All That Drugs - Sugar Coma escrita por AbyssinWonderdead


Capítulo 19
CAPITULO 18: Volte Comigo


Notas iniciais do capítulo

- bem, primeiro eu só posso pedir descupas pelo terrível atraso de postagem!
- minha mãe tirou uma decisão do além de que eu tinha que estudar para uma prova(sendo que eu ainda tinha seg e terça pra estudar) , e só pude postar agora... desculpem.
- espero que gostem, destruindo todo a curiosidade(que n existia, pq eu deixei quase que bem claro do que estava acontecendo lá embaixo)
- okay, leiam, xauxau
- xoxo



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ALL THAT DRUGS

CAPITULO 18: Volte Comigo


"Hey, this life is never fair

The angels that you need are never there

But sometimes he comes to me

In the dead of winter, dead of night He's all that I can see"

– Hold On To Me - Courtney Love

Os corredores da clinica eram como labirintos para Frances, já que não sabia como tinha chegado ali, e nunca saíra do quarto para nada. Ela disparou pela clinica, correndo pelos corredores a procura da entrada principal, olhando as vezes para o teto a procura de placas de sinalização, cujas não eram existentes, esbarrando e tentando ser parada por enfermeiros e médicos que estavam no local, enquanto gritava xingamentos e exigências, dizendo que precisava que a deixassem passar, mas só a soltavam, ainda assim relutantes, quando a Senhora Katherine surgia segundos depois e dizia que podiam soltá-la.

Ia e voltava por corredores, saltando de três em três os degraus das escadas. Sentia-se mais nervosa, mais ansiosa, mais hiperativa que antes, enquanto o mundo passava mais rápido em volta de Frances, sem que ela percebesse qualquer coisa que acontecesse naquele momento, focada somente em seu objetivo.

Depois de minutos rodando pela clinica, Frances encontrou a entrada da clinica, realmente era uma clinica um pouco afastada da cidade, ou em uma parte dela, apenas um pouco mais afastada do centro, certamente, pela quantidade de árvores e grama em volta e uma estrada desértica ali a frente.

Analisou o que acontecia ali a frente, e logo sua mãe chegou atrás dela; era quem Frances suspeitava que era, mas ainda não acreditava, ainda não conseguia juntar os fatos para acreditar que era ele ali. A única pergunta que lhe vinha a cabeça em meio a confusão era: "Como ele me achou?"

Antes, quando estava na estrada, ou ouvindo Travis reforçar sua promessa, ela acreditava que ele pudesse encontrá-la, antes de parar na Clinica de Reabilitação. E desde então começara a achar impossível que ele a encontrasse, mas agora ele estava ali... Travis estava ali, escorado no carro, apanhando do Senhor Edmond da mesma forma que ela tinha apanhado.

Travis estava caído, joelhos dobrados, corpo um pouco arqueado, apoiado no carro para que não caísse no chão. Seu rosto estava pálido e tinha um machucado visível em sua testa.

No começo, Travis não parecia ter visto Frances ali, e ficou só olhando, seu pai estava parado a sua frente, logo Frances viu Travis virar um pouco o rosto e ela pode perceber que ele a tinha visto pela expressão de seus olhos: Estavam focados nos dela e um pouco surpresos, depois um sorriso torto e um pouco cansado surgiu nos lábios de Travis. Ele pareceu contente e aliviado em vê-la ali, mas também entristecido.

– Vá embora! - Senhor Edmond gritou puxando Travis pela gola da blusa dele, com a outra mão preparada para um murro.

– PARE! - Frances berrou, chamando a atenção do pai, que quase jogou Travis de volta ao chão. - Largue-o! AGORA!

Para a surpresa de Frances, o Senhor Edmond largou Travis aos poucos, relutante, dando um tempo para que Travis pudesse voltar a se apoiar no Cayenne.

A Senhora Katherine deu um leve toque em seu braço, que Frances quase não percebeu. Correu até onde os dois estavam, e caiu de joelhos ao lado de Travis, segurando seu rosto machucado entre as mãos. Acariciou o rosto dele, a barba estava um pouco maior que o normal, rala, analisou o rosto dele, parecia tão abatido, pálido, com marcas escurecidas de olheiras em volta dos olhos, seu aspecto era tristonho, doentio, fazia tempos que não via Travis daquela forma.

Beijou os lábios finos e gélidos de Travis, calma e tranquilamente, sem se importar com o pai ali, ou a mãe a alguns metros de distancia. Travis retribuiu, de modo mais obsessivo, urgente. Puxou-a mais para perto pela nuca. Parou de beijá-la, Frances passou a mão por seu cabelo louro um pouco embaraçado, e olhou para o Senhor Edmond que torcia a boca em raiva e fechava os punhos com força, deixando os nós dos dedos brancos. Frances fuzilou-o com o olhar, mas parou, quando sentiu a mão de Travis tocar dolorosamente em seu lado dolorido do rosto.

– O seu rosto - Travis olhou para o Senhor Edmond, sua voz era dura de irritação - Foi ele que te bateu?

Frances ia negar, tinha que negar, mas sabia que Travis não iria querer ouví-la. Ele tentou ficar totalmente em pé, mas Frances o manteve no chão, o pressionando para baixo pelo ombro. Apoiou-se no carro e se levantou, se pondo entre Travis e o Senhor Edmond, que olhava fixamente para os dois.

– CHEGA! CHEGA DE BATER NOS OUTROS!

Por um momento Frances achou que o pai fosse bater nela novamente, fincou o pé no chão e encarou o pai, que a olhava de uma forma estranha, e Frances pensou que ele não houvesse entendido nada que ela dissera, mas estava errado. Senhor Edmond piscou os olhos duas vezes seguidas e respondeu:

– Aqui não é o lugar dele.

– Muito menos o seu, ou o meu! - rebateu.

– Como ele sabia que estávamos aqui?

– E isso é do seu interesse? Deixe-o em paz!

Travis tocou o ombro dela, virou-se para trás, ele estava de pé, Frances sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo. Travis tentou passar a frente dela, mas Frances o barrou com o braço.

Seu pai olhou-a da mesma forma que a olhara quando lhe bateu, e Frances teve quase certeza de que ele a bateria de novo, e seu roxo ficaria bem pior.

Travis passou a frente de Frances e ficou encarando o Senhor Edmond.

– Travis... - murmurou Frances.

O Senhor Edmond torceu o lábio com mais força, chutou o chão e se afastou, xingando baixo indo em direção ao estacionamento da clinica. Travis chegou a dar um passo a frente para ir atrás dele, mas Frances segurou seu braço e o manteve parado.

– Como me achou?

Travis olhou para um lado, depois para o outro, e fez uma cara de quem não sabia explicar.

Ele sorriu e respondeu:

– Instinto. - Frances o abraçou, e ele beijou sua cabeça.

– É melhor ir embora. Volte para Seattle, Travis - Travis abriu a boca para protestar, mas a fechou com força quando Frances tocou a testa de Travis, tinha uma marca vermelha, com cabelo grudado, que sujou um pouco a ponta de seu dedo. Travis fechou o olho esquerdo com força, e quase saltou para trás com um chiado - Com o que ele te bateu?

Travis dirigiu a mão até o local onde Frances tinha tocado e sentiu uma pequena dor que lhe dava agonia. Realmente, no começo achara que era um pouco de exagero o espanto de Frances, mas viu que quando sua mão voltou até a frente de seus olhos, a ponta dos dedos estavam um pouco sujas de sangue.

Sorriu para Frances com o desejo de tranquilizá-la, já que aquilo não era motivo para preocupação, mas não tinha dado muito certo, a julgar pelo modo como ela o olhava.

Frances olhou para a mãe parada ao longe, e pensou ter visto a Senhora Katherinte torcer o lábio, como o Senhor Edmond fizera; ela também não gostava nem um pouco de Travis, mas deveria deixar um pouco aquela inimizade de lado e vir ajudar Travis, vítima da fúria ridícula e sem motivos do pai; ele estava machucado, sangrando e precisava de uma pequena quantidade de bondade da parte da Senhora Katherine Lorance.

Travis viu a cara dela, se afastou de Frances e deu meia volta, indo em direção até a porta do motorista do Cayenne preto. Frances o segurou pela blusa listrada vermelha e preta que ela havia lhe dado.

– Travis...

– Você vem? – ele a olhou, e seus olhos azuis-piscina deram-lhe arrepios por um momento.

– Travis, por favor, fique... Trate disso, fique... Eu tenho que ficar.

– Para quê?

Ela deu de ombros.

– Cuide desse ferimento... Fique,por favor! Eles pensam que sou louca. – seus olhos estavam ardendo, e sabia que se não se segurasse ia acabar chorando, e ela não queria chorar.

Travis não pareceu convencido com os argumentos de Frances, e continuou a andar até o carro, abriu a porta. Frances sentiu seu corpo ficar gelado, estava suando frio, seus ossos tremeram com mais intensidade, havia uma fogueira em seu estômago, ou um dragão, e caiu sob um joelho, sentindo-se fraca e tonta.

– Frances? – Travis transparecia preocupação, a Senhora Katherine começara a andar em direção a eles – Frances, o que você tem? Está tudo bem?

– Eu estou bem. – disse, se levantando com a ajuda de Travis.

– Frances! – sua mãe gritou.

Os olhos de Travis estavam fixos nela.

– Isso é efeito da abstinência? – ele perguntou quando viu Frances ficar cada vez mais pálida.

– Não... Não sei.

– Tem de vir comigo. – disse, decidido.

– Não posso. Tenho que ficar, vou ver o quanto aguento aqui. – Fora a vez dela sorrir para tranquilizar um Travis preocupado, que para ela era quinhentas vezes pior que um Travis comum.

– Sempre se fazendo de durona.

– Se não sou, tenho que fingir que sou, não acha? – os dois sorriram. – Vá Travis, volte para Seattle, eu vou ficar bem.

– Espero que fique – ele sorriu e a beijou com um abraço forte e triste, ele não queria soltá-la, e muito menos ela queria soltá-lo. – Não vou embora, vou lhe esperar.

E entrou no carro, esperando que Frances desse as costas e voltasse até a mãe.


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Notas finais do capítulo

- ta aí, passei dois dias revisando isso, e ainda assim, n acho que ficou bom, mas ta aí
- espero que tenham gostado
- n esqueçam dos reviews *u*
- xoxo



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