Distância escrita por Ushio chan


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Eu viajei, voltei dia 9. Ontem eu passei o dia com meus amigos e achei que poderia escrever hj, mas meus pais disseram que eu tenho passado muito tempo escrevendo e lendo no NYAH! e eu acabei saindo com a minha mãe. Assim, estou postando via iPod, o que também explica os erros de ortografia. Perdoem-me por todos estes fatores. Beijos e espero que gostem.



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PDV NEAR. 
^*^_____^*^
Hoje Kim voltará para o Japão. A febre já passou, mas não o mal estar. Sinto-me fraco. Ao menos consigo comer um pouco desde que minha irmã chegou.
Matt está certo. É depressão o que tenho. Uma depressão profunda que só me deixa dormir quando Kim está me abraçando. 
Hoje Roger disse que eu posso sair do orfanato com minha irmã e os outros. Kim o convenceu a deixar Leila a vir conosco. Talvez isso possa ser chamado de milagre. Pessoalmente eu chamo de Teimosia da Katherine, que é a pessoa mais teimosa que já conheci em minha vida inteira. 
Coloco uma roupa branca e espero os outros virem me buscar enquanto monto um castelo de dados. 
Minha construção cresce alguns centímetros durante a meia hora que se passa antes que Kim e Mello apareçam na porta fomos dedos entrelaçados. Mais uma vez consigo captar o olhar que Mello dirige a minha irmã. Jamais imaginei que o louro pudesse dirigir um olhar doce a alguém. É por isso que não consigo compreender Yukiteru. Ele quer ser o irmão da MINHA irmã, mas não respeita o amor que há entre ela e Mello e muito menos suas decisões. Não digo que Mello é a melhor escolha que ela já fez, mas ele a trata bem e a ama. Isso deve ser respeitado.
- Vamos, Near? - Chama Mello. 
Levanto-me do chão e os sigo para fora do quarto. Kim me dá a mão direita e Mello a abraça. Às vezes o vejo como irmão também, mas é difícil. É um familiar, com certeza, mas não a este ponto. Acho.

Matt, Yukiteru e Íris estão aqui fora. Beyond e L ainda não vieram. Espero que o B e seu instinto psicótico não causem problemas, porque é legal resolver casos com ele... Ou ao menos era, antes dessa crise pela qual estou passando. Olho para dentro da casa. Um amontoado de cachinhos ruivos esvoaçantes passa pela porta correndo e chega até nós, gritando:

- AAAAHHH!!!! É A PRIMEIRA VEZ EM TRÊS ANOS QUE SAIO DAQUI SEM NENHUM ADULTO!!! ISSO É TÃÃÃÃÃOOOO LEGAL!!

- Calma, Leila, assim você estoura os meus tímpanos! Exclama Matt. Até recentemente eles não se falavam ou sequer se conheciam, mas Matt parece ter a estranha mania de tratar todos como irmãos, sejam mais velhos ou mais novos.

L e B vêm ao nosso encontro pouco depois. Um dia ainda compreenderei o motivo de sua semelhança e o porquê de Kim ter se assustado com o que quer que B tenha dito a ela no aeroporto.

Agora estamos todos aqui e já podemos sair.

Em momento nenhum largo a mão de Kim, segurando-a como se fosse meu último suspiro. Depois deste dia, não sei quando ou se voltarei a vê-la. Só o que sei é que isso me causa um profundo desespero. Mas me manterei forte. Por Katherine.

Vamos até o metrô e entramos no trem subterrâneo. De acordo com o que Kim e Matt me disseram, vamos a um zoológico hoje.
É divertido ver como o comportamento dos animais pode ser parecido com o das pessoas. Mas a grande diversão é passar o dia inteiro com Kim.  
Não solto sua mão nem por um instante, assim como Mello mantém seu braço ao redor da cintura de minha irmã. Meu estômago parece subir cada vez mais por minha garganta, pois a cada segundo que se passa a partida de Kim estã mais próxima. E não sei quando ela voltará para mim. 
Não sei se vou voltar ao meu estado depressivo, não sei se vou morrer, não sei se vou me recuperar. Estou com medo. E se eu nunca mais voltar a ver minha Onee-chan? 
Em vários momentos a pequena Leila, que se tornou a caçula do nosso grupo, tenta brincar comigo e me animar, mas nada adianta. Meu coração está demasiado apertado para que eu consiga rir de uma piada ou prestar atenção em uma brincadeira que ela faça. 
;D PDV Mello. 
Aqui, abraçando a cintura de minha Snowdrop, sinto o pânico me consumir. O mesmo pânico que me dominou no dia em que ela disse que partiria. O mesmo pânico que se abateu sobre mim  na noite em que os meus pais morreram junto dos pais de Matt. Sim, já nos conhecíamos antes de virmos para o Wammy's. Na verdade não foi o nosso primeiro orfanato. Fomos para a primeira instituição como Mail Jeevas e Mihael Keehl. Depois de sermos adotados por famílias diferentes e devolvidos umas três vezes, nos transferiram para o Wammy's como Matthew Gwen e Michael Knight. Roger e Watari não sabem nossos verdadeiros nomes. Ninguém sabe. Só nós mesmos. E Kim sabe o meu. Prefiro apenas esquecer desta velha história e pensar no presente. 
Continuamos a andar pelo zoológico durante algumas horas e acabamos chegando à um tanque para pingüins. Sorrio, pois pingüins me lembram de Kim, por causa de seu apelido baseado em um exemplar albino desta curiosa ave. Leio, então, sobre uma peculiaridade desta espécie. Eles formam apenas um casal durante sua vida. Têm um parceiro para o qual sempre voltam. Todos os anos se reencontram e se amam da mesma forma. 
É como a promessa que fiz à minha pequena albina no dia em que partiu. Não importa a distância ou o tempo. Eu sempre irei amá-la como amo agora. Viro seu corpo de frente para o meu e a beijo suavemente. Ignoro Near, que fica se lastimando por ter sido obrigado a soltar a irmã mais velha. O ruído de repulsa de Yukiteru também parece distânte. Somos só nós dois. 
Matt faz alguma piadinha quando a solto. Esta também é ignorada. 
-@- PDV Leila. (N/A: Não sei por que estou botando um PDV dela. Acho que ela se tornará importante algum dia. Ia fazer um do BB, mas deixei pra depois)

Gostaria que Near não estivesse tão triste. Ele é a presença mais próxima de minha idade, mas parece ser a mais velha. Não gostaria de estar na pele dele agora. Deve ser difícil ver a irmã mais velha, o último resquício de sua família, ir embora contra a vontade de ambos. 
Eu pessoalmente gosto de Kim. Ela também parece gostar de mim, mesmo que não tenhamos sido muito próximas no período em que ela esteve nor orfanato. Nós nos conhecemos melhor pela webcam do quarto de Matt, porque eu e Near passamos a conversar nos intervalos das aulas e na fila da comida e nos tornamos amigos próximos, ainda que eu tenha sete anos e ele tenha dez. 
Pelo skype Kim me tratou ainda melhor do que Marilyn, minha colega de quarto. Acho que é grata por eu ser amiga de Near, uma vez que ele é muito fechado com todo mundo. 
Neste momento, apesar de toda a tensão, meu lado infantil me pede para brincar, mas simplesmente não há ninguém para brincar comigo! Near está muito envolvido com sua tristeza. Mello e Kim parecem ter se tornado uma pessoa só em meio ao abraço. Matt é como um irmão para mim, assim como para todos os seus amigos - de acordo com Kim, o ruivo tem a estranha mania de transformar todos os amigos em irmãos, sejam mais novos ou mais velhos- e é ótimo para brincar por poder ser tão infantil quanto eu, mas nesse momento também parece distante. Íris é engraçada, mas pouco criativa para brincadeiras e não gosta de correr. L é muito sério e B... Bem, ele me assusta muito. Em especial por saber qual é o meu nome de verdade. 
0-0. (As 18:00...)
Watari é quem nos leva ao aeroporto. Eu quis vir junto porque acho que posso considerar Kim minha amiga mesmo com a enorme diferença de idade. 
Estamos muito apertados dentro do carro. É difícil de me mexer em meu espaço no banco, entre Beyond e Matt. O cheiro do chocolate de Mello se impregnou no ambiente de tal forma que conseguiu se tornar enjoativo. Sim, sou uma menina de sete anos enjoada com cheiro de chocolate. Isso quer dizer que Mello já comeu umas duas ou três barras. 
O carro para. As malas de Kim e Yukiteru são removidas do carro. Near abraça a irmã como se não houvesse amanhã. Na verdade, Kim é como o recheio de um sanduíche composto por si mesma, Near e Mello. 
Dentro do saguão, as despedidas se iniciam. Yukiteru aperta a mão de Mello, Matt, L e B e abraça de leve Íris, Near e a mim. Por algum motivo ele não parece gostar muito de nós. Kim me abraça com força e diz:
- Fico feliz por tê-lá conhecido. 
Depois se dirige a Matt e lhe dá um abraço muito apertado. O ruivo está seriamente cabisbaixo. Íris chora. Chora como chorei quando perdi uma chupeta quando tinha, vou admitir, quatro anos. É, sou uma criança prodígio que não largou a chupeta até os cinco anos. 
Ela se despede de L e seu "gêmeo do mal" e se dirige para Mello. Eles se abraçam com força e ela mantém a cabeça pousada em seu peito por alguns instantes antes de erguer o rosto para beijá-lo longamente. Sussurram algo quase inaldível um para o outro e os lábios se colam uma última vez antes que se soltem. 
Por fim ela se dirige para Near, que está em prantos. Nunca o vi devastado dessa forma, nem quando estava com aquela febre horrível. 
- Ne-Ne? Eu cumpri minha promessa uma vez, não é? E nós não páramos de nos falar. Ainda estamos sempre juntos, somos irmão e irmã. Eu ainda me mantenho sob o juramento que fiz a mim mesma. Eu te protegerei até o fim e sempre voltarei para você. Não se preocupe. 
- Mas eu preciso de você aqui comigo, Onee-chan!
- Eu sei, Near, mas não é uma escolha minha. Se eu tivesse opção eu ficaria aqui, sabe disso. - Ele faz que sim. - Então nós nos encontramos na próxima, irmãozinho. Eu te amo, Near. 
- Eu te amo, Kim. - Ele diz ao abraçá-la e chorar com o rosto escondido em sua blusa por alguns minutos enquanto ela o abraça e consola. 
Yukiteru a chama para ir e ela o segue para longe de nossa vista. Ficamos parados por alguns instantes, esperando que Near e Mello se recomponham. Uma vez que isso não acontece,  somos forçados a arrastá-los para o carro. Passo algum tempo consolando Near e Matt tenta reanimar o louro, que volta  a comer chocolate como louco. 
Em dado momento, minhas palbebras começam a pesar e eu perco a consciência. Foi um dia muito cheio. 

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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me perdoaram?
Imploro por reviews. (quem quiser mandar recomendação eu também aceito. ~Le eu focando gananciosa...)
Beijinhos da Ushio.
PS: Na boa, desculpem a demora. Não pude MESMO escrever. Até escrevi um pouco num caderninho, mas foi muito pouco, porque não tinha nem tempo.