Um Encontro Após O Outro escrita por PridePeople


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Então gente, demorou, mas fiz questão de fazer um cap enquanto estive "por fora" do mundo virtual... :)



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...Querendo-o cada
vez mais e mais pra perto... Mais e mais, pra mim...

Me senti leve, extremamente leve. Algo na minha barriga me deixava inquieta... Talvez fossem as tais “borboletas”... Meu coração parecia um motor... Tão rápido e com tanto fervor quanto o mesmo... Podia senti-lo querer refrear (previsivelmente) seus sentimentos, mas ao mesmo tempo vendo sua frustração por não conseguir fazê-lo... Frustração que em décimos de segundo, se formava numa espécie de chama, talvez ele gostasse, talvez o machucasse a ponto de ele se rotular masoquista... E foi quando finamente vi que virara um ciclo vicioso... Essas sensações indo e vindo conforme o pulsrar e dois corações tão desesperados quanto contrariados.

O seu simples toque era como uma proeza pra mim. O
sentir me fazia bem, me fazia viva... Me sentir viva! E contrariada. Não podia
crer que já o amava deste modo. Que já me entregara de tal maneira... Mas tanto
quanto ele, não conseguia frear aquilo... Como se eu quisesse...

Volta e meia, via memórias fotográficas da minha
infância... Uma garota desajeitada, de cabelos castanhos, olhos também
castanhos, tentando ser simpática... Pelo menos tentava! Gênio forte? Sim, mas nada além do normal... Pelo menos até a beira dos 17.

Depois desta idade, a garotinha amadureceu e muito.
Focou-se nos estudos... Talvez por paixonites que no final das contas eram nada mais que isso, ou por simples consciência da dependência que temos nos estudos.

Paixonites? Sumiram pelo horizonte, como uma pena,
levada suavemente pelo vento. A tal garotinha gostava de definir as “PAIXONITES 0” assim.

Quem pudesse imaginar que aquela garotinha, imatura,
amadurecesse tão rápido? Que seu gênio pudesse ser ainda mais forte? Que aquela nerd, fosse se tornar uma das garotas mais bonitas do 1º ano? E do 2º? Que viraria uma estagiária em enfermagem com tanto êxito? Que uma garota como ELA pudesse se apaixonar por um garoto como ELE?

Ninguém imaginaria... Nem mesmo a garotinha.

_Desculpa?! – disse olhando meio que se ‘recompondo’.

_Por quê? – disse questionando.

_Por isso... Num era pra acontecer... Pelo menos não
assim... – disse desnorteado, achando algum tipo de desculpa esfarrapada.

_ “Não assim?” – disse irônica. (Péssimo momento)

_Não... Quer dizer... – disse arrumando o cabelo – Ué...
Não era pra acontecer, desta maneira, eu estava esperando o momento certo, mas
você já foi me agarrando... – disse irônico.

_Que? – cuspi. Irritadíssima, obviamente.

_É brincadeira... – disse me pegando pela mão – Como eu
disse: você não é qualquer outra. – sorriu de um jeito... Não soube dizer se
era irônico ou meio... “gatinho do Shrek”.

_Hum... – tirei a mão, da dele e a direcionei ao seu
queixo – Eai? Mais alguma ideia de passeio? – sorri.

_Na verdade sim. – disse parecendo buscar uma ideia do
além – Aquelas máquinas... Que tiram fotos...

_Ah – pigarreei – É meio que... “Coisa de casal” – fiz o
sinal de aspas.

_Somos um casal. – disse num tom mais natural que o
normal, já me puxando pra tal máquina. Que só percebi sua localização quando já
estava dentro da mesma.

Ele se ajeitou, no seu espaço, e eu no meu. Entreolhamo-nos
por 1 segundo e rimos.

_Eai? Qual pose? – disse sem ideia (mesmo).

_Arruma meu cabelo, primeiro? – disse.

Enquanto chegava perto, percebi sua cara irônica. Na
verdade não sei mesmo porque não questionei tal expressão... Ou talvez seja
porque eu realmente queria aquilo... Queria brincar, jogar com ele. Parecia não ter fim. E pela primeira vez isso me deixara animada.

_Pronto? – questionou.

_Sim. – disse ainda manuseando suas madeixas... E
obviamente, o olhando... (Aparentemente) sem segundas intenções.

_Ótimo. – disse levantando um sorriso que pareceu surgir
do nada, talvez como se houvesse sido implantado em seu rosto, me puxando pela
cintura.

_Diz ‘x’... – disse numa proximidade tão grande, que
praticamente estávamo-nos beijando à moda esquimó.

Tiramos mais algumas... Bom... Broncas (minhas) a parte,
e risadas (dele) a parte também... Fomos ver as fotos.

_Nada mal. – disse – Você é fotogênica. – disse
apontando logo para aquela bendita “FOTO A LA ESQUIMÓ”

_Sua cara de apaixonado, tá bem enquadrada. – disse
debochando.

_O motivo dela está bem próximo, por isso ficou boa. –
disse num sussurro, com um tom quase que agudo de desabafo.

_Oque? – o olhei agora totalmente imóvel.

_Oque, oque? – se virou se fingindo de desentendido.

_Você nunca vai admitir. – disse irônica e andando.

_Você vai? – disse me puxando.

_Se houvesse o que admitir... – disse indiferente.

_Que você me ama? – disse enfatizando a tal ‘foto
esquimó’.

_Eu? – disse indignada.

_Não, a menina da fila. – disse irônico.

_Deve ser. – disse indiferente – Com certeza há mais
possibilidade.

_E o beijo?

_Que beijo?

_O nosso beijo! – disse impaciente.

_Aquilo? – disse indiferente – Você considerou como
beijo?

_O que importa é que você gostou. – disse sério.

_Como pode ter tanta certeza? – disse.

_Quando você beija uma garota, e ela se recusa
inconscientemente de soltar, apesar de você saber que habitual seria ela lhe dar um tapa... – disse como expert – Você fica sabendo...

_E quando um garoto te beija, e você percebe que ele
luta contra si mesmo, contra seu orgulho, sua razão, seus impulsos, querendo te soltar, mas não conseguindo? – disse me aproximando – Porque foi isso que EU vi. – disse numa coragem avassaladora.

Silêncio.

_Eu finalmente deixei o sedutor Lucas sem ação e sem
palavras? – disse irônica.

_Palavras, sinceramente poucas. Mas se você não se
afastar – disse irônico – tenho uma ideia do que fazer. – disse em tom, olhar, tudo ameaçador.

Me afastei. Tinha que sair dali, estava a ponto de fazer
uma loucura... Mal podia acreditar que tinha achado alguém mais orgulhoso do que eu... E além do mais, muito mais manipulador... Mas ele se adiantou, saindo primeiro. Interrompendo meus pensamentos.

_Aonde você vai? – disse o seguindo.

_Importa? – se virou.

_Não.

_Claro que importa... – disse indiferente – Queria que
você fixasse exatamente parada onde está.

_Por quê? – disse já me direcionando pra onde o olhar do
sujeito estava. Era Victor, juntamente com Talita. Obviamente ele ainda ‘se fazia de doce’. – Precisamos deixar umas coisinhas claras, pra algumas pessoas. - disse ele sorrindo.

Quando percebi Vitor voltando-se o olhar para mim e
Lucas, tive pouco tempo para me recordar do que ele dissera. Quando dei por mim, eu estava novamente nos braços de Lucas, com seu toque que novamente me envolvia e arrepiava ao mesmo tempo. Conseguia olhar para seus olhos, estavam baixos, me olhando. Ele ia fazer, eu sabia que ia. Mas eu realmente não queria
impedir. Apesar de Victor, estar ali, e aparentar ter um interesse (estranho) por mim, eu não podia impedir! E nem queria! Ele me abraçando, me sentindo enquanto eu o sentia... Como se em menos de um segundo aquilo tivesse se tornado mais que necessário... Não sabia explicar o porquê, mas eu o queria, e ponto!

Já era tarde de mais para mudar isso. Tanto quanto parar o sujeito de olhos claros, que eu mal conhecia e já amava... Tarde demais pra muita coisa, menos para seu beijo... Em seus braços eu perdia a noção de tempo mesmo... Perca de tempo não era. Era um
enorme ganho de nossos próprios sentimentos que nos envolviam. Eu realmente não me importava com Victor, sinceramente. Ele tinha suas possibilidades com Talita... Já eu, tinha minhas infinitas possibilidades com o desconhecido que qualquer garota poderia querer...


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!! =DD



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