Distância escrita por Ushio chan


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

OYASUMI!!!
Tudo bem? Agora não demorei muito. Acabo de escrever o capítulo. Não me culpem se não estiver bom! Estou doente! (Febre e dores... Estas são as consequencias de voltar para casa sob chuva e vento gélido em Edimburgo)
Bem, enfim, em dois capítulos e um epílogo a fic acaba. Vcs podem deixar reviews pedindo para eu enviar o link da proxima parte por MP, quando começar a postar? Onegai! É importante!
Bem, sem mais delongas, boa leitura.



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PDV – Near

Ultimamente, com a partida de Matt, tudo está estranho. Íris passa a maior parte do tempo sozinha no quarto. Kim diz que ela fica sentada na cama, sem fazer nada e só sai de lá para comer. A morena tem, inclusive, sentado em uma mesa diferente da nossa. De acordo com Mello, era a mesa na qual ela se sentava antes de Kim se tornar a ponte entre ela, Mello e Matt. Kim tenta falar com ela, mas Íris não responde. Mello também está diferente do que era quando Matt estava aqui. Ele não é mais tão ligado a Kim, aparentemente. Ele a ignora um pouco às vezes. Não é mais brincalhão com ela como era antes. Aliás, dificilmente a chama de “Snowdrop”. O fato de ter se tornado raro escutar o apelido saindo da boca dele foi minha primeira pista de que havia algo errado com o louro. Kim já tentou tirar satisfações, mas ele simplesmente não fala, de acordo com o que ela me conta. Pelo que ela me falou, Mello apenas baixa os olhos, parecendo triste, e acaricia seu rosto.

Por causa disso tudo, Kim tem passado cada vez mais tempo comigo. Isso é ótimo para mim, mas minha irmã está sofrendo, o que estraga as coisas. Agora é difícil vê-la sorrir para mim. Ou para qualquer um. Mello a está fazendo sofrer, e isso é difícil de assistir.

Saio do quarto. Sei que dificilmente resolverei o problema de Kim, mas eu preciso conversar com o louro. Uma porta a direita está o quarto de Mello. Bato na porta.

- Entre, está aberta. – Responde o louro lá de dentro. Obedeço-o, abrindo a porta e adentrando o quarto. O chão está cheio de embalagens de chocolate vazias. – Near? Er... Desculpe... Não esperava...

- Esperava a minha irmã, não é?

- S... Sim. – Diz o louro, que está deitado na cama de Matt. Agora só tem o colchão, a roupa de cama foi retirada. – Bem, o que está fazendo aqui?

- Vim conversar... – Faço uma pequena pausa, sentando-me na cama do louro, de frente para ele, e olhando-o nos olhos. – Por que está tratando a minha irmã desta maneira? Ela... Ela está sofrendo, Mello, você sabe disso. Então, por quê?

- Near... Eu... – Vejo seu olhar ficar triste. Quase culpado.

- Se você não a ama mais, diga a ela, acabe logo com isso. Não dê mais esperanças vãs para ela. – Aconselho.

- Não é tão simples. Não é isso. Eu amo a Kim, amo mais do que tudo neste mundo. Amo-a mais do que a minha própria vida... Ainda assim, há uma escolha que preciso fazer agora. E entre as duas opções que se colocam a minha frente, apenas uma delas faz algum sentido. E nenhuma destas opções me permite ficar com ela. – Mello ergue o olhar. Há dor nele. Uma certa tremulação no brilho anormal.

- E quais são as opções, se me permite perguntar?

- Perdê-la, nos dois casos. A diferença é que em uma das situações ela fica viva. Imagino que você também prefira esta opção. – Sinto-me sufocar. Imagino, por um instante, Kim morta em meus braços. Minha irmã... Morta. Não.

- Mas... Você... Você a colocou em risco, Mello! – Grito, ficando de pé.

- Sim. Desculpe. – Seu tom de voz não se altera, sempre triste e cheio de culpa. Fecho os olhos. Ao menos o louro sabe que é assim.

- Você... Vai tirá-la deste risco. Não importa o que tiver que fazer, você vai tirá-la deste risco. Não ligo para quanta dor você sentirá ou deixará de sentir, se minha irmã morrer por sua causa, você vai com ela. – Ameaço. Não sei como farei, mas se acontecer algo com Kim por causa deste louro, eu o matarei.

- Não que você precisasse mesmo me matar se fosse o caso. Eu tiraria minha vida rapidamente se algo acontecesse com ela. Mas vou tirá-la desta enrascada. Custe o que custar. – Ele responde, olhando-me diretamente nos olhos, como se falasse com a alma, não com a boca.

- E o que pretende fazer, Mello? – Já sei mais ou menos a resposta, mas ainda assim preciso confirmar.

- Eu terei de deixá-la. – Suspira. Sim, Mello terá que se afastar de Kim. Queria que isso não tivesse de acontecer, pois deixará minha irmã muito infeliz. Ainda assim, tenho concordar com Mello: Antes triste e viva do que feliz e morta. Kim poderá se recuperar, eu sei disso. Eu a ajudarei no que puder. Se um dia ela puder e quiser ter Mello de volta, ficarei satisfeito, mesmo que um pouco enciumado. Por enquanto, o louro terá que ficar longe da minha irmã. – Não sei ao certo de onde vou tirar forças para isso, mas pela segurança dela eu dou um jeito.

- Isso é... Triste. Kim ficará abalada. – Digo mais para mim mesmo do que para ele. Se não pensasse alto de vez em quando sem querer, não diria algo assim. Mesmo tendo um pouco de ciúmes dele com Kim, não quero ver o louro sofrer. Ele foi um amigo quando precisei. Cuidou de mim e foi como um irmão durante o período no qual Kim esteve ausente. Ele ergue os olhos, como se pedisse para eu não machucá-lo tanto. – Desculpe. Eu pensei alto.

- Tudo bem. Eu sei o que estou fazendo. Só espero que dê tudo certo. E que prometa cuidar dela por mim e... Não a deixe se machucar ou... Você entendeu.

- Tomarei conta da minha irmã. E não vou interferir se, quando as coisas se acalmarem, vocês ficarem juntos. – Prometo.

- Isso é... Muito reconfortante, Near. E outra coisa, aja como se isso jamais tivesse acontecido. Diga o que quiser, mas convença-a a seguir em frente. Seria muito triste se Kim esperasse por mim em vão. Faça o que fizer, não diga que estava mentindo para sair do orfanato.

- Espere aí, você está dizendo que mentirá para ela? Que vai tentar convencer minha irmã de que não a ama? – Cuspo, não acreditando no que acabai de ouvir.

- Para protegê-la, eu terei de perder o amor dela. Talvez seja mais fácil assim. Não há outra opção. Exceto o que Matt fez, mas tenho a impressão de que isso machuca Íris mais do que a protege.

- É verdade. Se for para proteger Kim, acho que eu posso  mentir para ela. Farei o que puder.

- Como assim “farei o que puder”? Que merda é essa, Near? Você vem aqui e me manda explicar tudo. Depois diz para eu salvar a sua irmã. Mas se recusa a manter uma mentira que serei eu a contar, não você. O que é que você pretende?

- O... Ok. Eu vou manter a mentira. – Digo, levantando-me e saindo do quarto.

Imediatamente depois que fecho a porta, uma Íris sai saltitante do quarto e pula em cima de mim, abraçando-me. A menina parece recusar-se a parar de pular, tamanha sua alegria. Em sua mão direita, há um pedaço de papel escrito dos dois lados.

-  Ele escreveu, Near, ele escreveu! Eu não acredito que ele finalmente escreveu! – Diz ela, pulando.

- O Matt? – Pergunto algo cuja resposta já é incrivelmente óbvia.

- Quem mais? Claro que foi o Matt!

- E o que ele escreveu? – Sinto-me obrigado a perguntar. Íris fica vermelha como um pimentão. – Ok, é particular, eu entendo. Mas onde ele está? O que aconteceu?

- Bem... Ele está bem. Não deu endereço, porque parece que ele está com problemas... O resto acho que eu não posso contar. Espero que Matt possa contar pessoalmente algum dia.

- Tomara. Estou curioso a respeito. Gostaria de poder ajudá-lo. – Suspiro. O fato é que sinto falta do ruivo.

- Sim... Queria que Matt estivesse aqui.– A morena soa entristecida por um segundo, mas depois o sorriso retorna a seu rosto.  – Mas acho que algum dia ainda voltaremos a vê-lo, realmente acho.

PDV – ÍRIS.

Volto para meu quarto. Matt me deu um endereço de resposta da carta, dizendo que não estará lá, na verdade, mas fará o que puder para pegar a carta. Leio novamente o papel. As palavras são poucas, mas profundas e sinceras. A letra, entretanto, é grande, de forma que a carta ocupa duas páginas.

Íris.

Emily, Emmi, eu terei de ser breve. Não tenho muito tempo para escrever para você, mas sempre que puder, escreverei para você.

Lamento com todas as minhas forças ter partido, Emmi. Não dormi nos últimos dias. Mas quando durmo é bom, porque sonho com você. Isso me deixa mais confortável, mesmo que apenas temporário e ilusório. É triste quando acordo e não vejo Mello, saio do quarto para comer e não vejo você. Sinto falta do Near, sendo inteligente, de Leila sendo uma criança, Kim sendo fofa, L sendo... O L, B sendo psicótico, Ushio sendo japonesa e Ino sendo simpático. Mas sinto mais falta de você do que de todos eles juntos, mesmo que sejam meus amigos.

Sinto sua falta, Íris, porque não consigo viver sem você me abraçar, me beijar ou me consolar. Sem você sendo infantil, sem você para conversar, discutir sobre casos importantes (Ok, acho que isso soa como nerdice da minha parte, mas é verdade).

Agora sinto que devo explicar o motivo de minha partida.

Então Matt conta sua história de vida. Nesta parte, a tinta mancha o papel, que ficou um tanto transparente devido a água que caiu na folha. No fim de sua história, ele conclui:

Eu não os matei, Emily. Acredite em mim, eu só assisti tudo, escondido, sem fazer nada. Fui um covarde, como tenho sido covarde a maior parte da minha vida. Agora, não posso ser covarde e ficar com você, Íris. Sua vida depende disso. E sua vida é algo que eu realmente não posso perder. Talvez também seja um ato de covardia, mas ainda assim... Não seria ainda mais covarde viver feliz, mas ao mesmo tempo, perder a pessoa que mais amo no mundo?

Perdoe-me, Emily. Eu te amo.

Matt.

Pego um pedaço de papel e respondo a carta de Matt.

Ela me dá esperanças. Esperanças de que meu ruivo volte. Esperanças de tê-lo aqui novamente.

De ser completamente feliz.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim! Não esqueçam de mandar o review pedindo o link, ok?
De qualquer forma, o nome da fic será Aikai Ito (A linha vermelha, em chines) quando eu postar, algo que só acontecerá quando eu terminar esta parte da fic, ok?
Beijões!
Tchau.
Ah, o próximo cap já tah pronto, só falta mandar pro computador e corrigir! Posto amanhã se receber ao menos três reviews!
Tchau!