Red Jealous Love escrita por letdidier, Gabs Pie


Capítulo 1
"Love you" "What did you mean?"


Notas iniciais do capítulo

Antes de lerem, vejam The Crimson Hat, o último episódio da 4ª temporada (aqueles que ainda não viram), se não acho que fica meio difícil de entender...
O capítulo é super Jisbon, mas se você realmente shippa, dá um pouquinho de raiva no final kkkkkk enfim, é isso aí, espero que gostem *-*



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Jane estava no sótão da CBI sentado na cadeira e olhando pela janela, pensando no caso de Red John, como sempre. Com Lorelei presa, Jane sabia que era uma questão de tempo até obter alguma informação sobre o serial killer. Estavam mantendo guardas em alerta para que Lorelei não fosse assassinada por Red John, assim como Rebecca (Cumplice de Red John, que matara Bosco e sua equipe).

Patrick tentava assimilar o que havia acontecido. Sabia que Red John não seria pego – Quando entrara naquele carro, percebera que não era o verdadeiro assassino que estava ali, Red John era esperto, nunca se arriscaria a esse ponto -, mas nem ele próprio imaginara que o homem que estava ali era Luther Wainwright, agora morto. O novo supervisor chegaria hoje. Jane tinha sido aceito de volta na CBI. Hoje voltaria com os casos. E para completar, Lisbon estava dando um gelo nele.

Droga, Lisbon! Onde ele estava com a cabeça?

“Good Lucky, Teresa. Love you”. Era tudo um plano, ela não ia mesmo morrer, ele não precisava ter dito aquilo. Então por que disse? Sorte que conseguia se esquivar da pergunta dela depois. Droga, ela realmente perguntara, Lisbon estava mudada, diferente... Desde que ele havia ficado diferente.

Mas ele estava diferente para não colocar ela e o resto da equipe em risco, porque todos que se aproximassem dele corriam perigo. E ela sabia disso, e insistia em se aproximar. Por que ela insistia em se arriscar? Isso estava o deixando louco. Bom, pelo menos ele sabia que não seria novamente questionado sobre o “Love you” tão cedo, já que ela parecia estar realmente chateada com ele por algum motivo.

E ele temia que esse motivo fosse Lorelei.

E foi exatamente nesse momento que Lisbon entrou no sótão.

– Jane, temos um caso, vamos.

– Sério, temos um caso?

– É – Lisbon disse, um pouco fria. Só um pouco – 22 anos. Encontrada morta no quintal da sua casa, pelo jardineiro. Dois tiros na cabeça. Podemos ir?

– Ah, estava falando de outro tipo de caso – O consultor disse, levantando.

Lisbon demorou alguns segundos, então se tocou.

– Eu... Eu... Jane! – Ela murmurou, envergonhada.

Ele passou por ela, apontando para seu rosto e disse:

– Está vermelha.

E então saiu do sótão, com um sorrisinho nos lábios.


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No carro, Lisbon dirigia, como sempre. Jane havia ligado o som, e uma música agradável tocava no rádio.

As coisas haviam mudado muito, depois dos últimos seis meses. No tempo em que Patrick ficou fora, Teresa percebeu o quanto sentia sua falta. Jane não era só útil para a equipe, ele era... Ela não tinha ideia, mas se importava com ele. Até demais.

Exatamente por isso, sua cabeça ecoava, todas as noites, aquelas cinco palavrinhas que ele havia dito antes de “atirar” nela. Sua mão – a direita – que ele segurara, formigava, e um sorriso estúpido brotava em seus lábios. Mas segundos depois, esse sorriso desaparecia, ao lembrar-se das palavras de Lorelei. Só Deus sabia o quanto tinha raiva daquela mulher.

Tudo estaria incrivelmente claro para ela se não fosse essa vadia. Ele havia ficado tão fofo quando ela perguntara o que ele quis dizer com o “eu te amo”... Pela primeira vez ela o viu ficar meio envergonhado sobre algum assunto. Ele soube disfarçar, claro, mas ela havia notado que estava nervoso. Ansioso. Ela ia dizer que sim. Estava criando coragem para isso, quando aquele telefone tocou. E, é claro, tinha que ser aquela vadia ligando. Lisbon mal podia acreditar que ele não havia negado que eles eram amantes. Ela olhara pra ele na sala de interrogatório quase suplicando que ele dissesse que aquilo era um absurdo, que aquela bitch estava mentindo... E nada. Ela se sentiu realmente patética naquele momento.

Agora tentava ser o mais fria possível com o consultor. Mas, droga, era realmente difícil com ele fazendo esse tipo de piadinha. E seus pensamentos foram interrompidos pela música que começou a tocar na rádio. More Than Words.

Não pôde deixar de olhar para o lado, para ver se Jane reconheceria a música. Os olhares se encontraram e Jane deu um sorrisinho.

– Bom, parece que eu acertei a estação do rádio. Pelo que eu me lembro, você ama essa música.

– Meio impossível termos um caso, enquanto você já tem uma amante.

Por essa Jane não esperava.

– Ah, olha só quem está vermelho agora – Lisbon disse, saindo do carro.

Jane a seguiu até a cena do crime. Pensou em dizer alguma coisa, mas como não achou nada apropriado, apenas observou o corpo da vítima.

Lisbon conversava com um policial local, e Cho chegava de carro com Rigsby.

– O jardineiro a achou por volta das 6 da manhã. Mas ao que tudo indica, o crime ocorreu ontem à noite – Disse Cho com sua imutável expressão séria.

Jane fez que sim com a cabeça, analisando os pequenos detalhes, como sempre fazia.

– A vítima estava se divorciando, ou a aliança foi roubada, já que ela ainda tem a marca do anel no dedo. Aposto na primeira opção.

– Ela ainda era casada, o marido está lá dentro – Disse Cho, folheando o caso – Iremos interroga-lo agora.

– Tá, eu vou com vocês – Patrick deu de ombros.

Ao entrarem na casa – Uma típica mansão da Califórnia – Logo avistaram o marido, conversando com uma senhora. Os olhos ainda vermelhos, como se tivesse chorado recentemente, o que era bem provável.

– Olá, Mr. Parkson, Agente Cho. Esses são o agente Rigsby e Patrick Jane. CBI. Precisamos fazer algumas perguntas.

– Olá, porque você e sua mulher estavam se divorciando?

O homem encarou Jane, surpreso.

– C... Como sabe que estávamos nos divorciando?

– As alianças, nem você nem ela estavam usando-as.

– Ah. Eu e Sarah éramos diferentes demais. As brigas estavam tornando-se cada vez mais frequentes e achamos melhor assim. – Ele respondeu. – Mas foi uma decisão madura e equilibrada, ambos de acordo.

–... Certo. E você é... – Jane apontou para a senhora ao lado do Mr. Parkson.

– Natalie Parkson.

– Minha mãe. – Mr. Parkson disse – Ela mora perto, veio pra cá assim que soube.

– Qualquer coisa que precisar, meu querido. Estarei aqui com você. – Natalie disse.

Mr. Parkson agradeceu silenciosamente e Cho começou a fazer perguntas. Jane olhou para a sala ao lado, com o canto dos olhos. Uma garotinha o encarava, escondida em baixo de uma mesa. Ele aproximou-se.

– Hey.

A garotinha saiu do seu “esconderijo”, vagarosamente.

– Patrick. Qual o seu nome?

Ela sorriu.

– Maggie.

– Maggie. É um nome lindo. – Ele sorriu – Então, está brincando de esconde-esconde ou estava só me espionando?

A garotinha riu. Devia ter lá seus 6, talvez 7 anos de idade. Cabelos loiros, lisos, olhos verdes. Incrivelmente verdes.

Quase tanto quanto os de Lisbon, ele não pode deixar de notar.

– Você pode guardar segredo? – Ela perguntou, num sussurro. Jane esforçou-se para não rir e ajoelhou-se, para ficar cara a cara com ela.

– Claro

– Eu sou uma espiã!

– Sério? Não vai acreditar, mas eu também sou!

Ela faz uma carinha espantada realmente muito fofa.

– E quem você está espionando? – Jane perguntou.

– Minha avó. E você?

– Minha amiga, agente Lisbon. A policial morena, de olhos claros. Você a viu por aí?

A garotinha riu.

– Acho que é ela que está espionando você!

Só então Jane notou Lisbon ali, de pé na porta da sala. Ela sorria, docemente.

– Lisbon, essa é Maggie. Maggie, essa é minha amiga, Teresa.

– Você também é uma espiã?

Lisbon sorriu mais.

– Quase isso.

Maggie abraçou Jane.

– Acho que ela gosta de você! – Sussurrou, meio alto.

Patrick sorriu.

– Eu sei.

Lisbon corou. Especialmente pelo fato de que, todo o tempo que observara os dois, a única coisa que lhe passara pela cabeça é como Jane era adorável com crianças. E como ele seria um pai maravilhoso.

– Hãn... Chefe – Rigsby a chamou, sentindo-se culpado por interromper o clima bem perceptível – O cunhado da vítima está aí, quer fazer as honras?

– Claro, Rigsby. Volte pra CBI e passe as informações a Van Pelt. Confirme o álibi do marido e vejam o que conseguem descobrir. E mande Cho falar com o jardineiro.

– Sim, senhora.

Lisbon foi em direção à sala principal.

Maggie voltou-se para Jane.

– Ela é tão bonita. Você gosta dela também?

Patrick preferia não pensar no assunto. Como não tinha certeza da resposta, apenas falou:

– Talvez. O que você acha?

Ela balançou a cabeça afirmativamente, com um sorrisinho malandro no rosto.

Jane devolveu o sorriso, e bagunçou de leve os cabelos dela.

– Agora tenho que ir, falo com você depois, tá?

– Tchau, Patrick!

Ele foi em direção à Lisbon e acenou com um “tchau” para a mini-espiã.


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– O senhor afirma que não estava na mansão na noite do crime? – Lisbon perguntou.

O homem sentado a sua frente – Carl Parkson – parecia um pouco mais velho que seu irmão. Era bonito, moreno e olhos claros, no momento, cheios d’água.

– Não, eu saí do trabalho e fui visitar minha mãe. Demos uma volta e depois de deixa-la em casa, fui para minha própria casa, dormir. Podem perguntar a ela e aos porteiros.

Jane se aproximou, olhando diretamente para o Carl.

– Você parece emocionalmente abalado – Disse Jane, sentando-se ao lado de Teresa.

Lisbon revirou os olhos, sabia oque estava por vir.

– Hãn, eu... - Começou Carl.

– Eram amantes?

Ele parou por um segundo, assustado.

– Quem? Eu e Sarah? Você ficou louco?

– Porque não? Ela estava se divorciando. Você, pelo visto, não é casado. E é um cara bonito, um tipo que chama atenção das mulheres.

Era possível ver irritação nos olhos de Carl.

– Sim, ela estava se divorciando. Do meu irmão! Que tipo de cretino acha que eu sou?

– Ok, só foi um palpite.

– Errado pelo visto – Lisbon provocou.

– Pode ter certeza que sim – Carl disse.

– Então, Carl. Está se relacionando com alguma mulher?

– Como isso é relevante?

– Não é – Respondeu Jane.

Carl então, virou-se para Lisbon.

– Não, estou solteiro no momento – Disse. Os olhares se encontraram – Procuro alguém... Especial.

Teresa corou.

– Especial como? – Questionou Jane, mudando o tom de voz.

– Uma mulher determinada. Forte. Esperta. Corajosa. Bonita, claro. E... Eu não sei... Acho que é isso.

Aquela era a exata descrição de Teresa Lisbon, sim ou claro? Era óbvio que estava dando em cima dela. Óbvio. Isso não irritava Jane. O que realmente o irritara era o fato de ela estar corada com aquilo. Lisbon não era de ficar sem graça por nada. Nem Mashburn conseguira deixa-la assim. Só ele conseguia.

Até agora.

– Obrigada, terminamos por aqui. Vamos verificar seu álibi e estará fora do caso. – Jane disse, deixando Lisbon surpresa.

– Hey, eu sou a chefe aqui!

– Mas você ia dizer isso não ia? Pelo menos é o que você deveria dizer.

– Qual o seu problema, Jane?

Carl parecia não entender. De fato, só quem acompanhava bem de perto aqueles dois poderia entender que não se tratava apenas do caso.

– Meu problema? Eu estou ótimo. Na verdade, acho que invertemos porque eu estou querendo seguir as regras hoje.

– Que regras eu estou quebrando?

– Não está. Ainda.

– Mr. Parkson, muito obrigada pelo seu tempo...

– Carl, por favor. – Ele pediu, gentilmente.

– ...Qualquer avanço entraremos em contato.

Ele levantou-se e andou até ela.

– Mal posso esperar – Ele disse, beijando sua mão.



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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? kkkk espero realmente que sim *_* reviews? não? okay-
Brevemente o cap. 2 o/



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