Os Cahill... No Brasil escrita por Lua


Capítulo 1
Cap. 1 Aos oito anos...


Notas iniciais do capítulo

Este está pequeno, mas isso é apenas uma base da historia...
Minha primeira fanfic.. Espero que gostem! =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236507/chapter/1

Mary ~

Tinha 13 anos. Olhava para a tela de plasma enorme preta na minha frente, assim como fizera nos últimos três anos. Até hoje a cena de meu aniversario de oito anos está nítida na minha mente, há cinco anos antes daquele.


Corria chorando muito. Meu rosto ardia e meu nariz sangrava. Completava oito anos. Ganhara de presente de aniversario minha cama pegando fogo – deveria ser das outras órfãs. Que beleza, com oito anos conseguia fazer todos me odiarem. Mas meu dia ficou pior. Depois de magicamente sair do quarto em chamas, tossindo e suando muito, encontrei Meredith na porta do quarto com olhar matador.

Meredith era a freira que, ironicamente, comandava aquele inferno. Ela sempre me odiara. Nunca fui uma criança fácil... Ou pessoa. Desde meus cinco anos, ia com frequência para o canto da vergonha, já conhecido entre as órfãs como o canto da Maria. Vivia escrevendo nas paredes, cantando alto nas rezas e dançando na cama das outras meninas. Aos meus seis anos, mostrei a ela que a Bíblia, o livro que ela tanto amava, dizia que devemos amar ao próximo. Isso só deixou-a mais enraivecida e me custou 12 horas no canto que já chamava de meu. Acho que ela se surpreendeu por eu saber ler.

A mistura de sangue e lagrimas na minha garganta tinha sabor de ferrugem. As outras meninas – provavelmente, as que me presentearam com uma cama em chamas – disseram para Meredith que EU coloquei fogo no quarto. Já estava com os pés queimados por tentar sair de lá e seria castigada. Tudo era muito injusto.

Já me dirigia de cabeça baixa até o familiar canto, resmungando: “Feliz aniversario, não recebo. Mas uma cama queimada, mais a culpa, ganho de presente...” Com isso, a freira deu um tapa no meu rosto.

Era visível ver cada dedo fino dela em minha bochecha, a qual ardia. Com a força do tapa, me desequilibrei e lasquei a cara no chão.

Terceiro presente do dia: Um tapa na cara acompanhado de um nariz quebrado.

Nunca senti tanta raiva de meus pais por terem me abandonado naquele lugar. Na verdade, sentia raiva por ter nascido. Corria sem rumo, deixando um rastro de sangue e lagrimas por onde passava. Não sabia pra onde eu ia. Só queria sai dali.

Bati com força em um corpo de um homem alto. Gemi de dor. Meu nariz ensanguentado manchara a sua camisa branca e bem passada, mas ele pareceu não ligar. Sorria e disse se agachando para alcançar meu tamanho:

– Essa é a famosa Maria Luiza que estava procurando...


– Entendeu, Mary? – perguntou Lucas, ao meu lado na frente da TV, sorrindo, me trazendo de volta pro presente.

Uma lagrima descia do meu rosto. Sequei-a rapidamente. Ele pareceu notar, mas falou nada. Lucas me conhecia como ninguém e sabia que não gostava de lembrar-se do passado.

– Não. Desculpe-me. Não ouvi – forcei um sorriso pra tirar a imagem de meus oito anos da cabeça.

– Carlos pediu para que você fosse buscar a Amy e o Dan no aeroporto. Eles vão chegar a Brasília daqui a 2 horas.

Ah. Que ótimo. Os Cahill viriam pro Brasil.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?