Eu não queria ir para casa. Se eu fosse estava arriscado eu entrar em depressão. Eu precisava de alguém para me servir de ombro amigo. Foi aí que eu decidi ir ver o Eduardo. Eu precisava conversar com ele, e indo até sua casa ele teria que me ouvir.

Cheguei em sua casa e pulei o muro, onde iria direto para seu quarto, nos fundos da casa. Eu já estava acostumada a fazer aquilo com ele. Assim que cheguei, bati na janela de seu quarto.

-Quem é? - ouvi ele perguntando lá de dentro.

- Sou eu - falei - abre aí

Ele então abriu a janela, e me olhou, sem dizer nada.

- Por favor, eu não quero ouvir sermões agora, só me deixa entrar? - falei, ainda mal.

Ele então se distanciou da janela e fez um sinal com a cabeça para eu pular.

- O que você quer aqui? - ele perguntou

- Olha, eu sei que você está chateado comigo por eu ter mentido, mas eu estou realmente muito mal e preciso de um amigo agora para me confortar. Se você não quiser minha companhia, eu irei entender.... - falei, com os olhos cheios d'agua.

- Não, tudo bem. Mas o que aconteceu para você estar assim? O que aquele idiota fez com você? - ele falou, arrumando meu cabelo que tinha caído em meu rosto.

- Ele voltou pra Londres - falei - e eu não sei agora quando irei vê-lo novamente.

- Ah.... mas você sabia que isso iria acontecer, não sabia?

- É, eu sei, mas você não faz ideia de como isso dói. De como me machuca ver ele partindo, sem eu fazer ideia de quando irei vê-lo de novo.

- Mas ele não veio te ver? Ele pode voltar, ué.

- Não, ele não pode. A banda está gravando o novo CD, eles vão ficar um tempo na Suécia ocupados, fora que tem shows também. Ele está sem tempo, sem tempo de pensar em mim. - eu disse, e foi como encravar uma faca em meu peito ao sairem essas palavras da minha boca.

- Você pode ir visitá-lo também... - ele falou

- Com que dinheiro? E você acha que meus pais vão aceitar numa boa isso? Eles nem sabem sobre o Harry e eu. Ninguém sabia até você descobrir. Se eu contar para meus pais eles provavelmente vão achar que eu enlouqueci e irão me internar, ou me colocar numa psicóloga. Sem chances.

- Mas ele não vai te esquecer Isabela, acredite. - ele falou, me abraçando.

- Claro que vai. Ele é famoso Eduardo, ele vai conhecer outras mulheres lindas, famosas, ricas, e que moram perto dele. Ele nem vai se lembrar mais de mim. - falei, enquanto sentia uma lágrima descendo pelo meu rosto.

- Não, ele não vai. É impossível esquecer alguém como você, Isabela.