Capitulo 27

Pdv Lexi

*No capitulo anterior....

- Lembro-me de noite passada... - falei olhando em seus olhos, esperando uma reação assustado, mas nada do tipo - Lembro-me de que você.... Corria muito! Em segundos já estávamos aqui...! -  ele continuava com a mesma expressão - O que você tem a dizer?

- Você estava bebada. - falou óbvio e neguei.

- Você também? - negou óbvio - Ah, estava são?

- Completamente. - sorriu irônico.

- Tudo que você disse ou fez, era tudo verdade. - ele ficou confuso e assentiu - Então você é um vampiro. - não foi uma pergunta. Foi uma afirmação. Que foi completamente afirmada pela sua expressão assustaado. 

*Agora...

- Você é louca. - ele falou após alguns segundos de espera. Ri meio trêmula e ele olhou-me sério.

- Não sou louca.

- Ah, só falta me dizer que meu irmão David é um lobisomen? - fez-se de assustado irônicamente. Hm...

- Será? - desconfiei e ele riu alto.

- Acho que o efeito do alcool ainda está fazendo efeito. - murmurou calmo.

- Ah, ok... - andei em direção a comoda ao lado da porta. Tinha uma bandeija com um simples café da manhã. Ao lado do prato com torradas, tinha uma faca. De vagar, ainda sob o olhar de Willian, andei até a comoda e peguei a faca - Bem... Então... você não se importaria se eu... - coloquei a ponta da faca em meu braço e senti ele ficar tenso - Se eu acidentalmente me cortasse e jorrasse muitíssimo sangue. - virei-me para ele e pressionei a faca em meu braço. Em milésimos de segundos, Willian estava a minha frente, tirou a faca de minha mão e no outro segundo apareceu do outro lado do quarto.

Sua expressão era meio dolorosa, fitava-me nervoso. Sorri triunfante.

- Não precisava ter mentindo. - falei indo até ele.

Willian deu um passo em minha direção.

- Nunca faça isso. - falou autoritário.

- Se fosse preciso para você me falar a verdade. - dei de ombros e dei um passo para tras.

- Alexia, você não faz ideia o tanto...

- ... que sou perigoso para você. - terminei sua frase revirando os olhos e respirei fundo - Se eu não soubesse não estaria aqui. - suspirei e sentei-me na cama. Cruzei as pernas e o olhei curiosa - Conte-me.

- O quê? - fitou-me confuso e suspirei.

- Quero saber que tipo você é. - dei de ombros.

- Um vampiro, oras! - falou óbvio.

- Oh, sim... - olhei no fundo de seus olhos - Você usa lentes? - ele fitou-me incrédulo e muito confuso.

- Alexia...?

- Ah... - sorri de lado - Especie de meu pai. - sorri entendendo e ele olhou-me assustado.

- Do que está falando? - aproximou-se de mim.

- Willian, eu só queria que você me falasse seu segredo... para eu falar o meu. - levantei-me.

Num instante eu estava do outro lado do quarto. No outro eu já estava fora. Em um segundo eu estava sentada na cama, na mesma posição que antes. Ele fitava-me horrorizado.

- Nossa, até parece que nunca viu. - murmurei revirando os olhos. 

Levantei-me ficando a frente dele e respirei fundo. Ele fitou-me sem saber o que falar e ficou um pouco com medo. Segurei seu rosto em minhas mãos e aproximei nossos rostos. Ele fechou os olhos e colei nossas testas.

- Diga alguma coisa. - sussurrei e ele segurou minha cintura.

Fechei meus olhos e senti seus lábios tocarem os meus rápidos. Aceitei-os e as mãos dele foram percorrendo em meu corpo. Minhas mãos desceram para seu peito nu. Willian nos levou para sua cama e deitou-nos, ficando sobre mim...  Ele ascelerou o beijo, mas aos poucos fui parando-o.

- Quero saber tudo sobre você. - falei interrompendo o beijo. Ele suspirou e saiu de cima de mim, caindo ao meu lado. Virei-me de lado e fiquei o observando - Quando você foi ccriado?

- Foi ha mais de cem anos. - começou e enquanto falava, olhava para o teto - Eu morava com meus pais e David. Minha mãe estava muito doente e precisa va médico. Fui procurar algum na cidade... Foi quando eu conheci uma garota. - seu olhar ficou meio sombrio - Bem... eu já a conhecia, todos na cidade dizia que ela era uma bruxa. E eu era apaixonado por ela. No dia que a encontrei, ela parecia estar desesperada, fugia de alguém. E como eu não sabia o que fazer, ajudei-a e a escondi no estábulo de minha casa. O nome dela era Agnes. Agnes Drown. 

"Ela ficou na escondida por alguns dias. Até que começamos a ter um relacionamento... - suspirou - Foi quando meus pais foram assassinados, ela sumiu. Eu tinha certeza de que ela tinha algo a ver com isso. Mas eu estava muito apaixonado e não queria acreditar. Então tempos depois ela voltou. Estava mais diferente... Parecia uma verdadeira mulher. Ela contou-me o que era. Uma mestiça. Metade bruxa e metada vampira. Ela fez-me tomar seu sangue. E foi quando tudo que eu sentia por ela ficou mais forte. Mas eu descobri que ela tinha outro homem. O mesmo matou meu irmão para se vingar de mim, quando soube o que rolava entre Agnes e eu. Mas antes, ele deu seu sangue a David. O mesmo voltou em alguns dias. Então eu acreditei em Agnes. Fui atras dela, mas Derphin, o outro de Agnes, matou-me. 

Agnes disse-me que não queria mais nada comigo, que eu nunca tinha significado algo a ela... - respirou pesadamente - Ela foi embora. Encontrei-a anos depois, ela estava muito bem de vida. E disse-me novamente que nunca me amou, que apenas me usou"

Fiquei sem saber o que falar e ficamos num silencio desconfortável. Deu-me um enorme odio dessa Agnes. Um vadia, óbvio! Ela fez Willian sofrer... Isso para mim... É como se ele também tivesse feito-me sofrer...

- Você... ainda sente algo por ela? - perguntei sussurrando e ele suspirou pesadamente.

- Não. - respondeu rápido e fechou os olhos. Talvez se ele sentisse, eu entenderia. Mas ainda sim, fico triste - Agora conte-me sobre você. - olhou-me curioso e sorri de lado.

- Minha mãe é de outra raça. Aquela de olhos cor de topázio... Que brilham. Ela foi uma novidade, afinal, não tem filhos. - dei de ombros - Ela teve um crescimento muito avançado. Aos nove anos aparentava 17, 18. Ela não era uma santinha assim. - ri de leve e ele olhou-me confuso e surpreso - Talvez eu tenha puxado esse lado dela. Voltando... Foi quando meu pai foi passar uns tempos na casa de minha família. Ai... Eles começaram a terem algo. Mas tudo as escondidas, claro. Pois ela só tinha sete anos! Mas meus avós descobriram graças ao meu tio, então decidiram mudarem-se para Thompson com minha mãe e meu tio Gustavo. Passaram dois anos lá. Minha mãe reencontrou com um velho amigo e acabaram namorando. Já estavam para casar, mas ela não se sentia bem pois amava meu pai. E então fugiu do casamento. Meu pai, quando soube do casamento, tentou impedir, mas quando chegou lá, minha mãe já tinha fugido do altar. Os dois se reencontraram e passaram um tempo juntos sozinhos. Foi nesse tempo que ela engravidou de mim e de Dianna. 

- Nossa. - ficou surpreso e ri de leve - Sua mãe foi mãe aos nove anos então? - assenti sorrindo e tirei meu chapéu, colocando-o ao meu lado na cama - Entendi porque você é tão assim. - sorriu safado e fiz-me de confusa.

- Assim como?

- Minha foguentinha. - pegou-me colocando-me em cima de seu peito nu. Senti um calafrio com isso. Ele riu acariciando meu rosto e beijei-o.

Nosso beijo estava ficando quente, suas mãos em minhas coxas, já pretendiam subir mais. segurei-as parando o beijo.

- Willian... não... - murmurei séria e ele assentiu voltando a me beijar.

- Não farei nada que não queira, Lexi. - sussurrou entre o beijo.

- Ótimo... - deitei ao seu braço e ficamos nos olhando - Agora está bem melhor. Eu fiquei a noite inteira acordada. Eu precisava saber.

- Agora que sabe... Não tenho mais porque fugir de você. - falou-me indeciso e afirmei.

- Não fuja de mim. - implorei acariciando seu rosto.

- Nunca. - sussurrou e fechei meus olhos.

Eu estava nos braços dele, colada no corpo dele, sentindo o cheiro dele... Eu estava feliz. Sentidno-me completa.

Pdv Will

Ela dormia calmamente. Abraçava ao travesseiro, com um pequeno sorriso. Já fazia algumas horas que eu a observava dormir. Sua expressão tranquila e relaxada, deixava-me calmo também. Olhando em seu semblante calmo, eu percebia que o queria com ela, não era... simples beijos... Eu a quero comigo. É uma nova chance que estou a me dar. Para finalmente dar uma fechada na cicatriz que Agnes deixou aberta.

Ouvi alguém se aproximar do quarto e olhei para porta. David abriu a mesma de vagar e seus olhos foram para Alexia. Respirei fundo. Quando que ele aprenderá bater antes de entrar?

- Resolveu-se dar essa chance? - ele sussurrou olhando-me feliz.

- Eu preciso, David. - murmurei sem desviar meus olhos de Alexia. Levantei-me e olhei para ele.

- Mas ela ainda está marcada, não? - desconfiou.

- Não tenho como esquece-la, David. É graças a ela que estamos aqui hoje. - suspirei e ele assentiu. Andamos para fora do quarto e fechei a porta. Descemos as escadas e fomos para sala.

- O que vocês tem? - perguntou-me sentando-se no sofá da salo.

- Ainda nada. - dei de ombros.

- Ainda? - sorriu de lado.

- David, eu realmente gosto de Alexia. Mas... - suspirei cansado.

- Willian, Alexia não é como Agnes, você sabe disto. - falou óbvio e concordei - Tenho certeza de que ela nunca lhe faria a mesma coisa.

- Eu... não sei... - falei indeciso.

- Nem todas são iguais a Agnes, Willian. E sei que Alexia não é. Se ela fosse ela não estaria a tanto tempo esperando a sua boa vontade.

- David... Você me entende. - suspirei.

- Exatamente por eu te entender que digo isto, Willian. Alexia... ela te ama. Você também a ama, está na cara. - bufei em deboche e ele sorriu - Cara, sou seu irmão há quase dois seculos, acha que não te conheço?

Antes de eu responder-lhe qualquer coisa, ouvimos um murmurio de Alexia.

- Willian?

Sua voz ainda sonolenta vinda do meu quarto. Imediatamente subi para lá e a encontrei sentada na cama, com uma cara de sono. Sorri fechando a porta atras de mim e aproximei-me dela.

- Dormiu bastante, sim? - abaixei-me a sua frente e segurei seu rosto sonolento. Ela sorriu de lado e piscou de vagar.

- Que horas são? - murmurou confusa.

- Duas da tarde. - dei de ombros.

- Nossa. - veio para meus braços e riu de leve. Sentamos no chão, ela entre minhas pernas e de costas para mim. Beijei seu pescoço de leve, ouvindo cada gota de seu sangue correr em suas veias... Seu cheiro até era atrativo.

- Alexia... - murmurei ainda indeciso com que falar - Quero... Quero que você seja minha namorada.

Senti-a extremecer e vi seus olhos arregalarem-se um pouco.

Ela não respirava, não se mexia... ficou sem fala. Ah, só falta ela negar! Ela virou-se para mim com um enorme sorriso e sorri de lado.

- Está falando sério? - ficou esperançosa e ri de leve.

- Nunca falei tão serio. - fiquei sério e ela soltou uma tufada de ar, estava atônica e não sabia o que dizer - Basta dizer sim, Lexi. - falei e sorri. Ela riu e concordou.

- Acepto ser tu enamorada. (Aceito ser sua namorada) - rimos e a beijei.

Pdv Lexi

Eu estava namorando a Willian. Agora ele é meu, posso mostrar a todas as vadias de minha escola que ele tem dona. E ele pode mostrar a todos da escola que eu tenho dono.

Já estávamos deitados há horas. Almoçamos aqui mesmo, Dona Marcela, a dona desta pensão, nos trouxe um almoço maravilhoso. Ficamos conversando e assistindo a filmes. Meu celular começou a vibrar em minha bolsa. Estiquei-me, sem sair dos braços de Will e o peguei. Era mensagem de Di:

"Não quero nem imaginar o que a senhorita está fazendo...!

Assistimos um filme de terror, O Grito...! :'(

Ficamos na piscina e Loh escorregou, está com um machucado perfeito na perna direita. Rsrsrsrs

Vc tm meia hr para sair de onde vc estah. Jantar na casa de Carlisle.

Beijos, amo vc!

Ps: manda um beijo para Willian"

Ri alto e Will sorriu.

- É melhor eu ir. - falei tentado sair dos braços dele. Ele riu segurando-me forte e sorri - Will, é serio.

- Ok. - beijou-me e aceitei ternamente. Espalmei minha mão em seu peito e suas mãos foram para minha coxa. Novamente, fomos ficando mais quente e desesperados. Ele nos virou, ficando sobre mim e passou a beijar meu pescoço... Minhas unhas arranharam suas costas levemente e ele gemeu baixinho.

- Chega... - falei com dificuldade e rimos.

- Sentirei sua falta. - murmurou saindo de cima de mim.

- Eu também. - falei sorrindo e desci da cama, calcei minhas botas novamente e peguei meu chapéu junto com meus oculos.

- Você estava indo a algum velório? - perguntou brincando e ri revirando os olhos.

- Meio dramática eu? - peguei minha bolsa - Eu tinha que vir de acordo com o tema de nossa conversa. - dei de ombros sorrindo malígna.

- E você é uma ótima atriz. - deu de ombros e agradeci.

- Bem... você achou que eu realmente ia me cortar? Apesar de que eu faria mesmo para você falar. - sorri e ele negou.

- Uma hora ou outra, talvez eu soltaria. - riu de leve e sorriu.

- Bem... agora tenho que ir. - andei até a porta, de repente ele estava a minha frente.

- Hey, um beijo de despedida? - sugeriu e neguei rindo.

- Se eu te beijar novamente, acabarei ficando mais tempo aqui, e já tenho que ir. - tentei desviar-me dele, mas ele ficou a minha frente.

- Então não vou te deixar ir. - colocou a mão na porta e fitou-me irônico. Ri de leve e beijei-o rápido.

- Pronto, viu? Simples! Deixe-me... - antes de eu concluir, seus lábios vieram aos meus e ele prensou-me na porta. SOrri entre o beijo e agarrei-o pelos cabelos. Empurrei-o com pouco de força e ele riu afastando-se de mim - Até amanhã.

- Até.

Sorri saindo do quarto e desci as escadas.

- Hey, já vai cunhadinha? - David apareceu nos pés da escadas. Sorri,é agora ele pode me chamar disto.

- Estou atrasado, cunhadinho! - sorri e dei um beijo no rosto dele - Foi bom te ver, até mais!

- Ow, espere. - veio muito rápido a minha frente. Ele arrependeu-se de ter feito isso e ri - Ele já te contou, sim?

- Sim, já. - ri de leve e ele aliviou - Mas então?

- Olha... eu só queria te falar... Willian gosta muito de você. Ele deve então ter te contado nossa história. - assenti concordando - Olha, então, você percebeu que ele sofreu muito, sim? Ele diz que não, mas apenas se faz de forte. - sussurrou - Eu tenho certeza de que você nunca faria algo assim para ele.

- É claro que não. - sussurrei incrédula -Eu gosto muito de seu irmão, David. Pode ter toda certeza. Mais do que um dia gostei de alguém. Eu nunca vou magoá-lo.

- Eu sei. - sorriu sincero.

(...)

Estávamos todos na casa de Carlisle. Vó Esme fez um jantar maravilhoso. Jantamos todos, exceto as crianças - Os trigêmeos e Larissa, a filha de tio Pab com tia Leslie -, e é claro, os mais velhos. Larissa já aparenta uns cinco meses. Ao contrário de meus irmãos, que aparentam nove meses...

Foi um jantar divertido. As piadas de vô Emmett e de Piê... Tal pai, tal filho, né? Mas ainda sim, eles estavam tensos. Eu sabia que tinha algo rolando. Desde antes de meu acidente. Agora posso tirar a duvida.

Tio Jasper viu que eu estava quieta de mais e quis saber porque. Dei de ombros negando. Na verdade eu estava analisando as expressões de todos. Di sentou-se ao meu lado no sofá e olhou-me séria.

- Eles estão mesmo, não? - sussurrou e assenti.

- Com certeza. - falei e olhei para minha tia Bella. A mesma sorriu um pouco estranha. Há! Eu sabia! Ela é a unica que não sabe mentir!

Suspirei e tio Edward olhou-me já analisando o que eu faria. Ele não consegue mais ler minha mente desde quando completei doze anos. Isso é muito bom!

- Vocês vão nos contar agora o que estão escondendo? - perguntei um pouco nervosa e todos calaram-se olhando-me surpresos. 

- Nossa, Alexia, calma. - vô Emmett falou rindo de leve.

Meu pai veio até nós e sentou entre eu e di. Ele colocou seus braços e nossa volta, mas nem olhei para ele, eu estava nervosa já.

- Acho melhor já contarmos, então. - tia Nanda falou quebrando o silencio, ela estava abraçada a Hunter e a tio Lucca.

- Contar o quê? - Iris e Loh perguntaram assustadas, elas estavam sentadas ao lado de vó Esme...

- É uma coisa um pouco complicada. - vô Carlisle falou ao lado de Piê e de Jackie.

- Digam logo, por favor! - Lê mandou impaciente.

- Estamos de mudanças para o Alasca. - tio Edward falou e todos calaram-se.

Senti meus olhos lacrimejarem e uma dor enrome no peito... Não pode ser...