Diamond Girls escrita por conselheira, MissCherry


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estamos começando essa fanfic e contamos com o apoio de vocês para continuá-la!
Boa leitura.



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CAPÍTULO UM

POV NARRADOR

   Helena e Layla adentraram a mansão em que passariam as férias com entusiasmo. A primeira, um pouco emburrada pelo atraso do vôo que vinha dos EUA para a França e a segunda, em seu habitual humor “alegre”.

   Entretanto, congelaram na sala ao perceber seus pais, George e John ali. Eles nunca saíam dos EUA por sempre estarem ocupados com o trabalho.  

   - Pai? – Helena chamou, perplexa.

   George a olhou sério.

   - Filha, temos algo para conversar com vocês.

   E foi assim que o pesadelo das Diamond Girls começou. Os pais explicaram que a última peripécia das garotas havia sido a gota d’água. Elas teriam que amadurecer. E isso não aconteceria numa mansão em Paris e sim, em uma casa grande - mas sem empregados e mordomia - em Londres.

   George havia comprado uma BMW vermelha para Helena, o qual seria o presente de formatura da filha, mas resolveu enviá-la para Londres a fim de que o carro a ajudasse a se virar sozinha.

   Tudo começou assim, como um castigo. Mas o futuro... Ah, o futuro...

HELENA POV

  Se algum dia você já experimentou a sensação de renovar seu guarda-roupa, vai saber do que eu estou falando. Não, não estou falando sobre dirigir minha BMW recém-comprada pelo meu pai, ou essa ameba pink que está do meu lado. Talvez um pouquinho sobre ela.

   Bom, o fato é que eu e minha prima, Layla, estamos nos mudando para Londres. O que é um pé no saco. Agora, deixa eu te explicar o motivo:

   Vamos ter que nos virar sozinhas por aqui. É. Sair de mansões dos EUA e recentemente de Paris (estávamos passando as férias lá!) cheias de empregados para morar em Londres sem ninguém - inclusive empregados - foi o método que o meu pai e o de Layla encontraram para nos punir por todas as coisas horríveis que já fizemos na vida.

   Deixe-me acrescentar: a idéia de colocar fogo nas roupas da Sharon foi totalmente da Layla, não minha. Ela ficou puta porque a nojentinha beijou o ex dela.

   Aí, depois desse pequeno probleminha, nossos pais simplesmente resolveram nos mandar pra Londres. Assim - segundo eles - poderíamos aprender a nos virar sozinhas e criar algum senso de responsabilidade. Eu acho perda de tempo e você?

   Para piorar as coisas, ainda queriam cortar pela metade nossas mesadas. Mas batemos o pé e conseguimos aumentá-las, usando o argumento de que agora, morando totalmente sozinhas, precisaríamos de mais dinheiro.

   É, a gente conseguiu. Mas isso não muda o fato de estarmos nos mudando para o inferno, ops, Londres. A única coisa que me conforta é dirigir minha BMW vermelha. E meu cartão de crédito! O Jimmy. Cara, é o amor da minha vida!

   - Para de queimar seu cérebro, anta.

   E essa foi a ameba mais pink do mundo: Layla, minha prima, em seus ataques de carência. Qual é, eu a amo, mas essa garota não consegue passar um segundo sem falar!

   - Pensar não é queimar o cérebro, ameba - retruquei.

   Sim! Carinho e amor nunca faltam em nossa relação de primas-irmã.

   - Você queima os poucos íons de cálcio e potássio existentes no seu cérebro - argumentou, toda cheia de si.

   Revirei os olhos.

   - Sódio e cálcio, ameba - retorqui, respirando fundo para não perder a paciência. - Liga o rádio! - Pedi, tentando me salvar de mais longos minutos de conversa com Layla. - Depois que nos formamos, nunca mais quero ouvir a palavra "colégio"! Agora é faculdade e festas! - Exclamei, tentando me animar.

   Foi a vez de Layla revirar os olhos.

   - Ainda nem escolhemos a faculdade, anta! Estamos de férias para recuperação da beleza perdida no colegial - explicou.

   Dessa vez, tive de concordar. Era muito bom estar de férias daquela baboseira toda!

   Sabe, nessas horas é legal ser filha de pais milionários. Você sabe que sempre terá dinheiro, há não ser que uma tragédia aconteça. É.

    Layla ligou o rádio e eu voltei a pensar na minha vida.

   Meu pai, George Knight, era um dos diretores mais famosos de Hollywood, enquanto meu tio, John - pai da ameba pink - era um dos produtores de mais sucesso.

   Mordi o lábio. Eu não gostava muito de ser filha de um dos chefões de Hollywood, já que sempre existiam pessoas desesperadas tentando se aproximar de mim para conseguir um papel.

   - And that's what makes you beautifuuuuuuuuuul! - Layla cantarolou - berrou - e quase me fez perder a paciência. - Cara, eu amo essa música! E os cantores são lindos! Se eu os vir em uma das minhas festas, pego todos! E eles são de Londres. - afirmou.

   Gargalhei.

   - Ei, não era você a garota em busca do amor de toda uma vida? - Zoei. Ela me fitou emburrada.

   - Cala a boca, to decepcionada amorosamente. - Murmurou, cruzando os braços.

   Controlei mais uma risada.

   - Na verdade, você teve uma decepção amorosa, mas juro que dessa vez não vou te incomodar sobre esse lance de criar palavras - prometi, voltando a me concentrar na estrada.

    - Adorei saber que tem amor pela sua vida - encerrou o assunto.

   Como eu tinha dito mesmo? Ah, sim. Temos uma linda relação de amor e carinho!

   Mas, sem ironia e sarcasmo, éramos muito unidas. Mesmo. Antes brigávamos como duas mulas, mas depois... Depois da morte de nossas mães... Bem, isso nos uniu.

   Aconteceu quando eu tinha onze e Layla dez anos. Nossas mães alugaram um jatinho para viajar à Argentina - estavam de férias. Ao sobrevoar o Brasil, o jato caiu. Todos morreram.

   E isso me faz ter vontade de comprar. Porque comprar é a melhor coisa do mundo! Chorar é coisa de garotinha.

   (...)

   - Layla, eu falei que era pra você ter pegado o maldito do mapa! - Reclamei, apertando o volante com força.

   Havia deixado Layla como responsável por achar um mapa ou conectar seu Iphone - que ela apelidara de Lola, ou seja, um Iphone gay - à Internet e usar o GPS.

   A merda era que o 3G da rainha da inteligência não estava funcionando e ela havia esquecido o mapa em casa.

   - Desculpe, minha memória não é Bill Gates, ok? - Bufou chateada.

   Respirei fundo.

   Estávamos em Londres - após longas horas dirigindo. E, bem, estamos perdidas. Porque eu realmente não sei onde fica aquele maldito condomínio chamado Blue Paradise. E a ameba pink não ajuda em nada!

   - Podemos perguntar para alguém ou sei lá - sugeriu.

   A encarei com olhos arregalados de surpresa.

   - Você pensou! - Exclamei com alegria.

   Ela se desesperou.

   - Não! Não posso queimar meus íons de cálcio e potássio! - Disse, fazendo um grande escândalo com as mãos na cabeça.

   Revirei os olhos e desisti de corrigi-la. E eu era a loira da história! Meu cabelo é loiro escuro, mas nem por isso deixam de me zoar, não é?

   A prova viva que essa historinha sobre cor de cabelo é pura balela estava sentada ao meu lado em minha BMW vermelha (linda, linda!): Layla tinha cabelos castanhos e um par de olhos castanho claro, quase mel. Os meus eram um tipo de azul claro, mas com uma tonalidade bem expressiva.

   Certo, meu pai fala isso, mas não vem ao caso.

   Passamos alguns minutos decidindo para quem perguntar o endereço e, depois que o fizemos, segui dirigindo pela cidade de Londres rumo à referência que fora me dada.

   Layla aumentou o volume do rádio mais uma vez e, por azar, estava passando a música que ela tanto gostava de cantar (berrar).

   - You're insecure, don't know what for! - Cantarolou, quase estourando meus tímpanos.

   Bufei e tentei me concentrar na direção. A ameba pink estava quase me enlouquecendo!

   - Dá pra calar a boca, Layla? - Perguntei, zangada, enquanto desligava o rádio sem a encarar.

   - Por que fez isso? - Perguntou chateada. - Não quero nem saber, vou continuar a cantar! Everyone elseeee in the room can see it! Everyone BUT YOU! - Gritou com todas as forças no final, fazendo com que eu a encarasse.

   E aí, ouvi um som de algo se chocando contra minha BMW e imediatamente pisei no freio.

   Puta merda, um Audi R8 tinha batido no meu carro!

   NO MEU CARRO! NO MEU BEBÊ VERMELHO!

   - Vou matar quem quer que seja a pessoa estúpida no volante do Audi. Infernizar a vida, trucidar, ESQUARTEJAR!

   Continuei paralisada, tamanha a raiva que sentia, por algum tempo.

   Ouvi batidas leves no vidro da BMW, mas não me dei ao trabalho de olhar quem era. Se não queria confusão, era melhor nem saber quem foi.

   - Er, oi? - Escutei Layla abaixar seu vidro para falar com o indivíduo estúpido, transgressor, filho de uma p...

   - Oi. Vocês bateram no meu carro - murmurou com raiva.

   Instantaneamente, virei minha cabeça para encarar o futuro defunto.

   - Até onde eu sei, VOCÊ machucou o MEU BEBÊ! - Berrei, fula da vida, fazendo o infeliz arregalar os olhos.

   - Vocês têm um bebê no carro? E ele está bem? Machucou-se? - Outro garoto apareceu.

   Bem, vamos descrevê-los. O batedor de vidros, estúpido, descarado e futuro defunto era alto, tinha olhos verdes e cabelos cacheados. O novo garoto era um pouco mais baixo, tinha cabelos castanhos - assim como seus olhos - e parecia realmente preocupado.

   Layla começou a gargalhar como louca e eu a acompanhei. Os dois garotos nos olhavam com apreensão. Acho que estavam nos achando loucas.

   - O bebê... - A ameba pink tentou explicar, sem fôlego por causa da crise de risos. - É a BMW dela! - Disse, voltando a gargalhar.

   A expressão do futuro defunto mudou novamente. Agora ele parecia... Zangado. É. Muito zangado!

   - Que foi? - Perguntei, ríspida. - Você machucou minha BMW e ainda fica com essa cara de tapado aí? Acho bom saber que se tiver um único arranhão no meu bebê, eu te mato! - Ameacei.

   Dizendo isso, saí do carro e comecei a verificar toda a extensão que estava encostada ao Audi R8. O futuro defunto me acompanhava, verificando seu carro.

   Layla e o outro garoto... Bem, eles só riam da nossa cara.

   - Aqui! Achei um arranhão! - Gritei com muita raiva.

   O garoto de cabelos cacheados se aproximou de mim, encarando o ponto que eu indicava.

   - Isso aí é no máximo um micro-arranhão, sua maluca! Pior é esse aqui que você fez no meu Audi! - Apontou para uma listrinha minúscula.

   Revirei os olhos.

   - Para alguém que dirige mal, ter uma coisinha pequena dessas é sorte. E foi você quem bateu primeiro no meu carro! - Argumentei irritada.

   O maluco postou-se à minha frente, encarando-me de cima. Eu batia no queixo dele, então isso não era muito bom... É.

   - Me peça desculpas! - Exigiu, fuzilando-me com seu par de olhos verdes.

   Bufei alto.

   - Você que me deve isso, panaca! - Berrei.

   - Tinha que ser loira! - Murmurou com raiva.

   Respirei fundo quinhentas vezes, vendo Layla dar dois passos para trás e puxar o "castanho" consigo.

   Ela sabia que eu ficava MUITO FULA quando faziam qualquer alusão à cor do meu cabelo. Muito, muito, MUITO FULA.

   - É loiro escuro! Além de imbecil é cego? - Bufei. - E o seu? Fico até com medo de pensar o que posso achar nesse ninho se meter minha mão aí! - Fiz cena.

   O - em um futuro bem próximo - defunto trincou os dentes.

   - Pois saiba que eu nunca deixaria uma Barbie como você encostar sua mão entupida de esmalte no meu cabelo! - Retorquiu, deixando-me com mais raiva ainda.

   Eu estava bem perto de agredi-lo, mas o "castanho" resolveu dar um basta em nossa briga, segurando os braços do Cabelo de Ninho e o levando para longe de mim. Layla fez o mesmo comigo.

   - Vem, é melhor acharmos logo nossa casa - murmurou.

   Concordei e entrei em minha BMW. Afivelamos nossos cintos e dei partida em meu bebê, buzinando bem alto ao passar do lado do Audi R8.

   Cabelo de Ninho me deu dedo e Castanho acenou um tchauzinho. Eu esperava nunca mais vê-los na minha vida!

  

  

  

  

Layla P.O.V

   Ao chegarmos a casa quase tive um ataque de glamour. Ela era perfeita e grande. Não tão grande quanto a que morávamos antes – lógico - mas era grande o bastante para mim e Helena. Pintada de branco, bem arejada e iluminada por possuir partes panorâmicas, dois andares e uma piscina no jardim. Simplesmente perfeita pra mim (mais que isso só se fosse rosa e bem maior como a que morávamos)!

   Ajudei minha prima barraqueira a descer do carro, pois ela estava uma pilha de nervos com tudo que havia acontecido, mas o que ouvi ao tentar ajudá-la foi mais um de seus desaforos.

   -Pode deixar, eu sei descer sozinha. – Ela disse irritadíssima.

   - Dá pra esquecer isso um pouco? Olha só pra essa casa, me faz querer vomitar glitter. – Falei com os olhos cheios de esperança e emoção.

   Eu estava super empolgada, mas a anta tinha que acabar com a minha alegria.

   - Cala a boca! Já ouvi demais essa sua voz de taquara rachada que, aliás, ocasionou isso tudo. – Ela disparou em minha direção essas palavras maldosas e ofensivas.

   - Eu? Olha aqui sua anta purpurinada, eu que te salvei de não arranjar briga porque senão você estaria na delegacia e eu procurando um advogado para resolver casos de homicídio. E você sabe muito bem que eu não sou boa nessa coisa de dirigir pela cidade. – Retruquei tentando ser o mais ofensiva possível, mas o que posso fazer se sou um doce de pessoa?

   - Aliás, você não sabe dirigir em canto nenhum, né?  - Ela disse sem dar a mínima importância à educação. – Ei, Ameba, cadê a minha pulseira da sorte?  - Perguntou preocupada, olhando para o chão e logo em seguida para mim.

   - Qual das? – Perguntei sem nenhuma ironia, porque o que ela tinha de pulseiras da sorte não era brincadeira: uma pra cada dia da semana.

   - Rá rá – riu ironicamente. – É serio, estou falando daquela que minha mãe me deu, a de diamantes que eu nunca tiro. Só pra tomar banho, porque isso seria falta de higiene. – Completou (detalhista como sempre!).

   - Só não fui eu quem pegou. – Falei levantando as mãos para o alto, como alguém que jura a inocência.

   - Droga! Devo ter perdido no cabelo do Cabelo de Ninho. – Ela disse pensativa e me deixando bastante confusa.

   - Cabelo do Cabelo de Ninho? – Perguntei confusa, tentando entender. – É algum tipo de Trava-línguas?

   - Não ameba, é o nome daquele desconhecido desprezível. – Ela disse sem me dar chance de ao menos responder. – Vamos subir e depois nós procuramos. Viraremos a cidade se for preciso! – Disse, pegando suas malas pesadas e volumosas.

   Fiz o mesmo.

   - Antes de irmos nessa incrível cavalgada em busca da pulseira perdida, revirando o mundo todo... - Falei fazendo voz de drama e Helena me fuzilou com o olhar. – Posso ir ao banheiro? – Ela revirou os olhos como se procurasse mais detalhes da minha ida ao banheiro. – Número dois. – Respondi fazendo cara de cachorro tristonha.

   - Eu poderia morrer sem saber disso. – Retrucou com toda sua frescura de anta.

(...)

   Corri para o quarto, super apertada, mas havia um problema: eu não fazia idéia de onde ficava o interruptor e estava tudo escuro apesar de ser dia (malditas cortinas!).

   Dirigi-me à única janela do quarto e tropeçando em umas coisas ali e outras aqui, consegui chegar ao meu destino final: as cortinas. Então, me deparei com algo que me fez esquecer que estava prestes a me “borrar”.

   Era NIALL! Isso mesmo, Niall da One Direction! Na janela da casa ao lado, exatamente de frente à do meu quarto. Levei minha mão à boca para não gritar, mas por mais que tentasse era incontrolável. Comecei a pular feito uma louca.

   Corri para abrir minha mala e pegar meu CD para ele autografar. Todas as minhas amigas iriam morrer de inveja!

   Ao fazê-lo, acabei por me dar conta que os garotos com que havíamos discutido, aliás, que a Helena havia discutido, eram Harry e Liam! Qual seria a reação dela diante disso...?

   Meu. Deus. Como eu não pude ter notado aqueles caras gatíssimos tão perto de mim?

   Então, Cabelo de Ninho era Harry e Castanho Liam?

   E Niall está na casa ao lado! Talvez... Os outros também estivessem lá!

   Saltitando como louca, dirigi-me ao quarto de Helena e adentrei o mesmo sem bater na porta. Encontrei a mesma arrumando suas roupas no closet e logo agarrei seu braço, arrastando-a para fora do quarto.

   - O que foi, ameba? Perdeu o juízo ou o que? – Perguntou mal-humorada.

   - Eu sei onde Harry e Liam podem estar! – Exclamei, ainda frenética.

   A anta franziu o cenho.

   - Harry e quem? – Questionou, sem entender nada.

   Dei um tapa em sua cabeça.

   - Harry e Liam, da One Direction! – Expliquei.

   Ela revirou os olhos.

   - Layla, eu não vou dar uma de fã obcecada e sair por aí só pra encontrar dois caras comuns que cantam. Me poupe! – Disse, fazendo pouco caso.

   Levei a mão à testa, como ela podia ser tão retardada?

   - One Direction é sucesso mundial, sabia? E você bateu no carro do Harry – tentei novamente.

   Helena trincou os dentes.

   - Ele bateu no meu bebê! – Berrou. – Espera... – Seu semblante se neutralizou. – Você me disse que sabe onde eles estão? – Encarou-me.

   Sorri presunçosamente.

   - Sou demais – falei.

   - Tá esperando o quê pra me contar, ameba? Tenho que recuperar minha pulseira! Eu sabia que o Cabelo de Ninho ia me ferrar de algum jeito – murmurou a última frase baixinho para si mesma.

   Cruzei os braços.

   - Só vou contar que eles podem estar na casa ao lado se você prometer que vai me... – Helena sorriu maquiavelicamente e eu fechei a boca de uma só vez. – Não, não, não foi isso que eu quis dizer! – Tentei consertar.

   A anta – não tão anta assim – agarrou meu braço e foi me arrastando para fora de casa.

   - Quero deixar bem claro que só estou indo por causa do Niall! – Exclamei, tentando conquistar alguma dignidade.

   Helena revirou os olhos.

   - Achei que tivesse superado a fase: achar o amor da minha vida – murmurou e continuou a me arrastar.

   Imediatamente resolvi não falar mais nada. Sempre saía merda!

   Depois de fechar a porta de casa, caminhamos apressadamente pelo jardim e logo alcançamos a varanda da casa vizinha. Helena tocou a campainha nervosamente.

   - Calma, eles vão atender – tentei tranqüilizá-la.

   Ela bufou.

   - A última vez que me fizeram esperar, você lembra? – Resmungou, fechando os olhos e se concentrando.

   Recordei o dia em que viemos passar férias na França. Era nosso sonho!

   Imaginem, duas primas americanas, que haviam acabado o colegial e agora viajariam para Paris a fim de relaxar! Demais, né?

   Bom, digamos que as coisas fugiram um pouco de controle quando nosso vôo atrasou algumas horas por conta do clima. Helena pirou!

   - Sim – confirmei com um sorriso amarelo. Às vezes eu tinha medo da fúria da anta.

   Helena tocou a campainha mais uma vez.

   Esperamos mais alguns minutos, mas ninguém veio atender.

   - Ótimo, devem estar se escondendo porque sabem que o Cabelo de Ninho está muito ferrado – murmurou com raiva. – Vou arrombar essa porcaria! – Fechou as mãos em punhos.

   Gargalhei.

   - Helena, você não abre pote de maionese congelado, imagina-

   Arregalei os olhos ao perceber que tinha a provocado e que agora ela se preparava para – realmente – arrombar a porta.

   Dei dois passos para trás. Isso não ia dar certo!

   - Um, dois... Três! – Ela berrou e correu em direção à porta.

   Foi uma cena engraçada. No mesmo instante em que Helena alcançou a porta, alguém a abriu e o soco dela acertou o tronco da pessoa em questão.

   - Ai! – Ouvi alguém gemer e percebi que tinha o cabelo completamente bagunçado, parecia até um ninho e...

   Epa.

   - Helena... Acho que você socou o Harry – murmurei, morrendo de medo.

  

  

  

  


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? O que acharam? Comentem! Reviews nos fazem postar mais rápido, beijooooos!!!



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