Os Cahill... No Brasil escrita por Lua


Capítulo 2
Cap 2 Um dia antes daquele...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem =)



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Amy ~

Tio Fiske nos chamou para a sala. Já havíamos derrotado os Vespers a mais ou menos dois anos. Estava com 17 anos e o Dan 14. Havia se passada dois anos sem competições entre os Cahill ou preocupações com os Vespers. Já sentia que tinha uma vida normal.

Mas era bom demais pra ser verdade.

Achei estranho o Fiske nos chamar pra uma reunião urgente. Seu rosto demonstrava preocupação. O que o incomodava?

– Vocês vão ter que sair do país.

Ele tava brincando?

Dan já ficou animado e perguntou:

– Vamos salvar o mundo de novo? Vamos pra onde? A Nellie vai?

Nellie tinha 22 anos e foi morar sozinha. Não me perguntem onde, ela nunca falou. Gostava da ideia de vê-la novamente. Mas Fiske cortou a alegria do Dan:

– Não. Desculpem-me, mas vai ser outra pessoa que vai cuidar de vocês. Uma menina muito boa e responsável, posso garantir. Maria Luiza.

– Esse nome não parece ser daqui...

– É claro que não, animal – falei empurrando o Dan. Às vezes ele agia como se tivesse 11 anos de novo. – Ele não acabou de dizer que vamos sair do país?

– Vamos pra onde? – Dan perguntou ignorando o insulto.

– América Latina.

– México? – Chutou Dan. Depois de o Tio Fiske negar ele arrisca de novo. – Argentina? – E continuou com outras opções que nem da América eram. Dan desistiu e deixou o meu tio falar.

– Brasil!

– Logo o Brasil? – Dan parecia decepcionado. Pensei que ele gostaria de ver os macacos de lá, parecem com ele... – Mas temos escola! – Claro que o Fiske vai acreditar que você liga pra escola, Daniel Cahill... Meu irmão é tão bobinho.

Tio Fiske informou que era importante que a gente saísse dali o mais rápido possível. Tinha algo a ver com os Vespers, mas ele não queria entrar em detalhes. Falou que a tal Maria Luiza ia nos transformar em verdadeiros Brasileiros para nos misturarmos. Pediu para que a gente – na verdade, o Dan – tivesse cuidado com ela e trata-la bem. Pelo jeito ela tinha um gene forte.

Íamos chegar lá no dia seguinte sem data de volta prevista. Nossas malas já estavam arrumadas e só faltava à gente decolar.

Que pressa era aquela? Por que do nada os Vespers resolveram aparecer? E por que o tio Fiske não queria nos dizer? As muitas perguntas rolavam na minha cabeça.

Quando menos percebi já estávamos no avião, faltando 2 horas pra pousar. O Dan dormira a viagem inteira e eu fiquei lendo, nem vi o tempo passar. Ouvi o piloto do jato particular avisar o pouso. Na mesma hora o Dan acordou mal-humorado. Perguntei o porquê de ele estar tão mal-humorado.

– Queria conhecer os macacos da Argentina... – disse emburrado. Não aguentei e ri. Ele me olhava incrédulo com uma interrogação no rosto perguntando o motivo do ataque de risos. Quando me acalmei disse a ele que os macacos eram brasileiros. Sabia que tinha algo a ver com macacos, era a cara do Dan.

Descemos do jato. Eu rindo da cara daquele garoto que dizia ser meu irmão e ele sorrindo por rever seus parentes...

O aeroporto era grande. Tinham placas por todo o lado em inglês e em português, que de acordo com o nosso tio, deveríamos aprender. Ele já havia nos dado até livros e vídeos para o estudo de Português. Pelo jeito, íamos ficar lá bastante tempo mesmo. Devia ser serio. Pegamos nossas três malas e ficamos parados sem saber para onde ir. Até que sinto meu irmão indicando alguém com a cabeça.

Era uma menina. Era mais nova que meu irmão um ano, deduzi, mas tinha um rosto duro e decidido de um adulto. Suas roupas folgadas escondiam o corpo, então não poderia dizer se já era definido ou não. Usava uma calça jeans escura, um coturno preto e uma camiseta – parecia que ela tinha comprado ela numa ala masculina – roxa listrada com cinza que ia até a metade da coxa. Tinha um coque mal feito e sua franja estava mal caída sobre os olhos. Ela não parecia ligar muito para a aparência. Ela segurava uma placa escrita em uma letra bem redonda: Amy and Dan Cahill.

Fiquei meio duvidosa de ir até uma menina de 13 anos, mas mesmo assim acompanhei Dan até onde ela estava.

– Olá! – disse ela em uma voz cansada e entediada – Vou ficar com vocês aqui no Brasil neste período. Sejam bem-vindos. Chamo-me Maria Luiza. Mas pode me chamar de Mary. – seu inglês era fluente e perfeito. Mas dava pra notar que ela era brasileira.

Para tudo.

Uma menina, mais nova até que meu irmão, iria cuidar da gente? Era essa a garota boa e responsável? A menina de gene forte que devíamos ter cuidado? Abafei uma risada. Meu tio trocara Nellie por uma menininha?


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Notas finais do capítulo

Escrevo mal?????