Minha primeira reação ao ver aquilo foi arregalar meus olhos como nunca antes. A segunda foi começar a rir achando que era apenas uma brincadeira. A terceira foi começar a me bater para ver se aquilo estava mesmo acontecendo ou era um sonho.

Harry Styles, o garoto mais perfeito, lindo, talentoso, incrível e por sinal o amor da minha vida, tinha acabado de me passar o número do celular dele. Não podia ser verdade. Ou melhor, bem que podia.

Ainda em estado de choque, eu fui para outro local, onde fui entrevistada pela responsável da revista que me levou até eles. Nos sentamos em um sofá e começamos a conversar.

- E aí, como foi? - ela perguntou

Eu ainda não tinha recuperado o fôlego. Eu estava tão confusa, tão emocionada, tão... eu nem sabia o que eu estava sentindo. Eu nem pensava.

- Eu não sei explicar - não acredito que respondi isso. Boa, Isabela.

- Você está tremendo! - ela segurou minha mão

- Eu não acredito que isso aconteceu, é o melhor dia da minha vida!

Minha ficha não tinha caído ainda. As imagens de eu abraçando os garotos, conversando com eles, ficavam passando pela minha cabeça e eu só conseguia sorrir. Eu estava literalmente vivendo um sonho.

Ficamos batendo um papo até a hora de eu ir embora. Por sorte, quando eu estava saindo para o estacionamento, vi a van que era responsável pela locomoção dos garotos, e de longe os vi saindo pela porta dos fundos.

Meu coração acelerou. Eu não podia sair dali pois eles estavam cheios de seguranças em volta, e estavam indo rápido para ninguém vê-los ali. Eu queria gritar. Eu queria sair correndo para beijar todos eles. Novamente, a idiota ficou sem reação e apenas ficou ali hipnotizada vendo eles.

Quando eles já estavam entrando na van, o Harry jogou seu cabelo para o lado - com todo o charme do mundo - e me viu. Imediatamente eu sorri, e ele retribuiu, mesmo de longe. Mais uma vez, eu quase desmaiei. Eu não sabia se gritava de felicidade ou se lamentava pois poderia ser a ultima vez que eu os via.

As horas passavam e eu só conseguia olhar para aquele número de telefone. Será que eu ligava? Será que era do Harry mesmo? O que eu iria falar? Acabei não contando a ninguém sobre aquilo. Eu senti medo de a notícia se espalhar, ou de não acreditarem em mim. Na verdade nem eu acreditava que aquilo havia acontecido.

Após longos momentos refletindo e tomando coragem, peguei meu celular e disquei o número. Cliquei para chamar a ligação. Meu coração disparou.

- Alô? - aquela voz rouca atendeu. Ai meu Deus, era ele.

- Harry? - falei, com a voz trêmula. Eu não conseguia respirar.

- Sim - ele respondeu

Ok, e agora?