The Only Exception escrita por May


Capítulo 39
Doesn’t matter if it’s not our day


Notas iniciais do capítulo

oii podem me espancar pela demora, eu realmente mereço, peço desculpas tinha prometido um capitulo bem antes e nao postei, me sinto mal por isso mas nunca cheguei a pensar em abandonar a fic, agora é certo, minhas aulas acabam quarta e esses dias pra mim são vazios, nao tenho para fazer, ou seja, escrever sempre, prometo que vou recompensar esse tempo perdido, e não vou me importar se deixarem review ou não, a culpa é minha :/
o titulo significa "Não importa se esse não é nosso dia" da musica who we are de Imagine Dragons, a musica é linda e faz parte da trilha sonora de Em Chamas, quem quiser ouvir, ou já ouviu, :)



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Assim que estacionei na frente da casa dos Everdeen, temi o que iria encontrar. Desci do carro e quando cheguei a porta, não toquei a campainha, já fui logo entrando. Estava muito preocupado.

– Vocês são a pior família do mundo! – Ouvi a voz da Katniss um pouco alta demais.

Meu coração já acelerou de maneira horrível. Estava prevendo o pior. Andei mais um pouco e quando cheguei na sala eu os encontrei. Tinha uns dois caras gigantes vestidos de brancos segurando a Katniss. A mãe dela estava chorando e o pai assinando algum documento. Era visível ver que a Kat estava transtornada. Ela levantou o olhar e me viu. Sua fúria apenas cresceu.

– Veio presenciar a palhaçada também? – Perguntou de modo frio.

– Peeta! – A mãe dela disse e me deu um abraço. Retribuí o abraço dela.

– Não, vim protestar contra isso. – Falei. – E oi Sra. Everdeen.

Ela se afastou.

– Não adianta. – O Sr. Everdeen falou. – Podem levar ela. Mais tarde levamos o que ela vai precisar.

– NÃO. – Ela gritou e começou a se debater. – NÃO PODEM SE LIVRAR DE MIM ASSIM.

Os homens começaram a levar ela. Fiquei bem na frente.

– Não vão levar ela. – Falei.

– Vão sim. – O pai dela disse. – Agora.

A Katniss começou a chorar e eu só fiquei pior. Os homens avançaram, usando a força, e eu senti muita raiva. Outro me impediu de tentar afastar.

– Kat eu vou tirar você de lá, eu juro. – Falei.

– Por favor. – Foi à última coisa que ela pediu.

Pov Katniss.

Praticamente gritei o caminho todo. Quando pararam o carro me arrastaram para uma casa enorme. La era azul clarinha, tinha um jardim enorme, e portões enormes, impossível de fugir. Quando entramos eles finalmente me largaram.

– Seus pais vão vir mais tarde. Durante esse tempo vamos te apresentar a diretora desse local. – Um dos homens falou. Olhei cheia de ódio pra ele. Uma mulher bem velha entrou na sala. Ela tinha uma aparência bem gentil. Sorriu pra mim, mas eu continuei com uma expressão de raiva.

– Olá, Katniss não é? – Ela perguntou, mas eu não respondi. – Bem... Eu fico muito feliz em recebe-la aqui. Conversei com seu pai, e pode ter certeza de que não vai demorar para sair daqui.

– Quanto tempo? – Perguntei indiferente.

– Menos de seis meses, ou quem sabe seis meses. No máximo.

– Eu tenho uma coisa chamada colégio para terminar, não posso ficar aqui.

– Você vai ter aulas de recuperação aqui querida. Aposto que vai gostar. Quem entra normalmente nem quer sair mais. Pode ter certeza.

Revirei os olhos. Até parece.

– Bom, agora vou te mostrar a casa, e as pessoas, seus futuros colegas. – Ela disse sorrindo. Ela estava me tratando como uma demente, problemática. Ela segurou no meu braço e me arrastou pela casa. Primeiro me mostrou as três salas, uma de musica, uma de “relaxar” e outra de lazer. Mostrou a cozinha, onde eu teria aulas o quintal e por fim os dormitórios. – Todos ainda estão em horário de descanso. Ás 11h todos saem dos quartos e vão para a sala de lazer, onde vão falar sobre seus problemas.

Aquilo era ridículo.

– Seu quarto é o 104. Você irá dividir ele com a Cashmere, uma moça transtornada, mas que é muito gentil.

A senhora bateu na porta e uma jovem loira abriu a porta. Ela era muito linda mesmo. Tinha cabelos encaracolados e olhos azuis. Traços finos.

– Ohoi... – Ela disse arregalando os olhos. Achei aquilo muito estranho.

– Querida finalmente você vai ter uma colega de quarto.

Cashmere olhou pra mim e voltou para dentro do quarto.

– Ela está feliz, eu a conheço, sei que sim. Pode descansar um pouquinho. Daqui uma hora poderá sair, mas hoje vai ter o dia livre apenas para conhecer.

Entrei no quarto e ela trancou a porta. Olhei para a Cashmere. Ela se sentou na cama e ficou olhando para o nada. Depois notou que eu estava ali.

– Seu... Nome? – Ela tinha dificuldades pra falar.

– Katniss... – Falei e sentei na outra cama.

O silencio se alongou e eu fiquei olhando para o nada também. Estava assim, aceitando tudo porque tinha colocado na cabeça que era o melhor, eu sair logo, me tratar. Desse jeito Peeta ia me querer. Mas a verdade era que a bipolaridade estava me atingindo fatalmente. Eu não sabia mais o que sentia, como me sentia, se estava mesmo bem. Estava confusa.

– Katniss. – Ela disse depois de um tempo. – Você tem namorado?

– Tenho. – Falei e não consegui impedir de sorrir. Peeta tinha prometido que iria me tirar dali, e eu acreditava nele. Ele era tão bom comigo, foi à pessoa que mais amei e ainda amo na vida. – E você?

– Eu tinha. – Ela respondeu vagamente. – Ele te ama?

– Ele me ama sim.

– Hum...

...

3 meses se passaram, e eu não recebi a visita de ninguém. Fiz amizade com Cashmere, ela acabou se mostrando uma pessoa muito gentil e sincera. Não falava muito, mas eu já sabia do essencial, ou seja, do pior.

Cashmere se apaixonou pelo irmão, era uma coisa totalmente proibida. A família deles era cristã e eles não aceitavam isso de jeito nenhum. Eles iam se casar, só que a mãe da Cashmere descobriu e a ameaçou, se ela se casasse, iria fazer alguma coisa com ela, ela não quis me dizer. No caso, no dia do casamento ela teve que ir embora, sem nenhuma explicação. Só que ela estava grávida do próprio irmão.

Ela ainda está grávida. De 5 meses e teve surtos porque a criança não vai nascer, digamos “bem” como as crianças normais. Agora ela está um pouco perturbada e a família dela quis se livrar do problema. Não muito diferente do meu caso nesse quesito.

– Seus pais não vem te visitar? – Ela perguntou enquanto saímos da aula de recuperação do “colégio”.

– Não sei. – Falei. Ultimamente eu estava mais normal. Nunca achava nada que pudesse me ferir gravemente, me cortar. Eu não sentia mais falta disso. Eles preenchiam meu tempo. E como eu não gostava de ir pra área de lazer, falar dos meus problemas para todos, eu falava separadamente com a psicóloga. Eu estava ficando bem. – Acho que ninguém se importa.

– Você não se preocupa com isso? – Cash perguntou. Agora ela conseguia falar melhor também. Estava melhorando, e sua barriga já estava bem visível.

– Só me preocupo com Peeta. – Admiti. - Não sei como ele está. Não vem me ver, não manda noticias. E eu estou sofrendo com isso. Tenho medo de que ele tenha se esquecido de mim. Meus pais eu já esperava isso. Nunca fui a preferida deles.

– Não fala isso. Você não disse que ele ia arrumar um jeito de te tirar daqui? Deve estar fazendo isso.

– Quem sabe. – Falei. Tinha batido a vontade de chorar de repente. Queria sair logo desse lugar, ficar bem, respirar outro ar. Ter uma vida normal. Tinha a impressão que meus amigos de fora não existiam mais. – Mas e esse bebê ai?

– Ah. – Ela sorriu afetada. – Está crescendo mais do que nunca. Ainda não pensei que vou ter que escolher um nome para ele.

– Você precisa ir a um médico.

– Eles me examinam aqui. – Cashmere fala. – Minha família deve estar investindo um dinheirão aqui, só para me manter afastada. Afastar a aberração da família. – Ela disse triste. – As aberrações.

– Não, essas palavras são proibidas, lembra? – Perguntei séria e ela assentiu.

Chegamos no quintal, e uma moça da recepção veio falar comigo.

– Senhorita Everdeen, você tem visita. – Ela disse gentilmente.

Olhei incrédula para Cashmere que sorriu e assentiu, como se estivesse me estimulando para ir. Deixei minhas coisas com ela, e segui a recepcionista até a sala de visitas. Meu coração palpitava. Tinha que ser Peeta.

Ela abriu a porta, eu entrei e quando ela fechou encontrei... Madge!

– Katniss. – Ela disse vindo em minha direção e me dando um abraço apertado. Quase sufoquei. – Eu quase morri de saudades. Mentira! Eu morri de saudades, nossa seu cabelo já cresceu tudo de novo, e você tá muito bem. – Ela falou.

– Também senti saudades. – Falei. – Pensei que não se importasse mais. Todos.

– Ah não. – Ela disse. – Todos nos importamos, só não podíamos entrar em contato com você... Kat estávamos proibidos de fazer isso.

Arqueei as sobrancelhas.

– Por quê?

– Seu pai nos comunicou e disse que por ordens medicas você devia ficar afastada de todos de fora. Isso ajudaria na melhora do seu quadro e eu realmente vejo que melhorou. Estou tão feliz.

– E Peeta?

Ela riu.

– Olha só pra você, não está nem ai pra mim.

– Não é verdade. – Sorri. – Só estou preocupada com ele.

Ela desfez o sorriso, como se estivesse se lembrando de alguma coisa.

– Acho que está na hora de você voltar e por ordem naquele internato. – Ela disse. – Você já vai ser liberada. Para esse último ano, precisamos de você.

– O que aconteceu? Está me escondendo algo.

...

Realmente fui liberada. Despedi-me de Cashmere e fui pra casa com Madge. Foi triste ter que deixar minha amiga, mas prometi visitar ela sempre e a convidei para a minha formatura. Fui pra casa, chegando lá, fui recebida pelos meus pais.

– Você está muito melhor querida. – Minha mãe disse contente.

Evitei falar muito com eles, porque eles nem se quer foram me ver uma vez, e aquilo era horrível. Durante 3 meses achei que estivesse sido abandonada por todos que eu amava.

No dia seguinte, iria com Madge para o colégio. Iria precisar recuperar muitas notas. Iria voltar a viver, voltar para o internato, provavelmente fazer muita besteira. Era meu último ano, iria me formar.

– Você tem que chegar linda. – Madge disse separando umas roupas. – Chegou tantos meninos perfeitos no colégio, você vai pirar.

– Mad, eu tenho namorado. – Falei. Ela me olhou de relance. – E você também tem um.

– Terminamos. – Ela disse. – Agora os casais são só Annie Finnick, Clove Cato e Johanna e Marvel.

– Por que você terminou com o Gale?

– ELE terminou comigo. Eu não sei Katniss, os meninos mudaram. Não consigo entender. Até o Finnick. Entrou meninas novas no colégio. Deve ser por isso. Não somos mais importantes como antes. Nos separamos.

– Madge, seja sincera comigo. Eu andei percebendo você meio estranha quando eu falo do Peeta. Ele me... Traiu?

– Não que eu saiba. E acredite se eu não sei, é porque ninguém sabe e se ninguém sabe é porque ele não traiu. Mas ele tá agindo como um imbecil serio, junto com o Gale e Finnick então. Se acham os donos do colégio.

– Você acha que ele ainda se importa comigo?

– Claro que se importa. Só não se esqueça de uma coisa. Ele também foi proibido de te ver. Ele ficou muito revoltado, mas não quis demonstrar isso. E no caso acabou querendo esquecer e se tornou um babaca.

– Eu ainda não consigo entender o que você quer dizer com isso.

– Vai ter que ter paciência. Muita paciência.

Ainda não conseguia entender. Terminei de me arrumar e saímos de casa. Meu pai nos deixou no internato e disse que depois levaria uma mala com minhas roupas. Agradeci e entramos no internato. Fazia muito tempo que não pisava ali. Todas as lembranças boas vieram em mente e todas as lembranças ruins também. Conforme eu andava com Madge, uns olhavam, apontavam, cochichavam. Era estranho. Tinha muita gente nova. Quando entramos no velho dormitório, encontrei Clove falando no celular. Ela arregalou os olhos e gritou jogando o celular de lado e vindo me abraçar.

– KATNISS. Meu deus, finalmente. – Ela disse me apertando. Esse povo e essas manias de me apertar demais. Madge sorriu e Clove a puxou para o abraço também.

– Morri de saudades. – Falei abraçando as duas.

– Eu também, esse colégio não foi o mesmo sem você. – Clove disse.

– É, nunca mais fomos no lago, nunca mais fizemos coisas erradas, o que eu nunca fiz antes, quebrar as regras. – Madge disse.

– Sim eu fiz você quebrar as regras, nossa, a gente só se ferrou. – Falei rindo e elas riram também. – Mas tudo está voltando ao normal.

– Está sim e esse ano, o ultimo ano vai ser o melhor. – Mad disse.

– Sim, o melhor, porque estamos juntas novamente, amigas desde o ano passado, que infelizmente tivemos que nos separar, agora nada mais nos separa. – Clove disse. – Eu amo vocês e estou extremamente feliz.

– Uau, Clove falando que ama alguém. – Falei brincando.

– Você tá a mesma retardada de sempre. – Mad disse.

– Eu não. – Me defendi.

Rimos de novo.

– Amizade está de volta e esse ano vai ser o melhor, o inesquecível e nós vamos fazer muita merda. – Clove disse.

Eu e Madge assentimos. Deus eu estava tão feliz em estar de volta. Pensei que elas não se importavam. Mas elas sempre se importaram. E agora eu podia admitir. Eram minhas melhores amigas.


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Notas finais do capítulo

vcs perceberam que a katniss ta bem melhor? por isso nao ta tao revoltada e aceitou que ninguem foi ver ela, isso é bom, pra felicidade de todos ela esta totalmente curada e os dias de internato voltaram, bagunça 100%
beijos vocês e novamente desculpas !