O Lado Negro escrita por Barbara Andreosi


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu ainda não peguei o jeito, mas tá aí. Espero que gostem da minha Fic. (:



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Mesmo antes de minha patrona obrigar-me a voltar para aquela parafernália que ousam chamar de acampamento, eu não estava tendo lá um dia muito bom.

Na verdade, eu achava que jamais teria um dia bom na minha vida. Não depois de aquelas divindades medíocres os terem tirado de mim. Minha mãe, minha tia, minha avó, meus amigos, Hunter... Estavam todos mortos.

Para mim, o único dia feliz de minha vida seria quando eu visse os deuses sendo esmagados pelos gigantes ou titãs, ou qualquer coisa que pudesse vencê-los, sendo aprisionados e levados para o fogo mais profundo e ardente de todo o Tártaro, e se ajoelhassem aos meus pés, implorando por perdão, o perdão que eu jamais os daria.

– Não vai terminar de comer o seu jantar? - perguntou Jenn. Eu dividia meu compartimento no hospício com ela, o quê fazia com que nós fôssemos amigas, mais ou menos. E sim, eles achavam que eu era louca. Se eles ao menos soubessem a verdade...

– Não, se quiser, pode pegar. - eu disse enquanto lhe estendia a bandeja com queijos, uvas e alguns pedaços de carne que eu comi pela metade. Então parei por um minuto para inspecionar o seu rosto. Os cabelos louros que lhe roçavam as bochechas, os olhos que eu não sabia distinguir a cor; parecia um caleidoscópio. O engraçado era que ela não tinha cara de louca, como todos nós. Pelo o contrário, ela era simpática e atenciosa, sempre disposta a nos ajudar, não tinha as olheiras típicas das pessoas desse lugar. Por isso, nunca tive coragem para lhe perguntar o porquê de sua estada nesse hospício. Ela entrara aqui um pouco depois de mim.

A coisa mais estranha era que Jenn fora a única pessoa que eu cheguei perto de amar, desde que eu perdi os meus parentes e minha própria vida, há alguns... cento e cinquenta anos atrás. Eu podia confiar nela, nós conversávamos até tarde, nas noites em que meus sonhos me perturbavam, me estrangulavam e me puxavam de volta para os Campos da Punição.

Então nós duas ficamos observando a paisagem que o Lago Erie formava, serpenteando entre as rochas, a brisa entrando pela janela, trazendo o cheiro fresco da praia lá embaixo, tão distante, o céu noturno salpicado de estrelas.

Sempre que eu pensava em minha família e amigos, ou todas aquelas coisas que podiam ter acontecido de bom na minha vida antes dos deuses destruírem tudo, eu acabava por suspirar. Então fechei os olhos por um momento, como se assim pudesse bloquear todas aquelas memórias, apagar todos aqueles rostos queridos, pensamentos... E então percebi o erro que cometi. Sempre que eu pregava meus olhos, mesmo que fosse para dormir, desde que eu voltara dos mortos, eu tinha mais um dos meus blecautes...


Eu havia acabado de sair do treino de esgrima, e iria encontrar Hunter nos campos de morangos dali a alguns minutos. Nós havíamos entrado nesse relacionamento há pouco tempo. É claro, nós nos conhecíamos muito bem, lutamos em batalhas juntos, matamos monstros, trouxemos semideuses para um lugar seguro, salvamos a vida um do outro várias vezes, mas era estranho agora nos tratarmos como um casal.

Quando cheguei aos campos de morangos, encontrei Hunter sentando sobre uma toalha xadrez de piquenique, com uma cesta de morangos e algumas latas de Coca-Cola, observando os sátiros tentando pegar as ninfas, uma vez que estas lhe prometiam beijos.

– Você chegou - ele disse, sorrindo, quando eu me sentei ao seu lado e entrelacei meus dedos nos dele. Seus cabelos negros cobriam-lhe os grandes e inteligentes olhos castanhos, e usava a típica camiseta laranja do acampamento. Não era pelo fato de ser um dos semideuses filhos de Apolo que eu o achava lindo. Ele era lindo, simplesmente.

– Eu sempre chego - eu disse a ele. Isso era uma piada particular nossa, pois todas as vezes que um estava em perigo, por coincidência ou não, sempre conseguíamos salvar a vida um do outro.

Ele olhou nos meus olhos, como se ainda não acreditasse que nós tivéssemos sobrevivido a guerra entre os dois acampamentos, a chamada Guerra Civil, aos olhos mortais. Afinal, Quíron mesmo uma vez me dissera que semideuses nunca têm um tempo muito longo de vida.

– Eu nunca vou entender porque você escolheu justamente a estranha garota filha de Hades... Ela ao menos tem seu próprio chalé por aqui. - eu murmurei, com um bom-humor que há tempos me faltava, enquanto acariciava de leve a palma de sua mão.

– Eu também não. Acho que porque, bem no fundo, eu também sou um garoto estranho. - ele riu, abriu uma lata de Coca e me olhou denovo.

Então, Hunter fez algo que me surpreendeu. Algo que, mesmo depois de todos esses anos no qual nos conhecemos e lutamos contra o mundo, ele não fizera. Ele me beijou. Pela primeira vez. Depois disso ele me olhou novamente, e então voltou a observar a paisagem de Long Island. Então eu percebi uma coisa.

Minha mãe, minha tia e minha avó estavam a salvo, meus amigos estavam bem e eu tinha Hunter ao meu lado. Pela primeira vez em muito tempo, eu estava... Feliz.


Como se fosse o vento levando as folhas secas de uma árvore em uma manhã de outono, minhas memórias voaram para longe, enquanto as minhas tentativas de segurá-las por algum tempo fracassavam. Mas depois eu sempre percebia que, ao tentar me agarrar á alguma dessas memórias, só acabava por sofrer mais. Então eu as deixei ir, como fazia sempre que acontecia um de meus blecautes.

– Outro blecaute? - perguntou Jenn, a testa vincada em preocupação. Eu dissera a ela que eu tinha esses blecautes devido ao “acidente de carro” que matara a minha família. Eu sabia que ela não acreditava, ela me conhecia tempo suficiente para saber quando eu estava mentindo. Mas ela não me perguntava mais do quê o necessário, nunca me pressionava quanto a isso.

Eu assenti, e ela não me pediu mais detalhes. Essa era uma das coisas boas em Jenn: ela nunca me pedia mais detalhes sobre os flashbacks, não perguntava sobre meus sonhos durante as noites em que eu acordava todo mundo do hospício com meus gritos. A verdade era que ela parecia me entender.

Olhei ao meu redor, todas as garotas e os garotos entre os 13 e 18 anos que foram diagnosticados como loucos, problemáticos, mentalmente perturbados. Todos hiperativos, andando em círculos, chacoalhando as mãos, as pernas e os pés, ansiosos por alguma coisa que certamente nunca viria. Então era sempre aí que percebia o quanto eu os invejava. Pelo simples fato de serem reles mortais. De não terem poderes de evocar mortos, ou mesmo ter voltado deles. Por poderem morrer. Quantas vezes eu mesma já não tentara? Mas, sempre que eu quebrava um copo de vidro e usara cacos para me mutilar, ou qualquer coisa assim, eu acabava por voltar, sem nenhum arranhão, até que tiraram qualquer instrumento que eu pudesse vir a usar para me suicidar. Claro, agora eu sabia o porquê de minhas tentativas sempre fracassarem. A mulher de terra, que sempre falava de olhos fechados em meus sonhos, me explicara.

São as Portas da Morte, ela dissera, elas estão abertas. E eu, na verdade, preciso de você viva, minha querida.

Eu não sabia o porquê, mas sempre acreditava nela. Alguns dias depois ela me trouxera a notícia de que as Portas da Morte haviam sido fechadas, e que eu não voltaria para lá. Como se isso fosse algo bom, eu murmurara. Mas eu decidi parar de tentar me matar; eu nunca conseguiria mesmo. Então passei a apenas vagar pelo hospício, o olhar sempre vazio, sem trocar palavras com ninguém, apenas, eventualmente com Jenn. Afinal, eu deixei de viver, e passei a apenas existir. Bem, até aquela noite.

Depois de meu jantar comido pela metade e depois dado a Jenn, voltei para o meu compartimento. Ele não tinha nada de especial, tinha apenas quatro paredes brancas, uma janela alta demais para pular, com um grosso vidro de plástico, com cortinas claras, no terceiro andar, as duas camas com um colchão macio e lençóis em um claro tom de azul, uma escrivaninha pintada de branco e um pequeno e básico banheiro. A cor do quarto realmente ajudava a relaxar, mas, no meu caso, nem tanto. Entrei no banheiro e tomei um rápido banho, colocando as roupas que uma simpática enfermeira havia me dado; um confortável jeans preto e uma camiseta velha, porém limpa dos Yankees. Não coloquei os tênis, pois pretendia ir para a cama. E assim fiz: me enfiei debaixo dos lençóis e virei para a parede. De repente fui tomada por um cansaço desumano. Eu não entendia porque, já que eu mal me levantava durante os incontáveis dias que estive aqui, apenas para comer alguma coisa ou tomar banho. Certamente seria a Patrona me chamando. Através de algum sonho.

De qualquer maneira, fechei meus olhos, esperando por mais um de meus flashbacks diários. Estranhamente, eu não o tive. Dane-se, pensei, por acaso eu não sempre torço para que os blecautes não me apareçam? Portanto, eu dormi, por um tempo confortável e bem. E então é aí que me sonho começou.

Eu estava novamente naquela noite em que eu perdera a minha família, meus amigos e Hunter.

Estávamos todos sentados ao redor da gigante mesa de jantar de minha mãe, era véspera de Natal. Mamãe acabara de decidir que não me mandaria mais para o acampamento, uma vez que a Guerra Civil havia chegado ao seu fim, que eu era exposta a muito perigo, e também que eu não tinha meu próprio chalé lá; ela achava isso um absurdo. Ela fizera um acordo com Hécate, a deusa da magia, em uma de suas viagens ao Mundo Inferior com o papai, para que fizesse um algum tipo de feitiço que nos deixasse seguros dentro, pelo menos, de nossa própria casa. E a melhor parte; Hunter viria morar conosco, já que seus pais haviam morrido enquanto ele ainda era apenas um garotinho. Assim, nós poderíamos passar todo o tempo juntos. Afinal, nós decidimos que esqueceríamos os deuses, qualquer coisa relacionada a eles, a não ser nós mesmos.

–Vamos, Skylar, abra seu presente – dissera minha mãe, enquanto vinha na minha direção com um lindo pacote laranja, a minha cor favorita na época, sorridente. Ela o colocara no meu colo, ansiosa para que eu o abrisse. Todos esperavam para ver a minha cara quando soubesse o quê havia ali dentro. – Esse é de Hunter.

Desembrulhei o pacote, e, mais uma vez, Hunter me surpreendera. Era uma adaga de bronze, bronze celestial, eu suspeitava, com o punho em couro, e letras em grego gravadas nela.

–Encaixe perfeito, ótimo equilíbrio – eu disse a ele. – Nada mal. Eu adorei. Obrigada.

– Disponha. Íris que me ajudou. - ele apontara para a deusa, que estava sentada ao lado de minha mãe. Elas ficaram amigas, sabe-se Deus como, e desde então, eventualmente, ela aparecia em nossa casa.

- Que bom que gostou, não é? Sabe, Kimberly, o que as crianças farão próximo verão? - Íris disse a minha mãe, com uma indiferença totalmente forçada, examinando a toalha de mesa com estampas natalinas.

Minha mãe a olhou com desdém, e decidiu entrar no jogo, embora eu soubesse o que se passava na cabeça dela.

- Não sei. Acampar em família, fazer piqueniques, estudarem um pouco, talvez. - ela disse estudando bem a expressão de Íris, as sobrancelhas erguidas. - Por que?

A deusa fez uma pausa, e, quando pensando que ela não responderia mais, ela disse:

- Nada, não é por nada. É que... sabe, er... Sempre têm guerras a caminho. Não podemos nos iludir, pensando que estamos seguros agora. Enfim, eles precisam ir para o acampamento, não é? - sua expressão era uma espécie de cautela com ansiedade, mas ela tentava soar indiferente.

Minha mãe entendeu tudo na hora.

- Zeus te mandou aqui, não é? Porque sabia que eu ouviria você. - Íris tentou retrucar, mas minha mãe a impediu, fazendo um sinal com a mão. - Pois transmita-lhe isso: as crianças não voltarão. E acho que tenho motivos suficientes para optar por isso. Discorda de mim? - minha mãe a olhara com um brilho perigoso nos olhos. Íris balançou a cabeça.

- Kim, eu te imploro. - dissera a deusa, o tom de súplica. - Por favor. Os deuses não aceitam um não como resposta. Eles são egoístas e fúteis e só se preocupam si mesmos. Ele está nos observando. Sim, certamente. E você sabe o quê acontece com quem contraria os deuses. Você, mais que ninguém sabe disso. Veja o exemplo de seus próprios pais.

Minha mãe respirou fundo, medindo se metia ou não a mão na cara de Íris. Antes que ela pudesse pesar a possibilidade, aconteceu o que eu temia que viesse à tona.

– Surpresa – dissera friamente uma voz atrás de nós, e então percebemos que Íris estava certa. Eu conhecia aquela voz, não importava como. Zeus, o rei dos deuses. Aquele que sempre dificultava as nossas missões e nos odiava. Eu sabia que ele não estava ali em pessoa, certamente ele tinha coisa melhor para fazer. Mas sabia que ele nos observava. E então sua voz se direcionou para minha mãe. – Íris me disse que a senhora não mandará os semideuses no próximo verão para o acampamento.

Minha mãe lançou um olhar como se dissesse "Traidora!" a Íris. Então Zeus continuou o seu discurso.

- Suponho que não seja possível. Semideuses nunca estão seguros, senão no acampamento. E provavelmente tem uma guerra a caminho. Eu não me importaria de deixá-los morrer, mas Afrodite, que acha fofo o namorico entre dois semideuses - ele disse, batendo as pestanas - e Hera, que por sinal gosta de vocês, andam me especulando quanto a isso. Se Íris não faz o trabalho direito - ele dissera, imitando a voz de uma mulher - vá você mesmo.

– Bem, minhas sinceras desculpas a Afrodite e Hera – minha mãe dissera, o tom de voz ao mesmo tempo frio e sutil. – Eles não voltarão. Skylar é minha filha, portanto eu sou responsável legal por ela, e digo que ela não voltará. E Hunter já tem idade suficiente para tomar suas próprias decisões.

– Receio que não possa concordar. Tem outra guerra a caminho, e semideuses nunca estão seguros, principalmente aqui, em São Francisco, e vocês sabem mais do quê ninguém o motivo disso. E, se não cooperar, sra. Winsley, vou levá-los a força neste exato momento. E creio que não teremos de tomar medidas tão drásticas como no dia da morte de seus pais, certo? – dissera-lhe Zeus, a ameaça e impaciência visíveis em sua voz. E então ele se materializou na frente de minha mãe, como que para provar que não estava blefando. Ele usava seu terno preto risca-de-giz, e seus cabelos pretos estavam penteados para trás, os olhos tempestuosos fuzilando minha mãe com o olhar. - Não vamos tornar as coisas tão difíceis, não é? Tudo que eu preciso é de um uma confirmação, e assim vocês podem passar o insignificante Natal de vocês em paz.

Era quase possível ver chamas dançando nos olhos de minha mãe. Ela nunca me contara, mas eu sabia que, por culpa de Zeus, seus pais haviam morrido, lenta e tragicamente. E Zeus pareceu ter tocado em uma ferida que já a tempos estava quase cicatrizada. E então ela fez algo que pegou a todos desprevenidos; a mim, Hunter, Axl, Queen. Ela arrancou a adaga de minha mão, e então enterrou a lâmina no peito de Zeus.

- Não! - gritara Íris, tentando desesperadamente fazer algo que pudesse ajudar.

Da ferida, jorrou icor, o sangue dourado dos deuses.

– Corram, crianças! – minha mãe dissera-nos. – Fujam daqui, e não voltem! Zeus é o pior deles! O mais fútil e vaidoso, porém o mais poderoso!

Então Zeus olhou para a ferida, gargalhando loucamente, arrancou a adaga e lançou-a na direção de Hunter, e então a lâmina penetrou o estômago dele. Com um grito, ele caiu no chão.

– Não. NÃO! – eu gritei, e corri até ele. Segurei sua cabeça em meu colo e acariciei seus cabelos, enquanto procurava o néctar e a ambrosia em meu bolso. Quando o achei, estendi o néctar, mas ele balançou a cabeça em negativa.

– Não, Skylar. É tarde demais. Mas sabia que você me proporcionou os melhores momentos de minha vida. Eu... Te amo. Meus pais... minha irmã... Eu os verei novamente. Sim, eu os verei... – ele dissera, e então eu soube que as Parcas já haviam cortado seu fio da vida. Eu o beijei, como um último adeus, e então arranquei a adaga de seu corpo, o seu último presente a mim, e desde aquele dia passei a chamá-la de A Adaga Maldita. E então corri até Zeus, fazendo de tudo para feri-lo. Íris tentava me segurar, mas eu não ligava. Cortei aqui e ali, decapitei um dedo, um pé, mas ele não parecia se importar. E então ele começou a rir. Uma gargalhada estridente e fria, como nos filmes de terror. E então ele se esquivou de meu golpe, e evocou seu raio-mestre. O raio foi ficando maior e mais brilhoso em sua mão, e ele estava preparando-o para lançar.

– Feliz Natal á todos. – disse Zeus, protegendo Íris atrás de si, e então lançou o raio, matando todos que ali estavam.

E então e vi a mim mesma e minha família sendo morta, e então, a cena foi como que pausada. Então surgiu a Patrona, em suas vestes de viúva e coberta de terra.

– Diga-me, Skylar – ela disse serenamente. –, quem são os culpados por tudo isso? Por tirar tudo de você, sem ao menos um motivo real?

– Os deuses, é claro.

– E o até onde você chegaria para vê-los passar pelo o mesmo que você passou?

Eu não precisava pensar. Essa resposta já me era automática.

–Até onde for preciso, minha Patrona.

Ela sorriu, como se estivesse tendo um sonho prazeroso.

– Então, preciso que me faça uma coisa, para que você possa alcançar seus objetivos. Eles viram te buscar. Certamente, eles virão. E você os odeia, eu sei, e você nem ao menos pertence a eles. Preciso que se junte a mim oficialmente, nessa guerra. Você é simplesmente muito poderosa para ser deixada para trás. A pergunta é: de quê lado você está?

Dei uma risada fraca, triste, com raiva, frieza. Tudo o quê tenho sentido desde que voltei.

– Do lado que pode derrubar os deuses e o Olimpo. – eu respondi.

Ela sorriu novamente, presunçosa, e então disse:

–Era tudo que eu precisava ouvir. Eu, a Patrona, declaro-te, então, Skylar Winsley, filha de Hades, a nova tenente de meu exército. E já tenho um até um serviço para você fazer. Quando eles vierem te buscar, não relute. Aja como um deles. E então quero que relate tudo que ver ou ouvir. Conte-me seus planos. Tudo. Entende?

Eu certamente não entendera, nem sabia ao certo quem era o eles que ela se referia , mas já tinha minhas suspeitas. Mas de uma coisa eu sabia: se era para destruir os deuses, como eles fizeram comigo, eu já estava dentro.

– Sim, eu certamente entendo. Não só entendo, como também me enche de prazer estar desse lado. Só uma coisa: você vai me dizer quem é você?

A Patrona riu.

– Eu sou a Terra, minha querida. Agora, descanse, terá um grande dia amanhã. - e então meu sonho se dissipou, e eu dormia, tranquila, novamente.


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Notas finais do capítulo

Que drama, né? Bem, espero que tenham gostado.
Eu mudei um pouquinho, porque percebi que errei em uns negócios. (:
Deixem comentários.