30 Dias Para Te Conquistar... escrita por Lara


Capítulo 6
Capítulo 6 - Prometa-me (Dedicado a Princess Yumi)


Notas iniciais do capítulo

Oiie, estou de volta o/! Bem, peço desculpas pela demora! Eu terei que dá um aviso muitíssimo importante, por isso leia as notas finais. Fiquei um pouquinho triste por receber apenas 2 reviews, mas o importante é que a Yumi, minha coisa mais fofa, e a Anna, minha ídola mais incrível, deixaram a opinião delas! Agradeço a todos por lerem e deixem a opinião de vocês, ok? Digam o que acharam desse capítulo! Boa Leitura...



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14 de Junho de 2012


POV Takuto Shindou

Acordo com o barulho irritante do despertador, marcando 09h00min. Levanto e faço minha higiene matinal.


– Mais um dia começou. – falo para mim mesmo.


Sou surpreendido por batidas na porta.


– Filho?


– Pode entrar pai.


– Sua mãe está pedindo para você se arrumar, pois vamos para a casa da sua avó festeja o casamento de Shizuko.


– De novo? – pergunto um pouco chateado.


– Sim. Farão um almoço de família.


– Tudo bem. Já estou quase descendo. – falo me dando por vencido.


Mais um dia longe do Kirino. A minha vontade nesse momento era de dizer a todos que eu não irei, mas tenho certeza que ficariam chateados. Fazer o que, não é? O jeito é ir para o maldito almoço. Termino de me arrumar e pego meu telefone.


– Eu acho que devo avisar ao Ranmaru que estarei fora o dia todo. Pior que pelo o que eu conheço, ele deve está dormindo. Vou ligar para Tenma, essa hora ele deve está acordado há muito tempo. – digo a mim mesmo.


→ Ligação On


– Alô

– Alô. Tenma?

– Sim?

– Sou eu, Shindou.

– Ah, bom dia capitão.

– Bom dia. Eu gostaria que você fizesse um enorme favor à mim.

– Claro. Algum problema?

– Não exatamente. É que eu vou ter que ir à um almoço de família e vou ficar o dia todo fora. Poderia avisar ao Ranmaru?

– Claro, mas por que você mesmo não avisa? Não que eu não queira fazer isso.

– Pelo o que eu conheço do Ranmaru, ele deve está ainda dormindo. Saímos tarde da festa de casamento e por causa disso ele deve ficar até tarde dormindo. O pior é que ele não acorda nem que o mundo acabe. E também, onde minha avó mora o celular não pega, por isso não vai dá para eu ligar para ele.

– Ah, entendi. Tudo bem então. Eu irei avisar pessoalmente a ele então.

– Muito obrigado, Tenma. Bom, eu preciso desligar, pois minha mãe está me chamando.

– Ok. Aproveite bastante o almoço com sua família e não se preocupe, pois eu irei avisar ao Kirino.

– Ah, obrigado. Tchau e até logo.

– Tchau e até logo.

→ Ligação Off


Um problema a menos. Pego minhas coisas e desço, pois minha mãe está quase para me matar.


Tenho a impressão que hoje será o pior de todos os dias, pois ficarei o dia inteiro longe de quem eu mais quero perto de mim. Mesmo que de longe, eu gosto de observá-lo, de conversar e brincar com ele. Sei que não é o certo, mas não conseguimos mandar no nosso coração. Quando menos você espera, aquela pessoa se torna seu ar, seu mundo, sua estrela guia.



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POV Ranmaru Kirino


Sou acordado por uma mãe revoltada com o meu coberto na ao e gritando para eu acordar. Eu recomendo que não passem por essa experiência. Sério, você acha que um monstro está lhe atacando e que você irá morrer a qualquer momento.


Após me recuperar do meu pequeno (enorme) susto, vou me arrumar. Olho no relógio e ainda são 15h00min. Tomo meu café da manhã e saiu de casa com o objetivo de ir ver Shindou.


No caminho da casa de Takuto, ouço alguém me chamando e quando eu viro, vejo alguém que jamais pensei e desejei ver hoje, Masaki Kariya.


– O que você quer? – pergunto já com raiva desse ser vivo. Por que raios ele vem me perturbar no dia em que eu mais quero distancia dele?


– Nossa. Boa tarde para você também. – fala com ironia.


– Não enche. Fala logo o que você quer, pois eu preciso ir. – digo sem paciência.


– Olha só como ele está nervoso. Mas não precisa se preocupar, eu não vim aqui para apenas te perturbar.


Isso realmente me surpreendeu. Ele sempre só me chama para perturbar. Isso está errado. O que ele iria querer comigo? Resolvo ouvir ele de uma vez para que eu possa ir para a casa do Shindou.


– Tudo bem. O que você quer comigo? – falo mais calmo.


– Eu quero te contar algo que eu descobrir e que te interessa muito. – diz com um sorriso no rosto. Com isso eu tive a certeza de que ele está aprontando algo.


– E o que você descobriu que me interessa tanto? – pergunto desconfiado.


– Você acredita que eu descobrir que o Tenma está ajudando o capitão em algo que tem haver com você? – pergunta com aquele sorriso que eu detesto.


– Como assim, o Tenma está ajudando o Shindou em algo que tem haver comigo?


– Eu descobrir que ele e o Shindou fizeram um plano para te imp... – Kariya é interrompido quando ia me falar.


– O que eu tenho haver na história, Kariya? – fala Tenma de repente, me dando um enorme susto.


– Ah, oi Tenma, tudo bem? – pergunta Kariya tão assustado quanto eu.


– Oi, tudo sim e você? – fala Tenma com o sorriso alegre de sempre.


– Ah... Muito bem. Bom me deixa ir, por que eu... Eu... Eu tenho um compromisso muito importante e. E é isso ai. Tchau. – diz Kariya rapidamente e sai correndo.


– Eu hein?! O que será que deu nele? – pergunto a Tenma.


– Eu também não sei. – responde Tenma aparentando está mais confuso que eu.


– E então, o que está fazendo aqui? – questiono mudando de assunto.


– Ah, é que eu tinha que te dá um aviso importante. – responde com o sorriso de sempre no rosto.


– Hoje por acaso é o dia do aviso? – pergunto a mim mesmo.


– Disse alguma coisa? – pergunta Tenma.


– Não, nada não. Mas, então, o que é o aviso que você precisa me dá que fez você vim até aqui? Poderia muito bem ter ligado, se o aviso é tão importante. – indago.


– Bem, eu tentei te ligar várias vezes, mas dizia, sempre, que estava desligado e o telefone da sua casa só dava ocupado. Eu fui à sua casa, mas sua mãe disse que você tinha saído para ir à casa de Shindou. – responde Tenma.


– Você poderia ter ido mais cedo. – falo


– Eu até tentei ir, mas chegaram algumas visitas para a Aki e ela me pediu para ajudá-la com elas. Eu juro que tentei. – diz Tenma fazendo cara de anjinho.


Pego meu celular e tento ligar, mas o estava descarregado.


– Bom, eu já sei por que você não conseguiu me ligar. Minha mãe fica o dia todo no telefone da minha casa e por isso estava dando ocupado e o meu celular está descarregado. – explico um pouco envergonhado. De repente, Tenma começa a ri de uma maneira gostosa e contagiosa me fazendo acompanhá-lo. Estávamos no meio da rua, rindo feito dois idiotas e todos que passavam por nós nos olhavam com uma cara do tipo:

“Esses garotos não são normais!”.


Depois dessa crise de riso, nos acalmamos e nos sentamos na calçada para conversar.


– E então?! Qual o aviso que você queria me dá? – pergunto.


– Ah, é que o capitão me ligou mais cedo e pediu para avisá-lo de que ele estaria o dia todo na casa de sua avó. Ele me disse que não te ligou, por que você com toda certeza estaria dormindo e não é nada fácil te acordar. – diz Tenma.


– Ele está na casa da avó dele? Entendo. O celular não tem sinal onde ela mora. – digo um pouco triste.


– Pois é. Foi por esse motivo que eu tentei falar com você. – fala


– Ah, obrigado. Eu iria a casa dele a toa. Bem, então vou volta para casa. Obrigado e até logo. – me despido de Tenma.


– Não fica triste, ele estará de volta amanhã. Se não tiver nada para fazer, você não quer ir jogar vídeo game lá em casa, não? – pergunta Tenma, tentando me ajudar.


– Eu não iria te atrapalhar não? – questiono inseguro.


– Lógico que não. Eu também não tenho nada para fazer o dia todo. Sei que não é o melhor programa do mundo e que não sou o Shindou para te divertir, mas acho que podemos nos distrai um pouco. Que tal? – fala com um grande sorriso no rosto.


Eu realmente não tenho nada para fazer e ir para casa só me deixaria deprimido. Nos dias em que fico longe de Shindou, o tempo não passa e tudo fica sem graça. A presença dele se tornou um grande vicio. Resolvo aceitar, pois a segunda pessoa que mais me diverti na escola, é Tenma. Não somos os amigos mais próximos, mas nos damos super bem.


– Bom, então eu acho que vou aceitar. – respondo ao mais novo.


– Que ótimo. Então vamos indo.



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POV Takuto Shindou


Como eu já havia imaginado, o meu dia está sendo entediante. A família toda está conversando e rindo, enquanto eu estou aqui olhando para eles com cara de quem quer morrer.


– Oi primo, você quer ir jogar bola com a gente? – pergunta o meu primo mais novo.


– Ah, oi Yuki. Não estou muito a fim de jogar futebol agora, não. – respondo ao mais novo.


– Mas, você é jogador de futebol, como você pode não está “a fim” de jogar futebol? – fala chateado.


– Bom, nem sempre temos vontade de jogar futebol. – digo ainda desanimado.


– OH MANO, O PRIMO TA DIZENDO QUE NÃO VAI JOGAR! ISSO NÃO É JUSTO! EU TREINEI PRA JOGAR CONTRA ELE E ELE NÃO QUER JOGAR COMIGO! – grita Yuki ao irmão mais velho, chorando. Nesse momento, percebi que teria que jogar com ele, ou minha mãe me mataria por fazer o mais novo chorar.


– Ah, tudo bem Yuki, vamos jogar. – falo desistindo de contrariar meu primo.


Após algumas horas jogando com meus primos, finalmente eles se deram pelo o cansaço e eu dava garças a Deus por isso. Não estava com cabeça para jogar e nem para reuniões de família. Tudo o que vinha em minha cabeça era o prazo que eu tinha para conquistar Kirino.


O que eu mais pensava o dia todo era no que a pessoa mais importante da minha vida estaria fazendo enquanto eu estou aqui, nesse lugar repleto de pessoas que amo, mas que nesse momento não fazia muita diferença deles aqui, pois me sentia sozinho e sem um bom motivo para sorri. Eu sei que isso é ridículo, pois o vi no dia anterior e irei vê-lo amanhã, mas meu coração parece que se viciou em Kirino. Não consigo imaginar-me um segundo longe de meu amado.


A vida, agora, parece injusta para mim. Por que logo agora que decido deixar de lado tudo o que a sociedade acha errado e correr atrás de quem mais amo? Por que agora? Sinto meu peito despedaçar-se ao pensar que há uma possibilidade dele ir para longe de mim. Será que não conseguirei? Não. Eu não posso pensar assim. Como o Tenma disse, eu tenho duas escolhas: “O Kirino ou a solidão.” Eu escolhi Ranmaru e não será agora que eu desistirei da minha escolha. É agora ou nunca.


Eu preciso ter confiança em mim. Não posso depender de Tenma para sempre. Ele está me apoiando tanto e eu fico pensando em desistir. Ele acredita que eu sou capaz e isso é o que importa. Eu amo Ranmaru. Amo suas atitudes, amo seus olhos brilhantes como safiras, amo seu sorriso, seu caráter, sua fé, sua confiança, enfim, o amo por inteiro. Jamais imaginei amar alguém como o amo. Sim, esse amor é mais forte do que tudo nesse mundo.


Fico pensando quando esse amor começou a existir. Sempre fui solitário. Ranmaru foi meu primeiro amigo, meu primeiro melhor amigo, meu primeiro amor. Sim, com ele pude realizar minhas primeiras experiências de vida. Ao pensar nisso, é inevitável um sorriso. Ele se tornou o meu anjo da guarda sem saber. Não importava o que eu decidia ou pensava, Kirino me apoiava. Se eu estava triste, ele me alegrava. Se eu estava preocupado, apenas ele conseguia me acalmar. Meu coração salta de alegria quando sou o motivo de seu sorriso.


O seu sorriso é tão belo. Ele pode ser inocente, malicioso, divertido ou irônico, mas de todos o meu preferido é o seu sorriso ao jogar futebol ou quando está com seus amigos. Ele é natural, brilhante, animado e doce. Ele é capaz de passar confiança e afeto. O meu dia se torna mais completo quando o vejo. Queria tê-lo apenas para mim, ser o seu principal motivo para realizá-lo.


Ao olhar a hora vejo que está quase na hora do jantar. Ouço uma gritaria vindo da sala de estar da casa de meus avôs e corro para ver o que está acontecendo. Quando chego ao local me surpreendo com o que todos estavam fazendo.


– O que está acontecendo aqui? – pergunto surpreso.


– Estamos vendo qual dos homens da nossa família tem o corpo mais bonito. – responde minha tia Sakura.


– E para isso é necessário eles estarem sem camisa no meio da sala? – indago ainda surpreso.


– Claro. Como acha que iremos ver a barriga deles se não estiverem sem camisa. – fala minha mãe. Sério, eu achava que minha família era louca, mas pensando bem, ela não é louca, ela é composta apenas por extraterrestres. Onde já se viu fazer concurso de homem com o corpo mais bonito no meio da sala de estar na frente de idosos e crianças? Irá traumatizar os pequenos. Tenho dó de meus priminhos.


– Isso é sério? Mãe, pai, vovó? Eu não acredito que vocês aceitaram participar disso. – digo incrédulo.


– Ora e por que não filho?É divertido. Por que você não ajuda a gente a escolher o homem mais bonito? – fala minha mãe.


– É filhão! E aproveita e vota no seu pai. – sugere meu pai. Sério, eles realmente acham que eu irei participar disso? Enquanto eu puder, irei evitar as loucuras da minha família.


– Eu acho melhor não. – digo dando um sorriso falso.


– Oh, vamos querido. Essa brincadeira é muito divertida. – fala minha avó. Até tu Brutus? Minha avó foi possuída pela loucura da minha família. Pobre vovó! Eu gostava tanto de conversar com ela quando ela ainda era normal. A única pessoa que sobrou normal aqui, além de mim, foi meu avô.


– É verdade meu neto. Eu estou me divertindo muito sendo avaliado pela sua avó. Sinto-me um adolescente. – diz meu avô com um enorme sorriso. Céus, eu sou o único normal em minha família? Eu sou a única salvação? Vovô, por que você me abandonou? Eu preciso de pessoas normais o mais rápido possível ou é capaz dessa doença me pegar e eu terei que ir para um manicômio.


– Não, é melhor não. Eu ficarei vendo o desfile de vocês que é melhor. – digo tentando parecer o mais natural possível, mas acho que não deu certo.


E assim minha família começa o “desfile” vergonhoso. Era gritaria de mulheres de um lado. Homens tentando parecer sexy e eu fingindo está me divertindo e prestando atenção ao que estava acontecendo ali, mas minha mente não saia de um certo garoto de cabelos rosados e dono dos olhos mais verdes e bonitos que eu já vi.



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POV Ranmaru Kirino

Eu estava desde cedo na casa de Tenma e me sentia bem apesar de tudo. Takuto me faz falta. A cada dia que se passa mais eu o amo. Ele sempre está assombrando meus pensamentos. Ele não sai nem um minuto de minha cabeça. Ao acorda e ao me deitar, me lembro dele. Eu o amo tanto que às vezes chega a doer. Seu jeito me cativa diariamente. Meu coração tem seu nome tatuado. Se estou me sentindo sozinho é só pensar em você para que meu peito enche-se de alegria. É como se eu precisasse apenas de você para viver, nada mais nada menos que você.


Morro de ciúmes quando você está com Tenma. Bom, agora eu entendo. Vejo o motivo de gostar da companhia de Tenma. Ele é divertido e agora posso perceber que não é tão bobo quanto eu imaginava. Imagino se ele sempre foi assim ou se ele mudou e eu não percebi. Ele parece ser bom em guardar segredos. Não é difícil de tornar-se amigo dele, mas não consigo parar de pensar que você pode se apaixonar por ele. Sou tirado de meus pensamentos quando sinto alguém tocando o meu ombro.


– Está tudo bem, Kirino? – pergunta o garoto aparentando está preocupado.


– Estou sim, por quê? – questiono confuso.


– Estou te chamando já faz um bom tempo e você apenas está olhando para a janela com um olhar pensativo. Aconteceu alguma coisa? – fala o garoto com uma expressão que eu nunca tinha visto antes. Havia em seu olhar um pouco de preocupação, angústia, curiosidade e medo.


– Nada demais. Estava pensando em Takuto e em como você está diferente. Você sempre mostrou ser um idiota, com todo o respeito, mas agora... Eu não sei, você parece diferente. – digo ao mais novo.


– Bem, é normal isso acontecer, afinal, você não me conhecia tão bem. Mas, sobre o que estava pensando sobre o capitão? – fala sorrindo sapecamente.


– Acho melhor não te contar. Não que eu não confie em você, mas é que nem Takuto sabe disso. – falo receoso.


– Por acaso você está apaixonado pelo o Shindou? – pergunta Tenma tão diretamente que quase que eu tenho um troço. Como ele sabe disso? Está tão na cara assim? Bem, não importa. Enquanto eu puder, negarei até morrer. Não posso arriscar perder a amizade Shindou por causa disso. Ele é muito importante para mim.


– O... O... O que você está dizendo? Isso é loucura. É impossível de acontecer uma coisa dessas. Ele é apenas meu amigo. Somente isso. – falo gaguejando um pouco e falando alto no inicio, mas não consigo manter o mesmo tom de voz no final da frase e por causa disso, a voz acaba saindo como um sussurro triste e vazio.


– Dói não é mesmo?! – fala Tenma olhando para a janela que mostrava um tempo nublado. O rapaz parece pensativo. É como se estivesse lembrando sobre algo doloroso.


– O que? – pergunto confuso.


– Amar uma pessoa e achar que ela só te ver como amigo. Sei como é. Não precisa tentar esconder e nem negar. Não irei contar a Shindou. – diz Tenma ainda olhando para a janela.


– Como você sab... – interrompo-me ao perceber a besteira que acabo de fazer. Tenma olha para mim com um sorriso divertido e caminha em direção a janela para fechá-la, pois começa a chover.


– Já passei por isso. Pelo visto você realmente o ama. – fala o mais novo.


– O que é o amor para você Tenma? – pergunto curioso. O garoto senta ao meu lado e deita-se. Olha para o teto e aparenta pensar na melhor resposta para dar-me.


– O amor é um mistério. – o garoto para de olhar para o teto e olha para meu rosto esperando que eu dissesse algo ou apenas para ver se eu prestava atenção ao que o mesmo dizia e então continua. – Amar alguém é viajar para uma terra aonde ninguém vai. É deixar fluir os sentimentos sem medo de que alguém ache errado. É proteger a quem ama mesmo que isso signifique sacrificar-se. O amor é como o oxigênio para o ser humano. Precisamos dele mais do que tudo, mas apenas o oxigênio não é capaz de nos fazer viver. Apenas amor não nos fará completo. Dor, tristeza, raiva, ciúmes. Esses sentimentos apesar de serem ruins fazem o amor completo.


– Como assim? São sentimentos que ninguém deveria sentir. – questiono.


– O que seria do bem sem o mal? O que seria da vida sem a morte? O que seria da luz sem o escuro? O que seria o herói sem o vilão? Para algo bom existir é necessário haver algo ruim. Achamos esses sentimentos horríveis, mas são eles que fazem do amor o sentimento mais precioso que pode-se existir. – fala me impressionando. Eu nunca havia pensado dessa maneira.


– Eu nunca havia pensado assim. – O garoto levanta-se e coloca a mão em meu ombro e com os olhos cheios de lágrimas começa a falar.


– Um dia Kirino, você poderá dizer: “Eu vivi, eu amei. Eu estive aqui. Eu fiz e concluí tudo o que eu queria!”. Há momentos na vida que perguntamos quem somos nós. Confusões de sentimentos são comuns, mas nunca se esqueça do que realmente importa.


– E o que realmente importa?


– O que você sente.


– Anh?


– Me prometa uma coisa Kirino.


– Prometer? Prometer o que?


– Que não importa o que aconteça. Você acreditará sempre em Shindou. Por mais que pareça que ele esteja mentindo, acredite. Se você estiver magoado com ele, dê uma oportunidade a ele de se explicar. E tente ver o ponto de vista do mesmo.


– Por que está me dizendo isso, Tenma? Estou confuso.


– Apenas prometa. Quando chegar a hora, você entenderá. Confie em mim e prometa que não se deixará levar pelo que está vendo e nem pelo o que você está achando, pois os olhos e os sentimentos podem nos enganar. Shindou jamais faria algo para lhe fazer sofrer, mas haverá uma hora em que você irá duvidar disso.


– Tudo bem, eu prometo. Irei confiar completamente em você e em Shindou, mesmo que eu ache que não deva. – falo confiante, mesmo sem entender o motivo de Tenma me fazer prometer isso. Sinto que eu devo confiar e acreditar no que ele diz. Agora é esperar para ver e entender o que ele está dizendo.


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" Eu rezo para que meu coração pare de doer, mas sem você eu vou ficar incompleto..." - Trecho da Música Incomplete - Backstreet Boys





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Notas finais do capítulo

Como sempre o capítulo está enorme, mas dessa vez eu acho que exagerei um pouquinho u.u! Eu tenho 2 avisos para dá:
→ 1º aviso: Eu voltarei a postar a história, mas agora será um capítulo por semana.
→ 2º aviso: Se eu não postar, na semana seguinte postarei a quantidade de capítulos que deixei de postar.
E então? Devo continuar? Devo parar? O que acharam do capítulo? A autora é uma burra e merece aprender melhor o português? Devo deixar de lado essa história de ser autora de fanfics e ir para um manicômio? Enfim, digam o que quiserem! E Yumi minha coisa mais linda do mundo, como prometido irei postar 3 capítulos em sua homenagem, por isso não desista de mim e espere até semana que vem, ok? Beijos a todos e até semana que vem!