The Hunger Games escrita por BiancaP_Cullen


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu, com o novo cap. Quero agradecer às dez pessoas que comentaram o capítulo 1. Foi muito importante pra mim ♥
Espero que gostem...



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Gale Hawthorne? As chances realmente não estavam ao meu favor hoje.
Se eu já não estava confiante, agora consegui ficar ainda menos confiante. Gale é duas vezes maior que eu, duas vezes forte que eu. E, com certeza, ficará feliz por me matar. Gale nunca gostou de mim. É a oportunidade perfeita pra Gale.
Gale já estava no palco posicionado ao meu lado. Observei a família dele. A Sra. Hawthorne segurava desesperadamente os três filhos. Rory, Posy e Vick não paravam de chorar.
Olhei Gale. Este olhava para o vazio. Gale mantinha uma postura firme. Como se não tivesse medo. Como se não se importasse de ficar longe de sua família.
Esse pensamento me deu arrepios. Eu sei o que o distrito inteiro está pensando. O inquebrável Gale Hawthorne destruirá facilmente a filha frágil do prefeito.
Vendo bem, eu talvez tenha a sorte de Gale me matar antes da entrada na arena. Eu faria qualquer coisa para não ter que participar nos jogos.
Finalmente, e com muita dificuldade, meu pai termina o sombrio tratado de traição. Depois gesticula para Gale e eu apartar as mãos. Fora o primeiro contato que tive com Gale durante anos. Sua mão era tão forte, que quase esmagara a minha.
O hino de Paném toca, finalizando a cerimónia.
Um grupo de pacifistas nos leva até às portas dianteiras do Prédio da Justiça. Quando entro, sou levada para uma sala. É a minha oportunidade para chorar. Só não o tinha feito mais cedo, porque a minha imagem não era a melhor.
Fiquei ali sozinha chorando por alguns bons minutos, até que sou interrompida pelo meu pai que tinha entrado na sala. Este correu para me abraçar. Não demorou muito tempo até meu pai começar a chorar também. Ele já sabia que eu ia morrer. Ele sempre fez de tudo para me proteger disto. Nunca foi necessário pedir tésseras. Todo o seu trabalho foi em vão.
Madge: Diga a mamãe que eu a amo muito.
Meu pai apertou-me ainda mais. Ele ficara ainda mais preocupado. O que seria de minha mãe agora? Ela já havia perdido minha tia nos jogos, e agora estava prestes a me perder também.
Os minutos seguintes, passaram silenciosos. Os dois, pai e filha, estávamos abraçados um ao outro, chorando.
Um pacificador entrou na sala, interrompendo o nosso momento.
Pacificador: Acabou o tempo.
O homem retirou meu pai dos meus braços, e ao fazer isso retirou o pouco conforto que eu tinha.
A próxima visita surpreende-me. Não estava à espera de mais ninguém, a não ser de meu pai.
Katniss: Madge? Você está chorando?
Katniss andou até mim e me abraçou.
Katniss: Você não pode chorar. Não agora. Não vê que é isso que o Capitol quer? Mostrar o quão fracos são os distritos.
Madge: Katniss, eu irei morrer logo.
Katniss: Você pelo menos precisa tentar. Você ao menos já pensou em tentar?
Madge: Claro que não. Não vale a pena Katniss.
Katniss: Claro que vale a pena. Você mão acha que seu pai valha a pena? Sua mãe? Seus amigos?
Madge: Eu não tenho chances…
Katniss: Madge você poderá treinar, antes de ir para a arena. Você corre muito. Até mais do que eu. Você corre muito depressa. Isso é uma boa qualidade em um tributo.
Madge: Boa, Katniss. Vou fugir dos tributos todos, eles não me irão apanhar.
Disse irónica. Eu até posso correr muito. Mas os tributos profissionais apanham-me num abrir e fechar de olhos.
Katniss: Gale ajuda você nos treinos.
Madge: Katniss, você não percebe? Gale e eu não somos aliados. Somos inimigos.
Katniss: Com a ajuda de Gale, será mais fácil pra você na arena.
Madge: Katniss, você tem certeza que quer que eu ganhe? Para isso teria de matar o seu melhor amigo.
Katniss: Olhe Madge, eu sei que é uma situação muito difícil pra você, Mas é horrível pra mim. O Capitol irá levar os meus dois melhores amigos. Eu estou ciente que não poderá existir dois vencedores. Mas pelo menos quero que um dos vencedores seja um de meus amigos. Disse a mesma coisa a Gale.
Madge: Como ele está
Não sei porquê, mas me sinto preocupada com Gale. Ele estava tão diferente. Tão distante. Aquele não era o Gale que eu conhecia.
Katniss: Bom, ele…
O pacificador entra novamente na sala.
Katniss me abraça e dá um beijo em minha bochecha.
Katniss: Não se esqueça Madge. Tente!
Tentar! Não perderia nada se tentasse. Eu prometo por mim, por meus pais, que eu irei tentar. Farei o possível para ganhar. Pelo menos se morrer, eu saberei que tentei. Os meus pais chorarão, mas saberão que eu lutei.
Fui acompanhada por alguns pacificadores e por Gale, do Prédio da Justiça até ao trem.
Infelizmente, haviam várias cameras, e eu fiz o possível para não olhar. Os meus olhos estavam vermelhos porque havia chorado antes.
Já Gale, se mantinha firme. Ele com certeza será um grande tributo.
O trem começa a se mover de imediato. Era um trem super chique.
Effie leva-me até ao meu quarto e diz para vestir o que quiser. Escolho um bonito vestido rosa. Depois lembro-me do meu alfinete, e colocou-o no vestido.
Effie aparece para me vir buscar para o jantar.
Quando cheguei lá, Gale já estava jantado.
Effie: Onde está Haymitch?
Gale não responde. Garoto sem educação. Effie tinha se mostrado muito simpática. Ela não tem culpa.
Gale sempre julgou as pessoas sem as conhecer. Me julgava por ser filha do prefeito e não precisar de tésseras. E agora julga Effie por ser do Capitol.
Sentamo-nos as duas e começamos a comer.
Effie olhava Gale assustada. Gale não pára de se empanturrar, e de uma maneira menos correta. Não o censuro. No distrito à muita gente que passa fome. Alguns, mesmo com tésseras, não têm comida suficiente.
Quando acabamos de jantar, combinamos de ir ver o recapitulamento das colheitas por Paném. Effie se levantou e eu ia a seguir, mas Gale agarrou o meu braço.
Gale: Desculpe…
Não consegui responder nada. Apenas me afastei. Não seria com confraternizar com Gale.
Entramos em uma sala pra ver o resumo dos jogos. Tinha de todo o tipo de concorrentes. Um rapaz assustadoramente forte do dois, uma menina pequenina do onze e um rapaz machucado do 10.
Quando chegou à parte do distrito 12, Effie refilou qualquer coisa de sua peruca. Já eu, estava com um aspeto horrível. Estava com muito medo. Gale, simplesmente não aparentava nada.
Effie: O vosso mentor tem muito o que aprender sobre apresentação e comportamento televisivo.
Ri. Nunca vi Haymitch sério. Desde pequena que conheço Haymitch como um bêbado.
Gale: Não vejo piada alguma Madge. É ele que supostamente irá dar conselhos pra nós. Eu não quero…
Fez-se silêncio com a entrada de Haymitch. Este vomita, fazendo com que o meu jantar quase saísse pela boca. Effie saiu da sala, enojada.
Gale: Ele é tudo o que teremos na arena Madge. Ainda acha piada?
Não respondi. Realmente, Gale tem razão. Uma vez na arena, Haymitch será tudo o que teremos.
Gale levanta Haymitch com alguma dificuldade.
Gale: Vem, vou levar você para seu quarto,
Também dirigi-me para o meu quarto. Deitei-me na cama e fiquei pensando. Segurei o meu alfinete e me lembrei de quando a minha mãe mo deu. Eu tinha dez anos.

Sra. Undersee: Esse alfinete pertencia a uma pessoa muito importante pra mamãe.
Madge: Quem é mamãe? Eu conheço?
Sra. Undersee: Este alfinete pertencia a sua tia Maysilee. Minha irmã era muito corajosa e muito boa pessoa. Sinto muito a falta dela.
Madge: Onde ela está?
Sra. Undersee: Infelizmente Madge, sua tia faleceu. Uma fatalidade.
Minha mãe ficou triste, e eu fiquei preocupada. A minha mãe estava tão bem não queria que ela tivesse um ataque de loucura.
Sra. Undersee: Você é muito parecida com ela. Não só fisicamente, mas na maneira de agir também. Ela ficaria muito orgulhosa, vendo você usar esse alfinete.
Madge: Vou fazer de tudo para ser merecedora desse alfinete.”

Esse foi um dos raros momentos que passei com minha mãe, que ela não teve nenhum ataque. Na verdade, foi um dos melhores momentos de minha vida.
Agora, que sei a verdadeira história de minha tia Maysilee ainda tenho mais orgulho em usar o alfinete. E irei utilizar ele nos jogos., em memória de minha tia.
Depois de um longo dia, o cansaço ganha-me e adormeço.

-----*-----
Effie: Bom dia! Levanta por favor. Vai, levanta!
Aff! Sério? Como alguém consegue estar bem disposta neste ambiente?
Levantei e fui tomar um banho. Depois, vesti-me e fui tomar o café da manhã.
Haymitch: Sente-se, querida. Vá sente-se.
Haymitch parecia muito bem disposto. Se bem o conheço, já devo estar acompanhado.
Madge: Obrigado Haymitch.
A mesa estava cheia de coisas deliciosas.
Madge: Então Haymitch? Vai dar algum conselho pra mim e pra Gale?
Haymitch ri feito um louco.
Troco um olhar com Gale, sem entender. Ao ver as nossas expressões sérias, Haymitch pára de rir.
Haymitch: Você quer um conselho loirinha? Fique vive.
Haymitch ri novamente com escárnio. Gale levanta da cadeira e depois agarra Haymitch pelo pescoço e levanta ele.
Gale: E isso Haymitch? Tem piada?
Nunca tinha visto Gale descontrolado daquela forma. Aquele Gale louco me assustou.
Madge: Gale, pare! Pare, por favor!
Gale me olhou e depois largou Haymitch.
Haymitch recompôs-se na cadeira e suspirou.
Haymitch: Ufa! Por momentos pensei que iria morrer. Você é forte rapaz. E tem um grande potencial. Os dois começaram a conversar, me ignorando totalmente. Aquele ato me irritou. Talvez, também devesse tentar matar Haymitch para ver se ele me dá pelo menos um pouco de atenção.
Haymitch: Hey loira, oiça isto, é importante.
Loira? Quem ele pensa que é para me chamar de loira?
Madge: O meu nome é Madge!
Haymitch ri.
Haymitch: Quando estiver com os estilistas, guarde essa má disposição pra você. O trabalho dos estilistas é muito importante. Quanto mais bonito, mais patrocinadores loirinha.
Tirei a garrafa de álcool da mão de Haymitch e joguei longe. Haymitch e Gale ficaram surpresos com minha atitude.
Madge: Eu quero conselhos, não gracinhas.
Nem eu própria me reconhecia. Mas também, Haymitch me tira do sério.
Haymitch: Ok, ok. Fazemos assim: Vocês não interferem com a minha bebida e eu dou-vos conselhos. Todos os que quiserem.
Dito isto, Haymitch sai da sala deixando eu e Gale sozinhos.
O trem finalmente pára. Parece que chegamos ao Capitol… 
        


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?
BJS