Kimberly era uma garota bonita, tinha um sorriso lindo, cabelo longos meio ondulado de cor castanho escuro, e olhos castanhos claro, mora com seus pais e avos em Stratford uma cidade pequena no Canadá, adorava o fato de morar ali, tinha muitos amigos, se dava bem com todos, e conhecia praticamente todos daquela cidade.

Era de manhã, Kimberly acordou assustada e viu que estava atrasada para a escola, se arrumou correndo e mal tomou café da manhã.

– Bom dia filha. - Disse sua mãe, dona Emma.

– Bom dia mãe, - disse Kimberly toda apressada.

– Mais que pressa é essa querida? Nao vai sentar para tomar café?

– Não mãe, eu preciso ir, estou super atrasada.

– Ok querida, boa aula.

Kimberly saiu correndo pegou sua bicicleta e foi para a escola. Chegou, largou sua bicicleta num canto e entrou as pressas para a sala de aula.

– Bom dia Sr. Melanie, será que posso entrar? - disse ela, com muita vergonha, pois todos estavam olhando para ela.

– Claro Kimberly, sente-se ai, perdeu hora hoje é? - disse sua Professora de Geografia, com quem Kimberly mais gostava.

– Sim, me desculpe Professora.

– Desculpas aceitas. - E entregou uma folha para Kimberly. - Comece fazer essa atividade ok?

– Ok. - disse ela aliviada que já estava ali sentada na sala de aula, ela não era acostumada chegar atrasada.

Então sentiu alguém a cutucando, e virou para trás, era sua melhor amiga Emily.

– Ainda bem que você veio amiga, depois da aula o que você acha de irmos ao shopping? - disse Emily que adorava sair, e sempre queria que Kimberly a acompanhasse.

– A vamos ver Lily, se eu estiver afim... - Deu um sorriso e se virou para frente e começou a fazer a atividade. Lily era o jeito que ela gostava de chamar sua amiga.

Um pouco mais tarde bateu o sinal de ir embora, e então Lily veio correndo atrás de Kimberly:

– Ei, esta a fim de ir ao shopping comigo? - disse ela andando ao lado de Kimberly.

– Ah amiga, me desculpe, mais acho que hoje não é um bom dia, preciso me organizar, fazer deveres da escola e ainda cuidar da minha irmã.

A irmã de Kimberly tinha apenas 6 anos e precisava que alguém cuidasse dela, seu pai trabalhava o dia todo, e sua mãe não trabalha, mas tinha que fazer muitas coisas, e as vezes ela tinha que cuidar de sua irmã.

– Bom.... Então tudo bem, marcamos outro dia. - disse Lily não muito contente com a resposta de sua amiga.

– Ate amanhã, qualquer coisa te ligo.

– Ok. - E então foi embora.

Kimberly ficou esperando sua mãe vim busca- lá, quando sentiu alguém se aproximando dela, e viu que era seu amigo, vizinho dela, o Justin.

– Oi Kim. - Era assim que ele gostava de chama-lá.

Justin e Kimberly se conheciam á muito tempo, eram amigos de infância, mas estavam em salas diferentes na escola, e então conversam no Intervalo, na Saída e as vezes na rua mesmo, mas tinham uma amizade muito grande, eram praticamente melhores amigos.

– Oi Justin, ainda não foi embora? Seus pais te esqueceram é? - Disse ela com um sorriso no rosto e depois soltou uma risadinha.

– Acho que sim, vou embora a pé mesmo, estou achando. - Disse ele olhando para a rua, que estava bem na frente deles.

– Magina, que isso, eu te dou carona... Se é que minha mãe também não me esqueceu.

– Bom, vamos embora a pé juntos então, topa? - Ele olhou para ela.

– Ah, mais e se minha mãe chegar?

– Ah, você ta é com preguiça de andar... É só você ligar para ela.

– Preguiça? Ate parece.

Então sua mãe acabara de chegar, soltou uma pequena buzina, e parou o carro bem na frente onde estavam.

– Ah sua mãe não te esqueceu, vamos deixar a caminhada para outro dia né?

– Amanhã quem sabe. Bom entra ai, eu te dou carona. - Disse ela abrindo a porta.

– A vou aceitar então, obrigada. - E entrou no carro.

Então sua mãe levou ele ate a casa dele, se despediram e as duas foram para sua casa. Kimberly sabia que hoje teria que cuidar de sua irmã, o que não gostava muito, porque gostava de ficar no seu quarto, vendo filmes, escutando musica, fazendo trabalhos da escola, sossegada em seu quarto.... Sozinha. Mas nao dava para fazer tudo isso quando tinha que cuidar de Madson, sua irmã, tinha que ver o que ela estava fazendo, dar atenção para ela, mas a relação das duas era boa ate, raramente brigavam, não era aquele tipo de irmãs rivais.

Kimberly chegou em casa e foi para o seu quarto, deixou a bolsa lá e foi almoçar, depois disso ficou assistindo TV, e sua mãe teve que sair, então ficou ela e Madson na casa, sozinhas. Aproveitou que Madson estava vendo TV, super entretida e fez umas lições de casa que eram para o dia seguinte. Logo depois voltou para a sala.

– Kim, me leva ao Parque? Quero brincar com minha amiga Savannah. - Disse Madson, toda empolgada.

– Ok Mad, vamos lá, mais só um pouco ta?

– Ok...

Então as duas chegaram ao Parque e Madson foi direto brincar com sua amiga, enquanto Kimberly tinha levado um livro para ficar lendo enquanto sua irmã brincava.

Justin estava andando de skate, perto de onde Kimberly estava, e então parou um pouco e viu ela sentava no banco lendo, parecia estar interessante aquele livro. Pensou em ir falar com ela, só que ficou medo de atrapalhar ela, e então passou reto e voltou para sua casa.

Kimberly parou sua leitura e chamou Madson para ir embora, já fazia bastante tempo que estavam ali, sua irmã então obedeceu o pedido de Kimberly e foram embora. Chegando em casa, seu pai Sr. Logan havia acabado de chegar do trabalho, e não estava com uma cara muito feliz. Logo em seguida Emma chegou também.

– Querida preciso falar com você, á sós. – Disse Logan, com uma expressão séria.

– Tudo bem querido. – Disse Emma, com uma expressão assustada, sabia que havia acontecido alguma coisa, pois seu marido estava realmente preocupado.

Então Kimberly e Madson foram para o quarto, mas estavam curiosas em saber o que teria acontecido, mas ficaram no quarto aguardando a conversa.

– Sente-se aqui Emma. – Disse ele.

Emma então se sentou, e estava nervosa, ele raramente chamara pelo nome. Ficou olhando para ele, esperando ele começar á falar o que tinha acontecido.

– É uma situação complicada, mas eu quero que você compreenda.. – Ele estava nervoso, dava para reparar em seus gestos, nem sabia por onde começar, então foi direto ao ponto. – Fui transferido para trabalhar no Brasil.