All That Drugs - Sugar Coma escrita por AbyssinWonderdead


Capítulo 14
CAPITULO 13: Caminho


Notas iniciais do capítulo

-- prontinho leitores lindos do my heart, capitulo do Travis prontinhos e bem curtinho pra vcs, infelizmente
-- ah e perdoem a foto, falow? nem é assim a cama da Frances, mas foi uma foto que pra mim é linda, e me lembra muito o que aconteceu... U.U e antes que alguém venha perguntar... sim, é o Kurt Cobain
-- desculpem por qualquer coisa, mas espero que gostem!!!



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ALL THAT DRUGS

CAPITULO 13: Caminho

"Truth covered in security

I can't let you smother me

I'd like to but it couldn't work

Trading off and taking turns

I don't regret a thing"

- Lounge Act - Nirvana

Travis sentou-se na cama, grogue, sem entender muito bem onde estava, e o porque de estar ali. Sua cabeça rodava, e sentia-se como que se seu estômago se revirasse a cada batimento cardíaco. Bocejou, olhou em volta, e se lembrou de tudo o que tinha acontecido no dia anterior. Seus olhos arderam, e seu estômago rodou, sentiu-se terrivelmente enjoado e correu para um banheiro mais próximo, que por acaso ficava no quarto de Frances, vomitou.

Limpou a boca, lavou o rosto, molhando um pouco os cabelos louros e os sacudindo um pouco. Analisou o rosto no espelho, sua barba já estava ficando grande demais, tinha que cortá-la, mas a barba poderia esperar um tempo, ele não tinha tempo o suficiente para arrumar o rosto.

Foi ate o Cayenne com a luz do sol lhe agoniando os olhos, pegou uma muda de roupas limpas, e voltou para a casa.

Tomou um banho, era incrível, os pais de Frances tinham deixado a casa lá, largada, com tudo funcionando perfeitamente, e com uma chave embaixo do tapete, haviam esquecido de bloquear a água e luz, cancelar qualquer coisa que tivesse para cancelar naquela casa? Deixou a água cair em seu corpo em uma velocidade não muito rápida, o que fazia a água esquentar mais, uma nuvem enorme, branca, densa, quente e úmida saia do box, mas ele não se importava com a temperatura da água, era como se a água quente limpasse mais que a água fria, sentia-se mais limpo, mais tranquilo quando estava embaixo da água quente.

Era como se Travis se esquecesse de todos os seus problemas.

Xingou-se em seus pensamentos quando se esquecera de uma toalha, ele não pegara toalhas, mas que seja, não tinha ninguém em casa, não tinha ninguém para olhá-lo ali, e a cortina do quarto de Frances estava fechada.

Caminhou até a cama, vestiu as roupas e deu uma ultima olhada para o quarto de Frances, suas paredes bizarras eram um conforto para ele, e apostava que eram um conforto para Frances também.

Olhar as paredes o fez lembrar da primeira vez em que deu heroína para Frances.

Ela estava se queixando muito de dores de estômago, que não sabia o que tinha, e não queria contar para os pais, dizendo que detestava deixá-los preocupados com coisas pequenas, e Travis só tinha ficado em silêncio, enquanto ela lhe contava as coisas.

Frances parou de falar rapidamente, como ele esperava, ela não conseguia ficar muito tempo falando.

“O que é isso Travis?”

“Vai te ajudar”

“Você acha que é certo isso?” Frances olhava para Travis, depois olhava para o frasco de vidro amarelo alaranjado com uns cinquenta comprimidos de heroína dentro, mas ela não parecia perceber que era, até se aproximar e ler o que tinha escrito – Travis, ta me ouvindo?

Travis rodou os olhos, achando que ela estava se preocupando demais com aquilo, nada ia dar errado. Nada era totalmente errado ali.

Abriu o pote, sacudiu-o na mão, deixando que um comprimido de heroína caísse em sua mão, e o colocou na ponta do dedo indicador, levando a mão até a altura dos lábios de Frances. Sorriu para ela e aproximou a mão mais um pouco, esperando que ela abrisse a boca.

Frances hesitou. Travis via a duvida em seus olhos. Tão certinha, tão inocente, tão insegura de si própria...

“Vamos. Vai te ajudar. Eu prometo.” Disse aproximando mais o comprimido.

Frances olhou para o comprimido, depois ficou olhando fixamente para os olhos de Travis. Os olhos dela faziam Travis se sentir gelado por dentro, mas ao mesmo tempo quente.

“Eu tomo com você.” ele entregou aquele comprimido a Frances, abriu novamente o pote e retirou mais um, fechou-o e o colocou de lado, perto de sua perna. Travis o colocou no dedo indicado e Frances fez o mesmo, parecia mais confiante agora que os dois tomariam.

Frances sorriu para ele e colocou o comprimido na boca dele, depois Travis fez o mesmo e a beijou...

Não se sentia arrependido do que tinha feito, mas estava se odiando mais a cada dia que passava desde o dia em que descobriram que os dois eram usuários de heroína. Se odiava por terem separado ele de Frances, se odiava por ela estar sofrendo com isso, se odiava por ele ter dado a heroína para Frances, ajudado-a a anestesiar suas dores, e se odiava por ter sido por causa de ele ter dado a heroína para ela que os dois tinham sido separados.

Uma lágrima rolou de seu olho esquerdo.

E em um murmúrio melancólico, ele prometeu para o quarto, mas mais para si mesmo e para ela, como se ela o pudesse ouvir, ele reforçou sua promessa de que iria trazê-la de volta, iria, ele tinha certeza disso.

Pegou tudo o que trouxera para o quarto de Frances e o abandonou, descendo as escadas rapidamente, pulando os degraus, pegou a chave, trancou a porta, com os olhos doendo pela claridade, colocou-a no chaveiro do Cayenne e foi até o carro rapidamente guardar as coisas, ligou o carro, manobrou e saiu da casa.

Ligou o som do carro, colocou qualquer CD que apareceu na sua frente, e dirigiu pisando com força no acelerador, se dirigindo até a estrada, ele ia conseguir encontrar Frances em Aberdeen, mas ele não agüentaria mais de uma hora sem comer alguma coisa, tinha vomitado toda a vodka do dia anterior, mas comer alguma coisa não lhe faria mal, tinha sido só uma ressaca de vodka estragada, coisa passageira, pensava ele.

Parou em uma cafeteria qualquer no caminho para a estrada, quase que engoliu a comida, comprou um café extra para o meio da viagem, voltou ao carro, bebeu seu primeiro copo de café de 300 ml, guardou o pão para depois o depositando no banco do passageiro ao seu lado, ligou o som novamente, agora com mais paciência, colocando uma Playlist de três músicas: Walk, Everlong e New Way Home, e botou o pé na estrada, mais decidido de seu objetivo do que nunca.


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Notas finais do capítulo

-- bem, espero que tenham gostado *uu*
-- não esqueçam dos reviews!
-- bjs



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