Distância escrita por Ushio chan
Notas iniciais do capítulo
Olá, meus amores!!! Demorei muito pra postar? Se sim, desculpem. É que anteontem foi meu último dia de aula e eu passei o tempo todo terminando de ver Mirai Nikki e começando a ver FMA- Brotherhood... (sacomé, né? Animês sempre na frente...) Aí ontem saí com minha mãe e minha irmã e hoje passei o dia com uma amiga... Então só pude postar agora...
Espero que gostem.
Chego em casa em pânico. Ignoro o cansaço e digo a Kyou o que está acontecendo. Ela me manda ficar tranqüila e ir para meu quarto. Como assim??? Obedeço-a, apesar de estar certa de que ela enlouqueceu. Como pode quer me impedir de me desesperar diante da febre de meu irmão? Subo as escadas e sento na cama para esperar que algo aconteça. Tento ligar para o Wammy's, mas ninguém atende o telefone. Nem mesmo quando tento ligar diretamente para Mello, Near, Matt, Íris, Beyond ou L.
Sinto o corpo cair de encontro ao colchão. O sono por causa do desespero me domando e trazendo a inconsciência. Não há nenhum sonho, nenhum pensamento. Só o medo. Medo pelo meu Ne-Ne.
- Kim? Acorde. Agora. - Yukiteru me chama.
- O que foi?
- Faça as malas. Eu e você vamos para a Inglaterra ver seu irmão. Mamãe e papai não podem ir e não querem que vá sozinha, então, como minhas notas estão bem altas, me mandaram ir.
- Vamos para o Wammy's House?
- Se for o seu orfanato, vamos sim. Agora faças as malas. O vôo é hoje as 16:00h.
- Hoje?! - Eu vou ver meu irmão! Poderei cuidar dele agora! Fico tão contente por poder voltar lá e reencontrar todos eles!!! Pulo da cama e abro minhas gavetas, pegando uma calça e três blusas, além de alguns conjuntos de roupas íntimas.
- Só vai levar três blusas? Vamos ficar uma semana lá.
- Íris me emprestará o que eu não tiver.
- Íris? A menina do aeroporto?
- Ela mesmo. Por quê?
- Nada. Só para ter certeza. - Ele diz a verdade. Sei quando Yukiteru mente. Ele pisca duas vezes com o olho direito.
Minha mala está pronta. A de Yuki também está. Entramos no carro e Kyou nos leva para o aeroporto. Fazemos o check in e entramos no avião, que decola pouco depois.
- Ansiosa?
- Muito. Estou louca para rever Near e Matt e Íris-chan e BB e Ryuzaki e... Mello. - Dou um pequeno suspiro quando penso nele.
- Você realmente continua apaixonada por ele? Digo, você só tem treze anos, deveria experimentar sair com alguém. Talvez gostasse. E isso seria bom para você.
- Não quero ficar com mais ninguém, nii-san. Eu amo o Mello.
- Se você Diz... Mas isso não explica por que não tem nenhum amigo no Japão.
- Não preciso de amigos com um QI tão baixo.
- Ui, perdoe-me Srta. Superioridade. - Ele ergue os braços para o alto.
- Não foi o que eu quis dizer. Disse apenas que sou mais feliz sozinha do que acompanhada por pessoas das quais eu não gosto muito.
- E as pessoas que você gosta estão todas no orfanato?
- Também tinha os meus pais... - Digo tristemente, fingindo não entender o que ele quis dizer.
- Ok... Obrigado pela consideração. - Rio e o abraço.
(◎_◎;)
O avião começa a descer. A aterei agem é lenta e suave. Minha ansiedade está me matando. Eu consegui dormir a maior parte do tempo. Agora que aterrissamos estou louca para chegar de uma vez.
Watari nos levará para o orfanato. Pergunto-me onde Yuki dormirá, mas sei que Roger dará um jeito.
- Watari! -Grito antes de correr até ele e abraçá-lo com força. - Como está o Near? Ele acordou? Está melhor? A febre a abaixou?
- Ele acorda e dorme o tempo todo. A febre é a única coisa estável nele. Near tem tido alguns delírios. Ele jura por Deus que viu você e aos pais num canto do quarto.
- Aí meu Deus. Ele ficará bem, não é?
- Esperamos que sim. Mas o pequeno está muito fraco. - Meus olhos se enchem de água, mas não posso chorar agora.
Watari liga o carro e começa a dirigir. Logo chegamos ao orfanato. Yuki parece meio chocado com o lugar. Algumas crianças estão brincando do lado de fora. Roger também está aqui. Saltamos do carro e vou cumprimentá-lo.
- Kim! Que bom vê-la aqui novamente. Suponho que queira ir ver seu irmão.
- Sim, Roger.
- Ele está no quarto. Ainda lembra de onde é, certo?
-Ao lado do meu. Como esqueceria
Espero Yukiteru e subimos juntos. Quarto 307. Ninguém nos aborda para falar algo. As pessoas me reconhecem, claro, eu era a segunda melhor e éramos apenas 60 moradores. Mas eu sempre fui antissocial e não deve valer a pena vir falar comigo agora.
Near está deitado na cama, sozinho. Não há ninguém no quarto. Yuki me olha com uma pergunta nos olhos.
- É ele mesmo, Yukiteru-kun. Este é o Near.
Meu irmão abre os olhos para me ver.
- Onee-chan. Onee... Chan.
- Estou aqui, Ne-Ne. - Ajoelho-me e agarro sua mão, devastada com a cena a minha frente.
- Você cumpriu... Promessa. - Ele mal pode falar.
- Sim. Mas ainda não é definitivo. Só por uma semana, até você melhorar.
Ele me olha. Depois pede água. Quando vou atender seu pedido, vejo Yuki ainda de pé diante da porta. E, já frente dele, a pessoa mais confusa que já vi. Mello. Levanto para encará-lo
- Snowdrop? O que diabos...? Droga, por que é que eu estou perguntando?! - Ele vem até mim em dois passos largos e me abraça com força, enterrando meu rosto em seu peito e acariciando meu cabelo e minhas costas. - Senti saudades, Kim. Eu te amo. - Ele segura meu rosto entre as mãos para olhar em meus olhos. O mesmo olhar que ele me direcionou na manhã do dia em que ele se declarou para mim. Um olhar que me dá arrepios. Antes, de medo. Agora, de amor.
- Eu te amo, Mello.
- Sim, sim. Todos nos amamos muito, agora se importa de soltar minha irmã? - Yuki... Ele cometeu um grande erro. Mello se vira para encará-lo. Não posso olhar seus olhos, mas posso sentir a raiva emanando de seu corpo. Droga, Fujibayashi Yukiteru, o que você fez?
- Você se diz irmão dela? E ela aceita isso?
- Não. Ela me vê como amigo. Mas eu continuo me enxergando como seu irmão mais velho. E tenho o dever de protegê-la contra qualquer idiota que tentar tocá-la. - Devo admitir que Yuki tem coragem.
- Yukiteru! - Qual é o problema desse garoto?
- Sim, Ki-chan. Acabo de chamar seu namorado de idiota. Não acho que isso possa ter alguma consequência negativa. - Eu realmente gosto do garoto, mas ele é um grande Baka de vez em quando.
Antes que eu possa impedir, Mello se joga sobre Yuki e começa a bater nele. Com força. Em dado momento juro que pude ver sangue saindo do rosto de meu irmão adotivo.
- Mello! - Grito. Olho para a cama. Droga, acordamos Near. Sento-me a seu lado e começo a acariciar seu cabelo desgrenhado e cheio de suor. A briga se prolonga por alguns instantes antes que eu crie coragem para sair de perto de Near para tentar puxar Mello de cima de Yukiteru.
- Mello... Solte. Por favor, Mello. - Ele parece ouvir minhas súplicas e sai de cima do oponente. Nenhum dos dois sai ileso. Mello tem alguns hematomas no rosto e as mãos estão ensanguentadas, mas não sei se o sangue é dele ou de Yuki. A segunda opção é a mais provável. Yuki tem o rosto cheio de cortes que sangram bastante. Logo hematomas roxos aparecerão em sua pele. Neste exato momento, Roger aparece na porta do quarto.
- O que está acontecendo aqui?! Mello, não é assim que pessoas normais tratam hóspedes.
- Ele começou... - Mello é infantil a esse ponto?!
- Mas você continuou. Os dois para a minha sala. Kim, fique aí com Near.
Obedeço-o, sentando ao lado de meu irmão, que continua acordado.
- Kat...
- O que foi, Nate?
- Eu não estou me sentindo muito bem. Estou enjoado.
- Quer tentar vomitar? - Ele faz que sim com a cabeça. - Consegue andar? - Recebo uma resposta negativa.
Levanto da cama e puxo Near, apoiando-o em meus ombros. Caminho devagar até o banheiro, surpresa com a temperatura da pele de Near. Sei que não deveria ficar assim. Ele está com 40 graus de febre, não é mesmo?
Chegamos a banheiro. Abro a tampa da privada e seguro Near de frente para ela. Um jorro de água esverdeada e cheia de espuma branca sai de sua boca fazendo um som que me causa ânsia de vômito. O jorro sai de sua garganta mais duas vezes antes que ele pare de vomitar e...
- NEAR!!!!! – Deus, ele desmaiou!!! Tento acordá-lo, mas ele não reage. – Ne-Ne- chan! Acorde!!!! Por favor!!!
- Kim? O que houve? – Matt está aqui.
- Matt, me ajude a levá-lo para a cama.
O ruivo pega Near no colo e o leva para a cama. Toco a testa e Near. Está tão quente! Mais quente do que antes. A febre deve ter subido de novo. Volto a chorar. O que vai acontecer com o Near? Sento no chão e me abraço. Meu Near vai ficar bem? Matt se senta a meu lado e me abraça.
- Estava com saudades, irmãzinha. – Olho para o lado e vejo o sorriso do meu verdadeiro irmão mais velho.
- Eu também, Matt.
- É uma pena que o motivo de você ter vindo seja este. Gostaria que fosse apenas uma visita.
- S-sim. Eu... Eu estou com medo, Matt. Estou com medo pelo Near. Com essa febre, não sei o que pode acontecer. – Mais lágrimas começam a descer por meu rosto.
- Eu sei, Ki-Ki, mas ele vai ficar bem. Na verdade, Beyond e L acham que é só depressão por estar com saudades de você. Agora que voltou ele ficará bom em pouco tempo.
- E quando eu for embora de novo, Matt? Ele voltará a ficar assim? – Pergunto em desepero.
- Não sei. Mas espero que o seu irmão fique bem. Porque todos nós gostamos muito dele. Até o Mello, embora ele insista que só cuida dele por lealdade a você. Uma vez vi ele falando com Near enquanto ele dormia. Nunca esperei nada assim de Mello.
- E o que ele disse?
- Olha, por lealdade ao Mello e por amor à minha vida eu não vou te contar. Pergunte a ele.
Faço que sim com a cabeça e peço que Matt pegue um pouco de água fria e um pano limpo para eu tentar abaixar a febre de Near. Ele se retira e me deixa sozinha com meu irmão inconsciente. Volto a segurar a mão de Near e acariciá-lo, torcendo para que acorde. Não posso perder Near também. Ele não.
- Kim?
- Mello. – digo quando ele entra no quarto outra vez. Gosto de sua presença, mas não muito do que ele fez com Yukiteru. Assim, sou um pouco fria com ele.
- Você me desculpa, Kim? – Ele se abaixa e vira meu rosto para ele.
- Mello, você não tem que bater no Yuki. O fato de ele não aprovar minha relação com você não significa nada.
- Mesmo?
- Sim.
- Então ainda estamos juntos?
- O que você acha?
- Eu espero que sim, porque eu te amo muito. – Desço os olhos até seus lábios, que estão perigosamente próximos dos meus.
- Mello? Você pode me beijar? - Ele leva os lábios até minha testa. – Não foi o que eu quis dizer. – Digo impacientemente. O beijo seguinte é em minha bochecha. – Nem isso.
Sem jamais desfazer o contato de sua boca com meu rosto, ele a desliza suavemente até meus lábios, mas só me dá um selinho, afastando-se em seguida. Encaro-o surpresa. Não foi bem o que eu esperava.
- Desculpe. Mas eu preciso ter certeza.
- De quê? Mello... Você não vai me deixar, vai? Não faça isso, Mello, não me faça te perder também. Eu amo você.
- Certeza disso. De que você não vai me deixar, Kim.
- Eu nunca te deixaria. Eu te amo, já disse!
E o beijo que eu esperei por tanto tempo vem para meus lábios. Calmo, lento, relaxante. Como o aconchego dos braços de Mello, que me abraçam como se fosse a última vez. No início, apenas nossos lábios se envolvem no beijo. Então contorno seus lábios com minha língua, pedindo que abra a boca. Ele obedece e sua língua empurra a minha delicadamente para o lado, para entrar em minha boca. Seus lábios permanecem calmos até o fim do beijo, que acaba sendo interrompido por Matt, que volta com os materiais que pedi.
- oh.
- Ah. Oi, Matt. – Digo, sentindo o sangue subir para o rosto. – Obrigada.
Levanto-me e pego o pano. Molho-o com água fria e coloco sobre a testa de Near. Um gemido sai de sua boca. É um alívio para ele. Minha mãe fazia isso conosco quando ficávamos com febre.
- Ei, Kim?
- O que foi?
- Quer que eu vá chamar os outros para você falar com eles?
- Eu adoraria. Estou com saudades deles.
Matt se retira novamente. O ruivo é realmente prestativo.
Ouço uma barra de chocolate ser mordida. Mello está nervoso de novo.
- Você gosta do Near, não gosta?
- Não.
- Admita. Você está nervoso porque ele está doente.
- Não. Estou nervoso porque tenho medo que você nunca me perdoe se algo acontecer com o garoto.
- Mello! Você gosta do meu irmão. E não é por lealdade à mim, nem mesmo por amor.
- Ok, o pirralho pode ser legal. Às vezes.
Fico contente que ele tenha admitido. Porque mesmo com o tom irritado em sua voz, é possível notar que ele realmente tem algum afeto por meu irmão e, para Mello, isso é bastante.
- Me ajuda a fazer ele beber água? – Peço.
Mello se dirige à Near, inclina sua cabeça e abre sua boca. Pego um copo e o viro lentamente em seus lábios, fazendo-o engolir.
- Onee... Chan. Você está mesmo aqui ou é outra alucinação?
- Estou aqui, Ne-Ne. Você se sente melhor?
- Um pouquinho. Ao menos... Ao menos você está aqui.
Abraço meu irmão.
- KIM!!!! – Sou jogada no chão por pela morena de olhos verdes que eu chamo de “minha melhor amiga”.
- ÍRIS-CHAN!!! – Abraço o corpo que mantém o meu preso. Levantamo-nos e vejo Beyond e L na porta. Vou até eles e abraço L. Mais uma vez também sinto seu aperto me envolvendo. Depois abraço Beyond e digo em seu ouvido:
- Ainda vai me contar como descobriu meu nome. – Prometo.
- Veremos.
Passo o resto do dia cuidando de Near ao lado de Mello, Matt, Íris e até mesmo L e Beyond.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
e aí? Gostaram? Mereço reviews? Bem, comentem, mesmo que achem que eu não mereço... (T^T)
Beijinhos da Ushio-chan que vocês tanto amam... (me deixem sonhar, ok?!!!)