O Legado Das Trevas escrita por caiofernandos


Capítulo 10
Capítulo 9 - A ascensão das Trevas




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Alvo acordou com a luz do sol no seu rosto. Espreguiçou-se e sorriu. Férias! Sem herbologia. Isso o deixou de bom humor. Desceu de seu quarto sorrindo e foi tomar café da manhã.

- Bom dia! – encontrou Beatrice no meio do caminho.

- Bom dia, Alvo. – ela respondeu.

Lá embaixo, Gina estava fazendo um omelete. Lily ainda dormia profundamente. Harry e Tiago estavam na sala. Alvo passou por lá primeiro e cumprimentou os dois.

- Bom dia, pai! Bom dia, Tiago.

O pai retribuiu e o outro só murmurou. Ele olhou bem pro seu pai. Sentia orgulho dele, do homem que era do que ele fez para o mundo. Em um impulso, abraçou-o e disse em seu ouvido:

- Te amo, pai.

Harry ficou surpreso com a atitude súbita do menino, mas retribuiu o carinho e também respondeu:

- Também te amo, Alvo.

Eles se ajuntaram na mesa da cozinha e tomaram o café. Harry assinava o jornal trouxa The Guardian e logo viu a capa mostrando uma foto de Tim Wattsbone e uma manchete em letras garrafais: O INÍCIO DE UM CONFLITO MUNDIAL. Outras partes do jornal questionavam se haveria o uso de bombas nucleares, outras se seria uma 3ª Guerra Mundial.

- O que foi, querido? – perguntou Gina, vendo o rosto assustado do marido.

- O jornal está dizendo que haverá uma guerra - ele respondeu. – Espero que não seja verdade.

- Uma guerra no mundo trouxa? – perguntou Beatrice.

- Sim, e está parecendo que é de grandes proporções. – ele olhou para Tiago. – De qualquer modo, este café está delicioso, mas já vou indo, porque eu combinei de dar uma volta na praça com o Tiago.

- Pois é. – ele concordou. – Vamos logo.

Quando estavam saindo de casa, a campainha tocou. Harry abriu a porta e vi o homem do correio parado à sua frente. Em suas mãos, havia um pacote retangular.

- Entrega para Harry Tiago Potter – o carteiro disse, olhando no papel.

- Sou eu mesmo.

- Assine aqui, por favor. – Harry assinou e o homem saiu dali. No pacote, o remetente era Aberforth Dumbledore, e havia apenas um pequeno papel com os dizeres: “Abra fora de casa. Leve sua capa”.

“Que estranho”, ele pensou. “O que Aberforth iria querer com sua capa da invisibilidade?”. Ele entrou de volta, subiu no quarto e pegou a capa. Aquela capa que havia levado ele a muitas aventuras. Ainda com o pacote na mão, se preparou para sair.

- O que que é isso? – perguntou Tiago.

- Não sei – ele respondeu, virando e mexendo o pacote. – Vamos abrir na praça.

Caminharam rápido, já que ambos estavam curiosos com o que quer que fosse. Ao chegarem lá, sentaram-se em um banco e lentamente o abriram. Havia um diário, com um furo no meio, e em cima, em letras escuras e difíceis de ler, estava: “Diário de Tom Riddle”.

Depois disso, tudo aconteceu muito rápido. Tiago esticou a mão para tocar no objeto e, Harry, prevendo que algo estava errado, segurou a mão do menino tentando impedi-lo. Mas não foi rápido o suficiente. A mão de Tiago tocou o livro e ambos, pai e filho, saíram daquela praça e apareceu em outro local.

Foi então que Harry percebeu que aquilo fora uma armadilha. O diário nada mais era que uma chave de portal que o levaria ali. Em um relance ele reconheceu o local. Seu passado voou entre seus olhos. E ele viu novamente Cedrico Diggory ao seu lado, Rabicho matando-o e Voldemort renascendo.

O cemitério no qual os Riddle estavam enterrados continuava assustador como sempre. Na frente do túmulo, estava a mesma estátua de um anjo com uma foice que uma vez havia prendido Harry Potter. Ele notou então algo se aproximando e empurrou Tiago para trás de uma pedra, escondendo-o.

O ser então o encarou. A criatura sombria olhou com satisfação o aflito Harry Potter. Levantou sua varinha e levitou o homem. Prendeu-o na mesma estátua de antes.

- Quem é você? – ele gritou, tentando se livrar da prisão. – O que você quer de mim?

A criatura se aproximou mais ainda e Harry sentiu toda a sua felicidade ser sugada. Foi aí que ele percebeu que estava diante de um dementador. O monstro chegou ainda mais perto, quase o tocando, mas recuou.

Ficou planando no ar e sua forma lentamente mudou. Ao invés dos olhos terríveis, surgiram olhos humanos e sua cor preta mudou-se para roupas comuns. Os cabelos castanhos, os olhos de mesma cor e um sorriso motivador substituíram aquela face horrível do dementador. E, no peito, um distintivo que revelava quem aquele humano era: o Ministro da Magia, Elddir Olovram. Harry se esperneava e tentava sair da estátua.

Tiago continuou atrás da pedra, porém conseguia ver tudo o que ocorria ali. Viu seu pai ser preso e também a criatura virar o Ministro. Ele estava assustado, e desejava ajudar seu pai, mas não conseguia mover um músculo do corpo, portanto, apenas continuou lá, vendo o que ocorria.

- Surpreso por me ver, Potter? – perguntou Elddir.

Harry não respondeu, apenas continuava tentando se livrar da prisão.

- Pois bem, eu acho que está, sim.

- O que você quer comigo? – perguntou Harry. O outro o olhou e deu um sorriso.

- É bem simples, para falar a verdade. – tirou a varinha roubada e mostrou-a. - Você é o dono verdadeiro da Varinha das Varinhas. E, pra ser sincero, eu achei uma inutilidade você ter devolvido a varinha para o túmulo de Dumbledore enquanto poderia governar o mundo. Mas eu não serei tão estúpido. Só que primeiro, o verdadeiro dono deve morrer. E, além disso, só me falta a última relíquia para finalmente me tornar o Senhor da Morte e ser invencível. E esta relíquia está com você. – Levantou a sua varinha e tirou do bolso do prisioneiro a capa da invisibilidade. – Finalmente.

Ele tirou a Pedra da Ressureição do bolso e olhou os três artefatos mágicos.

- Com a Pedra, ressuscitarei todo o exército de Voldemort e o comandarei, e conquistarei o mundo. – Ele estava extasiado. - Harry Potter, o menino que sobreviveu, você está prestes a ver o retorno mais uma vez daquele que um dia colocou na sua testa essa cicatriz.

- VOLDEMORT ESTÁ MORTO! – Harry gritou. – Suas horcruxes foram destruídas, não há nenhum modo de trazê-lo de volta.

- Acredito que está errado, sr. Potter. – ele se sentia prazeroso. – Nem todas foram destruídas. Sobrou apenas uma: eu.

- Isso é impossível!

- Isso é real. E você mesmo irá ver. – deu uma risada maligna e pegou sua própria varinha. Apontou-a para seu próprio corpo e sussurrou palavras que Harry não entendeu. Uma luz branca, como se fosse um espírito saiu pela sua boca e flutuou no ar, diante dos dois.

- Essa luz é a horcrux. Agora o Lorde das Trevas poderá retornar.

Depois disso, tirou uma pequena pedra em forma de losango. Girou-a três vezes e sussurrou o nome: Tom Marvolo Riddle. A horcrux brilhante sofreu uma transformação e em seu lugar surgiu uma veste negra do tamanho de um corpo humano. O rosto ofídico de Voldemort se formou e seus olhos vermelhos se abriram, e viram Elddir.

- Elddir, Elddir, eu sabia que seria útil para mim.

- Sempre, milorde.

O Lorde das Trevas tornou sua atenção para seu maior inimigo, Harry Potter:

- Harry, você também está aqui. – ele riu, malignamente. – Você realmente fez um ótimo trabalho, servo. – Elddir fez uma reverência curta, mas sorria. – Finalmente, terei minha vingança. Me dê minha varinha, Elddir. – e estendeu a mão branca.

O Ministro bruxo continuava com seu sorriso no rosto.

- Não sou idiota, Tom. Acha que te trouxe de volta ao mundo para que levasse toda a glória? Eu que governarei o mundo. Mas eu preciso de um exército. E você me dará um. – Diante da expressão assustada do outro, ele acrescentou: - Imperio. Você é que me servirá.

O Lorde das Trevas não pôde fazer nada ao não ser obedecer ao Ministro.

- Finalmente, eu me tornarei o dono da varinha e o Senhor da Morte.

Harry estava assustado e com medo. Sabia que estava prestes a morrer e seu primeiro pensamento foi sua família: ele a amava muito. Não queria que eles sofressem. Então ele se lembrou de que Tiago estava ali, vendo tudo. Queria avisá-lo para fugir, para sair dali. Ele assobiou alto e em um ritmo marcado, como que transmitindo uma mensagem. Sabia que o filho entenderia.

Tiago logo ouviu o sinal e percebeu que tinha que fugir. Seu pai e ele haviam criado um código de assobios para se comunicar sem que outros entendessem. E agora se provava útil. Ele então se moveu lentamente e localizou o diário. Se o tocasse, voltaria para a praça e avisaria os outros. Ao chegar perto do objeto, ele soube que não adiantaria avisar aos outros, ninguém acreditaria nele. Mas tinha que tentar. Tocou a chave de portal e saiu dali.

Elddir levantou sua varinha e apontou para o menino que sobreviveu. Olhou nos seus olhos e não mostrava nenhum sentimento de pena nem de compaixão. Ao invés disso, mostrava um sorriso cruel, bem diferente daquele que aparecia na mídia.

- Últimas palavras, Potter?

- Estou pronto para morrer. – Harry fechou seus olhos e, do mesmo modo como o irmão que recebeu a capa da invisibilidade da Morte aceitou sua hora de bom grado, Harry também estava preparado para deixar esse mundo.

- AVADA KEDAVRA!

Tão logo foram ditas as palavras, o feitiço saiu da varinha e atingiu o corpo daquele herói, roubando-lhe a vida. Elddir sorriu, vendo que Harry Potter, o menino que sobreviveu, Defensor de Hogwarts e herói do mundo bruxo estava morto. Abriu as mãos da estátua e o corpo inerte caiu, com o rosto no chão.

De repente, a Varinha das Varinhas, a Capa da Invisibilidade e a Pedra da Ressurreição levitaram e giraram no ar. O corpo de Elddir Olovram também flutuou no ar e ficou em volta dos três artefatos. Ao lado do corpo de Harry Potter, o Ministro notou uma criatura negra, com um capuz e uma foice, que tirava do corpo do morto uma luz branca e guardava-a. Estava retirando sua alma.

A Morte então olhou para o Ministro, se levantou e ajoelhou-se diante dele. Elddir Olovram havia se tornado o Senhor da Morte. Havia adquirido o que aquele ao seu lado não tinha conseguido: a imortalidade. Após isso, a Morte saiu dali e levou a alma do morto. Elddir se virou para Voldemort:

- Tom, ressuscite todo o seu exército e comande-os a me obedecer.

O outro apenas meneou a cabeça, em concordância. Recebeu a pedra e começou seu trabalho. Elddir usou sua varinha e teletransportou o corpo do morto para frente de sua casa, para que sua família o encontrasse. Estava tão satisfeito que não notou que a chave de portal que havia criado não estava mais ali. Ergueu a Varinha das Varinhas, e com um grito, colocou a Marca Negra no céu.




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Notas finais do capítulo

Fiquei sad com isso, mas é a vida! :/



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