Aventuras Com Um Pegs escrita por Poshnick


Capítulo 16
Capítulo Dezesseis – Voltamos ao mundo “real”.


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capitulo *u*



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Paramos na ilha. Parecia abandonada, o mar estava calmo e o dia estava lindo. Olhei para cima, poucas nuvens se formavam, dando espaço para o sol.

Então, Charlie me olhou.

“Está na hora...” eu poderia afirmar que Charlie estava mal, mas a expressão dele era a mais normal possível, só que sua voz saiu triste e como se ele estivesse distante. Então ele olhou para o céu e olhou para nós. “Tchau Gisele, Julie... Um dia nos encontraremos de novo! Eu prometo e cumpro ouviram? Eu vou visitar sempre vocês, sempre que eu puder”.

- Tchau... Charlie. – falei soluçando – Promessa é divida aqui ok? – sorri.

O pégaso olhou novamente para o céu ensolarado. E partiu.

Doeu muito ver Charlie partir, mas era pro bem dele. O meu pégaso me prometera voltar, algum dia, e vim nos visitar sempre. Sempre.

...

O dono da casa dourada no céu, nos disse que teríamos uma surpresa logo após chegarmos de volta. Uma ótima surpresa por sinal. Apareceu uma porta no meio da areia da praia, então quando a abrimos, paramos em uma casa, que não era na ilha. Era em uma avenida, a frente na janela estava à vista de uma praça linda, e reconheci minha cidade. Um dos pontos mais bonitos. Eu morarei aqui, pensei. John suspirou.

- Que... Que casa linda – Julie sorriu.

- Sim. – falei – mas, e nossas roupas?

Então fui olhar no quarto. O apartamento não era muito grande, era médio, mas muito confortável. Tinha dois quartos e um banheiro no corredor. A porta da entrada, a cozinha e uma pequena sala ficava no começo do corredor. Tinha também outra sala, com um sofá e um computador. Lá fora uma varanda também média, com uma mesa e quatro cadeiras e um varal. A vista ainda era mais bonita de lá. Dava para ver os carros na avenida, e as pessoas se divertindo no parque. Em fim, eu me sentia nova, apesar de a saudade de Charlie bater.

Fui até o quarto, que parecia ser o meu e o de Julie, pois o outro quarto era mais formal. O nosso quarto era amarelo claro, com uma cama beliche do lado esquerdo, e o guarda-roupa e uma mesinha com um notebook. Julie entrou no quarto e sorriu.

- Estou cansada, vou tomar um banho e dormir. – disse.

- Que tal irmos a praça? – propus.

- Ah ótimo – sorriu – vou tomar banho só.

- Ok.

Então conferi o guarda-roupa. Tinha quatro portas e seis gavetas. Dentro tinha as minhas roupas dobradas e minhas coisas arrumadas. Fui à cozinha e peguei um pacote de Doritos, sentei-me no sofá e assisti TV um pouco. Até Julie me chamar.

Abrimos a porta do apartamento, e a nossa frente tinha um casal de jovens, mais ou menos da nossa idade.

- Olá. Sou Heloísa Kwirsy – disse a menina. – e este é meu irmão, Guilherme. Somos vizinhos de vocês.

- Ah... Oi. – disse Julie – estávamos de saída, íamos à praça.

- Não tem problema – disse Guilherme – nós podíamos ir com vocês...

- Ok, então vamos. – falei.

- A quanto tempo mora ai? – perguntou Ju a Heloisa.

- Desde pequenos. – Heloisa sorriu – e ai, gostaram do apartamento?

- Ah, eu amei. – disse Ju.

Notei que Guilherme olhava a cada segundo para Julie, e quando eu o olhava disfarçava e mexia nos fones de ouvidos.

- Não liga, ele é estranho assim mesmo, nem parece meu irmão. – disse Heloisa. – Gui! Fala algo.

- Algo – ele sorriu tímido, então olhou para Julie de novo. – ah, não sei, me deixa em paz.

Atravessamos a avenida e sentamos em um banquinho na frente do apartamento.

Guilherme sentou-se ao meu lado esquerdo, Julie estava ao meu lado direito, e ao lado dela Heloisa sentou.

- Gosto da praça – Heloisa falou – trás paz.

- Estou percebendo – disse Ju.

Guilherme encarou Ju e depois me encarou:

- Vocês irão estudar em que escola esse ano?

- Não sabemos ainda. Temos que falar com meu pai. – disse Ju.

- Seu pai? – Gui perguntou.

- Sim, é uma longa história, mas John é o pai de Julie, meu pai... Hum... Meu pai... – gaguejei.

- Ah entendo. – disse Heloísa – vamos dar uma volta no bairro? Tem uma livraria que eu amo!

- Gosta de ler? – perguntei – quer dizer, nenhum espanto, mas que tipo de livro gosta de ler?

- Ficção... – respondeu ela – e vocês?

- Também... – Ju falou – ah então vamos lá.

Ju se levantou em seguida Guilherme também. Os dois partiram na frente, conversando e... Sorrindo!? Eu segui Heloisa.

...

Chegamos a livraria e Heloisa foi direto na sessão de ficção. Encarou alguns livros, e pegou um marrom com um enorme pégaso na frente. Ao ver aquela imagem, lembrei de Charlie. Sem perceber, eu estava chorando.

- O que houve? – perguntou.

- Nada... Amo... Amo pégasos... – respondi.

Na outra sessão, Ju e Guilherme conversavam.

- Então, que estilo musical você curte? – perguntou Guilherme.

- Ah, acho que mais rock e pop. – ela sorriu – e você?

- Hum... Acho que Rock. – ele sorriu.

Voltei a olhar para Heloisa. Ela estava no caixa e depois voltou.

- Toma, ér... Não sei se fiz certo, mas acho que irá amar esse livro. – me entregou o livro da capa marrom.

- Obrigada – sorri, agradecida.

Chamamos Guilherme e Julie e saímos da livraria. Fomos até uma lanchonete.

- Estou faminta! – Ju disse.

Guilherme apenas sorriu observando Julie. Acho que ele estava gostando dela.

- Bom então vamos pedir logo não é? – disse Heloisa.

Fizemos os pedidos. Quatro mistos e dois sucos de laranja, um iogurte natural para Julie e um suco de maracujá para mim.

- Então, desculpa... Mas nem perguntei o nome de vocês. – Heloisa sorriu sem graça.

- Gisele, e o nome de minha amiga é Julie. – disse, e depois cochichei – acho que Ju já deve ter conhecido Gui...

- Que nada! meu irmão é um lerdo – Helo sorriu.

Também sorri. Ficamos em silêncio, até que Helô perguntou:

- Por que você chorou quando eu amostrei o livro?

- Eu não sei como explicar, mas – então olhei para Julie, ela pareceu confirmar a ideia de contar sobre Charlie, e Gui estava me olhando – eu conheci um pégaso.

Aquilo deveria ter chocado Gui e Helo, mas a menina sorriu.

- Eu sabia que existiam! Eu sabia. – disse.

- Então onde ele está? – Gui perguntou.

- Longe... – respondeu Ju – mas, não muito longe. Ele disse que iria nos visitar assim que pudesse.

- Que perfeito, cara! – disse Gui – eu sabia, mas, bom...

Guilherme ficou vermelho e sorriu.

- Acho que um dia vamos conhecer ele não é?

- Claro! – Julie sorriu. – assim que ele vier nos visitar.

- Então, obrigada Ju – disse Helo – acho que vou ter um infarto quando vê-lo.

- Eu quase tive um... – consegui falar. – Charlie é realmente maravilhoso.

- Cara! O nome dele é Charlie? Ele fala com você? – Gui estava bem animado.

- Sim... – respondi.

Então lembrei de cada coisa que passei com o pégaso. O brilho dele, a pelagem branca, o olhar preocupado...

- Então, quando Gih falou que viu o pégaso eu não acreditei, mas cara, o Charlie é muito legal! – falou Ju.

- Sim... Muito. – falei. – Um dia ele voltará. Espero que seja breve.

- Charlie vai voltar, Gih – Julie me abraçou – ele é um pégaso legal e obediente. – sorriu. – mas, eu acho que queria um unicórnio.

Todos sorriram. Então contei de toda minha história com Charlie, desde quando o vi na sala de música, quando lutei com os cachorros com Julie para pegar o fio dourado e o Gosihe, quando conhecemos Sr. A. e lutamos com ele. Até nossa luta final, onde Abadir morrera. Então o garçom da lanchonete chegou e nos serviu.

- Bom apetite! – falou, e saiu.


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