Hermes narrando.

Respirei fundo. O prazo se encerrara. Estávamos reunidos no Olimpo, no Empire State Building. Os campistas haviam chegado ontem a noite. Eram cerca de cento e vinte. E as Caçadoras de Ártemis, dois dias antes. Eram cerca de 25. Sua tenente, era Zoë Doce-Amarga. Olhei pra trás, e vi Apolo flertando-a. Eu ri ao ver os olhos de Zoë faiscarem. Zoë era bonita. Alta, magra, graciosa, olhos castanhos com cabelos castanhos claros e um arquinho de prata neles.

Desviei os olhos para Atena. Ela conversava com Ártemis mas parecia nervosa. Poseidon estava conversando baixinho com Deméter. E os outros olhavam pro nada. Suspirei.

Era ridículo esperar o ínicio de uma guerra. Você fica nervoso, e se um pombo fizer cocô você acha que esse é o sinal que você tanto espera.

Respirei fundo, de novo. E então, tudo aconteceu muito rápido. Uma flecha veio sei lá de onde e quase atingiu o meu pé. Rosnei.

Ela era preta, com um bilhete escrito: Είναι τώρα! Προσέξτε. (É agora! Tomem cuidado.)

Apesar de ter quase sido atingido no pé, tive de rir. Pude sentir muitos olhares em mim, mas simplesmente ignorei. Que bilhete sem noção!

Era de Ares, eu tinha certeza absoluta. Ares era idiota, e sem noção, o que combinava perfeitamente com o bilhete.

Atena veio até mim, se abaixou diante da flecha e arrancou o bilhete. Leu e grunhiu baixinho:

– Maldito seja! Preparem-se! – Ela gritou. – Este bilhete prova que esta maldita guerra está começando. Peço que tomem cuidado, pois sabemos que o exército do Senhor dos Titãs está incrivelmente forte. Lembrem-se dos treinos!

Assentimos e gritamos um estranho grito de guerra. Saímos para o pátio. Zoë se aproximou do fim do pátio e lançou uma flecha prata para baixo. Os deuses se teletransportaram e apareceram na saguão do Empire State. Me teletransportei com eles.

Os meios-sangues tiveram que descer de elevador, o que podia parecer engraçado. Mas todos estavam incrivelmente concentrados e fuzilavam todos com o olhar.