Justin's POV

- Como correu? - Ryan perguntava, ansioso.

- … ELA ACEITOU, CARA! EU TÔ NAMORANDO! - Eu causei o maior estrondo, fazendo Ryan rir e as outras pessoas olhar pra nós. Chaz deu uma risada maliciosa, Pattie deu um sorriso lindo e Jeremy abriu uma cara de preocupado. Como sempre.

- Agora não se esqueçam.. usem sem- eu a interrompi.

- Usar sempre preservativo. Sim mãe, eu compreendi, dois de preferência para não correr o risco de furar. Não se preocupe, eu me lembro… - Revirei os olhos, lembrando da noite passada. A noite passada… uma noite… muito… linda?

- Tem certeza? - Jeremy perguntou, bufei.

- Se eu ontem me lembre claro que me lembro para a próxima! - Exclamei, vendo a cara de pau deles. Dei uma risada nervosa. Não fui eu quem me tinha lembrado, foi Faith/Hope… Hope, prontos. Mas vai dar no mesmo.

- Você..? - Chaz perguntou inseguro.

- Eu fiz amor… com Hope. Ontem… - Eu disse, sentindo meu rosto corar e ficar quente. Ryan caiu da cadeira, Chaz começou a rir feito hiena, e meus pais deram um sorriso orgulhoso. Ok… o que se passa aqui?

Não me digam que ET's trocaram os meus pais e amigos por outros, né? Porque nisso eu não acredito.

Me levantei, pegando umas notas e dando ao garçôn, afinal, nós já tínhamos jantado.

(…)

Dei mais uma volta na cama, virando pela 759138426ª vez. Odeio ficar procurando pela melhor posição na cama pra dormir, e ódio insónia! Odeio mesmo.

Me levantei, indo para o banheiro. Lavei a cara e me dirigi para a cama outra vez. Eu estava todo contente, e não conseguia parar de pensar nela… cara, isso é estar apaixonado? Isso é lindo!

Minutos depois, eu peguei no sono, finalmente.

(…)

Esse aqui é o terceiro dia em que Hope cá está no Canadá me visitando, o que significa que só mais quatro dias contando com esse e depois nos separemos… de novo.

Bufei. Pensamento idiota! Porque simplesmente o tempo não pode parar? Porque ela tem que ir embora? Porque tem que ser assim? …

Cada pergunta tem sua resposta, e, infelizmente, eu sei as respostas pra essas. Me levantei da cama, e dirigindo ao banheiro. Tomei um duche rápido e encharquei meu cabelo de gel. Vesti uma camisola de mangas longas vermelha, um casaco preto bem quentinho, umas calças não muito justas cor-de-vinho e um gorro cinzento. Peguei numas luvas cinzentas, as vestindo. Saí de meu quarto, sentindo o frio congelar minha espinha, me dando um arrepio. Hoje eu acordei bem tarde, e ninguém me acordou. Chego na mesa, onde lá tem um bilhete.

Justin,

Nós tivemos que sair pra levar seus amigos Chaz e Ryan de volta a casa, mas não se preocupe, nós chegaremos bem de tarde pra jantar com você.

Com amor, seus pais.

Sorri, pousando o bilhete em cima da mesa de novo. Fui no congelador, ver se tinha alguma comida, imagine… não tinha nenhuma. NENHUMA. Como eles querem que eu sobreviva? Ah bom… sempre posso ir na casa de Hope, né?

É Justin, ótima ideia…

… Até é mesmo!

Peguei num guarda chuva, abrindo a porta, me preparando pra ir lá fora. Estava nevando e chovendo, e isso irrita qualquer pessoa. Corri lá pra fora, fechando a porta apressadamente. Me abracei, vendo ar frio sair de minha boca.  Abri o guarda chuva, caminhando até casa de Hope. Não demorei muito pra chegar lá, mas mesmo assim, fui o caminho todo espirrando.

Espirrando, tossindo, fazendo caretas, coçando os olhos, roçar a garganta…

… É, eu tô gripado.

Bati de leve na porta, vendo meus olhos se encolhendo, eu via tudo branco, logo Alexa aparece na minha frente, me puxando para entrar.

- Você tá maluco?? - Ela perguntou, fechando a porta. Dei um espirro alto, fazendo Prya que estava no sofá me encarar, com uma cara preocupada.

- Você tá bem? - Prya perguntou.

- É… eu tô… bem. - Eu disse, puxando minhas narinas.

- Ande cá… - Ela disse, apontando para o sofá branco, que era bem grande. Me sentei do seu lado, e Alexa se sentou do meu outro lado. Prya encostou o dorso de sua mão na sal testa, arregalando os olhos.

- Você tá ardendo! - Ela disse, correndo para o banheiro buscar alguma coisa. Ela logo voltou, com um cobertor, remédios e uma toalha molhada, com um saco com pedras de gelo por cima. Ela chegou na minha beira, enquanto Alexa correu para o fundo da casa. Segundos depois Hope chegou com uma expressão preocupada, logo se pôs no meu lado esquerdo, substituindo sua mãe.

Ela me embrulhou no cobertor, tapando minha testa com a toalha e pondo pedras de gelo por cima. Ela se sentou, me fazendo deitar a cabeça em suas pernas, e, como era de esperar, eu estava tremendo e batendo os dentes.

Hope's POV

- Hope, venha aqui rápido! - Alexa me chamou, com a expressão preocupada.

- O que foi…?

- Justin chegou aqui ardendo em febre! - Ela disse, me levantei em um pulo da cama. Como assim? Corri até a sala, onde Prya estaca cuidando dele, que estava deitado no sofá.

Substitui minha mãe, me sentando no lado dele. O embrulhei no cobertor, tapando sua testa com a toalha com gelo de seguida. Ele descansou sua cabeça em minhas pernas, e ele estava tremendo, me deixando ainda mais preocupada. Passei minha mão por sua face gélida, e por seus lábios frios e brancos, ele estava frio não sei como o que, talvez se ele pusesse mais roupa não estaria assim agora! E tudo porque ele veio em minha casa…

- Você está bem? - Perguntei, ele assentiu, ainda batendo os dentes. Dei um meio-sorriso. Era quase impossível não me reocupar com ele nesse jeito, sério. Até dava pena. - porque você veio cá?

- Eu… queria ver… você e… comer alguma coisa… - Ele conseguiu falar, bem que ele não tinha comido nada. - Porque… em minha casa… não havia… e Pattie e Jeremy… saíram… - Ele disse, espirrando, logo fungando uma camada de expectoração pra dentro.

- Tudo bem, Jus… daqui a bocado você come, tá? Deixa só a febre baixar… - Eu disse, passando a mão pelas suas bochechas pálidas. Esse menino não sabe usar moletom, não?

- Eu te amo, Faith… - Ele disse, tentando aproximar seu rosto do meu. Seus olhos estava brilhando por causa do frio, e ele estava muito fofo mostrando seu lado frágil. Aproximei nossos rostos, o beijando com cuidado, pois bem que ele poderia me pegar o resfriado.

- Também te amo Jujubs… - Falei, lhe dano um beijinho na testa. Eu sei, eu sei… um ato muito fofo que deveria ser o homem a fazer e não a mulher, mas fazer o quê? Ele já me beijou muitas vezes na testa.

De seguida, ele se aconchegou em minhas pernas, com a respiração mais calma, e não se arrepiava assim tanto. Liguei a TV, procurando alguma distracção pra ver, minutos depois, Jujubinhas  tinha pegado no sono. Ele ressonava baixinho, não como os outros homens. Não incomodava… até era fofo.

Você já deve ter entendido que ele é perfeito em tudo, né? Pois bem que entenda, porque ele é… bem, quase… ele não é perfeito em Tennis… deixa pra lá, odeio Tennis.