Minha Doce Criança. escrita por asmanda


Capítulo 4
Lembranças.




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Ela entrou no táxi e informou o endereço ao motorista. As lágrimas insistiam em cair, as lembranças persistiam em aparecer. Ela não sabia o que faria depois, não queria pensar no futuro.

Lembranças.

–Erin, olhe. Aquele cara não para de olhar pra você– disse uma das amigas de Erin, que demonstrou estar mais interessada do que a própria Erin.

–Não é nada, você deve estar se confundindo–respondeu Erin com um tom despreocupado.

Um homem vinha em sua direção, cujo cabelo cor de fogo reluzia com as luzes coloridas da festa, olhos indiferentes com beleza única, vestia calça jeans justa, camiseta azul marinho e uma jaqueta de couro, sorriso cativante e andar com atitude.

Erin levantou a cabeça para olhar qual o motivo dos risos bobos de suas amigas.

Eles sentiram um choque quando seus olhares se encontraram, os batimentos de seus corações aceleraram, estavam atraídos um pelo outro. Erin desviou o olhar, mas o homem continuou a encarando.

–Gostando da festa? –ele disse meio inseguro, ele pôde ver em seus olhos que ela era diferente das outras.

–Sim– Erin respondeu com desinteresse, ela conhecia aquele tipo, ele devia ser apenas mais um idiota rebelde.

–Não é isso que parece, você deve estar entediada– ele respondeu com um sorriso simpático.

–Eu sempre estou entediada– Erin respondeu com desânimo.

–Isso acontece porque você não encontrou alguém para te tirar do tédio. Prazer, sou Axl Rose, vocalista da banda Guns N’ Roses, você deve me conhecer– ele respondeu com seu famoso tom galanteador, sempre dava certo, um sorriso e elas estavam aos seus pés.

–Prazer, sou Erin– ela respondeu, ela não se importava.

Aquela indiferença de Erin o deixou louco, como uma garota podia não ligar quando um astro do rock estava se apresentando?

–Licença, mas vou ir embora– ela disse tentando evitar Axl.

Ele não desistiria dela. Ela o desafiava e ele adorava aquele joguinho.

Axl apertou sua mão e Erin despediu-se dos amigos, foi em direção a saída, tentou chamar um táxi, mas suas tentativas falharam. Nesse momento um carro fica próximo dela, ela se afastou. O carro era de Axl que deu um sorriso.

–Eu sabia que você não iria achar um táxi essa hora e nesse lugar. Entre, te levo em casa– disse Axl achando graça da situação.

–É minha única opção– disse Erin sorrindo.

Ele ligou o rádio e estava tocando Every Breath You Take do The Police, ele olhou para Erin e começou a cantar para ela. Erin ficou sem jeito e começou a rir, os dois cantaram juntos e sorriram. Durante o caminho conversaram sobre vários assuntos.

Ela era diferente, ele pôde sentir a confiança que ela passava pra ele, ele a via como uma amiga, uma verdadeira amiga.

–É aqui, chegamos– disse Erin.

–Bela casa, mora sozinha? – perguntou Axl.

–Sim, não quer entrar e comer algo? Naquela festa não tinha nada que prestasse pra comer–  disse Erin.

–Estou com muita fome– disse Axl aceitando o convite.

Erin saiu do carro e Axl a acompanhou, ela entrou em casa, ligou as luzes e pediu para que Axl esperasse no sofá enquanto ela fazia um hambúrguer. Ela chegou na sala com dois hambúrgueres e com um sorriso simpático.

–Minha especialidade– disse Erin.

–Como sabia o meu preferido? Você é um tipo de bruxa? Um mutante? Socorro! – ele respondeu e deu uma gargalhada.

Os dois deram gargalhadas e começaram a comer. Axl elogiou os dotes culinários de Erin. Quando terminaram de comer, Erin ligou a televisão e pôs em um filme. Ficaram ali em silêncio, ambos fingiam que prestavam atenção no filme.

Eles mudaram de opinião que tinham um pelo outro, era como já se conhecessem a bastante tempo, se completavam de alguma forma.

Axl a chamou pelo nome e Erin o olhou, ele aproximou o rosto e a cada vez que ele se aproximava o coração de Erin disparava, finalmente seus lábios se encontraram, um beijo caloroso e delicado. Erin deitou no sofá e Axl ficou sobre ela, o ardor de seus corpos era o que os guiavam naquele momento, nada importava, mesmo se conhecendo a algumas horas já tinham confiança um no outro, isso parecia loucura e realmente era, mas eles no fundo sabiam que aquilo era amor.

Foi a partir daquele dia, daquele momento que eles se aproximaram,  onde tudo começou, a alegria e sofrimento.

Erin chegou em casa e foi direto para o seu quarto, deitou e chorou, ela sentia dor, sentia medo, sentia a tristeza corroer seu coração, ela não tinha nada sem ele, na verdade ela tinha apenas o vazio.

Só restavam as lembranças.


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Notas finais do capítulo

acabou? não.