Distância escrita por Ushio chan
Notas iniciais do capítulo
Oi, voltei. Demorei muito?
Bem, eu fiz meio na pressa. Deculpem qualquer problema.
Bjs
PDV Kim.
Agora eu consigo comer antes de sair. Eu prometi para Mello e Near, então irei cumprir a promessa. Sigo para a escola junto com Yuki. Ele me avisa que vamos com Raito hoje. Por algum motivo eu não gosto muito do garoto, mas ele é amigo de Yuki, então eu o respeito.
Paramos na frente da casa e a irmã mais nova de Yagami, Sayu, sai de lá e vem conosco.
- Olá, Fu-chan. Yuki-kun. – Ela diz. Sayu me chama de Fu-chan porque não “Kim-chan” não soa bem, então resolveu abreviar meu “sobrenome”. Ela é minha única amiga fora de casa aqui e, mesmo assim, não temos laços muito fortes.
- Sayu. – Dizemos ao mesmo tempo.
O irmão dela sai da casa instantes depois, bagunça meu cabelo – deixando-me furiosa –, e vai falar com Yuki. Sayu e eu vamos embora.
Na escola nós nos separamos e vamos para nossas respectivas salas. Volto à minha expressão vazia de sempre e me sento no fundo da sala. Ichinose e outras duas meninas, Gasai Naomi e Higuri Sakura, olham para mim com desprezo. Pego a agenda eletrônica e começo a anotar coisas sobre cada um na sala. É um número muito maior do que estou acostumada, mas já consegui traçar a maioria dos perfis. Sem querer eu acabo vendo o perfil de Mello. Lágrimas se formam em meus olhos, mas pisco com força e tento ignorá-las. Puxo uma foto dele do bolso. O Mello da imagem me olha muito sério, encarando-me com os olhos negros de modo que sinto que parte de minha alma está caindo por eles. Abraço meu pequeno tesouro e, quando vou guardá-lo, alguém agarra meu braço e puxa a foto. Ergo o olhar para encontrar os olhos azuis de Ichinose Yue. Ela não devia ter feito isso. Mantenho-me calma e fria ao dizer:
- Solte a foto, Ichinose-san.
- Este é seu namorado, Fujibayashi? Pode ter certeza de que está sendo traída.
Mantenho a calma.
- Eu confio nele. Agora devolva, por favor.
- Não. Por que eu deveria? Vai me machucar?
- Talvez eu devesse. Mas não pretendo descer até o se nível. – Digo com a maior frieza que consigo reunir. Gasai e Higuri riem de minha calma diante da situação.
- Ui, que medo. – Diverte-se Sakura.
- Se estiver apaixonada a este ponto por uma foto, Yue, pode ficar. Eu tenho outras em casa. E posso falar com ele de lá também. E você não pode fazer nada. – Dou um certo sarcasmo à minha voz, mas a faço questão de não mudar meu olhar. Psicologia reversa. Truque que uso desde os seis anos. 95% de chance de dar certo. Imediatamente Yue larga a foto no chão e vai embora, pisando nela no caminho. Não estragou. Retiro a foto do chão e a devolvo para o bolso.
O professor de história entra na sala e, como sempre, se se senta na mesa.
- Bom dia. – Diz antes de começar a entregar... Provas. Bem, ao menos não terá aula. Pego a caneta e começo a escrever as respostas corretas calmamente. Termino a prova e pego novamente uma foto. Esta é de todos nós juntos. Tiramos no natal, um pouco antes de Beyond ser levado. Não posso chorar. Sou a garota fria, não posso esquecer-me disso. Mas... Nossos rostos sorridentes me olham, forçando os sentimentos a virem à tona.
Na foto, L abraça B e pousa calmamente a cabeça no peito do serial killer. Eles ficam bem juntos, mas a semelhança entre eles faz com que todos achem que é uma relação incestuosa entre gêmeos idênticos. Matt e Íris sorriem timidamente para a câmera. O braço dele abraçando sua cintura e a cabeça deitada na dela. Mello... Mello está atrás de mim, os braços envolvendo minha cintura. Uma de minhas mãos tem os dedos entrelaçados aos dele e uso a outra para puxar o corpo de Near para perto de mim.
Lembro-me exatamente do que acontecia no momento da foto.
Flashback On – d(^_^o)
Roger chegou à sala de brinquedos com uma máquina fotográfica e nos mandou posar para uma foto. No início não queríamos, mas ele insistiu até que atendêssemos ao pedido. Beyond e L se abraçaram. Matt segurou a cintura de Íris e beijou seus cabelos escuros antes de virar o rosto para a câmera. Me assustei ao sentir as mãos de Mello puxando-me para trás, de encontro a seu peito e nos colocando no espaço apertado entre Beyond e L e Íris e Matt, mas a sensação de sua proximidade era boa demais. Assim, entrelacei nossos dedos e sorri para a câmera. Abracei Near com o braço livre, trazendo-o para perto. Agora vejo que até ele sorriu para a foto.
Sem dúvida a melhor foto da qual já participei, mas não por causa da imagem em si. Foi o melhor momento da minha vida, embora só fosse ser perfeito se meus pais estivessem vivos.
Flashback Off – o(|_|)o
- Fujibayashi, não olhe os materiais. – Ralha o professor.
- Não estou colando, apenas vendo uma foto. – Mostro rapidamente a imagem. – Eu já terminei a prova, é sério.
Ele vem revistar meus materiais. Abre minha mochila, meu estojo, vê a foto de Mello e a que tiramos no Natal. Por fim, acaba decidindo que sou inocente.
A sengunda aula é inglês.
A terceira educação física.
Educação física.
Artes.
Meio dia, hora do almoço. São 20:00h em Londres.
Como meu lanche, uma maçã, e vou para a biblioteca para jogar “resta 1”. Descobri que o locas serve como sala de jogos para os nerds da escola, ou seja, eu. Me ajoelho diante do tabuleiro e organizo as bolas de gude nos buraquinhos. Coloco um cronômetro ao meu lado e começo a jogar. 4:44min. É meu recorde.
De repente ouço meu celular começar a tocar “the place where wishes come true”, o toque que dei para qualquer pessoa do Wammy’s House, exceto Near, cujo toque é “Dango Daikazoku”. A bibliotecária me olha como se pudesse me matar por isso. Corro para fora para atender o telefone.
- Matt?
- Não. Beyond. O telefone do Matt era o mais próximo.
- O que aconteceu, B?
- Na verdade não... O Near... Droga, eu sou um serial killer, não consigo ser sensível o bastante para falar isso. Toma, Mello.
Ouço uma conversa ao fundo. “Ok, tente reanimá-lo”- É a voz de Mello.
“Tentarei”. - B responde.
- Sou eu, o que aconteceu? – Digo rispidamente. Não quero falar assim com Mello.
- Eu... Hoje o Near não desceu para comer, então vim ver se ele estava bem e... – Lágrimas começam a escorrer. Near não faria isso, faria? Não estou escutando certo.
- Mello, o que. Aconteceu. Com. O meu irmão? – Digo, interrompida por soluços.
- Kim, calma... Não chore, por favor.
- Eu não vou ficar calma, você prometeu que cuidaria dele!
- Ele vai acordar, Kim.
- Mas e se...
- Katherine! – Ele berra do outro lado.
- O quê? E, olha, eu adoraria se não gritasse o meu nome por aí.
- Desculpe. Near estava com febre a semana inteira. Eu não contei nada para não te preocupar muito, mas ele estava. Eu cheguei aqui e ele não abriu, então arrombei a porta e o encontrei inconsciente no chão, ardendo de febre. Matt estava comigo, ele foi chamar o Roger. Ah, eles chegaram. – Ouço Mello dizer algo ininteligível para Roger. Depois passos e a cama rangendo, obviamente sob o peso do louro. Um som de quebrar. Ele mordeu o chocolate.
- Mello? Coloque no viva-voz. – Peço. Em um segundo posso escutar tudo o que se passa no quarto.
- Oi, Kim. – Dizem Beyond e Matt.
- Oi, gente. – Minha voz ainda está embargada. – Qual é a temperatura do Ne-Ne-chan?
- Ainda estamos medindo. Em dois minutos nós dizemos.
- Eu não tenho dois minutos, mas tudo bem. Vou chegar atrasada. É por uma boa causa.
- Ok. E como estão as coisas aí no Japão? – Pergunta Matt.
- Tudo bem...
- E na escola? – Insiste o ruivo. – Muitos amigos? Algum garoto interessante? – Escuto um soco do outro lado da linha. Tenho quase certeza de que Mello quebrou o nariz de Matt.
- CLARO QUE NÃO! COMO PODE SUGERIR ALGO ASSIM? – Grito. – Você sobreviveu, não é, Matt? – Como está Near? Por que o tempo não passa?!
Do outro lado da linha, a voz dele está lenta e as palavras são confusas ao afirmar que está bem.
- A culpa foi dele... – Diz Mello. – Hey, já deu tempo, não? Vou ver a temperatura... CARALHO! PUTA QUE PARIU, 40 graus de febre! Não me admira que tenha desmaiado...
- 40? Tem certeza?
- Sim, este termômetro é daqueles de mercúrio, não houve erros. – Diz Matt.
- Merda! – Passo os dedos no cabelo e começo a enrolar uma mecha branca. Desisti das trancinhas e comecei a imitar Near. É como ter uma parte dele comigo quando faço isso. – Não é possível! Como eu queria poder cuidar dele... Acho que vou pedir para ir para casa para podermos conversar melhor.
- Faça isso. Vão entender. – Diz Beyond. – Mesmo porque... Bem. Você entendeu.
- BB! Não quero nenhum assassinato brutal nesta escola. Mesmo que a odeie.
- Bem, quem sabe você não volta para cá...
- Duvido muito, ainda estou pensando num jeito de resolver este problema em particular. Agora eu vou desligar.
- Não, não desligue. Talvez se Roger dissesse algo isso aumentasse suas chances...
- Sim. Farei isso. – Diz Roger.
- Obrigada. – Digo enquanto vou para a sala do diretor. Ele é um homem muito alto e magro, sempre em um terno impecavelmente passado e lavado.
- Diretor Higuchi. – Bato na porta. Ele faz sinal para que eu entre.
- Não está atrasada para a aula?
- É sobre isso que eu queria falar. Peço que me dispense por hoje, porque o meu irmãozinho está inconsciente e com muita febre e eu preciso entrar em contato com ele de uma forma que não pelo celular.
- E como pretende provar que isso é verdade? Que eu saiba, seu irmão mora na Inglaterra.
- Eles me ligaram e ainda estão na linha. – Coloco o celular sobre a mesa.
- Roger? – Chamo.
- Sou eu. Sou o diretor do orfanato onde Kim morava, o Wammy’s House. Meu nome é Roger. Hoje Matt veio me chamar, avisando que ele e Mello haviam encontrado o pequeno Near inconsciente em seu quarto. Peço que dispense Kim das aulas de hoje.
- Sim... Farei isso.
Recebo a permissão para sair mais cedo.
- Arigatou Gosaimasu. – Agradeço e saio correndo para o portão, indo direto para minha casa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram?
Espero que sim...
Beijinhos. Começarei a trabalhar no proximo cap.
- Ushio