The Other Side escrita por Mrs Fiore


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, estou bastante feliz com os reviews, foram poucos, mas foi só o prefácio haha
Então, comeeentem por favor ^^



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Respire... Respire... Tente.. respirar, Eve repetia mentalmente enquanto sua tia apertava cada vez mais o espartilho em seu corpo. Ela se apoiava nas bordas do espelho, mas a mulher não terminava com aquele sofrimento.

– Titia, por favor, isso já está pronto. - Eve implorou tentando falar, mas estava sem ar.

Ela sorriu e deu, por fim, o laço no - maldito, segundo Eve - corpete.- Eve, terminou a lista? - endagou Daisy sentando-se na cama.

Eve levantou da cadeira onde estava e buscou algum papel no meio de vários livros que lia.

– Aqui! - exclamou olhando o papel.

Entregou a lista à sua tia.Daisy pareceu analisar todos os nomes, as famílias que seriam convidadas ao baile anual dos Pearson.

– Explêndido! Obrigada, querida. - Daisy sorriu agradecida para a sobrinha.

– Titia.. o que aconteceu para nossa família ter essa rixa com os William? - Eve indagou se aproximando da tia.

Eve sabia ao menos um pouco da história. Tudo havia começado com seus avós, e era somente isso que ela tinha conhecimento.

Daisy tentara mudar de assunto outras vezes, mesmo não sabendo o porquê, mas já estava na hora de Eve saber.

– Querida, tudo começou quando seu avô ainda era jovem, tinha sua idade mais ou menos... - começou, se segurando para não fazer piadinhas, como 'Seu avô jovem? Essa história deve ter duzentos anos então.'

Eve estava com a cabeça deitada nos braços, atenta à cada palavra da tia.- Seu avô tinha um melhor amigo, ele se chamava Ronald William. Contaram-me que seu avô e Ronald viviam juntos, eram mais que melhores amigos, quase irmãos até, e os dois eram bastante esbeltos. Mas um dia, Charlie se apaixonou, e Ronald também. Sim, pela mesma donzela. Os dois brigaram, e até pararam de se falar, pois nenhum dos rapazes aceitava desistir de Elizabeth. - Daisy pausou a história e levantou-se, indo até a cômoda ao lado da cama e enxendo um copo de água para si.

Eve nunca teria imaginado que toda aquela rixa partiria de uma história assim, muito menos que algo desse tipo tivesse acontecido, nunca imaginara nenhum membro de sua família, ao menos perto, de algum William.

– Então, a menina ficou com os dois, sem que eles soubessem. E depois que descobriram, não se sabe realmente como, dizem que a donzela nunca mais foi vista.

Eve arregalou os olhos, sem conseguir dizer nada, a surpresa lhe tinha pego de jeito.

– Querida, não conte à ninguém que lhe contei isso, sua avó odeia ouvir falar dessa história, até porque Charles e Ronald não se falam mais por Elizabeth.

Eve acentiu positivamente, ainda surpresa.

– Bem, tenho que ir. E não remexa nessa história, mocinha. Sei o quanto é curiosa! - Daisy avisou e sorriu, deixando a sobrinha sozinha no quarto.

Eve esticou-se para pegar uma espécie de livro dentro da cômoda ao lado de sua cama.

Abriu o livro e com a pena que dentro estava, ela começou a escrever.

19 de Setembro de 1864

Hoje fiz uma descoberta magnífica, Daisy contou-me a verdade sobre a rixa que há entre nós e a família William. A realidade é que eu não imaginava tamanha confusão.

Lembrete: descobrir quem foi Elizabeth, a dona do coração de meu avô Charles e Ronald William, quando jovens.

Daisy pediu que eu não aprofundasse meu conhecimento dessa história, mas não consigo conter minha curiosidade, e amanhã mesmo, após enviar os convites à todos da lista de convidados do nosso baile anual, irei até a biblioteca da cidade e descobrirei mais.

E. Pearson

Eve fechou o livro com a pena dentro, e o guardou no mesmo lugar.

– Mamãe? - Eve chamou descendo as longas escadas.

– Sim querida, estou aqui. - respondeu uma voz um pouco distante.

Eve viu sua mãe sentada na varanda, na cadeira de balanço de sempre.

Eve ouviu também algumas risadas vindas do jardim, quando chegou à varanda pode ver seu irmão mais velho e seu pai correndo, James, seu irmão, segurava uma bola de futebol nas mãos.

A doce jovem aproximou-se da mãe e lhe depositou um beijo na bochecha.

– O que eles estão fazendo, mamãe? - questionou sentando-se ao lado da mãe.

Annabeth sorriu largo.

– A mesma coisa de sempre, querida. O tal jogo bruto que eles tanto amam jogar. - Anna sorriu mais e revirou os olhos, observando Elliot e Robert correrem com o mesmo objetivo, ficar com a bola e ganhar o jogo.

– Mamãe, vou à biblioteca agora e não demoro. - Eve avisou e sorriu, caminhando até Joshua e Emily, os criados da casa.

– Joshua, leve-me para a biblioteca da cidade. - Eve pediu - mais como uma ordem, do que como pedido - à Joshua que subiu na parte da frente da carroagem e segurou as cordas douradas, para guiar os cavalos.

Enquanto isso, Emily ajudava Eve a subir.

Os olhos de Eve viajavam pelo caminho, os pensamentos voavam longe... quase em outro planeta.

{...}

– Então Patrick, lê o mesmo livro de amor há semanas, estás apaixonado ou és impressão minha? - Harry desafiou entrando no quarto do irmão mais novo.

O garoto sorriu largo, a zombaria do teu sorriso era indiscutível.

– Não estou apaixonado, nem hei de estar. - corrigiu, fechando o livro e sentando-se na cama.

Harry encostou-se na porta e cruzou os braços.

– A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial. - sentenciou Harry sorrindo atenciosamente para o irmão e saindo do quarto.

Patrick permaneceu ali, com uma expressão dura na face.

– Pode, um homem como eu, apaixonar-se? - sorriu do desafio à si mesmo. - Harry enlouquecei... por Deus! - convenceu à si mesmo.

{...}

– Senhorita, aqui estamos. - anunciou Joshua, descendo de seu 'trono' posicionado atrás dos cavalos.

A dama desceu de seu lugar sem a ajuda do criado.

– Obrigada, Joshua. Espere-me aqui, não demoro.

Eve levantou a ponta da parte da frente do longo vestido e caminhou até a grande Biblioteca.

Passaram-se quase trinta minutos, e Eve ainda procurava alguma história que contasse a verdade da rixa das famílias. Nada.

Até que, mesmo não sabendo como, encontrou um diário. Naquela época, quando uma pessoa morria, tudo que escrevera em seu diário - aquele pequeno livro repleto de segredos, do mais profundo lado de sua alma - era exposto na Biblioteca da cidade.

Eve pegou o livro grosso em suas mãos, soprou um pouco da poeira que nele havia.

Abriu, e na primeira página estava escrito:

Elizabeth Momsen. Nascida dia 13 de Junho de 1791

A filha e herdeira única de William Momsen, se está lendo isso...

Estou morta.

Devorai meus segredos, e que eles tenham o mesmo sabor de quando cometi os pecados aqui descritos.

– Momsen, Elizabeth


Eve recuperou o fôlego que perdera alguns segundos atrás, ela encontrara o diário mais precioso! Mas não pode evitar pensar que jamais deixaria que as pessoas apreciassem cada pensamento seu, registrado em seu diário.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Posto o próximo quando tiver pelo menos 5 reviews, ok? hihi
besitoos e espero que tenham gostado :D