Hope's POV

Deitei minha cabeça em meu sofá. Meu peito estava doendo, meu coração estava batendo bem depressa desde ontem á noite, e eu não me sentia nada bem. Perdi a força total do corpo, de tudo. Parti copos, pratos, e caí em seus cacos na noite passada. Algo estava se passando comigo.

Eu tinha vontade de falar pra ele, ouvir sua voz, sua risada, e me sentir melhor. Mas sempre que eu ligava pra ele, ele não me atendia. Quer dizer, neste último mês, eu não tive tempo nenhum, tentando fugir dos paparazzis. Mas ontem e hoje, eu nem pude sair de casa. Por isso liguei pra ele, várias vezes, mas ele nunca atendia.

Disquei o número de Pattie. No terceiro toque ela atendeu.

– Alô?– Ela perguntou, com a voz chorosa.

– Oi, daqui é Hope… me diga, você esteve chorando? - Perguntei, eu sou curiosa. E eu nunca resisto quando alguém está chorando, ainda por cima sendo Pattie.

– Você ainda não sabe?– ela perguntou, enxugando.

– Não… - eu disse, pensando no que poderia estar acontecido.

– Justin está no hospital, querida… - Ela disse, como assim… 'Justin está no hospital'? o telefone caiu de minhas mãos. Mas logo o apanhei.

– Como assim?? - Perguntei, eu precisava saber mais detalhes.

– Vá na TV americana do seu notebook, canal 4. Você verá as noticias. - Ela disse, assenti.

– Ta bom, a gente se vê. - Falei, ligando meu notebook branco.

– Tchau… - E então ela desligou. Fui no canal da TV americana como ela disse, e então fiquei esperando noticias, que apareceram numa questão de segundos.

– ' O cantor canadense Justin Bieber, está agora no hospital, em coma. Fazia um mês que ele tinha chegado em casa. Fontes próximas dizem que Justin bateu a nuca muito forte na parede, quando sofria um ataque de raiva. Ele ficou inconsciente e perdeu cerca de 3 litros de sangue! Sim, o ferimento foi enorme, e o sangue não havia meio de parar, se Ryan Buttler tivesse demorado mais tempo a vê-lo no quarto, talvez ele estivesse morto agora.' - A mulher disse, falando para as câmaras. Havia muitas meninas ali gritando por Justin ali o hospital, e eu só sentia umas lágrimas escorrerem por eu rosto, caindo por meu queixo.

Isso não podia estar acontecendo…

– Hope, o que você está… Nossa… - Prya disse, entrando na sala. Ela olhou direito no meu notebook, vendo imagens de Justin um bocado… sangrentas. E digamos… ou não estava conseguindo segurar o choro.

– ' Foi aterrorizante, eu apenas pensava que ia perder o meu menino. A primeira vez que o vi nesse estado foi quando Jeremy o trouxe lá pra baixo.– Pattie falou, segurando as lágrimas, porém não tendo muito sucesso. - Ele estava todo ensanguentado, e tiveram que vir pessoas limpar o sangue todo do quarto. Ele parecia que estava morto. ' - Pattie falou, eu não estava acreditando naquilo.

– Mamãe isso não pode estar acontecendo… - funguei baixinho em seu ouvido. Ela me sussurrou no ouvido, numa tentativa falha de me acalmar.

Eu estava fazendo tempestade num copo de água. Justin não estava morto, estava dormindo… é.

– ' Os médicos dizem que o coma não é forte, é um coma menor, o que significa que Justin Bieber não corre risco de vida, e pode acordar até bem cedo. ' - A garota disse, um pequeno sorriso brotou em meu rosto.

Ele estava bem…

Quer dizer, não estava no seu melhor, mas ele não corria perigo! Bem, eu tinha de…

De vê-lo… Mas eu não podia, é. O dinheiro não chegava. Não havia agora Alex nenhuma pra me salvar, e ninguém podia fazer nada. Os paparazzis apenas me seguiam… e agora eles tinham um novo tema para comentar.

– Mãe, vou sair… - Eu disse, pegando meu casaco.

– Fique bem… Faith. - Ela disse, limpando uma lágrima que me escorria pelo rosto. Faith… Fé. Faith significa fé, Hope significa esperança. Digamos que eu sou uma garota bendita. Porque eu represento esses dois sentimentos na perfeição. Mas Faith… era o meu verdadeiro nome. Apenas Justin e mamãe sabiam disso. Nem Miah nem Alexa. Apenas eles dois, as pessoas que 'tinham uma casa VIP no meu coração'.

Saí pra lá fora, estava frio, bem frio. Parece que a Primavera iria chegar tarde este ano… muito tarde.

Logo vi uns paparazzis conversando no fim da rua, abaixei minha cabeça, pondo uns óculos. Passei por eles, que nem desconfiaram.

(…)

– ' Skies are crying, I am watching, Catching teardrops in my hands, Only silence as it's ending, Like we never had a chance, Do you have to make me feel like, There is nothing, left of me?, You can take everything I have, You can break everything I am,Like i'm made of glass, Like i'm made of paper… Go on and try to tear me down, I will be rising from the ground, Like a skyscraper!… Like a skyscraper! As the smoke clears, I awaken, And untangle you from me, Would it make you feel better, To watch me while I bleed?, All my windows still are broken, But I'm standing on my feet, You can take everything I have, You can break everything I am, Like i'm made of glass, Like i'm made of paper, Go on and try to tear me down, I will be rising from the ground, Like a skyscraper!...Like a skyscraper!...Go run, run, run, I'm gonna stay right here, Watch you disappear, yeah, Go run, run, run, Yeah it's a long way down, But I am closer to the clouds up here, You can take everything I have, You can break everything I am, Like i'm made of glass, Like i'm made of paper, Oh, Go on and try to tear me down, I will be rising from the ground, Like a skyscraper! Like a skyscraper! Like a skyscraper! Like a skyscraper! '– cantei baixinho, sentada num banco daquele parque deserto. Ali estava eu, dando de comida ás pombas, cantarolando skyscraper da Demi Lovato. Eu amava essa música.

– Oi. - Uma voz masculina disse. - Você canta muito bem.

Dei um sorriso fraco. Ele estava falando de quem? Hein?

Muá.

– Obrigada… - Dei um esboço de um sorriso.

– De nada. Já me esquecia, meu nome é Josheph… Josheph Brito. Ele disse, me dando sua mão, que logo apertei.

– Eu sou Hope Tays, prazer. - Eu disse, dando um sorriso colgate.

– Sabe… eu sou pai de Alexa, sua amiga, né? - Ele perguntou. Fiquei surpresa, apenas assenti.

Alexa Brito…

– Eu só queria dizer que, se eu puder, logo levarei você ao… Jusjs…

– Justin. - Eu falei, rindo. Ele concordou.

– Isso. Sabe, minha mulher não deixa, e se ela souber que eu vim falar com você, ela me mata! - Ele disse, ri um pouco.

– Obrigado.

– Não se agradeça a mim, agradeça sim a minha filha, Alexa Shayone Brito.

Assenti. Mesmo sem tê-la perto de mim, ela me ajudava de muitas maneiras. E ela compreendia o significado de ser belieber, não como Miah, quer dizer, Miah era meio que uma Poser… Quer dizer, ela dizia que ele tinha vozinha de menina de 11 anos, ela só gostava dele da maneira que ele tratava suas fãs. Sei lá, ela dizia que até o jeito de ele se vestir era… gay.

Aff…

… Justin…

Dei um leve suspiro.

– Tudo bem? - Josheph perguntou, acho que não haverá mal nenhum se eu lhe chamar de Joshe, né? Josheph é meio complicado… é estrangeiro, é como… jouxçefêe…

– Sim, eu acho. - Falei. Hope sua burra. Ele sabe bem que não. Toda a gente sabe que não!

– tem certeza? - Ele perguntou, assenti. - Fique bem. - Ele disse, me dando um beijo na testa de seguida.

Sorri perante o acto, e então ele se foi. Senti uma coisa branca atingir meu casaco preto, levantei minha cabeça, estava nevando.

– Ótimo… - sussurrei. - Nevando na primavera, tá de sacanagem…

Corri para minha casa de novo, eu tinha ficado lá na rua por umas boas duas horas, por isso, de certo, agora seriam um quatro da tarde. Vi meu relógio para conferir. É, eram quatro.

Bati na porta duas vezes, sendo logo atendida por Miah, um… Miah?

– Oi. - Falei, ela me puxou para dentro.

– Oi, você podia ter me avisado que saiu, fiquei nessa seca de TV com quatros bosta de canais durante uma hora! UMA HORA!

Ri com a ingénua da Miah, que só sabia dizer merda…

E eu só sabia pensar merda… ah, que droga.

– Você poderia bem me ter ligado! - Eu disse, rindo. Ela arregalou os olhos, logo dando um facepalm na testa. - Deus do céu, como você é burra!

– É, eu sou. Satisfeita? - Ela disse, ri.

Senti uma leve pontada em meu peito, senti minhas pernas perderam a força. Pudera, eu não tinha lanchado nada… nem almoçado nada… nem no pequeno almoço… como não jantei noite passada.

Eu estava demasiado ocupada pensando em Justin, até que dá nessa doida de se esquecer de comer algum açúcar!

É, eu sou dependente de açúcar, moleza. Não é assim tão mau. Como uma saca de gomas todas as semanas. É, mas na outra semana eu não tinha comido, tinha esquecido de comprar… GOSH! Culpa da crise. Eu não tinha perlimpimpim!

– Hope, você está bem? - Ela perguntou, me ajudando a sentar no sofá.

– me traga uma água com açúcar… - eu disse, descansando a cabeça para trás. Peguei meu cabelo moreno, meio loiro nas pontas, cacheado, que dava até um pouco antes de minha bunda, e tinha umas repas pequenas mas lindas de lado, á quem diga que eu vim do pólo norte, pois o meu cabelo era aconchegante, tal como os casacos de urso que elas lá usam… Vá saber.

Logo depois Miah apareceu com um copo de água, com um aspeto irritado.

– Toma, sua vadia! - Ele bufou. É, ela é bipolar. Doença crónica foda.

– Obrigada bitch. - Respondi, tomando a água. Ela logo voltou ao normal. É, a bipolaridade dela se cura assim. Cu mole.

– Quê? Que foi? - Ela perguntou, é ela não tinha ouvido. A ela diferente tinha ouvido.

Doença da porra, porra de doença! Ela quase que foi internada por isso!