mesmo antes que eu entrasse.

Abri a porta com pressa e logo Samanta se virou para trás me vendo. E aí meu coração quebrou.

Seu rosto estava vermelho e lagrimas escorriam por suas bochechas molhadas, enquanto que agora, ela tentava parar de chorar me vendo, e apenas tinha aquele soluço que costumava irritar.

-Samanta eu…- Eu ia falar mas ela me cortou.

-Saí daqui!- Samanta gritou e voltou a procurar algo em cima de sua secretaria, e logo depois veio caminhando até mim ainda de cabeça baixa enquanto ela punha as madeixas de seu cabelo atras da orelha que insistiam em cair.- Toma! Tá aí a porcaria que você tanto queria.- Ela disse e logo de seguida esticou seu braço, mas eu não me mexi, não que eu não quisesse eu só não conseguia.- Toma porra!- Samanta voltou a gritar e logo depois atirou os papeis na minha cara.

Eu merecia aquilo.

Samanta iria se virar mas eu a puxei colando nossos corpos e eu pude sentir suas lagrimas começarem a cair em minha camisa social.

-Desculpa.- disse baixinho em seu ouvido.

-Saí daqui.- Samanta sussurou do mesmo jeito, mas ela não se debateu para sair dos meus braços, ela apenas ficou ali, chorando.

-Eu sei que sou idiota.- disse e logo de seguida suspirei levando meus braços até seus ombros e logo de seguida a abraçando, e logo depois senti as maos de Samanta em minhas costas e ela agarrar minha camisa.- Desculpa.- voltei a repetir em seu ouvido enquanto que continuavamos assim.

Me afastei dela e levei minha mao até seu rosto o levantando para mim e Samanta me olhou um pouco mas logo depois baixou seu olhar.

-Hey, olha para mim.- pedi desesperado, e ela hesitou mas seguiu meu pedido.- Eu tenho sido um idiota com você e… Eu nem sei porquê…- Repirei fundo e continuei.- Você está me deixando baralhado…- Apartir daí vi a expressao de Samanta mudar e ficar confusa, e eu sabia que agora seria o único momento que eu tinha para falar isso, e eu já tinha adiado isso demasiado tempo.-Eu… Eu não paro de pensar em você, e… Eu não sei o que se passa comigo. Eu te vejo em todo o lado, e eu só estou sendo assim porque eu não gosto de te ver com ele…- suspirei vendo ainda a cara surpresa de Samanta.- Eu estou completamente apaixonado por você Samanta.- disse por fim.

E ela nem se mexeu, não falou nada, e sua expressao continuava igual. Suas sombrancelhas contraidas, aquele ar de “o que ele esta falando” , e era só isso que eu conseguia ver em seu rosto, e eu esperava por mais. Não sei, talvez um sorriso, algo vindo dela, e aí sim… Pela primeira vez eu estava com medo do que uma mulher poderia dizer aseguir.

Eu só não queria continuar daquele jeito naquele silencio eterno.

Comecei a me aproximar devegar de Samanta e ela seguia meu movimento olhando em meus olhos. Me curvei um pouco para chegar a ela e fui me aproximando até que por fim selei nossos labios.

E aquela sensançao que eu não sentia a muito tempo veio. Seus labios estavam um pouco humidos devido as lagrimas que antes haviam escorrido pelo seu rosto. Levei minhas maos até seu rosto e senti suas bochechas quentes, rocei minha lingua em seus labios os humedecendo um pouco e de seguida fiz pressao pedindo passagem. Samanta demorou um pouco mas me concedeu meu pedido me deixando invadir sua boca com minha lingua e sentindo a sua roçando na minha devagar e calma. Levei minhas maos até sua cintura e puxei para mim unindo ainda mais nossos corpos e sentido todo o calor do corpo dela, Samanta levou suas maos até minha nunca como sempre fazia e começou a me acariciar no local me fazendo sorrir entre o beijo por voltar a sentir aquilo.

E aquele momento estava sendo perfeito para mim, pelo menos agora, mas a puta da falta de ar me fez me afastar um pouco de Samanta e lhe dar um selinho antes de descolar meus labios do seu de uma vez, contra vontade.

E trocando o escuro de meus olhos, pelo brilho dos seus enquanto eles ainda me fitavam procurando algo, e eu rezava para que ela encontra-se.