POV BELLA

O avião pousou exatamente no horário marcado. Por sorte minha mãe e
Rosalie vieram me receber no aeroporto. Eu esta carregada de bagagens, parecia que havia comprado presentes equivalente aos seis anos em que fiquei fora. Agora estavamos as três no carro. Rose dirigia enquanto Esme estava comigo no banco de trás, demonstrando toda sua felicidade por minha chegada. Haviamos nos visto pela ultima vez a pouco menos de
um ano, Rose sempre dava um geito de levá-la para Nova Iorque.
Fui embora da pequena cidade de Forks após a morte de meu pai. Sempre quiz ser jornalista e infelizmente lá eu não conseguiria nada, o tempo passou e me acomodei, acabei voltando apenas duas vezes em seis anos.Agora eu estava de férias e como seria o noivado de minha irmã mais velha, Rosalie, com o filho do prefeito, decidi voltar a minhas raizes. Forks é aquela cidadezinha de filme. Todos se conhecem, se ajudam, e
se respeitam. Roubos, assaltos e todo tipo de violência e confusões
das grandes cidades, estavam longe dali. Quem nunca saiu,
possivelmente assustaria-se ao chegar a uma cidade como Nova Iorque. As familias mais ricas frequentam diariamente a casa do prefeito. A
primeira dama é bem empenhada em causas sociais. Pelo que a conheci
antes de ocupar esse cargo, ela faz por prazer, é de sua indole e não por obrigação. Neste ano, além do noivado do filho mais novo, também irão realizar a festa de aniversário da cidade, o que acarretaria várias comemorações ao decorrer do mês. Pelo menos foi isso que minha mãe falou por todo
percusso de carro até chegarmos e frente ao imenso predio antigo.

– Porquê paramos aqui? - Franzi o cenho olhando atráves do vidro. Tudo ali parecia igual, mas um pouco mais bem cuidado.

– Com a pressa esqueci de contar. Estamos temporariamente com a
familia Cullen. Você entende, teremos ensaios de casamento e todos os
preparativos, Carmen decidio que seria melhor para âmbas familias. -
Mamãe falou, pegando a bolsa. Ela e Carmem Cullen a primeira dama, são amigas desde sempre e com certeza não viram problemas em passar alguns dias juntas. Já Rose, deve ter adorado passar mais tempo com o noivo, mas para mim aquilo não era muito agradável.

– Vejam, Alice chegou, deve ter comprado o broche que eu tanto
queria. - Rose saiu do carro e correu ao encontro de Alice, a jovem
que antes estudava comigo e agora aparentemente trabalhava como
empregada na casa. E minha mãe ainda perguntava o porquê de eu ter ido embora. Não que eu desvalorize o trabalho, mas eu sempre sonhei em mais para mim.

– Rose foi bem espertinha correndo para não nos ajudar. - Falei saindo
do carro indo retirar as malas lá de trás.

– Deixa ela. Esta nervosa e empolgada. Edward passou três anos fazendo faculdade, e mesmo vindo aqui sempre que pudesse, Rose sentiu muita falta, e não conta as horas para finalmente casarem-se. - Renée, ajudava-me a retirar as malas enquanto falava.

Ouvimos o som de carro parando atrás de nós, e assim que virei-me
reconheci quem estava no volante. Emmett Cullen, o filho mais velho, o
problema. Pelo menos quando o conhecia era o cara mais convencido e
insistente de todos. Certa vez em uma festa, agarrou-me a força
beijando-me, chegou a machucar meus labios com tamanha brutalidade. Por sorte, Damon o filho do meio e adotivo, veio ao meu socorro. E deu
os murros que o irmão merecia. Emmett desceu do carro e com um sorriso cínico nos labios ativou o
alarme. Bastou aquele sorriso para eu ter certeza que ele não havia
mudado muito. Aparentemente estava mais forte, mas nada que me atraia.

– Hora, hora, quem eu vejo aqui, a pequena Bella voltou. E agora nem
tão pequena assim. - aproximou-se de minha mãe colocando o braço em torno de seu ombro. - Seja bem vinda. Querem ajuda?

– Claro querido, Bella parece que veio de mudaça definitivamente. -
Renée sorriu entregando-lhe a mala que segurava.

– Não é pra tanto mãe, são apenas férias. Vamos!

Caminhei para a entrada da casa. Ao entrar olhei a decoração antiga do
predio, eu lembrava de quando era mais nova, e a frequentava. Haviam
pequenas recepções, em que Renée e Charlie sempre eram convidados por serem a terceira familia mais rica da cidade. Alice veio ao meu encontro para mostrar-me onde eu iria ficar. No
imenso corredor do terceiro andar, na ultima porta ficava meu quarto,
provisório. A vista era maravilhosa, Forks tinha um clima otimo, frio mas
na medida certa, um pouco de sol e outro tanto de chuva.
Da varanda eu podia ver o lago a uma certa distância, a grama se
espalhava ao o redor da casa. Pequenos postes espalhados no gramado, e um espaço ladrilhado onde haviam bancos tipicos de praças. Tudo tinha um estilo diferenciado, e eu me perguntava se os moradores não gostaria de usar roupas de epóca também.

– Bella! veja só isto. - Rose entrou no quarto, desviei minha atenção
da paisagem olhando-a, sentar-se na cama, depositando duas caixinhas
de veludo preto. Caminhei até lá e sentei a sua frente.

– O que é isso? - Olhei das caixas a ela, ignorou minha pergunta
começando a tagarelar.

– Por meu gosto, casaria-me com um vestido bem moderno, tomara que
caia, lindo, como eu havia pesquizado em algumas revistas. Mas minha
querida e não muito adorada sogra...

– Qual o problema com Carmem? - Perguntei interrompendo-a.

– Bem, eu não gosto muito do jeito entrometido dela. Então. Ela optou
por algo mais antingo, tardicional, e eu não discuti. Ontem vi dois
broches maravilhosos que tinham tudo haver com meu vestido que apezar de tudo é bem... bonitinho, comentei com ela no jantar, e ficou de
mandar Alice ir negociar o mais lindo. Claro ignorando meu gosto,
porém para minha surpresa, veja isto. Ela mandou que comprasse os
dois. - Abriu cada caixinha, mostrando as duas jóias com algo que se
não eram originais, seria muito parecidos. Fiquei boquia-berta.

– Nossa. Você tem sorte então. Não devia falar desse jeito de Carmem. - Peguei uma caixa observando mais de perto as pequenas pedras de cor azul.

– Nem sempre ela é tão bondoza. Agora vem, me dá aqui. Preciso me arrumar para a festa. - Feixou as caixinhas, e levantou-se em seguida.

– Que festa? - Também levantei, encarando-a. Eu não estava pronta para encontrar toda a população da cidade ao mesmo tempo, em uma daquelas festas chatas em que as pessoas vão apenas para falar da vida uma das outras.

– Como assim que festa? Na casa dos Volture. Comece a arrumar-se assim que anoitecer, mamãe saiu para encontar com Carmem, e pedio que você fosse hoje a noite comigo, já que ela estará ocupada . - Rose deu-me as costas e saiu sem esperar que eu perguntasse algo mais.

Eu nem ao menos sabia como deveria me vestir. O que eu mais odiava em Rosalie era que ela pensava apenas em si e os outros que se virem. Sai do quarto para procurar alguem naquela casa imensa. Desci do terceiro andar e assim que cheguei ao segundo vi Damon que ao me reconhecer, logo abriu os braços para me aninhar em um abraço protetor. Era assim que sempre me sentia com ele. Protegida. E mesmo após anos, havia o mesmo sentimento naquele momento. Foi impossivel conter meu sorriso de alegria ao revê-lo.

– Que bom te ver denovo. - deu um beijo no alto de minha testa e
soltou-me do abraço.- Pensei que havia me esquecido.

– Sem drama! Que saudade._ O abraçei novamente, mas logo o soltei.. - Você esta otimo, o mesmo galã de sempre. - Bati de leve em seu ombro enquanto ele ria de meu comentário.

– E ai vai para a grande festa de hoje a noite?

– Ah, que bom falou sobre isso, eu queria mesmo saber que festa é
essa. - Cruzei os braços encostando-me no corrimão da escada.

– Aro volturi, quer comemorar por finalmente seu filho Alec ter
passado no vestibular. Sabe que ele nunca foi muito inteligente, e o
pai recusou-se a subornar as instituições, na tentativa de fazer o filho
criar vergonha na cara e estudar de verdade. E agora na milésima
tentativa ele finalmente passou. acho isso perda de tempo.

– Alec já passou dessa fase a muito tempo, deveria estar trabalhando. Não acredito que estão fazendo uma festa apenas por isso. - Descruzei os braços, levando as mãos aos bolços. Sorri, lembrando do tempo em que namorei Alec.

– Você teve sorte, pulou fora do barco. Aquele volture não tem futuro.
– Damon encostou-se na parede a minha frente.

– E Jane Volture? Por quando tempo mais deu uns pegas nela?

– Muito pouco. Reformulando, nem um dos Volturi tem futuro. Mais e ai,
esta pegando todos em Nova Iorque? Corpo pra isso você tem. - Analizou-me de cima a baixo, sorrindo.

– Damon! Pare de gra... - Não terminei a frase pois a primeira porta
no corredor, abriu-se dando passagem ao Cullen mais lindo da familia. Edward, não era essa coisa toda quando mais jovem, mas agora, estava
maravilhoso, perfeito. Um deus grego perderia feio. Rosalie com
certeza teve muita sorte. Quando os olhos verdes me olharam, um sorriso brotou em seus lábios.

– Bella? Já chegou!! - abriu os braços e assim como Damon, me abraçou. Não eramos tão intimos, mas pelo visto, a proximidade de nossas
familia, fez tudo mudar. Ele soltou-me e continuou tão perto que até fiquei meio sem jeito.

– Póis é. Que bom te ver novamente. Vim principalmente pelo noivado. -
O sorriso em seu rosto ao ouvir a palavra noivado, provou que seu
amor por minha irmã continuava o mesmo.

– Que bom. Bem, eu agora tenho que ir a prefeitura. Com licença.

– Claro. Até... qualquer hora. - sorri, ele sorriu de volta e desceu
as escadas. Assim que Edward saiu de minha frente vi o sorriso safado
de Damon em minha direção.

– Ainda estou aqui. - Piscou sorrindo mais ainda.

– Vocês, não se falaram, foi como se um não notasse o outro aqui. -
Falei observando naquele momento, porque antes eu não havia percebido nada. Era como se Edward ouvesse finjido não haver ninguem ali além de mim.

– Ele esta meio chatiado comigo. - Damon de ombros.

– Qual o problema?

– Coisas de irmãos, bobagem. Agora vou comer alguma coisa, vem comigo? - Ele sorriu como se eu tivesse perdido alguma piada. - Não. - franzi o cenho sem entender. - Já esta ficando tarde, acho que vou procurar algo para vestir. - Ele apenas piscou. Virei-me e voltei para quarto.


( ... )

Sai de dentro da casa, cansanda de toda aquela chatisse. Rosalie
estava muito ocupada se achando a primeira dama e nem se deu conta do momento em que sai de seu lado, onde ela insistia em que eu e Edward ficassemos desde o momento em que entramos, a duas horas. O vento frio da noite foi um alivio assim que o senti em meu rosto. a Aparentemente não demoraria muito para que começasse a chover. Antes de sair da mansão havia notado que Damon, continuava conversando com Jane, a Volture sem futuro como ele mesmo disse. Sai na calçada, imaginando se Rose ficaria com muita raiva caso eu
fosse embora. Passaram-se alguns minutos enquanto eu decidia meu
destino, quando senti a presença de alguem ao meu lado.

– Você me assustou. - Virei-me para Edward que estava com as mãos nos bolços, sorrindo. Ou provavelmente rindo de minha cara assustada.

– Perdão, não foi minha intenção. Vim pensar um pouco. Será que
Rosalie ficaria chatiada se fossemos embora?

– Esta brincando não é? Eu estava aqui pensando o mesmo. Mas provávelmente ela ficaria furiosa se o noivo for embora. Então que tal você voltar para dentro e comunicar a ela que eu estou com dor de cabeça e fui embora.

– Ah, então você pode ter dor de cabeça e eu não? - Rimos juntos de
nossa tentativa de fuga. - Sinceramente, essa festa não esta com nada.

– Com certeza. Mas, é o jeito, então vamos até lá antes que ela enlouqueça nos procurando. - Virei-me para entrada e entrei novamente na mansão.

Assim que entramos olhamos em todas as direções e nem sinal dela. Nos separamos para encontrá-la. Perguntei a todos e ninguem a viu. Eu já estava prestes a desistir quando esbarrei em Damon.

– Opa!! Desculpa. - Segurou-me, antes que eu caisse.

- Você viu a Rose? - Perguntei ajeitando o vestido que subiu alguns
sentimetros, por seu aperto em minha cintura.

– Quer mesmo saber?

– Se você sabe fala logo, já procurei por todos os lados. - Ele olhou ao redor e em seguida me encarou sério.

– Ela subiu. - Apontou para o andar de cima. E senti meus pêlos se enriçar pela maneira que ele me encarou em seguida.

– Ta ok. - Sai em direção a escada, e quando subi o primeiro degrau,
senti uma mão segurando meu pulso.

– Ninguem a viu. - Era Edward.

– Damon, falou que ela esta lá encima. - Ele franziu o cenho olhando para o topo da escada. - Vamos lá.

Quando chegamos no corredor, ficamos sem saber em qual porta bater,
decidimos cada um bater em uma diferente. Fui para o lado esquerdo
enquanto Edward batia nas portas do lado oposto. Na primeira bati
algumas vezes e ninguem respondeu, quando levantei a mão para bater na segunda, ouvi o nome de minha irmã saindo da boca de Edward. Olhei na direção e ele já havia entrado. Quando cheguei lá Rose saia de cima de Alec, levantando a parte superior do vestido.

– Edward, eu...

– NÃO FALA NADA ROSE!!! eu... ah, eu não acredito. - Edward passava as mãos nos cabelos rodando em circulos. Fiquei ali parada na porta, vendo lagrimas brotarem nos olhos dele. Alec simplesmente vestiu a camisa, e saiu, sorrindo. Passou por mim e cheirou uma mecha de meu cabelo. Afastei-me batendo em sua mão e ele se foi. Rose choramingava sentada na poltrona, sem dizer nada.

– Edward calma. - Fui até ele e o segurei pelos ombros.

– Como calma Bella? - Ele chorava feito um menino. O sofrimento em
seus olhos era de partir o coração. - Você tem noção de quanto tempo
estou com ela? Dedicando minha vida, meu amor, tem noção da
dificuldade que era vir visitá-la quando eu estava fazendo faculdade... tudo isso porque eu a amo. E agora... descubro que não passa de uma vadia.

– Não diz isso Edward. - Rose pôs-se de pé, soluçando. Mas ela sempre
chorou tão mal, que era dificio de saber quando finjia ou estava
chorando de verdade.

– VADIA!!! - Gritou, saindo da sala.

Olhei para Rose que assim que o viu sair, mudou suas feições.

– Eu não sei o que deu em mim Bella, eu... - antes que terminasse a
frase, dei-lhe um tapa, fazendo-a cair sentada novamente.

Sai da sala procurando Edward, mas não o encontrei, e quando cheguei
em casa ele não estava. Eu não poderia fazer nada para acabar sua dor
mas eu tentaria torná-la suportavél. O que vi em seus olhos enquanto chorava, foi algo que jamais imaginei ver nos olhos de um homem. Quantas mulheres sonham em um amor verdadeiro? E Rosalie havia pisado nos sentimentos que toda e qualquer pessoa desejaria para si. Edward, teve um namorico com com Rose quando estavam na puberdade, mas não foi muito para frente, então logo ele engrenou um namoro com Jane, e em três meses, já estava se dizendo apaixonado, eu sabia, não por sermos intimos, mas por eu ser intima do Damon e ele me contar tudo. O namoro durou seis meses e terminou praticamente da mesma maneira, que o atual.Edward pegou Jane e Damon se beijando atrás da escola. Ele sofreu muito, e falava coisas como amar não vale a pena, mas era muito jovem para saber realmente o que era amor, e quando a magoa passou, fez as pazes com Damon, e iniciou o namoro com Rosalie.
Com ela parecia tudo tão magico,tão verdadeiro. Hoje os dois são
adultos e os sentimentos são muito mais fortes e reais, agora é tudo
muito mais sério. E seu sofrimento com certeza muito mais intenso.