- Se eu fosse você, parava de beber isso. – Ele apontou pro meu copo de vodka.
- Acho que você deveria me levar pra casa – Me fiz de bêbada.
Os braços dele passaram pela minha cintura, enquanto eu cambaleava de um lado pro outro fingindo está totalmente não lucida.
- Você é realmente atraente sabia? – Continuei, vendo que ele me colocava cautelosamente no banco do carona do carro.
- Nada como a noite terminar assim não é?
- Bem que você adoraria se aproveitar de mim. – Soltei uma risada eufórica – Cara, o quanto eu bebi?
- Me chame de burro mais depois de uma certa quantidade, minha capacidade de contar foi esgotada.
- Você é um idiota, sabia? – Inclinei-me sobre o banco para o beijar, mas ele segurou meu queixo e fitou meus olhos como se algo o impedisse.
- Eu poderia abusar de você nesse estado. – Ele sorriu.
- Então abuse – usei o tom de deboche.
- Você  tá bêbada e está fazendo coisas que não faria se estivesse sóbria.
- Obrigada senhor psicólogo, mas não dizem que o álcool faz nós falarmos coisas que  não temos coragem de falar quando estamos sóbrio?  - E eu o beijei, com toda vontade. Mas ele me interrompeu:
- Você não acha que deveria... entrar? – Acho que o ouvi gaguejar
- Boa ideia, vem comigo. Minha cama é grande e caso não queira a cama, tem o sofá, o tapete ...
- Não! Você entrar e depois eu vou pra minha casa. Minha cama. Tipo: sozinho! E você fica na sua. Sozinha.
- Ou... a gente pode ficar no carro e aproveitar seu banco de trás. Sabe, adoro couro. – Ele ficou sério – Ok, mas você vai ter que me ajudar. – Ergui os braços em sinal de rendimento e ele logo desceu do carro. Fiz o mesmo, tropeçando algumas vezes nos meus próprios pés, soltando longas risadas que ecoavam pela rua vazia. Peguei em sua mão, era estranho, mas bom. E ele correspondeu entrelaçando nossos dedos, soltando somente quando me deixou frente a porta.
- Chave? – Ele estendeu a mão.
Eu ofereci minha bolsa e enquanto ele tentava abrir, eu comecei a alisar suas costas, por baixo da camisa, devagar.
- Você não cansa. – Disse ele virando-se.
- Cansar de quê?
Ele me puxou  encostando meu corpo totalmente no seu, provocando. E riu.
- Vou te por na cama.
- E ficar comigo lá também? – Ele fez uma careta ao ouvir – Até eu dormi? – Continuei.
- Vou pensar no seu caso.
Eu passei os meus braços em volta do seu pescoço, subi no seus pés e roubei um selinho, enquanto ele somente ria e me direcionava ao quarto e logo após cama. Eu apenas deixei, e deitei e vir ele também deitar.
- Liam?
-Katy?
- Obrigada!
- Por?
- Não ter se aproveitado – Fechei os olhos e encostei minha cabeça no peito dele. Senti um beijo na testa e um lugar completamente vazio onde ele estara. Em seguida, uma leve vibração no celular que dizia: “Nenhum dos beijos teve gosto de álcool”.