(Capítulo 6)

(Marina narrando)

–Oi, Marina. -disse quase gaguejando. Ouvi alguns zumbidos e comentários do tipo ’Nossa que sortuda’ ou ‘Nossa me passa a sua poção’

–Marina?Você é brasileira né?

–Sim-respondi. Não devolva meu celular. Não devolva meu celular. Bem você deve estar se perguntando ‘Por que não devolva se é por isso que você passou uma noite em claro?’, sim, mas se ele devolver meu celular eu não terei motivo para procura-lo depois. E ai se eu o procurar vão me chamar de louca e colocar a polícia atrás de mim.

Ele ficou me olhando com cara de paisagem por um tempo e depois disse:

–Ah, aqui seu celular, ele caiu aquele dia na festa. Desculpe-me pelo vestido. Quer que eu compre outro?-aquelas covinhas lindas me olhavam de um jeito indescritível.

–Obrigada, não precisa comprar outro não, eu nem gostava dele tanto assim. -é claro que eu amava aquele vestido, mas o Peter (ou Bruno no caso) era tão lindo que eu nem prestei atenção no que respondi. Nós ficamos nos olhando e chegando mais perto um do outro a cada momento.

(Peter narrando)

O que é isso Peter Gene Hernandez não pode se apaixonar por uma brasileira que está em Nova York. É melhor eu tentar esquecê-la, bom vai ser um pouco difícil com ela sentando do meu lado todos os dias, e aquele perfume cítrico meio adocicado é enlouquecedor. É melhor pedir para trocar de lugar na aula de biologia.

(Marina narrando)

–Acham. Senhores vamos prestar atenção na aula, ela já começou. -a que droga, professor cortador de clima, tava tudo tão bom.

Bom, já estava na hora do almoço, muita gente tinha visto o clima que havia rolado entre mim e Peter, por isso sai correndo para deixar meus livros no meu armário e pegar meu almoço rápido e me esconder para comer. No último instante apareceu a Isa e a Ceci gritando em coro:

–Marina e Peter estão apaixonados!Marina e Peter estão apaixonados!Marina e Peter estão...

–CHEGA!-gritei furiosa-Não estamos apaixonados, aquilo não foi nada. Deixem-me em paz.

Fui comprar o meu almoço furiosa, quando esbarrei em uma garota alta e loira com olhos esverdeados traços um pouco parecidos com alemães, mas tinha um pouco de brasileiro nela, acho que seu nome era Tereza, eu derrubei seu almoço em seu vestido sem querer.

–Quem você pensa que é?-nossa que voz irritante, com certeza é uma patricinha filha de algum médico ou advogado importante que foi expulsa da escola particular por incapacidade intelectual.

Eu estava a fim de dar um na cara dela porque eu já estava com raiva, mas eu apenas me desculpei e sai.