Tesouro de Amor escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 18
Rosa


Notas iniciais do capítulo

novo capt. tirei uns dias de férias pq viajei USHAUSAUH mas aqui estou de volta.



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Após saber da notícia de que estava paraplégica, Thaís rapidamente conseguiu tomar o lugar de vítima da situação e, portanto, nem Camila nem Bianca apoiavam a decisão de Thomas de se divorciar da mulher, pois esta não possuía ninguém no mundo, de acordo com o que ela mesma dizia.

Portanto, Thomas sentia-se cada vez mais preso e encurralado em um casamento que não podia terminar de maneira alguma, pois seria o mesmo que abandonar uma pobre e indefesa aleijada.

Presenciando a situação de perto, a pobre Martha se ofereceu para cuidar da ingrata Thaís, que jamais havia tratado bem a babá. Nem quando ainda era uma pequena criança, muito mimada. Apesar de tudo, Thaís era um pouco grata, pois até Martha dava atenção para ela, mas nada da atenção do amado. Pedrinho passava praticamente o dia todo com a mãe.

...

Sentado à borda da piscina com seus pés flutuando pela água, estava Ryan, pensativo, imaginando como estariam todos naquele momento no interior da mansão. Seu turbilhão de pensamentos foi interrompido por alguns leves passos que se aproximavam do jovem cada vez mais. Era ela. Bianca. A amiga de Camila sentou-se ao seu lado e segurou fortemente sua mão.

– Já estou sabendo de tudo. Mas pelo visto você está diferente do que a Camila disse que você era antes. Você mudou, Ryan... Mesmo assim, deve ser difícil conviver com uma culpa dessas, não?

– Sim, com certeza. Mas vamos falar de você. Sei que você é amiga da Camila, que se conheceram na faculdade e hoje moram nesse sítio. Mas conte-me mais sobre a sua vida...

– Bom, não há nada para contar. Sabe, eu tive muita sorte em conhecer a Camila. Não só financeiramente, sim, porque eu era uma pessoa muito pobre, mas também em relação à amizades. Eu nunca tive uma amizade tão forte com ninguém como tenho com ela. A sua irmã é uma grande amiga, Ryan, para todas as ocasiões. Ela é do tipo de que se pode contar custe o que custar.

Após Bianca contar um pouco mais sobre sua vida e revelar que os pais faleceram em um acidente de carro e que residia na república da faculdade, onde passou com muitos esforços, o silêncio esvoaçava pelo local. Ryan e Bianca se entreolharam.

– Sabe... Bianca... Desde que eu te vi eu tenho sentido uma coisa diferente dentro de mim... – Ryan estava prestes a se declarar para a pessoa que estava começando a se apaixonar, no entanto, foi interrompido pela mesma, que pôs o dedo sobre seus lábios.

– Vamos para a melhor parte e chega de conversa. – ordenava, beijando-o. Os dois se beijaram apaixonadamente.

...

O ritmo de paz retornava para a vida de Ana, pois devido ao ocorrido com Thaís, que nenhum dos moradores daquela mansão sabia. Thomas não havia mais aparecido na vida da jovem, sem tirar assim sua paz e sua vida feliz ao lado de Gabriel.

– Sabe, mamãe, eu tive uma sorte de ter um marido tão compreensivo como o Gabriel. Ele me entende completamente e sabe que eu não sou capaz de traí-lo com ninguém. Esse marido é um anjo que caiu do céu.

– Concordo com você, minha filha. Essa foi a melhor decisão que você pôde tomar em toda a sua vida.

...

Alguns meses foram se passando e Ana e Thomas jamais haviam se reencontrado novamente, para alívio desta e aflição deste, que sentia-se cada vez mais sufocado no casamento com Thaís, que bancava a vítima da história cada vez mais.

Thaís agora passava o dia ao lado da antiga babá e do filho, se apegando, de certa forma, profundamente aos dois.

Aos poucos a jovem recuperava a movimentação das pernas, porém a evolução era baixa, chegando a apenas mexer os pés. Por um lado era um grande avanço. Por outro, ainda restava bastante tempo para que, talvez, voltasse a andar como antes.

– Tenho fé que em breve vou conseguir retomar meus movimentos e recuperar o que é meu por direito. Não quero a pena do Thomas e sim o amor dele! – decidia-se Thaís, enquanto, na cadeira de rodas, preparava-se para dormir e finalizar aquele longo e cansativo dia, como estavam sendo os seus naquela cadeira ultimamente.

...

Ana folheava distraidamente o jornal em sua casa quando, repentinamente, sua campainha tocou. A empregada se prontificava a abrir o portão, porém, Ana levantou-se rispidamente.

– Deixe que eu mesma irei abrir. Estou de bom humor hoje. – e em pequenos passos se dirigiu ao portão, onde jazia uma estranha figura.

Uma mulher madura branca de cabelos castanhos longos e despenteados. Utilizava vestimentas rasgadas e estava completamente suja. Imunda da cabeça aos pés. Uma conhecida como mendiga, sem teto, entre outros adjetivos. Possuía enormes manchas no corpo, provavelmente sintomas de alguma terrível doença.

– Pois não?

– Senhora, por favor, me ajuda. Estou muito doente e não aguento mais. Sinto dores cada vez mais fortes. Me arrastei até aqui para pedir sua ajuda, por favor, dona. Sei que a senhora tem condições de me ajudar.

...

Ana, auxiliando a pobre mulher, imediatamente deu um banho na sem-teto e juntas foram para um hospital, onde o médico realizou alguns exames imediatos nesta. A mulher se identificou como Rosa.

– Dona Ana... A sua amiga possui... Leptospirose. Ela está em estado grave e precisa imediatamente de remédios, que são esses aqui. – o médico retirou do bolso uma folha de papel que, com sua letra praticamente ilegível, jaziam escritos alguns nomes de remédios que deveriam urgentemente ser comprados.

...

Ana hospedou a mendiga em um dos quartos e Olívia ofereceu algumas roupas para esta. Deixou a mãe conversando com a mulher enquanto em grandes passos se dirigia ao quarto do marido, que a aguardava ansiosamente para dormirem juntos.

– Gabriel, eu preciso falar com você.

E contou tudo o que aconteceu com a mulher e sobre sua grande generosidade para salvar a vida desta, pois também havia sido pobre e faria o mesmo que esta para que sua vida fosse salva.

– Não vejo atitude mais nobre! Ana, foi por isso que eu me apaixonei por você. Seu coração é de ouro.

...

No dia seguinte Ana se prontificou a conversar com Rosa para que pudesse conhecer mais a nova hóspede da mansão. A mulher agora estava bem arrumada, com os cabelos tratados, os olhos castanhos brilhantes e as roupas azuis claras que Olívia gentilmente oferecera para ela.

– Tá na hora de te dizer, dona Ana. Meu nome na verdade não é Rosa... Foi um nome que deram pra mim, porque perdi a memória.



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