The A-team escrita por t0mlinsonconda


Capítulo 1
Brad Stand? Querendo falar comigo?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. :)



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P.O.V Cheryl.

Tem como meu dia ficar pior? Primeiro eu acordo atrasada, derramo o suco na única calça limpa que eu tinha, minhas blusas decentes estão todas molhadas porque Marta as lavou ontem, estou sem dinheiro para o lanche e se eu pedisse pra minha mãe ela iria me dar um sermão de meia hora sobre como o dinheiro não nasce em árvore... Até aí tudo bem, mas aí eu fiz uma dádiva concedida dos deuses: Quebrei o espelho do meu quarto. Droga, logo o espelho? Calma, Chery, calma.

Dei mais uns passos rápidos até uma mesa encostada ao canto da lanchonete ao lado da escola. Fitei por um momento o meu café expresso, a única coisa que deu pra comprar com as moedas que achei jogadas no meu armário. Acomodei meu corpo na cadeira e deu um gole no café, ainda estou inconformada de ter quebrado meu espelho. Além, de eu estar em luto por ele minha mãe armaria um escândalo por causa disso.

Liguei meu Iphone e coloquei os fones, dentro de quarenta minutos eu voltaria para o inferno que chamam de escola pra minha “querida” aula de matemática. Batuquei meus dedos na mesa, no ritmo de uma música qualquer que nem fazia questão de saber qual era. Suspirei soltando todo o ar que eu tinha nos pulmões e por um momento me distraí.

Droga, droga, droga... Eu iria ficar de castigo justo no dia do resultado do concurso que ninguém menos que Brad Stand, tinha criado? Eu sou muito azarada, maldito espelho quebrado! Maldito, seja.

— Eu vou ter que investir meus quatro anos de teatro pra não ficar de castigo! – Sussurrei como se pudesse falar com o copo branco de café em minhas mãos. Falando em café, dei mais um gole demorado na bebida agora morna que mesmo assim passava por minha garganta capaz de me esquentar por inteira.

— Moça? – Uma voz doce me tirou de meus pensamentos, encarei á minha frente uma garota muito bonita por sinal. Deveria estar nos auges dos seus trinta anos, cabelos negros presos em um coque, pele morena de dar inveja, lábios com um batom cor nude e usava um daqueles ternos femininos que eu não sei como se chama... Desentenada, sim ou claro? Ela tinha um crachá que indicava que seu nome era Amand.

— Oi? – Foi à única coisa que conseguir dizer, entenda: Eu sou a pessoa mais tímida do mundo. Se eu tiver que chegar a alguém pra falar o que seja minhas mãos começa a tremer e a suar, minhas pernas ficam bambas e meu coração dispara e eu simplesmente travo.

— Vem comigo? – Ela disse em um tom sério, mas ao mesmo tempo suplicante. Aliás, eu nem conhecia ela direito porque eu estava cogitando a idéia de ir com ela em minha mente? Contrai os lábios, passando a língua de leve por eles e terminando com uma mordida em tais. Era um costume meu fazer isso.

— Vou. – Assenti com a cabeça, me levantando da cadeira amolfadada. Será que minha professora de matemática acreditaria que eu estava tomando café e do nada uma moça que parecia ser do FBI me chamou para acompanhar ela?

— Então vem. – Ela estendeu seu braço apontando graciosamente para uma porta de vidro, onde em uma pequena sala reservada um cara de terno e cabelos loiros ralos estava sentado. Não pude reconhecer quem era por estar de costas para mim, suspirei e acompanhei a mulher. Ao chegar a frente à porta, ela disse que não poderia entrar. Senti minhas mãos tremerem, mas mesmo assim empurrei a porta de vidro á minha frente.

— Querida! – A silhueta feminina me chamou atenção, a mulher largou a xícara de café e se virou pra mim. Os mesmos lábios rosados, cabelos negros, pele esbranquiçada e olhos negros: Mãe? Engoli o seco, não é possível que minha mãe chamasse até o FBI pra cuidar do meu ato de “vandalismo”, em minha defesa, não é culpa minha se aqueles pedreiros colocaram o espelho errado. Não mesmo! — Brad quer falar com você! – Brad? Que Bra... Ai. Meu. Coração!

O cara de terno se remexeu na poltrona, levantando-se e em um gesto perfeito virou-se para poder me fitar. A barba mal-feita, os cabelos loiros ralos, molhados e perfeitos, os olhos verdes intensos sobre a luz amarelada da sala. Meu queixo a essa hora deveria estar no chão, não sabia se era por estar realizando meu sonho ou por estar babando em Brad Stand.

Sério? Brad Stand? Querendo falar comigo? E aquela história de sete anos de azar? Ai, meu deus... Ele veio me processar ou algo do gênero?

Senti meu corpo ficar mole e olhei novamente para os olhos verdes profundo, que transmitiam um sorriso calmo. 

— Olá Cheryl. – Franzi o cenho e forcei um sorriso tímido. Aliás, não é todo dia que Brad Stand vem atrás de você e sua mãe está junto com ele dizendo com a maior naturalidade no mundo que ele tem que falar algo para mim. — Eu realmente queria estar com minhas calças jeans e minha jaqueta de couro, mas me obrigaram a colocar isso! – Ele apontou para seu terno acinzentado. Concordei com a cabeça dando permissão para que ele continuasse a falar, mas á verdade é que eu ouvia sua voz embaçada e minha mão estava à procura de alguma coisa para eu apoiar-me. Encostei a mão tremula na pequena mesa de vidro com alguns biscoitos. Mantive-me firme lá, apoiando-me para que minhas pernas bambas não desmoronassem no chão. — Ok, eu irei direto ao assunto que ficar papeando aqui sem rumo é chato, eu sei. Analisei sua ficha horas e horas em meu escritório, que eu gosto de chamar de cama e vi seu vídeo cantando mais de um milhão de vezes... Você sabe que se inscreveu pra entrar para a minha banda que será formada por cinco garotas não? Pois bem, sinta-se honrada em ser a primeira a receber a notícia: Você está dentro do grupo!

Perdi o controle das penas, caí de joelhos no chão. Brad deu um passo corrido ao meu encontro, mas parou assim como minha mãe assim que minha risada escandalosa ecôo pelo local. Então era isso? Eu estava dentro? Sério? Me belisca que eu acho que eu estou sonhando! 

— Meu deus do céu! Esse é o melhor dia da minha vida! 



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