Um Encontro Após O Outro escrita por PridePeople


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Espero que Gostem!



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...Não conseguia esconder seu envolvimento... E eu? Recusando-me inconscientemente de respirar...

_Com licença? – disse nervosa pela alta aproximação que tínhamos um pelo outro, no momento.

_Ah, desculpe... – disse meio encabulado, mas logo devolvendo aquele sorriso irônico ao seu rosto – O que uma turbulência não faz...?!

_Realmente... – disse tentando me recompor e tentando parecer que ele, seus olhos, seus cabelos, seu jeito, sua ousadia... Que aquilo, não houvesse me abalado.

Ele sentou do meu lado. Parecia se sentir leve, e diferente de mim, acostumado com altas doses de adrenalina. Confesso que me perdia nele... Nos seus vivos olhos... Seus cabelos que caiam em seu rosto, o jeito como ele era... Ele era lindo... Mas ao mesmo tempo intocável... Irresistivelmente envolvente...

Foi quando decidi me concentrar (apelar) para a música... Escolhi a linda, mas recente: “Payphone – Marron 5”.

Enquanto a ouvia, percebia volta e meia que ele me encarava... Que novidade!

_Que foi? – disse cortante.

_Interessa?!

_Cansei dos seus joguinhos...

_Sério?! - disse se aproximando.

_Saia... – disse já com o coração começando a disparar... Eu tentava não olhar, mas aqueles olhos verdes me encarando novamente... Eu podia quase que sentir seu olhar... Tentando me desvendar, ler meus pensamentos... Aquela situação era estranha pra mim... Não sabia ainda como me portar, como virar o caçador invés da caça... Como sobreviver conforme o jogo.

_Não entendo porque me interesso tanto por você... – disse numa mistura de confissão com satisfação, ainda se aproximando.

_Nem eu! – explodi – Me deixe em paz!

Silêncio.

_Ok... – disse se afastando.

Quando o vi voltando ao seu legítimo lugar, me senti decepcionada como naqueles momentos em que queremos voltar no tempo, e corrigi o que foi feito de errado... Me senti ridícula por querer aquilo... Queria seus olhos, me entreolhando... Eu realmente queria! Tanto faz se fossem de um possível maníaco do parque ou não! Eu já estava no jogo... E não podia acabar assim...

Me senti vazia... Como se a partir dali, se eu ficasse sem ele... Sem seus olhos, suas provocações... Minha vida seria pra sempre monótona... Como sempre foi!

A viagem já estava no fim, e ele não me dirigia a palavra.

Senhores passageiros, já estamos chegando a nosso destino... – disse o piloto.

Quando estava me preparando para levantar, o senti... Aquele olhar...

_Que é agora? – disse feliz pelo novo contato, mas não aparentemente.

_Você mora por aqui? – perguntou.

_Meus tutores que moram, na verdade... – pausei por perceber que iria falar da minha vinda pessoal para um possível maníaco, e então me cortei – Isso não te interessa...

_Pare de se fazer controladora da situação... – disse me acompanhando até a saída do avião... Que ousadia, duvidar do meu poder de controle.

_Eu? Você mal me conhece! Na verdade, você é quem se faz de forte... Impenetrável... Haha! Duvido que seja assim, tão autossuficiente!

_Impenetrável? – riu.

É... Eu disse! Sei que foi burrice, mas já estava mais do que na hora de eu ter dito o que disse! E ele ainda riu... Que ousadia!

_Cala a boca! Disse pegando minhas bolachas... wafer pra ser mais exata. Eram grandinhas... Duravam mais.

Saí apressada, para conseguir sair daquilo... Dele, de tudo!

Quando coloquei a primeira bolacha na boca, ele me pegou pelo braço, me fazendo virar para ele, e disse:

_Você diz que mal me conhece... Mas que eu me lembre você se ofendeu comigo, sem algum motivo!

_Como não?! – disse indignada.

_O que eu fiz, então? – disse meio nervoso. Era lindo até bravo, que coisa!

Mas ele estava certo... Ele não havia me feito nada... No fundo, no fundo, poderia ser o fato de eu realmente saber que eu estava afim... E ele provavelmente sabia que este era o motivo.. ou seja: meu plano de ser impenetrável estava por água abaixo.

_Você não expressa o que sente... – cuspi – Isso é oque? Medo?! – disse com uma coragem avassaladora. E depois que terminei de comer a bolacha coloquei outra na boca, mas antes que mordesse, ele exclamou:

_Ok, ok! Acho que estou gostando de você... – disse se aproximando mais – E não sei o porquê! – disse olhando no meu olho, e levantando minha cabeça pelo queixo, com sua mão.

Quando eu ia responder, foi aí... Aí que ele novamente me surpreendeu... Mordendo parte da bolacha que eu ainda pendurava na boca...

[If happy ever after did exist… I wold still be holding you like this…]

_Anda… - disse se aproximando a mim, me fazendo engolir seco a bolacha – Me impeça... – disse já me envolvendo em seus braços...

[All those fairy tales are full of shit… One more fucking love song I'll be sick…]

Me senti livre, leve… Eu nunca estive “nas nuvens”, como dizem, só naquele momento consegui estar. Não consigo descrevê-lo, e talvez nunca consiga com exatidão... Era tão... Inevitável, que nem mesmo meu orgulho conseguia diminuir tal instante... me senti fraca, como se ele houvesse virado minha pior fraqueza... E ao mesmo tempo, ele me dava forças...

Quando percebi, ele já estava em mim, eu já estava nele... Em seus braços... E sem perceber, o deixei ficar.

[Now I’m at a payphone...]


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Notas finais do capítulo

Espero que Gostem!



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