All That Drugs - Sugar Coma escrita por AbyssinWonderdead


Capítulo 30
CAPITULO 29: Contando a história


Notas iniciais do capítulo

* ta bom, quando eu disse que eram pequenos eu esqueci de um capitulo
* na verdade eu dividi o 28 em dois, achando que ficaria muito grande...
* então é isso
* o 30 é grande... mas eu n vou dividir
* espero que gostem
* espero que n tenham abandonado
* xoxo



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ALL THAT DRUGS

SUGAR COMA

CAPITULO 29: Contando a história

“Do you have the time to listen to me whine

About nothing and everything all at once

I am one of those

Melodramatic fools

Neurotic to the bone

No doubt about It

Sometimes I give myself the creeps

Sometimes my mind plays tricks on me

It all keeps adding up

I think I'm cracking up

Am i just paranoid?

Or am I just stoned”

- Basket Case – Green Day

- Até amanhã – murmurou fechando a porta levemente atrás de si.

Foi até a entrada principal, onde era completamente aberto, e ventava, já que não era permitido fumar dentro de um hospital, e encontrou o ruivo apoiado no corre-mâo da rampa.

- Achava que tinha ido embora – disse.

- Não queria incomodar – disse Alan, virando o rosto para o lado oposto ao que Travis estava.

Tirou a carteira de cigarros e o isqueiro do bolso e estendeu para Alan.

- Vai um? – perguntou, fazendo-o virar-se novamente.

Alan pegou a caixa de cigarros, tirou um, colocou-o na boca e o acendeu, colocando uma mão para impedir a passagem do vento, depois expeliu a fumaça com o cigarro na mão.

- Valeu.

Travis recebeu a caixa e o isqueiro de volta e fez o mesmo que o ruivo havia feito, e ficou olhando para o céu da noite, que era bem visível dali onde estavam. E se pegara distante, pensando no vazio.

E a pergunta de Alan o fez voltar à realidade.

- Quanto tempo ficaram separados? – perguntou Alan.

Travis deu de ombros.

- Não lembro – colocou o cigarro na boca, e pensou por um tempo -, talvez já tenha passado um mês, ou algumas semanas. Não lembro.

- O que aconteceu? – perguntou Alan.

Travis se atreveu a lembrar o que acontecera no dia em que ele descobriu que Frances ia embora para Aberdeen, e sentiu-se torturado ao lembrar-se nitidamente do que acontecera, e de cada frase.

– Frances... – ele dissera, quase sussurrando.

– Travis, meus pais... Eles estão se mudando para Aberdeen amanhã de manhã. – Frances dissera, como se estivesse pedindo desculpas para ele, e fitava o chão.

– Aberdeen?! Por que essa mudança?

– Minha avó... Minha mãe quer ir vê-la – tocara os braços dela, e notara que tremia, e virando o rosto para o lado ela havia completado: - Eu... É melhor eu voltar para casa, bem... Isso é um adeus.

Travis pegou a mão de Frances em que estava o anel, beijou e sorriu para ela do modo mais confiante que ele conseguia sorrir para ela, tentando colocar um mínimo sorriso que fosse no rosto dela.

– Está parecendo um retardado enquanto está sorrindo – ela dissera.

Travis riu.

– Então você estava certa. - Frances não entendeu - Devo ser mesmo um retardado a ponto de deixá-la partir assim.

Frances o esmurrou no braço direito. Depois o abraçou com toda a força que tinha, começando a soluçar e a chorar alto. Travis beijou sua cabeça, e afagou seus cabelos enquanto ela chorava, tentando não chorar, ele não podia chorar, deveria manter-se forte sempre, para que pudesse segurar Frances quando ela estivesse caindo.

– Eu vou atrás de você. - foi à última coisa que disse, com a voz meio estranha, antes de beijar Frances.

E seus lábios se encostarem por uma última vez.

– Promete?

– Prometo.

- Travis? – Alan o chamava, e piscou várias vezes tomando um leve susto – Cara, dormiu de olho aberto?

- Não, só estava tentando me lembrar de uma coisa.

- O que aconteceu para vocês terem seguido caminhos diferentes? – ele perguntou com tom de curiosidade.

Travis suspirou.

- Os pais dela resolveram se mudar para cá – explicou, assumindo uma expressão melancólica nos olhos –, mas estou acostumado.

- Acostumado?

- Já havíamos sido separados uma vez, por muito mais tempo que desta vez, muito mais... mas... – ele se interrompeu, pigarreando.

- Mas...

- Havia reagido melhor naquela época – disse, e pensou na única coisa que poderia dizer a ele. Alan estava curioso, sabia disso, e sabia de suas intenções com Frances, então aquilo o cortaria – Eu havia pedido Frances em casamento, pretendíamos fugir pra um lugar qualquer, mas deu tudo errado.

- Ah... entendi.

Alan sorriu, apagou o cigarro no mármore do parapeito da rampa e jogou o cigarro no lixo. Arrumou o cabelo, colocando-o para trás e virou-se para Travis, com uma expressão séria.

- Qual o plano? – perguntou.

Travis não entendeu.

- Que plano?

- Ontem eu vi uns papéis colados por aí. Sei que Frances fugiu da reabilitação... Os pais dela estão loucos procurando por ela, e a vão encontrar mais cedo ou mais tarde. O hospital pode ligar para eles.

O ruivo tinha razão.

- E quando a levarem daqui... – Travis o interrompeu.

- Vão arrastá-la para a droga da reabilitação de novo.

- Exato.

Travis jogou o cigarro antigo no lixo, e acendeu outro logo em seguida. Sentiu a irritação borbulhar em seu peito, se misturando com uma pontada de preocupação.

- Frances vai ser liberada amanhã, logo pela manhã – pensou em voz alta – Vou pegar o carro e vamos voltar para Seattle amanhã mesmo.

Alan só ouvia, e uma ideia realmpejou em sua mente, uma ideia idiota, que não entendia como ainda conseguia pensar naquilo, depois de tudo o que estava acontecendo nos últimos dias.

- Alan, você toca algum instrumento?

- Vários... Por quê?

Travis ignorou a pergunta.

- Bateria?

- Sim, por quê?

- Há um tempo atrás, eu e Frances pretendíamos montar uma banda – explicou – E precisávamos de um baixista e um baterista.

Alan deu um sorriso como resposta, e Travis estava quase levando aquilo como um sim. Travis colocou algumas mechas de cabelo que caíam por cima de seus olhos para trás e esperou uma resposta concreta do ruivo.

- E então? – perguntou.

- Seria uma ótima – respondeu Alan.

- Isso é um sim?

- É.

Travis estava se acostumando com o cara, e quase não achava mais que ele era uma ameaça, e ergueu uma mão para ele.

- Bem vindo.

Alan apertou a mão dele.

- Obrigado.


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Notas finais do capítulo

* espero que tenham gostado
* vale reviews?
* por favor me digam que n abandonaram por eu estar demorando de postar
* é isso
* paz, amor, empatia
* xoxo



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