All That Drugs - Sugar Coma escrita por AbyssinWonderdead


Capítulo 4
CAPITULO 3: Espelho


Notas iniciais do capítulo

------ ta ficando melhor gente! -------
E AQUI ESTAMOS, COM MAIS UM CAPITULO!!!!
------ espero que gostem!! ------------



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ALL THAT DRUGS

CAPITULO 3: Espelho


“ah, olha a minha cara

Meu nome é “poderia ter sido”

Meu nome é “nunca foi”

Meu nome é “esquecida”

– Celebrity Skin – Hole

Era onze horas da noite quando seus pais foram dormir, passaram em seu quarto para ver se ela já dormia, fingiu uma respiração fraca, lenta de quem estaria dormindo e esperou os pais saírem para se levantar.

Ela não se lembrava muito bem como era fugir de casa de madrugada, mas ainda se lembrava de todos os horários: Seus pais iam sempre dormir onze horas, o sinal de que podia sair era quando seu pai já roncava alto no quarto, e dava para ouvir do dela, e acordavam sempre sete, seu pai saía para trabalhar sete e meia, e sua mãe passava o dia em casa – ficava no quarto das sete até nove, nove e dez ela ia para a cozinha, e deixava Frances dormir até nove, nove e meia, e se passasse daquilo ela vinha para acordá-la.

Lembrava-se do básico: Sair quando o pai estivesse roncando, ver se a chave da casa estava debaixo do tapete, e voltar as oito e meia, tirando os sapatos na porta de casa para não fazer barulho.

Levantou da cama, ouviu os passos dos pais até o quarto deles, olhou o relógio. Faltava muito tempo ainda. Pegou o celular e mandou uma mensagem para Travis:

“Vou sair pela porta da frente, meus pais já estão indo dormir, 23:30 pode sair da tua casa, to te esperando.”

Cinco minutos depois ela recebeu uma resposta:

“23:30... okay, ansioso, beijo”

Ela sorriu e foi até o armário.

Suas roupas até que ficavam arrumadas, em matéria de roupas ela era organizada, já que tinha amor infinito a suas roupas. Olhou os cabides e procurou algo adequado em meio às suas roupas escuras. Agachou até a parte de baixo do armário e viu sua coleção de all stars imundos, coturnos e normais, mas tinha um que ela amava muito, de coração: um da coleção em homenagem ao aniversário do Kurt Cobain, preto, de cano médio, com as frases mais conhecidas do cantor e a assinatura dele na borracha.


Olhou a parte de calças, passou m tempo pensando se vestia calça ou short, escolheu uma calça de jeans claro, com enormes rasgos nos joelhos e nas pernas, com fiapos caindo, uma blusa preta meio justa escrita com letras de máquina de escrever: “Grunge is Dead” e uma blusa larga, tipo social, quadriculada vermelha e preta por cima, toda desabotoada. Pegou tudo e jogou em cima da cama, abriu uma gaveta, pegou uma meia branca e se sentou na beirada da cama; vestiu a calça, depois calçou a meia e o tênis.

Seu celular vibrou em cima da cama, era uma ligação, provavelmente de Travis, por que ele não mandou uma mensagem? Atendeu.

– Alô? – murmurou ao telefone, para que seus pais não ouvissem. Sem resposta – Travis? Alô? Travis?

Desligou. Esqueceu a ligação estranha, e logo depois chegou uma mensagem de Travis, que dizia:

“Já estou aqui, por que ta demorando tanto?”

E respondeu:

“Seja paciente, estou indo!”

Vestiu as duas blusas, e foi até o espelho, colocou lápis de olho preto e um batom vermelho. E passou uns cinco minutos ali, se encarando, vendo que sua aparência não era a das melhores, ela não se achava tão bonita, mas tinha algo que estava estranho, talvez fossem as olheiras, mas ela estava se achando um pouco mais pálida que o normal, e seu rosto parecia mais magro, ossudo.

Lembrou-se de nunca ter sido bonita, não muito, comparada com muitas garotas de Olympia, e Seattle, as duas cidades em que ela estivera. Nunca fora uma das mais bonitas, nem uma das mais amigáveis.

Esqueceu o rosto, bagunçou um pouco o cabelo meio aloirado, partiu-o de lado, bagunçou-o mais um pouco e saiu do quarto de fininho, ouviu o ronco do pai. desceu as escadas rapidamente, e pulou os últimos degraus, em um som oco e abafado.

Olhou em volta, procurando por Bran, e não o viu em lugar algum da sala, estava tudo escuro, mas conseguiu encontrar a porta. Abriu-a lentamente, com cuidado para não fazer barulho, fechou-a da mesma maneira, abaixou-se, levantou o tapete que ficava do lado de fora, escrito: Bem Vindo, e viu a chave ali embaixo, sorriu para si mesma e abaixou o tapete novamente.

Levantou e se virou, a casa não era muito perto da rua, era feita de tijolos vermelhos, uma bela casa, grande, com árvores em alguns lugares, e havia uma pequena estrada que saía da garagem que ficava ao lado da casa, até a faixada, onde tinha um portão de ferro, e dois largos pilares de tijolos vermelhos, um em cada lado, como suporte para o portão.

Caminhou até lá e não viu Travis na frente, nem o carro preto dele, suspirou, irritada.

– Para que diabos me apressou se nem está aq...! – uma mão fria tampou sua boca, ela soltou um grito abafado pela mão e deu um chute para trás, que fez a pessoa que a estava prendendo a soltasse e se afastasse um pouco. – TRAVIS! – ela exclamou irritada, enquanto o loiro só fazia rir. – Não teve graça!

– É aí que você se engana... jovem irritadinha, teve muita graça – ele disse em meio a risos.

Ela lhe deu um murro no braço.

– Isso é por não aparecer logo. – deu outro – E isso é por ter me assustado.

– E isso é por ser tão chata e sem graça – ele a puxou para si e a beijou.

– Você é o cara mais idiota, retardado, imbecil, rude, grosseiro, e abestalhado que eu conheço!

– E o mais charmoso, bonitão, e perfeito... – ele complementou, arrumando a gola de seu casaco grosso e preto que sempre costumava usar, com cheiro de cigarro.

– Idiota.

– Bonito.

– Retardado.

– Charmoso.

– Desisto! – exclamou com as mãos levantadas. – Eu me rendo!

– Eu só estava começando... – ele fez um muxoxo. – Vamos?

– Quando você quiser...




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Notas finais do capítulo

----- espero que tenham gostado!
----- deixem reviews! please!



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